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29 fevereiro 2016

E se a Vida fosse uma Estrada - Momento Espírita

 
E SE A VIDA FOSSE UMA ESTRADA

Cada um de nós caminha pela vida como se fosse um viajante que percorre uma estrada.

Há os que passam pouco tempo caminhando e os que ficam por longos anos.

Há os que veem margens floridas e os que somente enxergam paisagens desertas.

Há os que pisam em macia grama e os que ferem os pés em pedras pontudas e espinhos.

Há os que viajam em companhias amigas, assinaladas por risos e alegria. E há os que caminham com gente indiferente, egoísta e má.

Há os que caminham sozinhos – inclusive crianças - e os que vão em grandes grupos.

Há os que viajam com pai e mãe. E os que estão apenas com os irmãos. Há quem tenha por companhia marido ou esposa.

Muitos levam filhos. Outros carregam sobrinhos, primos, tios. Alguns andam apenas com os amigos.

Há quem caminhe com os olhos cheios de lágrimas e há os que se vão sorridentes.

Mas, mesmo os que riem, mais adiante poderão chorar. Nessa estrada, nunca se conheceu alguém que a percorresse inteira sem derramar uma lágrima.

Pela estrada dessa nossa vida, muitos caminham com seus próprios pés. Outros são carregados por empregados ou parentes.

Alguns vão em carros de luxo, outros em veículos bem simples. E há os que viajam de bicicleta ou a pé.

Há gente branca, negra, amarela. Mas se olharmos a estrada bem do alto, veremos que não dá para distinguir ninguém: todos são iguais.

Há gente magra e gente gorda. Os magros podem ser assim por elegância e dieta ou porque não têm o que comer.

Alguns trazem bolsas cheias de comida. Outros levam pedacinhos de pão amanhecido.

Muitos gostam de repartir o que têm. Outros dão apenas o que lhes sobra. Mas muita gente da estrada nem olha para os viajantes famintos.

Há pessoas que percorrem a estrada sempre vestidas de seda e cobertas de joias. Outros vestem farrapos e seguem descalços.

Há crianças, velhos, jovens e casais, mas quase todos olham para lugares diferentes.

Uns olham para o próprio umbigo, outros contemplam as estrelas, alguns gostam de espiar os vizinhos para fofocar depois.

Uma boa parte conta o dinheiro que leva e há os que sonham que um dia todos da estrada serão como irmãos.

Entre os sonhadores há os que se dedicam a dar água e pão, abrigo e remédio aos viajantes que precisam.

Há pessoas cultas na estrada e há gente muito tola. Alguns sabem dizer coisas difíceis e outros nem sabem falar direito.

Em geral, os sabichões não gostam muito da companhia dos analfabetos.

O que é certo mesmo é que quase ninguém na estrada está satisfeito. A maioria dos viajantes acha que o vizinho é mais bonito ou viaja de forma bem mais confortável.

É que na longa estrada da vida, esquecemos que a estrada terá fim.

E, quando ela acabar, o que teremos?

Carregaremos, sim, a experiência aprendida durante o tempo de estrada e estaremos muito mais sábios, porque todas as outras pessoas que vimos no caminho nos ensinaram algo. A estrada de nossa existência pode ser bela, simples, rica, tortuosa. Seja como for, ela é o melhor caminho para o nosso aprendizado.

Deus nos ofereceu essa estrada porque nela se encontram as pessoas e situações mais adequadas para nós.

Assim, siga pela estrada ensolarada. Procure ver mais flores. Valorize os companheiros de jornada, reparta as provisões com quem tem fome.

E, sobretudo, não deixe de caminhar feliz, com o coração em festa, agradecido a Deus por ter lhe dado a chance de percorrer esse caminho de sabedoria.

Redação do Momento Espírita

28 fevereiro 2016

Variação de Humor e sua Razão Espiritual, da obra "Uma Razão Para Viver" - Richard Simonetti

 
VARIAÇÃO DE HUMOR E SUA RAZÃO ESPIRITUAL

- Eu estava muito bem, saudável, animada...De repente, sem motivo palpável, caí na "fossa" - uma angústia invencível, uma profunda sensação de infelicidade, como se a vida não tivesse mais graça...

Em psicologia o paciente poderia ser definido como ciclotímico, alguém com temperamento sujeito a variações intensas de humor - alegria e tristeza, euforia e angústia, serenidade e tensão.

Tem períodos de grande energia, confiança, exaltação, alternados com aflições.

Muita disposição e iniciativas hoje; amanhã temores e inibições.

Os períodos negativos podem prolongar-se, instalando a depressão, a exigir tratamento especializado na área da psiquiatria. Como ela se alterna com estados de euforia, em que o paciente parece totalmente recuperado, sem que nada tenha ocorrido para justificar a mudança de humor, emprega-se a expressão "depressão endógena”, algo que tem sua origem nas tendências constitucionais herdadas, algo que faz parte da personalidade do indivíduo.

Há uma retificação a fazer. A tendência à depressão é uma herança, realmente, não de nossos pais , mas de nós mesmos , porquanto as características fundamentais de nossa personalidade representam, essencialmente , a soma de nossas experiências em vidas pretéritas.

O que pesa sobre nossos ombros, favorecendo os estados depressivos, é a carga dos desvios cometidos, das tendências inferiores desenvolvidas, dos vícios cultivados, do mal praticado.

Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento, com o que comprometem a própria estabilidade física, favorecendo a evolução de desajustes intermináveis.

De certa forma somos todos ciclotímicos, temos variações de humor, sem que isso se constitua num estado mórbido: hoje em paz com a vida; amanhã brigados com a humanidade. Nas nuvens por algum tempo; depois na "fossa".

Essa ciclotímia guarda relação com os processos de influência espiritual.

Estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores, que consciente ou inconscientemente nos assediam.

Há outro aspecto muito interessante, abordado pelo Espírito François de Genève, no capítulo V, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo":

"Sabeis porque, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que o vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia e vos julgais infelizes. "Crede-me, resisti com energia a essas impressões, que vos enfraquecem a vontade."

Podemos concluir, em resumo, que a ciclotimia de nossa personalidade ocorre em função de pressões ambientes, de influências espirituais, do peso do passado e das saudades do além.

E como superar as variações de humor, mantendo a serenidade e a paz em todas as situações?

É evidente que não a faremos da noite para o dia, como quem opera um prodígio, mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir, o que pede o concurso do tempo.

Considerando, entretanto, que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento , podemos começar com o esforço por disciplinarmos nossa mente , não nos permitindo idéias negativas.

Richard Simonetti
Obra: "Uma Razão Para Viver"

27 fevereiro 2016

Mas é ela que não me deixa! - Antônio Carlos Navarro


MAS É ELA NÃO ME DEIXA!

O trabalho mediúnico é, entre outras coisas, surpreendente.

Certa feita, em uma sessão mediúnica destinada a orientação de espíritos desencarnados, fomos surpreendidos com o desenrolar de uma das conversações estabelecidas.

Anteriormente, havíamos sido procurados por uma pessoa, que relatava estar sendo vítima de determinada influência espiritual menos feliz, e isso a incomodava muito.

