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31 outubro 2012

Oração em Ti - Joanna de Ângelis



ORAÇÃO EM TI

O homem, consciente ou inconscientemente, necessita comunicar-se com Deus.

A presença latente da Divindade impele-o a buscar a Fonte Inexaurível, a fim de nutrir-se da energia mantenedora da vida.

Uma secreta intuição, reminiscência de experiências já vividas ou inspiração para o encontro, fala da Realidade Superior, concitando ao estabelecimento de uma ponte de duas vias: por onde sigam os apelos e por onde retornem as respostas.

O recurso mais valioso para este desiderato é o da oração.

Quando penetras o aposento interior da alma, guiado pela luz da oração, logras comungar com Deus, ali presente, podendo alimentar-te nessa poderosa Força geradora de valores elevados.

São estimulados os recursos já existentes, que assomam em forma de coragem, de paz, de alegria.

Desanuviam-se as sombras pesadas que obscurecem a inteligência, entorpecendo os sentimentos.

O equilíbrio interior se recompõe e a escala dos bens altera-se do imediato para o mediato, do transitório para o permanente, face a uma hábil visualização da própria realidade.

A oração é o mais forte estímulo de que a alma pode dispor para plenificar-se.

Ela reergue o ser e o metamorfoseia, em razão da substância de que se constitui, abrindo espaços mentais para a ação edificante, sem a qual, a vida, em si mesma, perde o sentido, a significação.

É luz acesa na sombra; é pão nutriente na escassez; é força na debilidade; é gozo na paisagem erma da soledade.

Com a oração redescobres a finalidade da tua existência terrena e superas todos os percalços que parecem impedir-te ao avanço.

Faze da oração um hábito e deixa que a luz e o entendimento te fortaleçam na vida diária, à medida que te dediques a todas as tarefas que te dizem respeito, jovial e feliz.

Joanna de Ângelis

Livro: Filho de Deus, Joanna de Ângelis — Ed. LEAL, 2ª ed., 1990, nr. 24, pág. 83

Fonte: A PRECE SEGUNDO OS ESPÍRITOS — coletânea mediúnica ilustrada – Divaldo Pereira Franco – Diversos Espíritos – Org. por Washington Luiz Nogueira Fernandes

30 outubro 2012

Segurança - Lancellin


SEGURANÇA

É comum ouvir-se que devemos responder na mesma dimensão em que formos ofendidos.

Compreende-se que a justiça, na ação dos homens, seja operada pelas suas próprias mãos.

Porém, conhecendo-se a ação das leis de amor, entende-se porque a justiça não precisa das mãos humanas para a sua aplicação.

Se é necessário o escândalo, compreende-se que o escandaloso sofra as consequências das suas atitudes.

Se queres ter segurança na tua vida, no equilíbrio das tuas emoções, compartilha com Jesus, no conserto de ti mesmo.

Se alguém te condena, perdoa sempre, porque se não ofereceres o perdão, entrarás na faixa do ofensor e ficarás alterado como ele.

Se procuras a tranquilidade de consciência,

não ofendas,

não te irrites,

não te encolerizes, 

não ataques,

não cries imagens contrárias ao amor.

Sê prestativo em qualquer lugar. Tem sempre nos lábios o sorriso ante o companheiro, desfazendo contrariedades e ampliando o trabalho no bem comum.

Reage dentro de ti mesmo, ao ouvir qualquer coisa relacionada a assuntos desagradáveis, desfazendo o negativo, para a paz do próprio coração, invertendo-os para entendimentos positivos.

Se desejas segurança, lembra-te da utilidade, onde quer que estejas, de uma atitude nobre nos pensamentos bons, na fala que estimula o bem!

A tua segurança está em Deus, bem o sabes; no entanto, apoia-se nos teus poderes. Se queres, Deus já quis a tua paz. Estamos em uma escola do Senhor. Não penses que só os encarnados estão crescendo em conjunto, nos trabalhos que operam na Terra; nós, os desencarnados, estamos de mãos dadas com os encarnados, em esforço conjunto, nas modificação necessárias

de melhorar,

de crescer,

de estudar,

de compreender,

de trabalhar,

de amar,

de perdoar,

de servir

em todos os sentidos.

