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30 setembro 2006

A Cura Definitiva - João da Silva Carvalho Neto

A Cura Definitiva

O Espiritismo caminha a passos largos para o cumprimento de seu desiderato na Terra. As idéias propostas na lucidez do pensamento Kardequiano granjeiam novos adeptos, transformando as acanhadas fileiras vitimadas pelas perseguições do passado em multidões de seguidores que quase dão um caráter de modismo ao movimento espírita.

Entretanto, os anseios imediatistas ainda povoam as mentes desprevenidas que esperam encontrar curas miraculosas ao abraçar a crença religiosa.

Lembramo-nos da pergunta de Pedro a Jesus, diante da decepção do jovem rico: "Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?" (Mt 19-27), e sentimos que, na verdade, ela encontra eco nas expectativas de uma larga legião dos modernos cristãos. Para muitos, o Espiritismo continua a ser a mesma tábua de salvação buscada em outros caminhos, onde todo o mal e toda a dor deveriam desaparecer.

Certa feita, ouvimos uma discussão acirrada, em uma casa espírita que visitávamos, sobre se o Espiritismo cura. Ainda hoje acreditamos ser polêmica essa questão, mas que se define na medida em que constituamos o que se entende, ou melhor, se espera por cura.

Se falamos da cura do corpo, certamente que não. Quem cura são os médiuns curadores, os serviços de passe, a água fluidificada, que utilizamos nos centros espíritas, mas que não são A Doutrina Espírita. São explicados e aplicados por ela, sem que dela se constituam postulado fundamental.

Postulados espíritas são a existência de Deus, a imortalidade da alma, a reencarnação, a pluralidade dos mundos habitados, a comunicabilidade entre os vivos e os chamados mortos. Muitas práticas estão incorporadas às atividades espiritistas por serem correlatas com a sua doutrina, contudo não compreendem uma ideologia, apesar de nela serem elucidadas.

Agora, se falamos da cura da alma, do espírito imortal, nenhum receituário jamais enunciou tantos medicamentos que nos libertassem do sofrimento. Na medida em que esclarece as leis da vida, e sua relação prática com o cotidiano, prepara o retorno ao estabelecimento da saúde espiritual, em toda sua plenitude. Não de inopino, é claro, já que o tempo de recuperação sempre estará ligado ao grau de comprometimento com o erro e ao esforço por se modificar em função da responsabilidade que se adquire com o saber. Dez anos, cinqüenta anos, duas encarnações, não se sabe. Velho provérbio budista afirma que "se não for em sete dias, ou em sete anos, será em sete reencarnações". Como conseqüência do aprimoramento espiritual, as doenças do corpo, que são reflexos das imperfeições do espírito, deixarão de existir, e este encontrará também a saúde.

A diferença está em que enquanto os serviços de passe, os médiuns curadores, a água fluidificada, objetivam atender ao corpo, físico ou espiritual, beneficiando-lhe mas sem imunizá-lo contra a recidiva, a aplicação do pensamento espírita reformula a própria postura do espírito diante da vida, e, como nele se alojam as matrizes primárias das enfermidades, a cura será definitiva.

Como dissemos alguns parágrafos atrás que, se falamos do corpo, certamente o Espiritismo não o cura, acho que acabamos nos contradizendo.

Talvez a Doutrina Espírita cure mesmo. Talvez seja ela a tábua de salvação para as dores do mundo. A questão continua a ser o que na verdade queremos curar; o que precisamos curar. Quanto tempo estamos dispostos a esperar. Quanto sacrifício nos dispomos a doar. E saber, por fim, se queremos a felicidade transitória do mundo ou a paz dos bem-aventurados com Jesus.

João da Silva Carvalho Neto
Jornal Mundo Espírita de Outubro de 1997

29 setembro 2006

Sê Alguém, Faze o Mesmo - Joanna de Ângelis

Quando estavas a ponto de desequilibrar-te, alguém, um amigo devotado, ofertou-te os elementos para a harmonia.

Quando te encontravas em plena rampa da loucura, alguém, um familiar gentil, constituiu-te apoio e segurança para a recuperação.

Quando sofrias a incompreensão de muitos, alguém, um estranho bondoso, fez-se-te instrumento de confiança, oferecendo-te fraternidade.

Quando, desanimado, padecias a injunção constritora do autocídio, alguém, um desconhecido afável, acenou-te oportunidade nova.

Quando tudo parecia conspirar contra os teus planos de progresso, alguém, um colega fiel, por quem tinhas apreço, tornou-se o fator da tua ascensão.

Quando a enfermidade te deperecia as forças e a solidão assenhoreava-se dos teus dias, alguém, um silencioso amor, surgiu e restabeleceu as tuas energias repletando de sol a tua noite íntima e de companhia a tua vida.

Há sempre alguém lidando, esperando, cooperando em favor de todos nós.

Desconhecido ou amigo, afeto ou familiar, transeunte ou companheiro, esse alguém é o símile do Samaritano bondoso se nobre, a que se refere a parábola evangélica.

Diligente, atento e amigo, ele chega e age, oferecendo recursos e doando-se com inusitada dedicação, a fim de reerguer o abatido e socorrer o tombado na via evolutiva.

Todas as criaturas já o defrontaram e dele receberam ajuda.

Ele chega, ampara, ama e vai-se adiante.

Não reclama, não faz um rol dos próprios atos bons.

Segue-lhe o exemplo.


Não digas que da vida recebeste somente o fruto amargo da desilusão ou encontraste apenas a ajuda negativa do desespero.

Não relacionem os males, os acidentes defrontados.

É certo que há almas em desequilíbrio, produzindo desaires. São a minoria ágil, movimentada.

Não tomes os maus exemplos para teus exemplos. Nem te fixes neles.

Indagado pelo farisaísmo doentio, que tentava surpreendê-Lo em equívoco, Jesus respondeu com ternura e energia ao astucioso inquiridor que fingia desconhecer quem era o seu próximo: - Sê como aquele que usou de misericórdia para com o infeliz. "Vai, tu, e faze o mesmo." Faze, também tu, o mesmo, sendo o alguém para quem esteja em rude prova na rota por onde segues.

Livro: Oferenda - Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo P. Franco

28 setembro 2006

Faltas Ocultas - Emmanuel

De modo geral, o delinqüente confesso sofre, de imediato, a sentença que lhe é cominada pelos tribunais de justiça, recolhendo-se ao cárcere expiatório ou à penitenciaria reeducativa.
A pública humilhação do banimento social de que se vê objeto, muita vez, nele sazona os frutos amargos do remorso, preparando-lhe, em breve tempo, a marcha reparadora.

Entretanto, quase todos nós, na experiência da vida física, somos portadores de faltas ocultas que o magistrado terrestre não conheceu.

De permeio com a nossa plantação de esperança e boa vontade, por isso mesmo, ressurgem na Vida Espiritual, carreando conosco a úlcera escondida de nossa frustração, reclamando remédio e tratamento.

Semelhantes lacunas quase sempre decorrem de antigos desafetos que acalentamos deliberadamente no instituto doméstico, de tendências inferiores que nada fazemos por extirpar, de vícios disfarçados que nos deformam o sentimento ou de atos clamorosos de ingratidão ou injustiça que perpetramos na senda rotineira, na defensiva do próprio orgulho ou na calamitosa preservação do egoísmo que nos assinala.

Com elas projetamos nas existências alheias impactos de enfermidade e desgosto, desânimo e treva que são debitados à nossa conta.

Em verdade, no Mais Além, pelo amparo dos benfeitores prestigiosos que conquistamos, a paz e a beleza, o reconforto e a alegria tecem o doce ambiente que nos rodeia por fora; todavia, adentro de nós, a consciência erigida em reto juiz não nos perdoa, convocando-nos à confissão voluntária, tanto quanto ao pedido urgente de reajuste.

É por isso que, muitas vezes, em ampla floração de prosperidade material, na Terra, somos visitados por moléstias soezes, quando não somos surpreendidos por insucessos e desgostos, empeços e lágrimas, e é ainda por essa razão que, em plenitude de mocidade, muita vez conhecemos a morte dos mais belos sonhos e das mais altas aspirações, padecendo contratempos e dificuldades, a fim de seguir avante em escabrosos trilhos para o futuro.

Aproveitemos o tempo na lavoura do bem que nunca desfalece, porque muitos de nós trazemos da grande retaguarda as chagas imanentes de delinqüência oculta, reclamando-nos hoje o exercício da caridade incessante e da renúncia sem limites para que o amanhã alvoreça na estrada como benção de Deus sobre o nosso porvir.

Livro: FÉ, PAZ E AMOR - Emmanuel - Psicografia Francisco Cândido Xavier

27 setembro 2006

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Espíritos Familiares - Emmanuel


No intercâmbio entre encarnados e desencarnados, é justo lembrar que a morte nem sempre é sublimação espiritual, que a mediunidade, em sua expressão fenomênica, não é atestado de progresso moral definitivo da criatura terrestre e que os problemas do mundo prosseguem na alma que se transferiu de plano, quando à mente não conseguiu desvencilhar-se das ilusões da existência física.