Percebia-se, a “vítima”, sempre acompanhada mesmo quando sozinha e, corriqueiramente, sentia-se invadida por determinadas angústias inexplicáveis.

Direcionada ao tratamento fluído-terápico e ao fortalecimento da fé e da confiança por meio da prece, da leitura edificante e do esclarecimento proporcionado pelas palestras públicas, teve seu nome inserido nos círculos de oração do Centro Espírita.

Passadas algumas sessões mediúnicas, um determinado Espírito se fez presente, apresentando através de suas informações, relação com a condição daquela pessoa. De imediato, o médium orientador buscou envolvê-lo, respeitosamente, no sentido de rever seus posicionamentos, valores e atitudes, e ver que aquela situação não lhe permitia dar continuidade ao seu progresso no plano espiritual, e isso lhe traria muitos prejuízos, além do prejuízo causado ao encarnado, do qual seria responsável em parte.

Foi quando o Espírito comunicante exclamou:

– Eu quero seguir minha vida, mas é ela que não me deixa!

E acrescentou:

– Já estou saturado dessa situação, mas o vínculo que foi criado entre eu e esta pessoa deverá ser rompido por nós dois, e eu já fiz a minha parte, mas ela ainda insiste em manter os mesmos hábitos, e estes me “chamam” para junto dela em função de termos estabelecidos essa sintonia conjuntamente.

Orientado ao fortalecimento de sua própria vontade e a orar com sinceridade, para livrar-se daquela situação, também foi informado a ele que a sua presença ali significava que já estava sendo amparado pelos Espíritos Socorristas.

Ao analisarmos, para aprendizado, o ocorrido, de imediato nos lembramos de algumas questões de O Livro dos Espíritos, como segue: Questão 467(1) – Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

– Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.

Evidencia-se, com a resposta dos Espíritos Superiores que nossas companhias espirituais dependem de nossos desejos, e se estes forem no sentido da satisfação de viciação física, atrairemos espíritos que portam os mesmos vícios, mas também os atrairemos pela viciação mental resultante de nossos pensamentos negativos; porém, sempre será possível revertermos a situação, desde que assumamos novos hábitos, mentais e comportamentais, em relação às viciações causadas pelas paixões humanas, como nos esclarece O Livro dos Espíritos:

Questão 469 – Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?

– Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”. Vai-te e não peques mais, orientou o Senhor Jesus (2), como solução para todos os nossos sofrimentos, ou seja, é preciso mudar, mas mudar a nós mesmos.

Querer livrar-se da influência ou perseguição dos espíritos através de um afastamento unilateral, acusando-os dos males que nos acometem é infantilidade espiritual, e não trará resultados favoráveis a nós outros.

Aquele Espírito saturou-se diante da situação e passou a desejar a liberdade, mas como era partícipe do conluio estabelecido, dependia também do encarnado, até o momento em que sua vontade de mudar tornou-se convincente a ponto de chamar a atenção dos Espíritos Socorristas, que representam a Misericórdia Divina, e que sem demora o socorreram.

E nós, o que temos feito para nos livrarmos de nossas viciações, sejam físicas ou mentais, para pleitearmos liberdade em relação aos espíritos inferiores?

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Referências Bibliográficas e Nota do Autor:

(1) Todos os grifos são nossos.
(2) João 8:11

26 fevereiro 2016

Antes de reencarnar, escolhemos pais, irmãos, cônjuges? - Zibia Gasparetto



A ESCOLHA COM QUEM SE REENCARNAR

"Antes de encarnar, todos nós obrigatoriamente escolhemos nossos pais e irmãos? Ou podemos nascer em uma família com integrantes com os quais nunca convivemos, em vida alguma?"-

A reencarnação é um processo complexo. Suas variáveis decorrem do nível espiritual de cada um, levando em conta as necessidades de aprendizagem não só do espírito que volta, mas também das pessoas com as quais ele irá conviver nesse período. Quando o espírito possui mais conhecimento, pode ajudar a programar sua próxima encarnação – mas sempre com a supervisão dos espíritos superiores.

Algumas vezes, ele pretende desenvolver algum lado seu que esteja dificultando seu progresso. Então, lhe é facultado reencarnar no meio de pessoas comas quais nunca tenha se relacionado antes, a fim de trocar conhecimento. Ao reencarnar, o espírito sabe que esquecerá do passado e sente-se inseguro com isso. Natural que queira ter, como pais, pessoas amigas de outras vidas, figuras nas quais confia. Mas é bom saber que isso só será possível se elas aceitarem a responsabilidade e se essa união favorecer o processo.

Reencarnar com pessoas com as quais o espírito tem afinidade é sempre muito bom, pois permite que, juntos, eles possam apoiar-se mutuamente e progredir. Tal oportunidade não é concedida a espírito que tenha prejudicado pessoas ou criado inimizades em outras vidas. Em casos assim, a reencarnação é compulsória e quase sempre ele terá de conviver na mesma família, exatamente em meio às pessoas com as quais se desentendeu.

É uma chance que a vida oferece para que ele conheça um pouco melhor seus desafetos e modifique sua maneira de se relacionar com eles. Então, os laços de parentesco servem, a princípio, para suavizar o confronto. A mesma oportunidade é dada aos espíritos que, apesar de terem feito muitos inimigos no passado, se arrependem.

Sentem remorso e necessidade de reparar seus erros. Aí, recebem a chance de programar, com o auxílio dos mentores, a reencarnação junto dos seus inimigos. Portanto, há, ainda no astral, um trabalho de aproximação entre eles, feito pelos por espíritos superiores, para que se entendam e concordem em se relacionar de novo na Terra.

Às vezes, leva muito tempo para que eles aceitem e estejam prontos para essa nova encarnação. E, ainda assim, quando tudo está bem entre eles, podem surgir dificuldades práticas na concretização do projeto.

Em certos casos, a rejeição energética da futura mãe é tão grande que acaba se tornando uma gravidez de risco, que não chega a bom termo, sendo necessárias várias tentativas. Nesse caso, atuam também as energias do espírito reencarnante que, embora queira aproximar-se daquelas pessoas, reage instintivamente ao contato energético, que se torna insuportável para ele.

Pode acontecer que as pessoas com as quais o espírito se desentendeu no passado já a tenham perdoado – e aí elas estão livres, podendo seguir adiante sem precisar recebê-lo na família. 

Numa situação assim, pode reencarnar em meio a desconhecidos que precisem de ajuda. Ao ajudá-las, ele irá se libertar do remorso.

Quando o espírito progride, a noção da própria maldade lhe faz mal. Só poderá seguir adiante se conseguir livrar-se dela. Pois ninguém é vítima. Todos somos responsáveis pelas nossas escolhas. 

O respeito às leis cósmicas é fundamental para que nosso espírito prossiga na conquista do bem. Agir com inteligência é evitar sofrimento.

Zibia Gasparetto

25 fevereiro 2016

Somos Todos Médiuns? - Liz Bittar

 
SOMOS TODOS MÉDIUNS?

Pergunto-me até que ponto esta afirmação é verdadeira. Para sanar esta dúvida, recorro à melhor das fontes: ALLAN KARDEC.