Desta maneira, a vida toma expressão divina, no divino que mora em nós.

Todos procuramos segurança; resta saber se a procura é realmente cristã.

Procurar é esforçar-se;

esforçar-se é entender;

entender é agir;

agir é amar!

Toda segurança requer sabedoria, e toda sabedoria pede amor.

Quando, meu irmão, nós desconhecermos o ódio, o amor começará a nos fornecer ambiente do céu no coração.

Se queres saber, a cólera é clima inferior capaz de estragar vidas. Ao contrário, o amor alimenta a existência, ganhando-se a paz de consciência.

De "Páginas Esparsas 4"
De João Nunes Maia
Pelo Espírito Lancellin

Página recebida em 30/12/87, na Sociedade Espírita Maria Nunes, 
Belo Horizonte, MG.


29 outubro 2012


ONDE ESTÁ DEUS?


Oito e dez anos, dois irmãos "do barulho".

Qualquer confusão na pequena cidade invariavelmente envolvia os pirralhos.

A mãe, preocupada com o futuro dos encapetados rebentos, pediu ajuda ao pároco. O sacerdote recomendou que os levassem à igreja separadamente.

Primeiro o mais novo.

Fê-lo sentar-se na sacristia, sozinho, diante dele.

Tratou logo de intimidá-lo, trovejando:

- Onde está Deus?!

Encolhido na cadeira, o garoto o contemplava pasmo, olhos esbugalhados, boca escancarada, mãos trêmulas...

- Onde está Deus?!

Ante seu mutismo, o padre ergueu ainda mais a voz, e, dedo em riste, bradou, tonitruante:

- Onde está Deus?!

Pondo-se a gritar, apavorado o menino fugiu em desabalada carreira. Direto para casa. Escondeu-se no armário em seu quarto.

Quando o irmão mais velho o encontrou, pálido e agitado, perguntou o que acontecera.

O pobre, tentando recuperar o fôlego, gaguejou:

- Cara, desta vez estamos mesmo encrencados. Deus sumiu! O padre acha que a culpa é nossa!

Essa história evoca um problema atual.

O sumiço de Deus.

Bem sabemos que é impossível.

Cérebro criador, consciência cósmica do Universo, o Criador está sempre presente, aqui, além, acolá, dentro de nós mesmos...

O que anda sumida é a consciência de Sua presença imanente, o Senhor Supremo que tudo vê; que exercita infalível justiça, premiando os bons e corrigindo os maus.

As pessoas não duvidam de Sua existência, mas pensam e agem como se Deus estivesse de férias.

Crimes, roubos, vícios, mentiras, maldades, grandes e pequenos deslizes, em relação às leis divinas, são cometidos, incessantemente, sem que os autores se dêem conta de que estão sendo observados pelo Criador.

Daí a força do mal no mundo, embora sob controle do Supremo Bem.

Haverá substanciais mudanças no comportamento humano quando esse "sumiço" for resolvido.

Podemos fazer um teste em relação ao assunto.

Sugiro, leitor amigo, que durante todo um dia desenvolva suas atividades atento à presença divina.



Por Richard Simonetti 
Da revista: Visão Espírita


28 outubro 2012

Espiritismo ou Doutrina Espírita



ESPIRITISMO OU DOUTRINA ESPÍRITA

O que é Espiritismo?

• É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

• É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à Humanidade as bases reais para sua espiritualização.


O que revela?

• Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. 

• Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento.
Qual a sua abrangência?

• Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos.

• Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.


O que o Espiritismo ensina?

Pontos fundamentais:

• Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. 

• O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

• Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. 

• No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

• Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais. 

• O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material. 

• Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. 

• Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade. 

• Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação. 

• Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento. 

• Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.

• Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores. 

• As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal. 

• Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. 

• A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade. 

• O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações. 

• A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus. 

• A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador. 

• A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade. 


Prática Espírita

• Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes". 

• A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. 

• O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcoólicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indulgência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior. 

• O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los. 

• A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que adote. 

• Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. 