Muitos companheiros atravessam o túmulo conduzindo consigo paixões e frustrações que lhes constituem doloroso purgatório na vida espiritual, e muitos médiuns, não obstante respeitáveis pelas boas intenções em que se inspiram, permanecem jungidos ao passado inquietante, trazendo faculdades cativas às provas e angústias pelas quais se redimem.

Desse modo, é necessário compreender que a palavra dos familiares desencarnados, muito embora doce e amiga pelo carinho que traduz, pode conter o envenenado vinho da lisonja, que sorvido por nossa leviandade nos prejudica o soerguimento e a recuperação.

Indubitavelmente, é obrigação pura e simples receber a visita afetuosa das entidades que nos afeiçoam à alma, entretanto, é imperiosos analisar-lhes a conceituação e verificar-lhes os propósitos, em confronto com a posição que Jesus reclama de nós, a fim de que não estejamos embebedados pelo reconforto particular, indesejável aos nossos verdadeiros testemunhos de regeneração e progresso.

Imprescindível o estado de vigilância contra os convites à vaidade e ao egoísmo que, muitas vezes, se fantasiam de caridade ou de amor para tumultuar-nos o coração.

Guardemos a correta atitude do aprendiz do Senhor que não desconhece o sacrifício de si mesmo como estrada única para a ascensão a que se propõe.

Amemos aos nossos espíritos familiares e agradeçamos a devoção afetiva com que nos acompanham.

Não nos esqueçamos, porém, de que eles e nós possuímos no Cristo o nosso padrão de luta e se ao nosso Divino Mestre foi reservada a cruz por recurso supremo à celeste ressurreição, estejamos valorosos no aprendizado renovador, abraçando no sofrimento e no serviço incessante os nossos reais instrutores, no caminho para a conquista da Vida Maior.

Livro: Canais da Vida - Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

26 setembro 2006

Ser Medíum - Emmanuel

Abraçando a mediunidade, muitos companheiros na Terra adotam posição de absoluta expectativa, copiando a inércia dos manequins.

Concentram-se mentalmente e aguardam, imóveis, nulificados, a manifestação dos Espíritos Superiores, esquecendo-se de que o verdadeiro servidor assume sempre a iniciativa da gentileza, na mais comezinha atividade doméstica.

Vejamos a lógica do cotidiano.

Um diretor de escritório não exigirá que o auxiliar se faça enciclopédia humana, a fim de receber-lhe a cooperação; mas solicita seja ele uma criatura ordeira e laboriosa, com a necessária experiência em assuntos de escrita.

Um médico não reclamará do enfermeiro uma certidão de grandeza moral para aceitar-lhe o concurso; no entanto, contará seja ele pessoa operosa e sensata, com a precisa dedicação aos doentes.

O proprietário de um ônibus não se servirá da atenção do farmacêutico, em sua oficina; mas procurará um motorista, que não apenas saiba manobrar o volante, mas que o ajude também a conservar o carro.

O farmacêutico, a seu turno, não se utilizará da atenção de um motorista, em sua casa, mas procurará um colaborador que não apenas saiba vender remédios, mas que o ajude também a aviar as receitas.

Cada trabalhador permanece em sua própria tarefa, embora a interdependência seja o regime da vida apontado a todos.

Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos responsáveis.

Se não podes compreender isso, observa o avião, por mais simples seja ele. Tudo é amparo inteligente e ação maquinal no comboio aéreo. Torres de observação esclarecem-lhe a rota e vigorosos motores garantem-lhe a marcha.

Mas tudo pode falhar, se falharem o entendimento e a disciplina no aviador que está dentro dele.

Livro: Seara dos Médiuns - Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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25 setembro 2006

Espíritos de Luz - Emmanuel

Parafraseando a luminosa definição do apóstolo Paulo, em torno da caridade, no capítulo treze da primeira epístola aos corintios, ousaremos aplicar os mesmos conceitos aos Espíritos benevolentes e sábios que nos tutelam a evolução.

Ainda que falássemos a linguagem das trevas e não possuíssemos leve raio de entendimento, — não passaríamos para eles de pobres irmãos necessitados de luz.

Ainda que nos demorássemos na vocação do crime, caindo em todas as faltas e retendo todos os vícios, a ponto de arrojar-nos, por tempo indeterminado, nos últimos despenhadeiros do mal, para nosso próprio infortúnio, — não seríamos para eles senão criaturas Infelizes, carecentes de amor.

Ainda que dissipássemos todas as nossas forças no terreno da culpa e dedicássemos a vida ao exercício da crueldade, sem a mínima noção do próprio dever, —
Isso seria para eles tão-somente motivo a maior compaixão.

Os Espíritos da Luz são pacientes.
Em todas as manifestações são benignos.
Não invejam.
Não se orgulham.
Não mostram leviandade.
Não se ensoberbecem.
Não se portam de maneira inconveniente.
Não se irritam.
Não são interesseiros.
Não guardam desconfiança.
Não folgam com a injustiça, mas rejubilam-se com a verdade.
Tudo suportam.
Tudo crêem.
Tudo esperam.
Tudo sofrem.

A caridade deles nunca falha, enquanto que para nós, um dia, as revelações gradativas terão fim, os fenômenos cessarão e as provas terminarão, por desnecessárias.

Por agora, de nós mesmos, conhecemos em parte e em parte imaginamos; entretanto, eles, os emissários do Eterno Bem, acompanham-nos com devotamento perfeito, sabendo que, em matéria de espiritualidade superior, quase sempre ainda somos crianças, falamos como crianças, pensamos quais crianças e ajuizamos infantilmente.

Estão certos, porém, de que mais tarde, quando nos despojarmos das deficiências humanas, abandonaremos, então, tudo o que vem a ser pueril.

Verificaremos, assim, a grandeza deles, como a víssemos retratada em espelho, confrontando a estreiteza de nosso egoísmo com a imensurabilidade do amor com que nos assistem.

Conforte-nos, pois, reconhecer que, se ainda demonstramos fé vacilante, esperança imperfeita e caridade caprichosa, temos, junto de nós, a caridade dos mensageiros do Senhor, que é sempre maior, por não esmorecer em tempo algum.

Livro: Seara dos Médiuns - Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

24 setembro 2006

Equipe Mediúnica - Emmanuel

No conjunto orquestral, cada instrumento deve ajustar-se à melodia, não obstante a maneira particularista com que se externe.

Também na equipe de serviço espiritual, cada mente precisa afinar-se com a tarefa, embora vibre em diversa expressão.

Não podes pensar com a cabeça dos outros; todavia, no círculo medianímico, qual acontece em qualquer obra de grupo, é indispensável te harmonizes com as ações a fazer.

Observa, assim, a onda em que te situas.

Se dizes de ti para contigo: “confio no médium”, robusteces o contingente de forças para a realização do melhor; contudo, se adicionas: “mas duvido da sinceridade da assistência que o cerca”, fazes imediatamente o contrário.

Se refletes: “quero ouvir o companheiro que ensina”, estendes auxílio valioso ao amigo que se utiliza da palavra na pregação; entretanto, se acrescentas: “mas o orador fala em excesso”, entras logo a enfraquecê-la.

Se afirmas intimamente: “a reunião é para mim um grande conforto”, crias seguro apoio à produção de valores edificantes; no entanto, se aditas: “mas o trabalho é demorado e enfadonho”, passas, de repente, a suprimir--lhe os efeitos benéficos.

Quem aprova e critica, ajuda e desajuda.

Nenhuma construção, porém, se levanta a golpes de marchas e contramarchas. Ao revés disso, reclama determinação e disciplina, perseverança e objetivo.

A reunião mediúnica é também assim.

Se queres cooperar, dentro dela, a fim de que produza frutos de ordem e elevação, consolo e ensinamento, repara, acima de tudo, a onda em que te colocas.

Livro: “Seara dos Médiuns” - Emmanuel - Psicografia de Francisco C. Xavier
Reunião pública de 12-8-60. Questão n.º 331

23 setembro 2006

Tempo - José Cirilo das Chagas


Diz-me o corpo, ao findar a jornada terrena:
– Deixa-me agora em paz! Não me prendas assim!
– Tempo!... Anseio mais tempo – exoro, vendo o fim,
Enquanto a morte ausculta a dor que me envenena.

Eis que o Tempo perdido, em pranto, surge à cena!...
Imploro : «Ah! Tempo amigo, abeira-te de mim,
Quero voltar contigo à estrada de onde vim,
Para amar e servir, segundo a Lei me ordena!...»

Ele', porém, não ouve e afasta-se em surdina...
– Vamos! – capacita a morte – a luta não termina,
Não me atrases mais tempo à força de teus ais!...

– Onde o Tempo? – clamei, e a morte me elucida :
– Tudo terás de novo, o recomeço, a vida,
Mas Tempo gasto em vão, nunca mais! nunca mais!...

Livro: “Poetas Redivivos” - Jose Cirilo das Chagas
Psicografia de Francisco C. Xavier

22 setembro 2006

Tópicos do Auxílio Espiritual - Bezerra de Menezes

I
Irmãos Devotados amigos espirituais então cooperando na Vida Maior em benefício de nossa paz!
Confiemos nas Bênçãos Divina.

II
Prossigamos no caminho da elevação, buscando sempre a bênção e o amparo de Jesus. Os Benfeitores da Vida Maior cooperarão em favor de todos nós.