Com efeito, no Livro dos Médiuns, Capítulo XIV, item 159, Kardec afirma que "toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium". E com base nesta única frase, que é a frase introdutória do capítulo "OS MÉDIUNS", muitos disseminam aos quatro ventos a informação - senão errônea, mas certamente incompleta - de que "somos todos médiuns".

A frase utilizada fora do contexto que a empregou Kardec, na verdade mais confunde do que esclarece. Quem tiver o cuidado de ler não apenas a frase inicial, mas todo o parágrafo (pelo menos, o primeiro parágrafo...) vai ter uma visão mais abrangente, e mais correta, sobre esta afirmação de Kardec. Vejamos o que ele disse:

Livro dos Médiuns, Cap. XIV, OS MÉDIUNS, item 159:
"Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva."*

Este parágrafo esclarece muito bem. Vamos analisar as palavras de Kardec: "Usualmente, porém, a qualificação, (ou seja, o termo "médium") se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, (ou seja, o termo "médium" SE APLICA SOMENTE aos que possuem uma mediunidade BEM CARACTERIZADA) que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade (ou seja, que se mostra de maneira patente ou mais ostensiva), o que depende de uma organização (ou seja, de uma condição orgânica) mais ou menos sensitiva."

Todos nós sentimos a influência de Espíritos. Recebemos essas influências através das boas intuições, ou mesmo das más, como é o caso das obsessões. As obsessões nada mais são do que a ação dos Espíritos sobre os encarnados: o obsedado recebe essas influências e é sensível a elas. Mas o fato de sentirmos influências espirituais - boas ou más - não nos torna médiuns, se entendermos a mediunidade como "aptidão para a produção de fenômenos mediúnicos, como o da psicofonia ou incorporação, psocografia, vidência, etc." Foi o que Kardec deixou claro quando disse que a qualificação, ou o termo "médium", "se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada", que se traduz por "efeitos patentes de certa intensidade".

Assim sendo, o termo "médium", conforme empregado por Kardec, refere-se a pessoas dotadas de uma faculdade específica para a produção de fenômenos ou para servirem como "intermediadores" entre o plano físico e o espiritual. Tanto é verdade que há vários tipos de médiuns, e é muito frequente que um médium possua uma faculdade (psicofonia ou psicografia, por exemplo), mas não possua outra (vidência ou mediunidade de efeito físico).

Foi o que Kardec disse no parágrafo seguinte, que eu reproduzo textualmente:
"Deve-se notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns têm, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações. As principais são: médiuns de efeitos físicos, médiuns sensitivos ou impressionáveis, auditivos, falantes, videntes, sonâmbulos, curadores, peneumatágrafos, escreventes ou psicógrafos."

Portanto:  Todos somos dotados de consciência e intuição. Eu costumo dizer que a consciência é a voz de Deus dentro de nós, e a intuição é a voz de Deus fora de nós. Utilizo essa definição porque ela projeta bem o que quero retratar: Deus nos fala ao coração através de nossa consciência; e nos fala à razão através da intuição. É nesta qualificação que se inclui a frase "toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium", dita por Kardec.

Mas, para o exercício da faculdade mediúnica, é preciso que se tenha uma condição orgânica propícia aos diferentes tipos de mediunidade (ou, nas palavras de Kardec, "aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos"). É por isto que não é possível desejar desenvolver determinado tipo de mediunidade, se não se tem a condição orgânica para tanto. Esta condição orgânica independe do desejo do encarnado, como independe também da condição moral, social ou intelectual do médium.

Portanto, pela frase "somos todos médiuns" devemos entender que "todos temos intuição, em maior ou menor grau. E todos recebemos as influências - boas ou más - dos Espíritos, mais acentuadamente daqueles com os quais nos afinizamos." . Entretanto, médiuns videntes, audientes, psicógrafos, e dos demais tipos de mediunidade, são aqueles dotados de uma condição orgânica propícia ao desenvolvimento da faculdade mediúnica, o que independe de sua vontade ou de sua condição moral, social ou intelectual.

Aqui cabe, entretanto, uma ressalva:  Se não somos todos médiuns, no sentido de servir como intermediadores na produção de fenômenos mediúnicos, todos nós podemos, por outro lado, nos comunicar com o Plano Espiritual. A interação entre os planos material e espiritual é permanente e incessante. A comunicação entre os dois planos não é sempre feita - ou somente feita - de forma ostensiva, como no caso das manifestações mediúnicas. Na absoluta maioria das vezes, ela se faz no silêncio de nossas orações. Se nós aqui sofremos influências espirituais, sem perceber ou mesmo sem acreditar em Espíritos, podemos todos, médiuns ou não, nos comunicar com eles através da oração.

A prece é nossa ligação direta com Deus, com os Espíritos Superiores, com nossos familiares e amigos que se encontram na Pátria Espiritual, e também com os Espíritos inferiores. Se os Espíritos obsessores agem sobre nós, nós podemos também agir sobre eles, através da PRECE. Se eles exercem uma influência negativa sobre nós, exerçamos nós uma influência positiva sobre eles, evangelizando-os, pedindo por eles através de nossas orações.

O que nos liga aos Espíritos, bons ou maus, é o pensamento. Nossa ligação se dá por afinidade - quando compartilhamos os mesmos anseios, desejos, intenções, ações. A prática constante da oração, além de nos imunizar contra as más influências, expande a nossa sensibilidade para perceber a influência de nossos Protetores Espirituais, e - mesmo sem possuir a faculdade mediúnica ou "aptidão especial para a produção de fenômenos" - podemos nos comunicar com eles e receber deles, através da intuição, as respostas às nossas preces.

Por Liz Bittar em 25.06.2013

24 fevereiro 2016

Armadilhas pornográficas diante dos "Cristãos distraídos

 
ARMADILHAS PORNOGRÁFICAS DIANTE DOS "CRISTÃOS” DISTRAÍDOS"


O termo pornográfico deriva do grego pornographos, que significa escritos sobre prostitutas; originalmente referência à vida, costumes e hábitos das prostitutas e clientes. Aurélio Buarque registra como uma das definições “a figura, a fotografia, o filme, o espetáculo, a obra literária ou de arte, relativos a”, ou que tratam de coisas ou assuntos obscenos ou licenciosos, capazes de motivar ou explorar o lado sexual do indivíduo.

No mundo cibernético, muita gente trafega na internet (em média 9h diárias) atraída pelas lascívias virtuais. Sabemos que grande parte do conteúdo virtual é um poderoso convite ao apelo erótico. Somando uma coisa com outra, o resultado é inequívoco: a humanidade nunca consumiu tanta pornografia como nos dias atuais. E isso gera uma reação em cadeia. Em decorrência, pesquisadores do IFOP – Instituto Francês de Opinião Pública – inquiriram milhares de pessoas sobre seus hábitos pornográficos. Descobriram o óbvio: a maioria esmagadora (90%) dos homens e boa parte das mulheres (60%) veem filmes obscenos regularmente. E 53% dos casais afirmaram assistir a esses tipos de filmes juntos.