• O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza". 


"Nascer, morrer, renascer, ainda,  e progredir sempre, tal é a lei." 

"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".  

"Fora da caridade não há salvação". 


O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita

27 outubro 2012

Incógnitas - Hammed



INCÓGNITAS

“Todos tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a depor para escalar o cume da montanha do progresso. Por que, pois, serdes tão clarividentes para com o próximo e cegos em relação a vós mesmos?”   ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 18) 


Analisas a obra assistencial e a criticas, afirmando que a tarefa poderia ser muito melhor, que o atendimento requer técnicas mais apropriadas e que, se outras prioridades fossem atingidas, então as metas sociais seriam mais abrangentes... Mas não te dispões a doar tuas mãos na realização de uma vida melhor aos necessitados. 

Analisas o expositor e o criticas, argumentando que a narrativa poderia ser mais convincente e menos enfadonha. Que se ele lançasse mão de recursos de oratória e tivesse um vocabulário mais rico, prenderia mais a atenção e elucidaria melhor os ouvintes... Mas não te dispões a ler e a estudar, e muito menos a falar em público no serviço de reeducação das pessoas, retirando-as das crenças negativas que bloqueiam vidas. 

Analisas o administrador do serviço e o criticas, asseverando que ele mantém posição intransigente e orgulhosa, e julgas que ele deveria ser mais humilde e compreensivo no trato com os dirigidos... Mas não te dispões a usar a mesma compreensão e humildade exigidas dele, não percebendo que vês o cisco no olho dos outros, e não vês a trave no teu. 

Analisas a conduta alheia e a criticas, observando rigorosamente procedimentos e atitudes que julgas inadmissíveis, e te colocas distante e impermeável a condutas levianas... Mas não te dispões a ajudar sinceramente a ninguém, e te esqueces de que poderás vir a errar, pois todos os que vivem sobre a Terra são passíveis de enganos e desacertos. 

Analisas o governo do país e o criticas, julgando pela tua ótica que todos os parlamentares ou ocupantes de cargos governamentais não são confiáveis nem bons servidores, e que a nação está envolvida no caos... Mas não te dispões a cooperar e nada fazes pela comunidade em que vives, relegando somente aos governantes obrigações e deveres, esquecendo que todos nós vivemos interligados e que depende também de ti o bem-estar e a prosperidade da população. 

Analisas dores e sofrimentos e criticas a vida, dizendo-te sozinho e desamparado perante a Providência Divina e que Deus te abandonou... Mas não te dispões a renovar-te, não te dando conta que, se não fizeres auto-observação em teus atos e atitudes negativas, continuarás atraindo energias desconexas que te descontrolarão o cosmo orgânico. 

Incoerente é a posição de toda criatura que reclama, critica, ofende, esbraveja e que nunca se faz apta a fazer algum bem, em favor de si mesma ou dos outros. Perplexos ficamos todos nós diante das rogativas das pessoas que solicitam ajuda com os lábios, e nunca com ações; que muito pedem e nunca doam; que somente visualizam as necessidades próprias, e nunca vêem a vida como um ritmo cósmico interconectado com todas as coisas, de maneira que o “todo” é mantido pelo apoio das “partes”. 

Examinemos, pois, com profundidade nossas críticas, porque elas dificultam a transformação e o progresso de nossa existência, se não forem estruturadas na reflexão e na reparação de nossos erros. 

Para que não sejas uma incógnita na vida que Deus te proporcionou, não faças crítica pela crítica, mas sim trabalha como e quanto puderes, sempre em tua órbita de possibilidades, para que a prosperidade seja uma constante em teus caminhos. 