III
Amigos espirituais de sempre auxiliam-nos na manutenção das forças de nossa fé para o êxito nos testes de calma e serenidade, paciência e compreensão a que tenhamos sido chamados.
Com fé viva em Deus e em nós mesmos, sigamos adiante, hoje e sempre.

IV
Abençoemos e amemos sempre! Diversos Amigos do Plano Maior tem fortalecido as nossas energias para a superação das dificuldades no capitulo da compreensão integral da nossa necessidade de aceitação das experiências indispensáveis da vida.
Todos os nossos pensamentos de paz e esperança alcançam os entes queridos à distância, e estejamos na certeza de que não há semente de amor sem germinação no solo do tempo. Que o Senhor nos fortaleça e dirija.

V
Nossos irmãos em provação prosseguem com a assistência de vários amigos no estudo e na solução de vários problemas de suas lutas redentoras.

VI
Cada noite, consagremos um trecho do tempo às nossas preces particulares, sempre que possível à mesma hora, porquanto, assim, receberemos mais amplo auxílio espiritual à renovação das próprias forças.
O caminho é, por vezes, escuro e pedregoso, mas Jesus vence as trevas e os obstáculos, orientando-nos na jornada.

Guardemos os nossos sentimentos na confiança segura em Deus.

VII
Confiemos na bênção do Senhor que nos sustenta na travessia das provas necessárias.
Estamos, nós, os amigos do outro plano da Vida, a postos, e confiamos no amparo de Jesus, em benefício de todos.
Que o Senhor nos sustente e fortaleça!

VIII
Quando possível, simplifique as preocupações e ajude-se através da serenidade que lhe facultará a sustentação do refazimento físico.
Cada noite, faça o culto rápido da oração e medite os nossos princípios espíritas. Receberá nessas ocasiões a cooperação mais direta dos Benfeitores que lhe assistem os passos.

IX
Nossos queridos companheiros da esfera física prosseguem sob o amparo espiritual de que necessitam, dentro de todas as possibilidades espirituais de auxílio ao nosso alcance.

Livro: Apelos Cristãos - Espírito Bezerra de Menezes - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

21 setembro 2006

Recurso Antisséptico - Emmanuel


Sabe você que intriga e queixa, no fundo, são resíduos de doenças da alma, comparáveis a certas culturas microbianas que decorrem de infecções no corpo.

Lamentação e pessimismo podem alastrar-se através de contágio mental.

Um alarme falso assemelha-se ao estopim curto que suscita a explosão da calamidade, capaz de ocasionar a morte e a dilapidação física de muitas pessoas; a frase cochichada em que se expressam a leviandade e a maledicência, ao arrastar-se, de casa em casa, é também suscetível de ser o veneno que arrase ou prejudique existências numerosas.

Previna-se contra o risco, neutralizando no silêncio qualquer tóxico verbal que alguém lhe esteja administrando.

Nesse trabalho de imunização, comece refletindo que todos somos espíritos imortais e que, um dia, todos nos reencontraremos uns com os outros.

Aceite os agressores por irmãos enfermos necessitados de tratamento espiritual no pronto-socorro da oração.

Compreenda que nós todos, os espíritos ainda vinculados à evolução terrestre, somos igualmente passíveis de erro.

Desculpe qualquer ofensa, seja de quem for ou venha de onde vier.

E continue trabalhando de consciência tranqüila, reconhecendo o nosso dever de tolerar os comentários doentes, nas trilhas do cotidiano, com a certeza de que, no mundo, por enquanto, as conversações infelizes fazem parte do inevitável.

Livro: " Buscas e Acharás" - Emmanuel - Médium: Francisco Cândido Xavier - EDIÇÃO IDEAL

20 setembro 2006

Pais Difíceis - Emmanuel

Tema: Pais humanos em divergência conosco

Nem sempre surgem como sendo personalidade adequadas aos nossos desejos aqueles que a vida nos oferece por pais na estância física.

Seriam eles maus ou diferentes, porque não nos entendam, de pronto, os ideais? Numa interrogativa dessa natureza, toda vez que estivermos na posição de filhos, é possível devamos formular semelhante questão ao inverso.

Habitualmente, julgamos nossos pais humanos,. Quando a razão começa a amadurecer no galho florido de nossos primeiros sonhos da mocidade.

Sobretudo, pretendemos medir-lhes as supostas deficiências, depois de passados mais de vinte ou trinta anos sobre os dias semi-conscientes de nossa infância. Se não concordam com as nossas opiniões, freqüentemente apontamo-los por espíritos passadistas ou intolerantes.

Nessa conceituação apressada, porém, esquecemo-nos de que eles carregam na alma as cicatrizes profundas dos golpes que receberam no caminho da experiência, quantas vezes por nossa causa, e, por isso mesmo, nem sempre lhes será possível colocar os ouvidos ao nível em que se nos situa a palavra.

Fácil considerá-los desorientados, quando não estejam de acordo com os preceitos que aceitamos como sendo os mais justos; entretanto, a distância enorme de tempo que existe entre a hora de nossa análise e a hora do berço não nos permite saber quantos problemas e quanto fel amargaram, até que adotassem padrões individuais de conduta, diversos daqueles consagrados para a vida na Terra.

Muito simples categorizá-los à conta de intransigentes, quando nos reprovam os pontos de vista; contudo, raramente estamos nas condições precisas para avaliar as crises que suportaram, a fim de que tentações e desequilíbrios não arrasassem o lar que nos serve de apoio e ninho.

Se te encontras à frente de pais magoados ou sofredores, recorda um homem generoso que largou as conveniências da própria liberdade, para colocar uma família nos ombros, e lembra-te de certa mulher, jovem e bela, que olvidou a si mesma e renunciou à própria vida, padecendo na carne e na alma, para que pudesses viver!...

Considera que eles se reuniram, obedecendo os desígnios de Deus, a fim de que viesses ao mundo, e se não puderam ser felizes como esperavam ou se as provações da existência os tornaram assim, quando estiveres a ponto de censurá-los, pensa na alegria e no amor com que eles dois rogaram a Deus te abençoasse, quando nasceste, e, em silêncio, pede também a Deus que os abençoe.

Livro: Encontro marcado - Emmanuel – Chico Xavier

19 setembro 2006

Perdão - Remédio Santo - Emmanuel

“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...” – Jesus. (Lucas, 23:34.)

Toda vez que a moléstia te ameaça, recorres necessariamente aos remédios que te liberem da apreensão.

Agentes calmantes para a dor... Sedativos para a ansiedade...

Em suma, à face de qualquer embaraço físico, procuras reabilitar as funções do órgão lesado.

Lembra-te de semelhante impositivo e recorda que há pensamentos enfermiços de queixa e mágoa, de prevenção e antipatia, a te solicitarem adequada medicação para que se te restaure o equilíbrio.

E se nas doenças vulgares reclamas despreocupação, em favor da cura, é natural que nos achaques do espírito necessites de esquecimento para que se te refaçam as forças.

O perdão é, pois, remédio santo para a euforia da mente na luta cotidiana.

Tanto quanto não deves conservar detritos e infecções no vaso orgânico, não mantenhas aversão e rancor na própria alma.

Perdoa a quantos te aborreçam, perdoa a quantos te firam.

Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente.

Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhes são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazeis mos também as nossas.

E por isso que Jesus, o Emissário Divino, crucificado pela perseguição gratuita, rogou a Deus, ante os próprios algozes :

– “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...”

E, deixando os ofensores nas inibições próprias a cada um, sustentou em si a luz do amor que dissolve toda sombra, induzindo-nos à conquista da luz eterna.

Livro: Palavras de Vida Eterna - Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

18 setembro 2006

Mocidade e Velhice - André Luiz

Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material.

A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.

Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.

A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.

Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade,
valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.

Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonilidade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.

O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.

Lembramo-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos trabalhando.

Livro: Correio Fraterno - André Luiz - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

17 setembro 2006

Tecnologia e Evangelho - Vianna de Carvalho

Ante o esplendor da Tecnologia colocada a serviço da comodidade humana, exaltamos, no Evangelho, a técnica profunda para a libertação do homem.

Não desconsideramos os preciosos recursos da ciência tecnológica aplicados para a decifração dos perturbadores problemas que vêm desafiando os séculos, na condição de enigmas aparentemente insolúveis.

Em face do aguçado olhar dos microscópios eletrônicos foram surpreendidas colônias de organismos e vidas perniciosas, adentrando-se o homem na profunda mecânica das células, das moléculas, dos átomos e das expressões subatômicas; as grandes lunetas de radioastronomia detectam o agitar de “quasares” azuis e de Universos outros pulsantes no Infinito dos espaços; possuem em outros mundos os engenhos interplanetários...

A Terra diminui de expressão, enquanto as distâncias desaparecem; os acontecimentos televisionados, via satélite artificiais, invadem os lares com expressivas cargas de informações rápidas, que, de certo modo, aturdem as criaturas. Há conforto, música, beleza, ordem, limpeza e programação em quase todos os lugares do mundo.

Poder-se-á mesmo dizer que o triunfo tecnológico teria mudado as paisagens do planeta, não fossem as ermas ou frias, revoltadas, tristes ou miseráveis paisagens do mundo moral do homem, que prossegue, genericamente, sem rumo, no báratro das realizações exteriores.