A pornografia é um assunto espaçoso, sensível e controverso. Muito já foi escrito sobre o tema, como se pode constatar rapidamente na busca pela internet. Basta recorrer a qualquer buscador o item “pornografia” ou “estudos sobre pornografia” e descobriremos uma avalancha de material disponível. No Google, por exemplo, citando o termo “pornography” encontramos hoje listados 73.100.000 resultados. Em “studies on pornography” localizamos 12.400.000 resultados de links.

Em estudo realizado pela Universidade de Denver (EUA), pesquisadores confirmaram que das 1300 pessoas comprometidas afetivamente, pelo menos 45% delas assistem a filmes pornográficos com o parceiro, sendo que 77% dos homens e 32% das mulheres contaram que também veem pornografia sozinhos.

Outros estudiosos da Universidade da Califórnia e do Tennessee (EUA) recrutaram 308 universitárias heterossexuais entre 18 e 29 anos para completar um questionário online. Eles responderam questões sobre a qualidade do namoro, satisfação sexual e autoestima. O resultado mostrou uma relação entre felicidade, autoestima e filme pornográfico. Quanto mais pornografia os namorados ou maridos viam, maior era a chance de ter um relacionamento infeliz. Quem reclamou sobre o vício exagerado do namorado em assistir a vídeos licenciosos mostrou autoestima mais baixa e insatisfação com o namoro e com a vida sexual.

A pornografia é o erotismo vazio de afeto. Ultimamente, com o uso de webcams, blogs, fotologs (criação de páginas de fotos), vídeos amadores, sex tapes (sexo em público) ou homemades (caseiros), qualquer pessoa pode vir a se tornar o próprio produtor e divulgador de pornografia na rede mundial de computadores. A internet tem estabelecido grande influência entre os usuários, tornando possível que os consumidores de pornografia troquem informações entre si e possam identificar gêneros, estilos e gostos, fazendo com que compartilhem suas preferências e permitindo o encontro de fantasias. Numa linguagem espírita, diria que o UMBRAL nunca esteve tão presente e próximo da Terra.

Com o Evangelho aprendemos que quando um casal se ama, os parceiros se apetecem e se reverenciam. A vida e experiência sexual entre ambos é respeitosa e prazerosa. O amor entre os dois não está condicionado apenas à sexualidade, todavia vai muito mais além, incluindo amizade, companheirismo e cuidado pela satisfação de suas necessidades. Quando porém isso não ocorre, e há a necessidade compulsiva de fantasias, autoerotismos e pornografias, esse casal é invigilante, encontra-se psicologicamente pervertido e não é venturoso.

Há um impressionante número de mulheres casadas que se queixam de solidão (no sentido de solidão sexual), em virtude de seus esposos serem contaminados e viciados na pornografia virtual. E o inaceitável da situação é saber que muitos desses maridos consumidores de pornografias são “cristãos”, “bons espíritas”, pais de família exemplares e profissionais de proeminência.

Alguns desses “cristãos” justificam a utilização dessa pornografia virtual como uma espécie de “preliminar” e estimulante para aumentar o desejo na comunhão sexual com o cônjuge. A rigor, o que ocorre é que com o passar do tempo, muitos desses “cristãos” viciam-se nos sites e filmes pornográficos e começam a se descuidar da esposa, preferindo satisfazer suas pulsões mediante a prática da masturbação.

Fica evidente que tais “cristãos” estão perigosa e imaturamente “compensando” suas frustrações, por duas razões possíveis: ou por não se sentirem mais atraídos sexualmente pelas suas esposas ou por não as amarem mais e não terem a coragem de assumir isso.

Em face dessa realidade, estamos assistindo a uma verdadeira estupidificação generalizada dos que se descrevem “cristãos” de várias denominações e, segundo entendemos, uma das saídas para a necessitada cautela contra essas emboscadas pornográficas é o inabalável estado de oração alentado pela vigilância através de um processo pessoal de profunda transformação comportamental.


Jorge Hessen

23 fevereiro 2016

A violência sob a ótica espírita - Osmar Marthi Filho

 
A VIOLÊNCIA SOB A ÓTICA ESPÍRITA

Transformação moral proposta pelo Espiritismo nos impulsiona ao progresso espiritual. Sabemos, com o estudo da Doutrina Espírita, que somos espíritos em um longo processo de evolução, através de diversas reencarnações, que são oportunidades que a Misericórdia Divina nos concede de vivenciar situações que nos fazem amadurecer espiritualmente, auxiliando-nos a desenvolver o potencial divino que há em nós, já que viemos de Deus, fomos criados por Ele, tendo, portanto, uma característica divina em nós que precisaremos desenvolver, ampliando nossa visão espiritual através do conhecimento e do sentimento, as duas asas que nos auxiliam a alçar os voos maiores de nossa ascensão ao Pai.

Na questão 919 de O Livro dos Espíritos1, Allan Kardec inquire os Benfeitores Espirituais da Humanidade: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?” ao que os mentores espirituais ensinam: “Um sábio da Antiguidade vo-lo disse: “Conhece-te a ti mesmo”.”

Muitíssimo oportuno esse ensinamento, pois que o objetivo maior do Espiritismo em nossas vidas deve ser o de nos auxiliar em nossa transformação moral, impulsionando-nos ao progresso espiritual, destino final de todos nós; mas para que possamos lograr êxito nessa transformação, mister se faz que nos conheçamos. De outro modo como nos modificaremos, se não conhecermos nossas reações, nossos sentimentos, nossos pensamentos? E uma das principais formas de nos conhecer é convivendo com nossos semelhantes, pois aí, nesse contato constante, é que poderemos verificar nossas reações, os sentimentos que afloram em nós diante de determinadas atitudes de nosso semelhante, e a partir daí empreendermos esforços para transformar para melhor esses sentimentos e atitudes.

Estamos, portanto, caro leitor, inseridos no meio mais adequado ao nosso progresso espiritual, já que em linhas gerais programamos nossa existência material justamente visando trabalhar em nós determinadas tendências que, reconhecemos, precisam ser modificadas. Entendemos, então, a razão pela qual precisamos conviver com nosso semelhante, pois é através dele que nos conheceremos e exercitaremos as qualidades morais que farão de nós espíritos melhores. Como exercitaríamos, por exemplo, a caridade, o amor, o perdão, se não tivéssemos contato com aqueles a quem precisamos amar, perdoar e auxiliar?

É, portanto necessidade evolutiva do espírito a convivência, não apenas por isso, mas também para que possamos aprender uns com os outros, já que como cada um de nós tem sua própria vivência, suas próprias experiências, através dos milênios de nossa evolução; é natural que tenhamos muito que aprender e ensinar, principalmente aqueles que, tendo conquistado determinados valores ético-morais, uma relativa estabilidade emocional, social, poderão auxiliar os mais imaturos do ponto de vista evolutivo.

Isto ocorre comumente em nosso planeta, isto é, espíritos mais maduros convivendo com outros ainda muito imaturos. Vamos encontrar essa assertiva na resposta à questão 755 de O Livro dos Espíritos2, na qual os Espíritos Superiores ensinam que “Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar entre homens adiantados, na esperança de também se adiantarem.