Pelo Espírito de Hammed 
Do livro “Renovando Atitudes”
Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto

26 outubro 2012

Removendo Obsessões - Albino Teixeira

REMOVENDO OBSESSÕES


Existem DEZ ATITUDES POSITIVAS contra o domínio da obsessão, a saber:

. Confiança em Deus e em si
. Consciência tranquila
. Oração
. Dever cumprido
. Paciência
. Trabalho
. Serviço ao próximo
. Simpatia e benevolência
. Estudo
. Recomeço da construção do próprio equilíbrio, quantas vezes forem necessárias


Existem DEZ ATITUDES NEGATIVAS, que agravam o processo de perturbação espiritual:

. Dúvida
. Complexo de culpa
. Indiferença
. Irresponsabilidade
. Irritação
. Ociosidade
. Egoísmo
. Ignorância
. Queixa contínua

Acomodar-se a qualquer das situações referidas, depende da escolha de cada um, no entanto, ao enunciar semelhantes conceitos, temos em mira simplesmente recordar a palavra de Allan Kardec, no item 4, do Capítulo XXV, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", quando nos adverte: "Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho; vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: “Anda e chegarás; toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo”. 


Albino Teixeira
Médium: Chico Xavier
Obra: Escultores da Almas - Editora CEU
Espiritos Diversos

25 outubro 2012

Batalha pela Vida - Momento Espírita



BATALHA PELA VIDA

Têm crescido, em todos os quadrantes da Terra, os movimentos pela ecologia. Recentemente, dezessete países se reuniram no Brasil para discutir o projeto peixe-boi.

Em um Estado brasileiro, em defesa das tartarugas existe o projeto Tamar. Para a preservação dos animais, o homem se tem esmerado. Naturalmente, por descobrir que destruindo a vida animal, está decretando problemas graves para sua própria existência sobre a Terra.

O que causa estranheza é que esse mesmo homem decrete a morte do seu semelhante, nas suas nascentes.

Estamos nos referindo aos movimentos pró aborto que falam da destruição de vidas humanas, como se não fossem coisa alguma.

São vozes que se unem para exigir a morte dos que, no ventre materno, têm descobertas suas deficiências na área física ou mental.

Esquecem de olhar ao seu redor tais criaturas, pois um dos cérebros mais privilegiados da atualidade, a quem a ciência muito deve, é um deficiente físico que nada mais move senão a cabeça. Referimo-nos a Stephen Hawkings.

Outros falam, no entanto, do abortamento dito sentimental.

É quando a mãe é vítima de violência e engravida.

Fala-se em como ela poderá vir a amar o fruto daquele ato tão terrível. Diz-se que a visão do rebento sempre haverá de trazer à lembrança o ato agressivo por que ela passou.

Contou-nos um amigo da área médica que foi procurado por uma jovem que passou por essa experiência traumática.

Descobrira-se grávida e desejava o abortamento.

Quis a divindade que ela fosse ao consultório de um médico cristão, que lhe falou da bênção da vida, da sublimidade da maternidade.

Após algumas horas de uma boa conversa, ela se foi. Meses depois, ele recebeu uma correspondência. Abrindo o envelope, encontrou uma foto de um bebê lindo, saudável.

Atrás, em letra uniforme, bem desenhada, uma frase curta mas extremamente significativa: "obrigada por você ter contribuído para que esta foto pudesse existir."

Quatro anos depois, o médico recebeu em seu consultório a mãe e a criança. Porque a foto do bebê estava sobre a sua mesa, em um belo porta retrato, a mãe disse ao filho que era ele, quando bebê.

O menino pegou a foto e olhou com atenção. Depois, se aproximou do médico e perguntou: tio, me diga onde eu estou mais bonito? Ali, naquela foto ou aqui, ao vivo?

Você sabia?

Você sabia que em torno do aborto existe uma verdadeira indústria? E que atualmente ela se encontra entre as quinhentas maiores indústrias do mundo?

E que a jornada de nove meses realizada pelo bebê no útero materno é uma experiência psicoterapêutica para o espírito que deseja renascer?

Por isso mesmo, a não ser nos casos em que a mãe corra riscos de morte, a opção deve ser sempre pela vida.

Proclamemos a vida. Lutemos pela vida.


Autor: Redação do Momento Espírita


24 outubro 2012

Reencarnação e Consiência - Joanna de Ângelis



REENCARNAÇÃO E CONSCIÊNCIA

A conquista lúcida da consciência abre espaços para o entendimento das  leis que regem a vida, facultando o progresso do ser, que se entrega à  tarefa de educação pessoal e , por conseqüência , da sociedade na qual  se encontra situado .

