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11 agosto 2006

A Loucura da Violência - Joanna de Ângelis

  • Entre as expressões do primarismo, no mercado das paixões humanas, destaca-se com realce a violência, espalhando angústia e dor.
  • Remanescente dos instintos agressivos, ela estiola as mais formosas florações da vida, estabelecendo o caos.
  • Em onda volumosa arrasa, deixando destroços por onde passa, alucinada.
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  • Na raiz da violência encontra-se a falta de desenvolvimento do senso moral, que o espírito aprimora através da educação, do exercício dos valores éticos, da amplitude de consciência.
  • Atavismo cruel, demora de ser transformada em ação edificante, face às suas vinculações com os reflexos instintivos do período animal, que se prolongam, perturbadores.
  • Não apenas gera aflição, quando desencadeada, como também provoca reações equivalentes em sucessão quase incontrolável, arrebentando tudo quanto se lhe opõe no percurso destrutivo.
  • Todo o empenho em favor da preservação dos valores morais deve ser colocado a serviço da paz, como antídoto à força devastadora da violência.
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  • Pequenos exercícios de autocontrole terminam por criar hábitos de não-violência.
  • Disciplinas mentais e silêncios fortalecidos pela confiança em Deus geram a harmonia que impede a instalação desse desequilíbrio.
  • Atividades de amor, visando o bem e o progresso da criatura humana e da sociedade, constituem patamar de resistência às investidas dessa agressividade.
  • Reflexões em torno dos deveres morais produzem a conscientização do bem, gerando o clima que preserva os sentimentos da fraternidade.
  • A violência é adversária do processo de evolução, fomentadora da loucura. Quem lhe tomba nas garras exaure-se, e, sem forças, termina no abismo do auto-aniquilamento ou do assassínio...
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  • A violência disfarça-se no lar, quando os cônjuges não respeitam os espaços, os direitos que lhes cabem reciprocamente; quando os filhos se sentem preteridos por falsos valores do trabalho, do dinheiro, do poder...
  • Na sociedade, quando os preços escorcham os necessitados;
  • quando os interesses pessoais extrapolam os seus limites e perturbam os outros;
  • quando a comodidade e os prazeres de alguns agridem os compromissos e os comportamentos alheios;
  • quando as injustiças sociais estiolam os fracos a benefício dos fortes aparentes;
  • quando os sentimentos inferiores da maledicência, da calúnia, da inveja, da traição, do suborno de qualquer tipo, da hipocrisia, disseminam suas infelizes sementes;
  • quando os pendores asselvajados não encontram orientação;
  • quando as ilusões e fugas, os vícios e aliciamentos levam às drogas, ao sexo desvairado, às ambições absurdas, explodindo nas ruas do mundo e invadindo os lares;
  • quando os governantes perdem a dignidade e estimulam a prevalência da ignorância, provocando guerras nacionais e internacionais...
  • A violência, de qualquer natureza, é atraso moral, síndrome do primitivismo humano remanescente.
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  • O homem e a mulher estão fadados à paz, à glória estelar.
  • Assim, liberta-te daqueles remanescentes agressivos que terminam insuflando-te reações infelizes.
  • Se te compraz ainda mantê-los, tem a coragem de te violentares, superando-os ou domando-os, e contribuirás para o apressar do progresso humano.
  • Como não te é lícito conivir com o erro, ensina pela retidão os mecanismos da felicidade, evitando a ira, a cólera, o ódio.
  • A ira é fagulha que ateia o fogo da violência. A cólera é combustível que a mantém, e o ódio é labareda que a amplia.
  • Pensa em Jesus, e, em qualquer circunstância, interroga-te como Ele agiria, se estivesse no teu lugar. Tentando-o, lograrás imitá-lO, fazendo como Ele, sem nenhuma violência.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

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