Mas, desde que a prova é por demais pesada, predomina a natureza primitiva.”

Temos observado com bastante frequência fatos que nos chocam profundamente, pelo grau de violência, de atrocidade que os caracteriza, não apenas em nosso país, mas no planeta de forma geral, e muitos se perguntam: “Como pode um ser humano cometer tamanha atrocidade?” Temos nessa questão de O Livro dos Espíritos a resposta a essas reflexões, pois que se trata de espíritos ainda bastante primitivos, com pouca maturidade espiritual, os que praticam tais atos, que tiveram a oportunidade da presente reencarnação a fim de se adiantar na escala evolutiva, mas que, sob determinadas circunstâncias, não conseguem vencer seus impulsos mais primitivos, incidindo novamente em atitudes de extrema violência. Naturalmente que as vítimas de tais atos têm também suas necessidades reencarnatórias, pois que precisam de experiências mais dolorosas como forma de difíceis resgates.

Encontraremos no capítulo “Miscigenação Cármica”, do livro A Constituição Divina3, de nosso confrade Richard Simonetti, as seguintes orientações, que nos auxiliarão a compreender melhor essa questão:

“A crueldade não é sinônimo de loucura. Apenas revela uma condição evolutiva. Em indivíduos assim o senso moral é incipiente, prevalecendo neles as iniciativas do bruto, sempre disposto a resolver suas pendências pela violência.” E o referido autor continua, nos dando valioso roteiro de como podemos contribuir para que esses indivíduos possam receber orientações da sociedade em favor de seu próprio progresso, tais como “participar de iniciativas que visam ao bem estar coletivo (...) favorecendo sempre o desenvolvimento moral daqueles que convivem conosco, com a força irresistível do exemplo.”4 Precisamos ainda, como sociedade numa relativa maturidade, proporcionar também a esses espíritos oportunidades de crescimento moral e intelectual, através da educação, além de ações voltadas para seu bem estar imediato, no tocante a trabalho, alimentação, saúde e conhecimentos ético-morais que lhes sirvam de subsídios para atitudes equilibradas.

Vejamos, caro leitor, quanto podemos, como espíritas, auxiliar esses irmãos, pois que temos valiosas oportunidades em nossas casas espíritas de desenvolver atividades educativas para o espírito, auxiliando-o em suas necessidades mais imediatas, e, sobretudo, oferecendo-lhe a luz do conhecimento espírita, que nos descortina a pureza dos ensinamentos de Jesus, de forma a tocar os corações humanos, transformando o ser, inclusive como uma ação preventiva de tais atitudes violentas.

Nossa reação, portanto, diante de atitudes de grande impacto, pelo grau de violência de seus causadores, não pode ser de revolta com esses indivíduos, ou para com os governantes, as autoridades, ou com o país de forma geral, mas sim, deve ser uma atitude de compreensão, caridade e ação no bem, inclusive através da oração, com a emissão de pensamentos nobres e serenos tanto para os causadores de tais fatos, como também para as autoridades em qualquer âmbito de ação.

Vamos encontrar em A Gênese5, de Allan Kardec, no cap. XVIII, importantes ensinamentos sobre os graves momentos que enfrentamos na Humanidade, com a afirmativa do Codificador de que “são chegados os tempos”, ou seja, passamos por momentos de mudanças na Humanidade, em que “não são mais as entranhas do planeta que se agitam: são as da Humanidade”, conforme afirma no item 7 do referido capítulo, isto é, o íntimo de cada criatura deve ser modificado, transformado, tocado realmente pelos ensinamentos e vivência dos ensinos de Jesus, iluminados pelos esclarecimentos da Doutrina Espírita; como o Grande Roteiro de nossas almas, o Grande Norte de nossas vidas, o Leme Seguro sob o qual podemos readquirir forças na longa trajetória de nossa evolução, ao combater nossas tendências inferiores, trabalhando em nós o homem novo, para que possamos também conduzir os espíritos que caminham conosco, transformando a Terra na morada do Bem, do Amor e da Paz.

Osmar Marthi Filho
Fonte: Espiritismo Net

Bibliografia:

1 – KARDEC, Allan: O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro, 83ª edição, Rio de Janeiro: FEB – Federação Espírita Brasileira, 2002, questão 919, p. 423.
2 – idem, ibidem, resposta à questão 755, p. 354.
3 – SIMONETTI, Richard. A Constituição Divina, 8ª edição, Bauru: Gráfica São João Ltda, 1993, p. 68.
4 – idem, ibidem, p. 69.
5 – KARDEC, Allan: A Gênese. Tradução de Guillon Ribeiro, 42ª edição, Rio de Janeiro: FEB – Federação Espírita Brasileira, 2002, Cap. XVIII, p. 405.


22 fevereiro 2016

O sexo casual numa visão espírita - Morel Felipe Wilkon

 
O SEXO CASUAL NUMA VISÃO ESPÍRITA

Atualmente o sexo casual é aceito por boa parte da sociedade, mesmo por alguns conservadores. O artigo que segue é uma opinião espírita sobre o tema. Quem quiser consultar doutrina, procure as questões 696 e 701 do Livro dos Espíritos.

Há algum tempo sexo era tabu e quem desafiasse esse tabu era mal visto pela sociedade. Mulheres deviam casar virgens. Muitas desgraças familiares, muitos suicídios foram cometidos por mulheres que se deixaram seduzir e engravidaram. Era tão estupidamente grande a vergonha de ser mãe solteira, condenada ao preconceito e falatório para o resto da vida; era tão assustadora a ideia de encarar um pai ultrajado com isso que era considerada a maior vergonha possível, que muitas preferiam dar fim à própria vida.

Muitos abortos clandestinos e perigosos, muitas mulheres especializadas em tirar a vida que se formava nos ventres jovens de mulheres que não conseguiram superar o desejo. Muitos filhos bastardos, nunca reconhecidos, apartados da vida digna e normal.

Muitos casamentos forçados na última hora, para evitar que o escândalo de uma gravidez sujasse o nome da família. Muitos casamentos arranjados apenas por interesse dos pais ou para evitar que as filhas ficassem solteiras além do tempo e perdessem o ensejo de arranjar um marido. E com isso o desgosto, o nojo do sexo, a falta de amor e carinho.

Duvido que a geração de agora saiba o que significava tudo isso. Porque hoje a política sexual vigente é exatamente o contrário; hoje o jovem é pressionado a iniciar sua vida sexual cada vez mais cedo, a experimentar o máximo de relações sexuais, a transitar entre pessoas dos dois sexos. Vivemos uma ditadura sexual. Talvez muitos pais não tenham consciência do que ocorre nas escolas, nas ruas, em suas próprias casas.

Em qualquer contato íntimo entre pessoas há troca de energias. Os adolescentes não imaginam que ficar com alguém não é algo apenas momentâneo. Eles ficam durante minutos ou horas, com ou sem relações sexuais. Mas as energias e as companhias espirituais dos ficantes transitam livremente. O sexo forma uma ligação energética entre os parceiros que se estende por muito tempo.