Simultaneamente o orgulho dizima os poderosos, que se olvidam dos fracos, enquanto necessidades sócio-econômicas aniquilam os pobres, que olham, revoltados, a abastança dos ricos...

Abraça-se o opulência com a miséria, não obstante as aparentes segregações. Quase todos, porém sob o açodar de íntimas aflições sem nome, se arrojam a guetos de exteriores diversos, quais imensos abismos de angústias e sombras onde buscam os prazeres fugidios que os não saciam.

De um lado, a opulência vã, que não ultrapassa os limites das necessidades morais urgentes, e de outro, a frieza, a indiferença, o cansaço dos que supõem haver conquistado o mundo, quando, em realidade, apenas triunfaram por fora...

As montras que exibem os mais aperfeiçoados aparelhos eletrônicos, jóias sofisticadas, móveis de alto luxo confundem-se com as que convidam ao sexo aviltado, em multiforme expressão que escapa à imaginações mais exacerbadas – de inspiração procedente das baixas regiões do Mundo Espiritual -, com os cassinos e bares onde as paixões e ilusões não conseguem evadir-se à constrição devastadora...

Sob a mesma inspiração, afoga-se a juventude no pântano dos tóxicos ou engaja-se, alucinada, nas experiências da velocidade, da aventura, da criminalidade. E muito mais...

Não olvidamos os inestimáveis serviços prestados à saúde do corpo e da psique, que resultam das laboriosas conquistas científicas, expulsando enfermidades cruéis, e que cedem lugar a novas técnicas, tais, aliás, raramente ao alcance das bolsas dos aflitos.

A Ciência sem Deus é loucura e morte. A Tecnologia sem o apoio do Evangelho é passo largo para o desespero e a insensatez.

A Tecnologia melhora a forma, dá beleza, enquanto o Evangelho reforma o homem e dá-lhe sentimento.

A ciência tecnológica programa o mundo, enquanto a sabedoria evangélica edifica o homem, que, renovado, modifica o mundo.

A primeira trabalha para o exterior; a segunda promove o interior.

Uma é claridade, atuando de fora para dentro; outra é luz a exteriorizar-se de dentro para fora.

Para o materialismo não há saída. O futuro se encarregará de mudar-lhe as atuais estruturas conceptuais e tecnológicas, impelindo o homem, inevitavelmente, para Deus.

Certamente, nenhum desdém pelas nobres conquistas do cérebro; todavia, sem a eloqüente contribuição do sentimento renovado em Cristo Jesus, o homem não se encontra consigo mesmo. Não indo além de uma forma bem equipada e perigosa, a caminho das sombras do túmulo.

Por isso, reverenciamos na Doutrina consoladora dos Espíritos a Ciência da crença, sob o Sol sublime que é Jesus, astro de primeira grandeza a sustentar o equilíbrio do sistema, fecundo e soberano, que espera por nós há milênios, sem pressa nem angústia.

Vianna de Carvalho (Espirito)

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 9-6-1977, em Frankfurt, Alemanha).

Reformador – Fevereiro de 1978

16 setembro 2006

O Fardo - Emmanuel


“Cada qual levará a sua própria carga”. Paulo. (Gálatas, 6:5).

Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.

Cada qual tolera a carga que lhe pertence.

Fardos existem de todos os tamanhos e feitios.

A responsabilidade do legislador.

A tortura do sacerdote.

A expectativa do coração materno.

A criança sem ninguém sofre seu pavor.

A indigência do enfermo desamparado.

O pavor da criança sem ninguém.

As chagas do corpo abatido.

Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que não te suponhas vítima ou herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.

Suporte com valor o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.

Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.

Do cascalho pesado emerge o diamante.

Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.

Dirás, talvez impulsivamente: -“E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador indiferente? Carregarão por ventura, alguma carga nos ombros?”.

Responderemos, no entanto, que provavelmente, viveram sob encargos mais pesados que os nossos, de vez que a impunidade não existe.

Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a sua ascensão.

Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele para a frente, mesmo que seja um milímetro por dia...

Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre. Sob os braços duros no lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade.

Livro: Cartas do Coração - Emmanuel - Psicografia de Francisco C. Xavier.

15 setembro 2006

Poluição e Psicosfera - Joanna de Ângelis

Ecólogos de todo o mundo preocupam-se, na atualidade, com a poluição devastadora, que resulta dos detritos superlativos que são atirados nos oceanos, nos rios, lagos e "terras inúteis" circunjacentes às grandes metrópoles, como o tributo pago pelo conforto e pelas conquistas tecnológicas, desde os urgentes ingredientes e artefatos para a sobrevivência, às indústrias bélicas, às de explorações novas, às "de inutilidade" que atiram fora centenas de milhões de toneladas de lixo, óleos e resíduos em todo lugar.

Além dessas, convém recordarmos a de natureza sonora, dos centros urbanos, produzindo distonias graves e contínuas...

Os mais pessimistas, porém, prevêm a possível destruição da vida vegetal, animal e hominal como efeito dos excessivos restos produzidos pelos engenhos de que o homem se utiliza, e logo o esmagarão após transformar a Terra num caos...

Mais grave, demonstram os técnicos no assunto importante, é a poluição atmosférica, graças às substancias venenosas que são expelidas pelas fábricas em forma de resíduos, pelos motores de explosão a se multiplicarem fantástica, insaciavelmente, e os inseticidas usados para a agricultura...

Voluptuoso e desconsertado por desvarios múltiplos do homem, as máquinas avançam, dirigidas pela inconcebível ganância, desbastando reservas florestais e influindo climatericamente com transformações penosas nas regiões, então, vencidas...

O espectro de calamidades não imaginados ronda e domina com segurança muitos departamentos ambientais ora reduzidos à aridez...

Cifras assustadoras denotam o quanto se desperdiça na inutilidade—embora a elevada estatística chocante dos que se estorcegam na mais ínfima miséria, rebocando-se na coleta dos montes de lixo, a cata de destroços de que possam retirar o mínimo para sobreviver!—comprovando que no galvanizar das paixões, o homem moderno, à semelhança de Narciso, continua a contemplar a imagem refletida nas águas perigosas da vaidade e do egoísmo em que logo poderá asfixiar-se, inerme ou desesperado. No entanto, irrefletido, impõe-se exigências dispensáveis, a que se escraviza, complicando a própria e a situação dos demais usuários dos recursos da generosa mãe-Terra.

Nesse panorama deprimente, e para sanar alguns dos males imediatos e outros do futuro, sugestões e programas hão surgido preocupando as autoridades responsáveis pelos Organismos Mundiais, no sentido de serem tomadas providências coletivas e salvadoras urgentes. Algumas já estão sendo postas em prática, embora em número reduzido, tais o reflorestamento; a ausência de tráfego com motores de explosão em algumas cidades uma vez por semana; a tentativa da industrialização do lixo, com aproveitamento de energia, adubos e outros; controle no uso de pesticidas na lavoura; técnicas não poluentes com o fim de gerar energia; as áreas verdes na cidades; a segurança por meio de controle das experiências nucleares, a fim de ser evitada a contaminação . . .

Afirma-se que por onde o homem e a civilização passam ficam os sinais danosos da sua jornada, em forma de aridez, destruição e morte.

As grandes Nações materialmente, estruturadas e guindadas ao ápice pela previsão futurológica de mentes e computadores que prometiam tudo resolver, fazendo soberbas e vãs as criaturas, foram surpreendidas, há pouco, pelas conseqüências gerais da própria impetuosidade, no resultado da guerra no Oriente Médio, fazendo-as parar e modificando, em muitas delas, as estruturas e programas, previsões e soberania pelas exigências do deus petróleo em que estabeleceram as bases do seu poderio e das suas glórias, decepcionadas, atônitas..

Algumas tiveram a economia abalada, padecendo crises que resultaram do gravame geral, modificando a política interna e externa, num atestado de nulidade quanto aos compromissos humanos assumidos, à segurança e precariedade das humanas forças.

Como resultado, apressam-se as negociações internacionais por acordos diplomáticos e conchavos político-econômicos, enquanto a fome, campeando desassombradamente, confirma a falência dos cálculos e das fantasias materialistas, visivelmente per turbadas no testemunho dos seus líderes em convulsas transações com que tentam reequilibrar o poderio avassalado, quando, não, perdido ..

O poder de um dia. qual efêmera glória, sempre muda de mão e local, fazendo oscilarem, mudarem de rumo os interesses e as supostas proteções, fruto, indubitavelmente, de uma poluição descuidada—a de natureza moral!

A força e a grandeza de alguns povos até há pouco mandatários da Terra cederam lugar aos potentados reais, que se demoravam desconsiderados e as exigências da fome ameaçadora e voraz os situou como as legitimas potências que são disputadas, após o deus negro: o arroz, o trigo, o milho e o sorgo cujos celeiros, quase vazios no mundo, deles necessitam com urgência para a sobrevivência dos seres

Todavia, o homem ingere e disparate mais terrível poluição, venenosa quão irrefreável graças ao cultivo de lamentáveis atitudes em que persevera e se compraz: referimo-nos à poluição mental que interfere na ecologia psicosférica da vida inteligente, intoxicando de dentro para fora e desarticulando de fora para dentro.

