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08 setembro 2008

Eutanásia - Delmo Martins Ramos

EUTANÁSIA
Delmo Martins Ramos

Um assunto que volta e meia é objeto de atenção da sociedade é a eutanásia.

Nos últimos tempos, em função de um projeto de lei em tramitação no Congresso visando
legalizá-lo e pela grande repercussão do pedido na justiça de um deficiente físico para pôr fim
a sua vida, a eutanásia voltou a ser tema de discussão.

Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, eutanásia é a "prática pela qual se procura abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente reconhecidamente incurável".

Estas palavras são atrativas, se analisarmos a vida apenas sob o aspecto material, afinal quem gosta de sofrer ou ver um ente querido sofrer dores físicas?

No entanto, aquele que crê na existência da vida após a morte física não pode aceitar esta hipótese, já que acredita num Ser Superior criador e único.

O Espiritismo nos mostra que, além desta questão, existe a lei de causa e efeito.

Ou seja, o indivíduo que passa por uma situação desta, com uma doença incurável que causa grande sofrimento físico e que morre nesta circunstância, está apenas sofrendo os efeitos desta lei divina.

Os sofrimentos causados por doenças, nada mais são que resgates de dívidas contraídas em vidas passadas.

Privar o indivíduo da experiência é grave erro que pode repercutir seriamente em sua caminhada rumo à perfeição.

Neste dolorido processo de resgate estão também os familiares que sofrem a dor de vê-lo neste estado, e ao tirar-lhe a vida pretextando aliviá-lo da dor, estarão não só prejudicando-o como também a si próprios, compartilhando da decisão insensata.

Desistir desta vida por não poder exercer atividades normais em função de uma deficiência física também não se justifica, pois são inúmeros os deficientes que produzem muito para a sociedade, como, por exemplo, o cientista Stephen W. Hawking.

Não se trata de fazer apologia do sofrimento, mesmo porque ele é subjetivo.

O que para uns é um sofrimento insuportável para outros é perfeitamente suportável, já que quanto mais evoluído for o Espírito, maior será seu grau de entendimento que lhe proporcionará condições de suportar as adversidades.

A aceitação dos conceitos aqui emitidos, como também o entendimento da diversidade desituações por que passa o Espírito no plano físico, só será possível mediante a compreensão de que a verdadeira vida é a espiritual.

O sentido da imortalidade da alma é o que falta aos homens para a perfeita compreensão de suas dores e sofrimentos, bem como de seus momentos de felicidade. Somos Espíritos milenares que passamos pela vida na carne tantas vezes quantas se fizerem necessárias para nossa evolução, até o objetivo final que é a perfeição relativa para a qual fomos criados por Deus, que é a perfeição absoluta.

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