O sexo casual é tido como uma atividade adulta, livre, em que o único cuidado, se houver, é na prevenção de doenças. Tratam isso como se fosse um avanço, uma grande conquista da civilização, quando na verdade se trata de uma tirania dos instintos. O sexo pelo sexo é um retorno à animalidade. Sexo sem afeto é instinto animal. Os praticantes do sexo casual não gostam de pensar a respeito. Ninguém gosta de reconhecer suas fraquezas, analisá-las e questioná-las. Acham que quem tem opinião contrária à sua é moralista.

Não conheço nenhuma – nenhuma! – pessoa que se entregue a quantos parceiros se lhe apeteçam, durante a vida, que não sofra a partir de uma determinada idade. Quando o tesão começa a diminuir e a pessoa percebe que não formou afetos, só erotismo, o vazio aperta, o desgosto pela vida, a depressão. Fora a banalização cada vez maior do sexo, a busca por prazeres mais intensos, a experimentação com parceiros do mesmo sexo.

Acho que a homoafetividade deve ser respeitada como manifestação autêntica da personalidade humana. Mas a experiência por curiosidade ou por modismo ou por pressão do grupo é um mergulho no desconhecido. Estão lidando com sentimentos, emoções e sensações energeticamente poderosas, que mais cedo ou mais tarde exigem o reajuste. Aí a dor é inevitável…

Frequentemente sou perguntado pela opinião do Espiritismo a respeito do sexo livre e casual. O Espiritismo não tem como princípio ser um norteador de condutas à maneira dos antigos códices. O Espiritismo deixa claro que temos o livre-arbítrio, que tudo nos é permitido mas nem tudo nos convém, que toda ação gera uma reação.

Mas o mais importante é que sempre estamos acompanhados pelos espíritos que se afinizam conosco. Somos rodeados de espíritos que gostam do que gostamos. Nada que seja estritamente material pode atrair espíritos bem intencionados. O sexo casual, sem afeto, apenas pelo prazer, atrai muitos espíritos que sentem necessidade dessas mesmas energias. Forma-se com eles verdadeira simbiose, trocando energias e influências.

O sexo é uma dádiva de Deus e uma fonte legítima de prazer e rearmonização energética. Mas a vivência do sexo saudável pressupõe afeto. O resto é animalidade.

Morel Felipe Wilkon

21 fevereiro 2016

Bebê Anencéfalo, Abortamento e Visão Espiritualista - Ricardo Di Bernardi


BEBÊ ANECÉFALO, ABORTAMENTO E VISÃO ESPIRITUALISTA

Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral, estando faltantes regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós-parto.

Afim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema, exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios. João e Maria, eram casados há 2 anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes, procuraram o médico obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos, através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando sua visão espírita.

- Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso(a) filho(a) até quando nos for permitido.

- Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora – Disse o obstetra.

- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais.

Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho saudável.

Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intra-útero. Disseram quanto o (a) amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava.

Chegara o grande momento: Em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce; o pai ao ver o filho sofre profundo impacto emocional tendo uma crise de lipotimia. O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora com oxigênio, 84 horas. Há um triste retorno ao lar.

Passam-se aproximadamente 2 anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade, frequentavam, na mencionada instituição, reunião mediúnica, quando uma medium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo:

- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar.
- Que os mediuns facilitem o transe psicofônico para a atendermos – Responde o dirigente.

Após alguns segundos, uma experiente medium dá a comunicação:

- Boa noite, meu nome é Shirley venho abraçar papai e mamãe.

Quem é seu papai e sua mamãe?

- São aqueles dois – disse apontando João e Maria.

Seja bem vinda Shirley, muita paz! Que tens a dizer ?

- Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante a gravidez, sim, eu era aquele anencéfalo.

Mas voce está linda agora.

- Graças às energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo. 

Como se operou esta mudança?

- Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuia meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui durante nove meses envolvida em luz. Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuiram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que nào é bom. Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram generosos. Meu amor por eles será eterno.

Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tão inteligentemente?

- Por que estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais tem o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano.

Após dois anos renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador.

Consideramos respondida a questão.

Fraternalmente,

Dr. Ricardo Di Bernardi - Florianópolis SC
2 de Abril de 2001

20 fevereiro 2016

Quando reencarnamos, já temos uma profissão definida ? - Richard Simonetti



QUANDO REENCARNAMOS, JÁ TEMOS UMA PROFISSÃO DEFINIDA?

1- Todos reencarnamos com uma profissão definida?

- Pode acontecer, mas nem sempre há margem para escolha. Se o Espírito reencarna entre camponeses, em distante rincão, dificilmente deixará de ser um trabalhador do campo.

2 - Na vida urbana há mais opções?

- Sim, mas levando-se em consideração as aquisições pretéritas. Seria pouco produtivo, por exemplo, vincular o reencarnante à cirurgia neurocerebral, área médica altamente especializada, se jamais foi discípulo de Hipócrates.

3 - A competência profissional teria algo a ver com reencarnações pretéritas?

- Tendências inatas e habilidade para determinada atividade profissional revelam vivências passadas. O que fizemos com assiduidade no pretérito, faremos com desenvoltura no presente.

4 - Podemos dizer que o melhor profissional será sempre aquele vinculado a atividades que exercitou anteriormente?

- É algo ponderável. Não obstante, mais importante que a habilidade conquistada no passado é o empenho do presente. O melhor profissional nem sempre é o mais experiente, mas o mais dedicado.

5 - Não seria produtivo que, além da dedicação, procurássemos nos vincular a atividades para as quais temos facilidade, em virtude das experiências do pretérito?

- Em termos, considerando-se que a própria evolução da sociedade humana impõe novas opções. Isso ocorre particularmente na atualidade, em que o trabalho braçal vai sendo substituído pela tecnologia. Hoje somos chamados ao exercício da inteligência, em atividades ligadas à informática, a partir da revolução disparada pelos computadores. Isso tudo constitui novidade para nós. 

6 - A genética tem algo a ver com a habilidade profissional?

- Pode acontecer. Notamos que determinados profissionais possuem uma estrutura física adequada ao exercício de sua profissão. Grandes cirurgiões, por exemplo, têm um sistema nervoso bastante estável e grande habilidade manual, fundamentais à cirurgia. 

7 - Isso seria determinado pelo acaso, na combinação dos elementos hereditários?

- Deus não combina elementos hereditários como quem joga dados, mesmo porque a biologia é instrumento de Deus, não a sua limitação.

8 - Como Deus atua, biologicamente, para preparar o corpo de um cirurgião?

- Técnicos da espiritualidade estudam os componentes genéticos dos pais e selecionam aqueles que melhor se ajustem às necessidades do reencarnante, dando-lhe uma estrutura física adequada à atividade que irá exercitar.

Richard Simonetti

19 fevereiro 2016

Diferença entre Epilepsia e Mediunidade - Suely Caldas Schubert


DIFERENÇA ENTRE EPILEPSIA E MEDIUNIDADE

Este é importante capítulo da Neuropatologia que merece acurada atenção, particularmente dos estudiosos do Espiritismo, tendo em vista a parecença das síndromes epilépticas com as disposições medianímicas, no transe provocado pelas Entidades sofredoras ou perniciosas. Muito frequentemente, diante de alguém acometido pela epilepsia, assevera-se que se trata de «mediunidade a desenvolver» qual se a faculdade mediúnica fora uma expressão patológica da personalidade alienada.