Estando a Terra vitimada pelo entrechoque de vibrações, ondas e mentes em desalinho, como decorrência do desamor, das ambições desenfreadas, dos ódios sistemáticos, as funestas conseqüências se faz em presentes não apenas nas guerras externas e destrutivas, mas também nas rudes batalhas no lar, na -família, no trabalho, nas ruas da comunidade, no comportamento. Intoxicado pela ira, vencido pelo desespero que agasalha, foge na direção dos prazeres selvagens nos quais procura relaxar tensões, adquirindo mais altas cargas de desequilíbrio em que se debate.

A poluição mental campeia livre, favorecendo o desbordar daquela de natureza moral, fator primacial para as outras que são visíveis e assustadoras

O programa, no entanto, para o saneamento de tão perigoso estado de coisas, já foi apresentado por Jesus, o Sublime Ecólogo que em a Natureza, preservando-a, abençoando-a, dela se utilizou, apresentando os métodos e técnicas da felicidade, da sobrevivência ditosa nos incomparáveis discursos e realizações de que inundou a História, estabelecendo as bases para o reino de amor e harmonia, sem fim, sem dores, sem apreensões...

Nunca reagiu o Mestre—sempre agiu com sabedoria

Jamais se permitiu ferir -- deixou-se, porém crucificar,

Nenhuma agressão de Sua parte—facultou-se, no entanto, ser agredido.

Por onde passou, deixou concessões de esperança, bálsamo de reconforto, amenidade e paz. Seus caminhos ficaram floridos pelas alegrias e abençoados pelos frutos da saúde renovada.

Rei Solar, fez-se servo humilde de todos, mantendo-se inatingido, embora o ambiente em que veio construir a Vida Nova para os tempos futuros..

Repassa-Lhe a sublime trajetória.

Busca-O!

Faze uma pausa na terrível conjuntura em que te encontras e recorda-O.

Para toda enfermidade, Ele tem a eficiente terapia; para as calamidades destes dias, Ele tem a solução.

Ama e serve, portanto, como possas, quanto possas, quando possas.

A Terra sairá do caos que a absorve e voltarão o ar puro, a água cristalina, a relva repousante, o trinar dos pássaros, o fulgor do sol e o faiscar das estrelas em nome do Pai Criador e de Jesus, o Salvador Perene de todos nós.

Livro: Após a Tempestade - Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco

14 setembro 2006

Quando o Tédio Apareça - Emmanuel

Quando o Tédio Apareça

Quando o desalento te ameace o caminho, pensa nos outros, naqueles que não dispõem de tempo para qualquer entrevista com o tédio.

Se te acreditar amargurando lições demasiado severas no educandário da vida, freqüenta, de quando em quando, a escola das grandes provações, onde os aprendizes se acomodam na carteira das lágrimas. Muitos jazem na rua, estendendo mãos fatigadas aos que passam com pressa... Em maioria, são doentes que a onda renovadora do grupo social atirou à praia da assistência pública ou mães aflitas a quem as exigências de filhos pequeninos ainda não permitem a liberalidade de uma profissão...

Provavelmente, alguém dirá que entre eles se encontram oportunistas e malfeitores que se fantasiam de enfermos para te assaltarem a bolsa em nome da piedade. Compreendemos semelhante alegação e justificamo-la, porque o mal existe sempre onde lhe queiramos destacar a presença e, conquanto te roguemos o benefício da prece, em favor dos que agem assim, mais por ignorância que por maldade, apelamos para que consultes ainda aquelas outras salas de aula que se enfileiram no recinto dos hospitais e nos albergues esquecidos. Acompanha os estudos daqueles cujo corpo se carrega de feridas dolorosas para agradeceres a pele sadia que te veste a figura ou segue a cartilha de agoniadas emoções dos que se recolhem nos manicômios, sorvendo angústia e desespero nos resvaladouros da loucura ou da obsessão, a fim de valorizares o cérebro tranqüilo que te coroa a existência... Visita os asilos que resguardam a sucata do sofrimento humano e observa as disciplinas dos que foram entregues às meditações da penúria, para quem um simples sanduíche é um brinde raro e partilha os exercícios de saudade e de dor dos que foram abandonados pelos entes que mais amam, a fim de abençoares o pão de tua casa e os afetos que te enriquecem os dias.

Quando o tédio te procure, vai à escola da caridade... Ela te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no coração, livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas vazias.

Livro: Coragem
Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

13 setembro 2006

Provações - Irmão X

Indaga você das razões que induzem o Divino Poder a conservar uma pobre jovem, vestida de chagas, num catre humilde, relegada à assistência pública. E acrescenta: "Por que motivo expor uma infeliz menina a semelhante flagelação? Não haverá misericórdia para os seres que se arrastam na pobreza, quando há tantos sinais de socorro celeste, na casa dos felizes, quinhoados pelo conhecimento superior e pela mesa farta?"

Não fora a reencarnação, chave do crescimento espiritual e do soerguimento redentor para todas as esferas da vida terrestre, e as suas perguntas seriam realmente irrespondíveis.

Entretanto, meu amigo, a existência humana, em seus fundamentos, obedece aos comezinhos princípios de lógica e harmonia que prevalecem na sementeira vulgar. Enquanto não cultivarmos a gleba planetária, em toda a sua extensão, seremos defrontados pela terra desventurada, aqui ou ali, povoada de serpentes traiçoeiras ou vitimada por imensas feridas de erosão. Se não plantamos com acerto, não colheremos irrepreensivelmente, e, se nos despreocupamos da vegetação daninha ou inútil, viveremos incomodados pelos cipoais e pelos espinheiros de toda sorte.

Espanta-se você, ante a dor, mas não se reporta aos débitos contraídos. Vê a cinza e não recorda o incêndio que a produziu.

Em matéria de compromissos não resgatados e de sofrimentos que os seguem, somos surpreendidos pelos remanescentes de nossos velhos delitos, à maneira do crente em desespero, constrangido a recolher os pedaços dos próprios ídolos, que o tempo esfacelou em sua marcha invariável.

É a Lei que se cumpre, harmoniosa e calma. E não me diga que há desequilíbrios nos processos em que funciona, porque, na atualidade do mundo, temos a considerar a questão da "massa" e o problema do "resíduo".

A evolução garante novos panoramas ao direito, mas ainda explodem guerras pela hegemonia da força; a ciência resolveu os enigmas da alimentação, entretanto, ainda há quem morre de fome pelas úlceras do duodeno; a liberdade triunfou sobre a escravidão, contudo, ainda existem milhões de encarcerados na superfície da Terra, e, se é indubitável que o duelo e o envenenamento fugiram dos costumes tribais nos povos mais cultos, as mortes violentas e deploráveis continuam, aos milhares por ano, na própria engrenagem da maquinaria do progresso.

Tenho reencontrado amigos de outras eras que, endividados perante os tribunais da justiça Divina pelas fogueiras que atearam no passado às vítimas do seu desafeto, padecem hoje o "fogo selvagem" na intimidade da organização fisiológica, em que retornaram à experiência física, porque a vanguarda moral do mundo não mais tolera a perseguição religiosa ou a desvairada tirania política, e tenho desfrutado a reaproximação com inolvidáveis companheiros do pretérito que, habituados a dilacerar a carne dos adversários, pelo simples prazer de ferir, contemplam, agora, a ruína do próprio corpo, nas aflitivas amarguras de leprosários e sanatórios.

A fogueira que extingue a dívida chama-se hoje "pênfigo foliáceo", e o golpe de ontem, sangrando os que sangraram, é conhecido por "bacilo de Hansen".

No fundo, porém, meu amigo, tudo é reajuste benéfico.

Imagine a vida na Terra como sendo um manancial imenso, de cujos bordos se derramam correntes cristalinas em todas as direções: é a "massa" progredindo, valorosa, na direção de sublimes horizontes.

E pensemos em nós, indivíduos arraigados ainda ao mal, como sendo o lodo das margens ou a lama do fundo: é o "resíduo" estacionário, sofrendo a necessidade de grandes transformações.

Semelhante quadro fornece pálida notícia da verdade.

Assim sendo, que Deus nos fortaleça e abençoe no caminho da purificação.

Livro: Cartas e Crônicas - Espírito Irmão X - Psicografia Francisco C. Xavier.

11 setembro 2006

Mediunidade e Jesus - Eurípedes Barsanulfo

Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do Cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens.

É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividências entre Maria e Isabel, José e Zacarias, Ana e Simeão, no estabelecimento da Boa Nova.

E segue adiante, enaltecendo-a na inspiração ante aos doutores do Templo; exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Cana; honorificando-a, nas atividades de cura, em transmitindo passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde; ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas; dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores por intermédio dos alienados mentais que lhe surgem à frente;glorificando-a na materialização,em se transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, e elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples presença, revitalizando corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para a turba faminta ou apaziguando as forças da natureza.

E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes - o momento inesquecível do Evangelho -, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado de luz.

Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não se confunde com a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre que enobrecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência.

Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achincalhe - tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana –
Porquanto os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso divino mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o excelso médium de deus.