Graças à disposição simplista de alguns companheiros pouco esclarecidos, faz-se que os pacientes enxameiem pelas salas mediúnicas, sem qualquer preparação moral e mental para os elevados tentames do intercâmbio espiritual.

Não obstante suas causas reais e remotas estejam no Espírito que ressarce débitos, há factores orgânicos que expressam as causas actuais e próximas, nas quais se fundamentam os estudiosos para conhecer e tratar a epilepsia com maior segurança, através dos anti-convulsivos”.

Prosseguindo em suas elucidações, Bezerra assevera ser necessário que primeiro o paciente se predisponha à renovação íntima, ao esclarecimento, à educação espiritual, a fim de que se conscientize das responsabilizadas que deve assumir, dando início ao tratamento que melhor lhe convém.

Miranda indaga se realmente ocorrem obsessões cruéis produzindo aparentes estados epilépticos, sendo prestamente esclarecido pelo sempre querido Dr. Bezerra:

“- Indubitavelmente há processos perniciosos de obsessão, que fazem lembrar crises epilépticas, tal a similitude da manifestação. No caso, porém, em pauta, o hóspede perturbador exterioriza a personalidade de forma característica, através da psicofonia atormentada, diferindo da epilepsia genuína. Nesta, após a convulsão vem o coma; naquela, à crise sucede o transe, no qual o obsessor, nosso infeliz irmão perseguidor, se manifesta.

Ocorrência mais comum dá-se quando o epiléptico sofre a carga obsessiva simultaneamente, graças aos gravames do passado, em que sua antiga vítima se investe da posição de cobrador, complicando-lhe a enfermidade, então, com carácter misto. Conveniente, nesse como noutros casos, cuidar-se de examinar as síndromes das enfermidades psiquiátricas, a fim de as não confundir com os sintomas da mediunidade, no período inicial da manifestação, quando o médium se encontra atormentado”. O nobre Instrutor, em seguida, recomenda evitar generalizações, não adoptando uma atitude simplista. Também ressalta os benefícios do tratamento fluidoterápico.

Concluímos, portanto, que a diferença básica entre uma crise epiléptica genuína e um transe mediúnico provocado por um Espírito obsessor é que, naquela, após as convulsões a pessoa fica inconsciente por alguns momentos, não fala nada e, nesta, o Espírito manifesta-se realmente, em geral, fazendo ameaças, falando do seu ódio, de sua vingança, etc.

Suely Caldas Schubert

18 fevereiro 2016

Causas de vidas passadas - Hugo Lapa


CAUSAS DE VIDAS PASSADAS


O ser humano sempre procurou compreender melhor a causa dos principais problemas que enfrenta em sua vida. No entanto, poucas vezes se leva em consideração a teoria do renascimento sucessivo das almas, ou reencarnação, na busca de certas respostas. Por esse motivo, resolvi descrever sucintamente as possíveis causas de alguns dos principais problemas, físicos ou psíquicos, que assolam a humanidade. As explicações abaixo são o resultado de décadas de estudo e pesquisa da utilização da técnica da terapia de regressão, com o enfoque em nossas vidas passadas.

Quando falamos em “causa” do problema estamos apenas nos referindo ao início temporal de um determinado sintoma ou transtorno. Isso porque jamais podemos identificar com precisão, em nosso atual estágio evolutivo, qual seria a verdadeira causa do sofrimento humano. Alguns dizem ser a causa de todo o sofrimento nossa separação de Deus; outros dizem ser os enganos da mente com as ilusões do mundo; outros afirmam ser o mundo dos desejos, ou seja, desejamos algo, não conseguimos, e por isso nos frustramos e sofremos; outros ainda acreditam que a origem de todo sofrimento é a materialidade do mundo. Cada escola ou doutrina tentará explicar a origem do sofrimento de uma forma. Talvez todas essas explicações tenham um fundo de verdade. Por isso que ao falar das “causas” dos sofrimentos não as generalizamos a causas gerais e cósmicas da condição do ser encarnado, mas sim a causas restritas a um tempo e espaço que se gravou na consciência de uma alma e que pode atravessar uma série de existências corpóreas.

Vamos então oferecer um quadro geral a esse respeito. Lembrando que as explicações abaixo estão longe de esgotar todas as possibilidades desse universo tão vasto e insondável da reencarnação:

Dores em geral: Vamos começar falando das dores em geral: 

1) As dores em geral, quando não tem causas orgânicas, podem ser o resultado de traumas intensos de vidas passadas. Exemplos são choques com a cabeça seguidos de morte, que podem causar dores na mesma região na vida seguinte. Um homem caiu de cabeça de um precipício: na vida posterior ele pode nascer com fortes dores de cabeça. Condições médicas prévias, quando duradouras e causadoras de muito sofrimento e traumas, podem ainda permanecer na vida atual como “dores psicossomáticas”, cuja causa orgânica é inexistente. Exemplo: dores fortes no estômago podem indicar morte por envenenamento numa vida passada. 

2) Dores em regiões do corpo podem ser ainda um resultado de um esforço contínuo que levou à exaustão ou à morte numa outra vida. Como exemplo, um homem que hoje sente fortes dores na perna pode ter sido obrigado a caminhar centenas de quilômetros antes de morrer. 

3) Pode também ser resultado de esforços repetitivos em vidas de servidão ou escravidão. 

4) A presença de espíritos presos a Terra que tiveram mortes traumáticas e intensas com muita dor podem também passar ao encarnado as mesmas dores nas mesmas regiões corporais que os espíritos sofrem.

Depressão: Trata-se de um transtorno muito amplo e por esse motivo sua etiologia encarnatória é vasta e diferenciada, assim como pode ser mesclada a várias causas simultaneamente. Existem diversos tipos e graus de depressão, mas falaremos apenas da depressão em geral. 

1) Depressão pode se relacionar a fortes perdas em vidas passadas ou na vida atual, assim como derrotas, frustrações, sonhos não realizados, etc. 

2) Situações em vidas passadas onde fomos abandonados e ficamos sem uma referência na vida. Episódios de exílio de comunidades antigas, onde a pessoa foi expulsa de uma região em que habitava, também podem gerar estados depressivos. 

3) Vidas inteiras de escravidão ou grave violência. 

4) Vidas onde se viveu por anos ou décadas situações tediosas e repetitivas nas quais não havia esperança de melhora (é o que se chama de hangover na TVP). 

5) Um forte sentimento de culpa por algum erro cometido no passado o qual não conseguimos lidar e não nos perdoamos. 

6) Suicídios recorrentes, onde a pessoa em várias existências passadas tirou sua própria vida. Esses suicídios criam para a alma uma impressão de desconsolo geral e não aproveitamento de uma encarnação, o que pode gerar depressão nas vidas seguintes e aumentar a tendência a novos suicídios. 