Livro: O Espírito da Verdade - Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

10 setembro 2006

Desligamento do Mal - Emmanuel

Antes da reencarnação, no balanço das responsabilidades que lhe competem, a mente, acordada perante a Lei, não se vê apenas defrontada pelos resultados das próprias culpas. Reconhece, também, o imperativo de libertar-se dos compromissos assumidos com os sindicatos das trevas.

Para isso partilha estudos e planos referentes à estrutura do novo corpo físico que lhe servirá por degrau decisivo no reajuste, e coopera, quanto possível, para que seja ele talhado à feição de câmara corretiva, na qual se regenere e, ao mesmo tempo, se isole das sugestões infelizes, capazes de lhe arruinarem os bons propósitos.

Patronos da guerra e da desordem, que esbulhavam a confiança do povo, escolhem o próprio encarceramento da idiotia, em que se façam despercebidos pelos antigos comparsas das orgias de sangue e loucura, por eles mesmos transformados em lobos inteligentes; espiões que teceram intrigas de morte e artistas que envileceram as energias do amor, imploram olhos cegos e estreiteza de raciocínio, receosos de voltar ao convívio dos malfeitores que , um dia, elegeram por associados e irmãos de luta mais íntima. Criaturas insensatas, que não vacilavam em fazer a infelicidade dos outros, solicitam nervos paralíticos ou troncos mutilados, que os afastem dos quadrilheiros da sombra, com os quais cultivavam rebeldia e ingratidão; e homens e mulheres, que se brutalizaram no vício, rogam a frustração genésica e, ainda, o suplício da epiderme deformada ou purulenta, que provoquem repugnância e conseqüente desinteresse dos vampiros, em cujos fluidos aviltados e vômitos repelentes se compraziam nos prazeres inferiores.

Se alguma enfermidade irreversível te assinala a veste física, não percas a paciência e aguarda o futuro. E se trazes alguém contigo, portando essa ou aquela inibição, ajuda esse alguém a aceitar semelhante dificuldade, como sendo a luz de uma bênção.
Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos, ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões.

Livro: Justiça Divina - Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

09 setembro 2006

Lesões Afetivas - Emmanuel

Um tipo de auxilio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.

Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.

Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas conseqüências amargas dos votos não cumpridos.

Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que te foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir a própria palavra, no que tange a promessas de amor. E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.

Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.

O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não nos será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrazam a existência das vítimas, espoliadas do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.

Certamente que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.

Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou, peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".

Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

Livro: Monte Acima - Autor Emmanuel / Médium Francisco Cândido Xavier

08 setembro 2006

Acerca da Pena de Morte - Irmão X




Indaga você como apreciam os desencarnados a instituição da pena de morte, e acrescenta: – “não será justo subtrair o corpo ao espírito que se fez criminoso? será lícito permitir a comunhão de um tarado com as pessoas normais?”

E daqui poderíamos argumentar: – quem de nós terá usado o corpo como devia? quem terá atingido a estatura espiritual da verdadeira humanidade para considerar-se em plenitude de equilíbrio?

A execução de uma sentença de morte, na maioria dos casos, é a libertação prematura da alma que se arrojou ao despenhadeiro da sombra. E sabemos que só a pena de viver na carne é suscetível de realizar a recuperação daqueles que se fizeram réus confessos diante dos tribunais humanos.

Não vale afugentar moscas sem curar a ferida.

Eliminar a carne não é modificar o espírito.

Um assassinado, quando não possui energia suficiente para desculpar a ofensa e esquecê-la, habitualmente passa a gravitar em torno daquele que lhe arrancou a vida, criando os fenômenos comuns da obsessão; e as vitimas da forca ou do fuzilamento, do machado ou da cadeira elétrica, se não constituem padrões de heroísmo e renunciação, de imediato, além-túmulo, vampirizam o organismo social que lhes impôs o afastamento do veiculo físico, transformando-se em quistos vivos da fermentação da discórdia e da indisciplina,.

O tribunal terrestre jamais decidirá, com segurança, sobre a extinção do crime, sem o concurso ativo do hospital e da escola.

Sem o professor e sem o médico, o juiz de sã consciência viverá sempre atormentado pela obrigação de prender e condenar, descendo da dignidade da toga para ombrear com os que se dedicam à flagelação alheia.

A função da justiça penal, dentro da civilização considerada cristã, é, acima de tudo, reeducar.

Sem o entendimento fraterno na base de nossas relações uns com os outros, não nos distanciaremos do labirinto de talião, que pretende converter o mundo em eterno sorvedouro de males renascentes.
Jesus, o divino libertador, veio quebrar algemas que nos jungiam aos princípios do castigo igual à culpa..

A educação é a mola do processo de redimir a mente cristalizada nas trevas.

Organizar a penitenciária renovadora, onde o serviço e o livro encontrem aplicação adequada, é a solução para o escuro problema da criminalidade, entre os homens, mesmo porque o melhor desforço da sociedade, contra o delinqüente, é deixá-lo viver, na reparação das próprias faltas.

Cada espírito respira no céu ou no inferno que formou para. si mesmo...

Aqui, temos o “campo dos efeitos”, e aí, no mundo, o “campo das causas”. E enquanto a alma se demora no “campo das causas”, há sempre oportunidade de consertar e reajustar, melhorando as consequências.

Não é morrendo que encontraremos facilidade para a reconciliação, É aprendendo com as rudes lições do educandário de matéria densa que se nos apuram as qualidades morais para a ascesão do espírito.

Ninguém, pois, precisará inquietar-se, provocando essa ou aquela reivindicação pela violência.

A lei da harmonia universal funciona em todos os planos da vida, encarregando-se de tudo restaurar no momento oportuno.

Quanto ao ato de condenar, quem de nós se revelará em condições de exercer semelhante direito?

Quantos de nós não somos malfeitores indiscutíveis, simplesmente por não encontrar a presa, no instante preciso da tentação? quantos delitos teremos perpetrado em pensamento?

Só a educação, alicerçada no amor, redimir-nos-á a multimilenária noite da ignorância.

Se você demonstra interesse tão grande na regeneração dos costumes, defendendo com tamanho entusiasmo a suposta legalidade da pena de morte, vasculhe o próprio coração e a própria consciência e verifique se está isento de faltas. Se você já superou os óbices da animalidade, adquirindo a grande compreensão a preço de sacrifício, estimaria saber se terá realmente coragem para amaldiçoar os pecadores do mundo, atirando-lhes “a primeira pedra”.

Livro: Cartas e Crônicas - Espírito Irmão X
Psicografia Francisco C. Xavier.

07 setembro 2006

Decálogo para Médiuns - Emmanuel



1- Rende culto ao dever.


Não há fé construtiva onde falta respeito ao cumprimento das próprias obrigações.

2 - Trabalha espontaneamente.

A mediunidade é um arado divino que o óxido da preguiça enferruja e destrói.

3 - Não te creias maior ou menor.

Como as árvores frutíferas, espalhadas no solo, cada talento mediúnico tem a sua utilidade e a sua expressão.

4 - Não esperes recompensas no mundo.

As dádivas do Senhor, como sejam o fulgor das estrelas e a carícia da fonte, o lume da prece e a bênção da coragem, não têm preço na Terra.

5 - Não centralizes a ação.

Todos os companheiros são chamados a cooperar, no conjunto das boas obras, a fim de que se elejam à posição de escolhidos para tarefas mais altas.

6 - Não te encarceres na dúvida.

Todo bem, muito antes de externar-se por intermédio desse ou daquele intérprete da verdade, procede, originariamente, de Deus.

7 - Estuda sempre.

A luz do conhecimento armar-te-á o espírito contra as armadilhas da ignorância.

8 - Não te irrites.

Cultiva a caridade e a brandura, a compreensão e a tolerância, porque os mensageiros do amor encontram dificuldade enorme para se exprimirem com segurança através de um coração conservado em vinagre.

9 - Desculpa incessantemente.

O ácido da crítica não te piora a realidade, a praga do elogio não te altera o modo justo de ser, e, ainda mesmo que te categorizem à conta de mistificador ou embusteiro, esquece a ofensa com que te espanquem o rosto, e, guardando o tesouro da consciência limpa, segue adiante, na certeza de que cada criatura percebe a vida do ponto de vista em que se coloca.

10 - Não temas perseguidores.

Lembra-te da humildade do Cristo e recorda que, ainda Ele, anjo em forma de homem, estava cercado de adversários gratuitos e de verdugos cruéis, quando escreveu na cruz, com suor e lágrimas, o divino poema da eterna ressurreição.

Do livro "Espírito da Verdade" - Emmanuel/ Chico Xavier e Waldo Vieira

06 setembro 2006

Ninguém Morre Antes da Hora - Carlos Augusto Petersen Parchen


Muitas vezes nos referimos a morte de uma pessoa como "tendo chegado a hora", ou ainda "ninguém morre antes da hora".

Daí a pergunta que muitos fazem: temos pré-determinada a hora de nossa morte? Ninguém morre antes da hora determinada?

Dentro da visão espírita, temos que analisar dois aspectos importantes quando do nascimento (reencarnação) de um ser humano.

O primeiro aspecto é o potencial genético do corpo formado, resultante da fusão de óvulo e espermatozóide, que determinam a formação de um corpo com determinados potenciais e determinadas limitações.

O segundo aspecto é o potencial energético do perispírito, pois este último promove a ligação do espírito com o corpo físico, arrastando para esse corpo energias positivas e/ou negativas, de acordo com as suas características evolutivas específicas. Essas energias provocam alterações nos potenciais genéticos e de funcionamento do corpo físico.

Da interação entre esses dois aspectos no complexo humano (corpo+perispírito+espírito), temos, teoricamente, estabelecido um potencial de vitalidade ou de energia vital que, em tese, determina um potencial máximo de vida para aquele organismo, ou se quiser simplificar, um tempo máximo de vida orgânica.

Colocamos e destacamos "em tese", pois o exercício do livre arbítrio leva ao perispírito possibilidades de alterar suas características energéticas, com energias positivas ou negativas, o que, por sua vez, altera o potencial de energia vital do complexo humano. Essa alteração pode melhorar ou piorar o potencial de energias vitais.

Da mesma forma, o nosso livre arbítrio também nos leva a utilizar o nosso patrimônio físico, com maior ou menor cuidado com suas necessidades específicas, o que pode gerar um "gasto correto" (econômico) ou um "gasto excessivo" de nossa vitalidade orgânica ou energia vital.

Para melhor explicar isso, vamos exemplificar com o tabagismo (vício de fumar). Estudos e pesquisas internacionais, já muito conhecidas (e reconhecidas), provaram que o consumo de um único cigarro "custa" ao organismo físico o desgaste orgânico equivalente a cerca de 12 a 14 minutos de vida. Isso significa que cada 5 cigarros fumados equivalem a "diminuição" de 1 (uma) hora de vida. O que falar então do uso de drogas (tóxicos) e do alcoolismo? Ou ainda da alimentação inadequada, excessiva? Quanto desgaste isso tudo gera ao potencial orgânico?

Fica fácil de entender que a pessoa pode "danificar" seu corpo físico, encurtando seu tempo de vida orgânica em relação ao seu "potencial de vitalidade". Só isso já poria por terra a teoria de que "ninguém morre antes da hora". Quem não cuidar das suas energias no perispírito ( o que está ligado ao equilíbrio espiritual) e do seu corpo físico, diminui seu tempo de vida orgânica, ou seja, "morre antes da hora". Com isso, adquire débito energético, ou seja, necessidade de "resgate" desse "débito" em outra(s) encanação(ões).

Analisando de um ângulo externo ao próprio complexo humano, temos que nos lembrar que todos estamos numa vida de relação, com outros indivíduos e com a natureza. E sofremos as conseqüências disso.

Vamos exemplificar de forma bem direta: uma determinada pessoa resolve ir a uma festa, ingere muita bebida alcoólica, embriaga-se. De forma imprudente, vai voltar para casa dirigindo seu veículo. Em excesso de velocidade, perde o controle do carro, atingindo um ponto de ônibus, onde atropela e mata 3 pessoas, sendo uma criança, um jovem e um adulto.

Essas três pessoas atropeladas estavam na "sua hora de morrer"? Suas mortes estavam "programadas"? Estava escrito? Estava "previsto" na reencarnação de cada um?

É evidente que não, pois em caso contrário não existiria o livre arbítrio, e tudo no mundo seria determinístico, nos tornando meros "robôs" na passagem terrena.

Aquele motorista embriagado ceifou a vida de pessoas que tinham diferentes potenciais de vida, de alguns anos (o adulto) a várias décadas (criança e jovem), e que ainda poderiam viver muito com seu corpo orgânico. As três pessoas "morreram antes da hora".

Não existe uma "programação de morte". Existe um potencial de vida, que pode mesmo ser "estendido" pelo equilíbrio espiritual e respeito e cuidado com o corpo físico, ou ainda, encurtado pelo próprio indivíduo ou por terceiros, que responderão por isso nesta e em outras vidas.

Se as mortes estivessem programadas, cada movimento em todo o mundo estaria programado. Se uma pessoa morre atropelada numa rua, na hora do "pico" do movimento, em São Paulo, por exemplo, e isso estivesse "programado", o atropelador já nasceria com essa "missão", e para ajustar a sincronia entre atropelador e atropelado, todo o trânsito de São Paulo deveria estar "programado", para que todos os envolvidos se encontrassem naquele exato instante.

Cremos que com esses argumentos, evidencia-se que não existe "hora de morte programada".

O que os espíritas devem cuidar é para não se tornarem crentes do determinismo, acreditando numa "programação absoluta da reencarnação", pois isso fere uma verdade basilar – a do livre arbítrio - , sob a qual reside grande parte da filosofia e doutrina espírita.

É preciso estudar um pouco mais a Lei de Causa e Efeito, relacionando isso com o estudo do registro energético do perispírito, de modo a entendermos o correto mecanismo do "resgate e expiação.

Carlos Augusto Parchen -Curitiba, Paraná junho 2002
Centro Espírita Luz Eterna - CELE

05 setembro 2006

Aversões - Emmanuel

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos, antes, durante e depois de suas encarnações.
Do item 8, do Cap. XIV, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Somos defrontados, em todos os departamentos da família humana, pelas ocorrências da aversão inata.

Pais e filhos, irmãos e parentes outros, não raro, se repelem, desde os primeiros contactos.

Claramente verificáveis os fenômenos da hostilidade, entre adultos e crianças, trazidos pelo imperativo do berço à intimidade do dia-a-dia.

Pais existem nutrindo antipatia pelos próprios rebentos, desde que esses rebentos lhes surgem no lar, e existem filhos que se inimizam com os próprios pais, tão logo senhoreiam o campo mental, nos labores da encarnação.

Arraigado no labirinto de existências menos felizes, decerto que o problema das reações negativas, culpas, remorsos, inibições, vinganças e tantos outros está presente no quadro familiar, em que o ódio acumulado em estâncias do pretérito se exterioriza, por meio de manifestações catalogáveis na patologia da mente.

Nessa base de raciocínio, determinada criança terá sofrido essa ou aquela humilhação da parte dos pais ou tutores e se desenvolveu abafando propósitos de desforço, com o que intoxicou a si mesma, no curso do tempo, e certos pais haverão sentido inesperada animosidade por esse ou aquele filho recém-nato, alimentando ciúme contra ele, embora sufocando tal sentimento, com benéficas atitudes de convenção.

Não muito raro, os cadastros policiais registam infanticídios em que pais ou mães aniquilam o corpo daqueles mesmos Espíritos aos quais favoreceram com a encarnação na Terra.

Indubitavelmente, o tratamento psicológico, visando à cura mental e à sublimação da personalidade, é o caminho ideal para semelhantes pacientes; urge entender, porém, que médicos e analistas humanitários conseguirão efetuar prodígios de compreensão e de amor, liberando enfermos dessa espécie; no entanto, o estudo da reencarnação é igualmente chamado a funcionar, nos alicerces da obra de salvamento.

Quantos milhares de existências terminam anualmente, no mundo, pelos golpes da criminalidade? Claro está que as vítimas não foram arrebatadas para céus ou infernos teológicos.

Se compenetradas, quanto às leis de amor e perdão que dissipam as algemas do ódio, promovem-se a trabalho digno na Espiritualidade, às vezes até mesmo em auxílio aos próprios algozes.

Na maioria das circunstâncias, todavia, persistem no caminho daqueles que lhes dilapidaram a vida profunda, transformando-se em perseguidores magoados ou vingativos, jungidos mentalmente aos antigos ofensores, e finalmente reconduzidos, pelos princípios cármicos, ao renascimento junto deles, a fim de sanarem, no clima da convivência, os complexos de crueldade que ainda se lhes destilem do ser.

Quando isso aconteça, o apostolado de reajuste há-de iniciar-se nos pais, porquanto, despertos para a lógica e para o entendimento, são convocados pela sabedoria da vida ao apaziguamento e à renovação.

Observemos, no entanto, que em semelhantes domínios da alma o apoio da fé religiosa se erguerá em socorro e terapêutica.

É indispensável amar e desculpar, compreender e servir, tantas vezes quantas se façam necessárias, de modo a que sofrimento e dissensão desapareçam e a fim de que, nas bases da compreensão e da bondade de hoje, as crianças de hoje se levantem na condição de Espíritos reajustados, perante as Leis do Universo, garantindo aos adultos, nas trilhas das reencarnações porvindouras, a redenção de seus próprios destinos.

Livro : Vida e Sexo - Emmanuel - Psicografia: Francisco Cândido Xavier

04 setembro 2006

Filho Deficiente - Joanna de Ângelis


A decepção passou a ser-te um ferrete em brasa, dilacerando sem cessar os teus sentimentos.

Todos os planos ficaram desfeitos, quando esperavas entesourar felicidade e vitória.

No suceder dos dias, desde os primeiros sinais, anelaste por um ser querido que chegaria aos teus braços com os louros e a predestinação da grandeza em relação ao futuro.

O pequeno príncipe deveria trazer no corpo, na mente, na vida, as características da raça pura, grandioso no porte, lúcido na inteligência, triunfador nas realizações.

O que agora contemplas não é o filho desejado, mas um feio espécime, mutilado, enfermo, frágil...

Mas acreditas que se haja gerado por teu intermédio, que seja teu filho.