7) Traumas fortes de vidas passadas que geram impotência geral arraigada no psiquismo, como estupros coletivos, mortes traumáticas e de sofrimento intenso e duradouro, dentre outros. 

8) Espíritos que causamos sofrimento no passado e que hoje vem nos cobrar retratação. Estes podem nos passar sentimentos de solidão, vazio, desânimo e outros sintomas que nós mesmos provocamos neles em vidas passadas. Aqui também podem ser incluídos abortos do passado ou do presente, onde os espíritos vem cobrar o encarnado pela rejeição a que foram submetidos. 

9) Trabalhos de magia de vidas passadas, as chamadas “Arquepadias”, onde se se fez uso de espíritos em trabalhos. Na vida atual estão ligados à pessoa por laços kármicos e hoje vem cobrar e transmitir as mesmas energias negativas que geramos em vidas passadas. Aqui também se incluem pactos de sangue ou pactos com entidades trevosas em vidas passadas, assim como a participação de rituais mágicos diversos, obscuros e coletivos. 

10) Espíritos que amamos em vidas passadas, quando um está encarnado e outro desencarnado, podem gerar estados depressivos. O espírito de quem amamos se aproxima de nós e evoca uma série de sentimentos e vivências boas e ruins do passado, gerando também saudades, ausência, carência, abandono, etc. É comum sonhos com o espírito e encontros no plano astral. Esse processo se denomina “obsessão por amor”, no entanto, a base da depressão aqui se encontra no apego que ambos, encarnado e desencarnado, tem um pelo outro. 

11) Reencontro e convivência compulsória com inimigos de vidas passadas é outra possível causa da depressão atual. É comum inimigos do passado nascerem na mesma família, com pai, mãe, filho e irmão, para se entenderem e se perdoarem, deixando o amor prevalecer diante do ódio e das rixas pretéritas. A mistura dessas experiências de amor e ódio do passado pode gerar em nós conflitos e dar início a depressão, onde ao mesmo tempo que amamos a pessoa, sentimos o que ela fez para nós e nós a ele em outras existências.

Transtorno de Pânico: Assim como a depressão, o Transtorno de Pânico é um dos distúrbios psicopatológicos mais comuns na atualidade. Ataques de Pânico são episódios de intenso medo e terror, onde sentimos reações corporais diversas, como sudorese, taquicardia, hipotermia nas extremidades, náuseas, formigamento, sensação de ondas de calor pelo corpo, etc. Pessoas com episódio de pânico tem quase sempre a forte impressão de que vão morrer ou enlouquecer. As causas do Pânico em vidas passadas podem ser: 

1) Mortes em catástrofes coletivas ou guerras. Pessoas que viveram os horrores das guerras em diversas épocas, onde a tragédia da morte e do sofrimento era abundante, podem desenvolver essa sensação, tão típica do pânico, de que estão morrendo ou estão prestes a morrer. 

2) Mortes violentas ou súbitas é outra possível causa dos ataques de pânico atuais. Uma morte violenta e súbita pode deixar gravado no espírito que desencarna a sensação de que a qualquer momento ele pode morrer, e a partir daí internalizar o sentimento de morte iminente. 

3) Espíritos pedindo ajuda é outra situação que pode ser o desencadeante do episódio de pânico. Espíritos presos a Terra geralmente se encontram num estado espiritual de baixíssima vibração, em que muitos deles passaram por mortes traumáticas e guardam essas marcas em seu corpo astral. Ao se aproximarem de encarnados, eles podem transmitir toda a pesada carga do desespero pela morte trágica ou pelo sofrimento dela decorrente. Por isso que alguns médiuns podem estar, em algumas situações, mais propensos a ataques de pânico, justamente por sentirem mais a presença de entidades espirituais negativas. No entanto, é bom ressaltar que não é a mediunidade a causa do problema, mas nossas fraquezas e predisposições internas.

Obesidade: A obesidade é um problema de ordem mundial nos dias de hoje. Segundo a OMS, há 300 milhões de obesos no mundo. Com a Terapia de Vidas Passadas e outras técnicas psíquicas de visão de nossas encarnações passadas, é possível observar que a obesidade tem algumas causas principais: 

1) Vidas de excesso: É comum em pessoas que viveram uma ou mais vidas usufruindo dos prazeres da comida, por sua alta posição social e dinheiro, se tornarem demasiadamente apegadas à comida. Além disso, a alimentação desmedida representava muitas vezes uma fuga de problemas em outras áreas da vida. 

2) Vidas em que a pessoa morreu de fome também pode provocar obesidade na vida atual. A pessoa sente que precisa compensar tudo o que não comeu e conserva um medo inconsciente de um dia ficar sem comida. 

3) A escassez de alimentos durante boa parte da vida, em que uma pessoa ou um povo passou por períodos de fome, seca, vacas magras, etc, é frequentemente uma causa da obesidade na vida atual. 

4) Podemos citar também abusos sexuais cometidos em vidas passadas, ou mesmo na vida atual, como causa da obesidade. O homem ou a mulher que foi severamente abusado pode desejar se diferenciar psicologicamente do seu corpo (que ele passa a ver como a causa do mal), em decorrência do forte trauma e também inconscientemente comer muito para não ser mais atraente a outras pessoas. A pessoa acredita que, caso coma muito, ninguém mais a desejará, e assim o risco de um novo abuso diminui drasticamente. 

5) Pessoas que fizeram mau uso da beleza e da sexualidade podem ter que renascer numa próxima vida obesas, para se libertarem do apego à beleza e ao corpo físico.

Psicose e Esquizofrenia: As psicoses e a esquizofrenia abrangem um espectro considerável de tipos de transtorno que se caracterizam por delírios, alucinações, pensamento desorganizado, comportamento motor desorganizado e sintomas negativos diversos. A esquizofrenia atual está ligada, de uma ou outra forma, a excessos no uso da mente, inteligência e das faculdades psíquicas em vidas passadas. As principais causas dos diversos tipos de esquizofrenia são: 

1) Vidas em que houve sério abuso de faculdades intelectuais. Isso inclui pessoas que utilizaram seu intelecto para cometer crimes e prejudicar pessoas de diversas formas, assim como manipular e controlar. 

2) Vidas em que houve excesso ou mau uso de faculdades paranormais. Pessoas que usaram seus dons especiais em proveito próprio ou como prejuízo a outrem. 

3) Vidas em templos iniciáticos e místicos onde se praticou, de forma excessiva e desordenada, determinados exercícios espirituais, meditação e outros experimentos ocultistas. Vidas de imoderação e exagero nessa área podem causar instabilidades energéticas que vêm a se refletir em nossa estabilidade mental em vidas seguintes, podendo levar a quadros de psicose e esquizofrenia. 

4) Vidas em que se praticou magia negra com o uso de espíritos muito negativos com finalidades egoísticas. Esses espíritos acabam sempre retornando a pessoa que os “usou” e causando desequilíbrios vibratórios que se repercutem como transtornos mentais nas vidas seguintes. Dizemos usou entre aspas, pois na maioria das vezes os magos negros encarnados são usados pelos espíritos e não o contrário (embora acreditem no oposto).


Autor: Hugo Lapa
Atendimento com Terapia de Vidas Passadas