Por pouco não detestas.

Mal te recobras do choque e da vergonha que experimentas quando os amigos o vêem, quando sabem que é teu descendente.

Surda revolta assenhoreia-se da tua alma e, a pouco e pouco, a amargura ganha campo no teu coração.

Reconsidera, porém, quantas antes, atitudes e posições mentais.

Não podes arbitrar com segurança no jogo dos insondáveis sucessos da reencarnação.

Pára a reflexionar e submete-te à injunção redentora.

A tua frustração decorre do orgulho ferido, do desamor que cultivas.

Teu filho deficiente necessita de ti. Tu, porém, mais necessitas dele.

Quem agora te chega ao regaço com deficiência e limitação, recupera-se no cárcere corporal das arbitrariedades que perpetrou.

Déspota ou rebelde caiu nas ciladas que deixou pela senda, onde fez que outros sucumbissem.

Mordomo da existência passada abusou dos dons da vida com estroinice e perversidade, ferindo e terminando por ferir-se.

Não cometeu, todavia, tais desatinos a sós.

Quando alguém cai, sempre existe outrem oculto ou ostensivo que o leva ao tombo.

O êxito como o insucesso sempre se faz de parceria.

Muitos responsáveis intelectuais de realizações nobres, como de crimes espetaculares, permanecem não identificados.

E são os autores reais, que se utilizam dos chamados ignorantes úteis para esses cometimentos.

O filho marcado que resulta do teu corpo é alma vitimada pela tua alma, não duvides.

Não é este o primeiro tentame que realizam juntos.

Saindo do fracasso transato, ambos recomeçam abençoada experiência, cujo êxito podes promover desde já.

Renteia com ele na limitação e aumenta-lhe, mediante o amor dinâmico, a capacidade atrofiada.

Sê-lhe o que lhe falta.

Da convivência nascerá a interdependência recíproca.

No labor com ele, amá-lo-ás.

Infatigavelmente renova os quadros mentais e por enquanto desce ao solo da realidade, fora das ilusões mentirosas, a fim de seres, também, feliz.

Honra-te com o filhinho dependente e mais aproxima-te dele, cada vez.

A carne gera a carne, mas os atos pretéritos do Espírito produzem a forma para a resistência orgânica.

As asas de anjo do apóstolo, como os pés de barro de quem amas, precedem à atual injunção fisiológica.

Se te repousa no berço de sonhos desfeitos um filhinho deformado, amputado, dementado, deficiente de qualquer natureza, esquece-lhe a aparência e assiste-o com amor.

Não te chega ao trono dos sentimentos por acaso.

Antigo companheiro vencido suplica ajuda ao desertor, só agora alcançado pela divina legislação.

Dá-lhe ternura, canta-lhe um poema de esperança, ajuda-o.

O filho deficiente no teu lar significa a tua oportunidade de triunfo e a oportunidade que ele te roga para alcançar a felicidade.

Seria terrivelmente criminoso negar-lhe, por vaidade ferida, o amparo que te pede, quando te concede a bênção do ensejo para a tua reparação em relação a ele.

Livro: SOS Família - Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo P. Franco

03 setembro 2006

Dividir com Amor - Joanna de Ângelis

A miséria socioeconômica, que entulha as avenidas do mundo, mistura-se à de natureza moral, que atulha os edifícios e residências de luxo como os guetos da promiscuidade libertina.

O que podes fazer, parece-te quase sem sentido ou significação, tão grande e volumoso é o problema. Apesar disso, não te escuses de auxiliar.

Se não consegues ir à causa do problema, minimiza-lhe os efeitos.

Desde que não podes erradicar, de um golpe, a fome, a enfermidade, a ignorância, contribui com a tua quota de amor, por mínima que seja.

Sempre podes dividir do que possuis, com aquele nada tem.

Quando repartes com amor, multiplicas a esperança, favorecendo a alegria.

Menos tem, aquele que se nega a doar algo.

Afirma-se que esse gesto de amor gera o paternalismo, promove o vício...

Não têm razão, os que assim informam.

Muitos males, e alguns crimes são abortados quando uma atitude de amor interrompe o passo do infeliz que padece fome, desespero e dor...

Somente quem aprende a abrir a mão, descerra o bolso, terminando por oferecer o coração.

Faze o que te esteja ao alcance, e a vida fará o resto.

Livro: Episódios Diários. Joanna de Ângelis/Psicografia de Divaldo P. Franco

02 setembro 2006

Parentes Mortos - Emmanuel


Não olvides que além da morte continua vivendo e lutando o espírito amado que partiu...

Tuas lágrimas são gotas de fel em sua taça de esperança.

Tuas aflições são espinhos a se lhe implantarem no coração.

*
Tua mágoa destrutiva é como neve de angústia a congelar-lhe os sonhos.

Tua tristeza é sombra a escurecer-lhe a nova senda.

*
Por mais que a separação te lacere a alma sensível , levanta-te e segue para a frente, honrando-lhe a confiança com a fiel execução das tarefas que o mundo te reservou.

*
Não vale a deserção do sofrimento, porque a fuga é sempre a dilatação do labirinto que nos arroja à invigilancia, compelindo-nos a despender longo tempo na recuperação do rumo certo.

*
Recorda que a lei de renovação atinge a todos e auxilia quem te antecedeu na grande viagem com o valor de tua renuncia e com a fortaleza de tua fé, sem esmorecer no trabalho – nosso invariável caminho para o triunfo.

*
Converte a dor em lição e a saudade em consolo porque, de outros domínios vibratórios, as afeições inesquecíveis te acompanham os passos, regozijando-se com as outras tuas vitórias solitárias, portas adentro de teu mundo interior.

*
Todas as provas objetivam o aperfeiçoamento do aprendize, por enquanto, não passamos de meros aprendizes na Terra, amealhando o conhecimento e a virtude, em gradativa e laboriosa ascensão para a Vida Eterna.

Deus, a Suprema Sabedoria e a Suprema Bondade, não criaria a inteligência e o amor, a beleza e a vida, para arremessá-la às trevas.

*
Repara em torno dos teus próprios passos. A cada noite no mundo, segue-se o esplendor do alvorecer.

O inverno áspero é sucedido pela primavera estuante de renascimento e floração.

*
A lagarta, que hoje se arrasta no solo, amanhã librará em pleno espaço com asas multicores de borboleta.

Nada perece.

Tudo se transforma na direção do Infinito Bem.

*
Compreendendo, desta forma, a Verdade, entesourando-lhe as bênçãos, aprendamos a encontrar na morte o grande portal da vida e estaremos incorporando, em nosso próprio espírito, a luz inextinguível da Gloriosa Imortalidade

Livro: Paz e Libertação - Emmanuel/Chico Xavier

01 setembro 2006

Página aos Espíritas - Emmanuel


Examinando os imperativos do progresso, lembremo-nos de que não poucos amigos estranham os ideais e atividades dos espíritos e dos espíritos, no trato com os assuntos que nos envolvem os interesses, além do plano físico.

Crendices – dizem alguns.

Futuro não interessa – clamam outros.

Entretanto, o mundo que antigamente considerava bruxaria o fato de ser diagnosticar uma enfermidade através da clarividência, na atualidade realiza a proeza, em caráter de rotina, pela radiografia.

E, quantos asseveram não encontrar qualquer vantagem nos estudos que vamos efetuando em torno do porvir, não desistem de educar os filhos para as eventualidades do tempo, exigem que as organizações legais lhes mantenham a ordem, utiliza-se da medicina preventiva e fazem seguro contra incêndio.

Declaram-se fixados tão-somente nos sucessos de hoje e nas conquistas de hoje, mas, no fundo, sabem que o amanhã lhes bate à porta e preparam-se prudentemente para enfrentá-lo.Apesar da opinião de quanto não nos possam compreender de pronto, continuemos em nossos objetivos e tarefas, construindo o entendimento novo para a Vida Maior.Sem ferir a ninguém, conquanto decididos a sustentar a verdade e a defendê-la com os recursos da lógica e do bom senso, prossigamos edificando a solidariedade humana sobre os alicerces do amor que o Cristo nos legou.

E tanto quanto esteja ao nosso alcance, sem curiosidade preguiçosa e sem pressa enfermiça, comprovemos a imortalidade da alma, demonstrando que a consciência se patenteia responsável e ativa para lá da Terra; que a criatura em qualquer parte colhe o que semeia; que o espírito seja ele quem for e onde estiver, vive nos reflexos das criações mentais que ele próprio alimenta e que a reencarnação é a lei através da qual somos todos conduzidos à renovação e ao progresso incessante.

Quanto possível, trabalhemos na Causa da Humanidade que a Doutrina Espírita representa.

Os homens encarnados de agora são nossos descendentes e nós, os desencarnados da hora que passa, seremos depois os descendentes deles, até que lês e nós nos mostremos em condições de acesso às Esferas Superiores.

“Berço –existência – desencarnação – renascimento” , constituem quatro estágios de evolução que cabem nas quatros letras da VIDA. E a VIDA, com as suas grandezas e exigências, problemas e imposições, tanto se encontra aí, quanto aqui.

Do livro Canais da Vida - Psicografia de Francisco Cândido Xavier.