Não mais lhe atendem as aspirações os conceitos utópicos e as  afirmações pueris destituídas de razão , com os quais no passado se  anestesiava o discernimento dos indivíduos e das massas.

Com ela a idéia de Deus e da sua justiça evolui, arrancando-o do  antropomorfismo a que esteve algemado pela ignorância , para uma  realidade mais consentânea com a própria grandeza.

Os velhos tabus, como efeito, cedem lugar aos fatos que podem ser  considerados e examinados pela investigação, produzindo amplas  percepções de conteúdos que enriquecem a compreensão.

O crescimento interior elucida a justiça, que já não se aferra aos  limites das paixões humanas que a padronizaram conforme os próprios  interesses, agraciando uns e punindo outros, em lamentável aberração  ética e de equanimidade discutível, senão absurda.

A consciência conquistada favorece a penetração nas causas da vida  mediante os processos de intuição, de dedução , e de análise decorrente  da experiência vívida dos fatores que constituem o Universo.

Engrandecem-se o homem e a mulher que se despojam do temor ou da  incredulidade, do beatismo ou da negação , assumindo uma postura digna,   portanto coerente com seu estado da evolução.

Somente a consciência favorece a perfeita identificação com a realidade  das vidas sucessivas , concepção-lei única a corresponder à grandeza da  vida.

Sem a consciência , a inteligência lógica e crê, mas não se submete; a  emoção aceita, porém, receia os impositivos do estatuto da evolução, no  qual está o mecanismo reencarnacionista.

 A consciência abre as comportas da inteligência e do sentimento para a  natural aceitação das experiências sucessivas e inevitáveis, que  promovem a criatura.

A reencarnação é instrumento do progresso do ser espiritual. Ora ele  expia, quando são graves os seus delitos, submetendo-se às aflições que  constituem disciplinas educativas mediante as quais se fixam nos painéis  profundos da consciência os deveres a cumprir. Noutras vezes são  provações que enrijecem as fibras morais responsáveis pela ação  dignificadora.

Longe de ser uma punição, a dádiva do renascimento corporal é bênção do  amor, auxiliando o espírito a desenvolver os recursos que lhe jazem  latentes , qual terra arroteada e adubada em condições de transformar a  semente diminuta no vegetal exuberante que nela dorme.

Diante dessa realidade , amplia a tua consciência pela meditação e age  com segurança ética, entregando-te ao compromisso de iluminação desde  agora.

 Nunca postergues os deveres a pretexto de que terás futuras  oportunidades.

A tua consciência dirá que hoje e aqui estão o momento e o lugar para a  construção do teu ser espiritual, que se deve elevar, libertando-te dos  atavismos primitivos e das paixões perturbadoras.

A consciência da reencarnação impulsionar-te-á ao progresso através do  amor e do bem sem alternativas de fracasso, porque a luz da felicidade  brilhando à frente será o estimulo para que alcances a meta.

Sem a reencarnação a vida inteligente retornaria , ao caos, e a lógica  do progresso ficaria reduzida à estupidez, à ignorância.

A consciência da reencarnação explica Sócrates e o homem bárbaro do seu  tempo, Gandhi e o selvagem da atualidade, a civilização e o primitivismo  nesta mesma época.

Lentamente o ser avança, e , de etapa em etapa adquire experiência,  conhecimento, sentimento, sabedoria, consciência.

Em O Livro dos Espíritos, na questão 170 encontramos o seguinte diálogo  O que fica sendo o espírito depois da sua última reencarnação ?  Espírito bem-aventurado ; puro espírito. 

Para esse desiderato  final , a consciência das reencarnações é indispensável.

Joanna de Ângelis (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco
Livro: Momentos de Consciência

23 outubro 2012

Consciência e Evolução - Joanna de Ângelis



CONSCIÊNCIA E EVOLUÇÃO

O despertar da consciência faculta a responsabilidade a respeito dos  atos, face ao desabrochar dos códigos divinos que jazem em germe no ser.

 Criado simples e ignorante , o espírito tem como fatalidade a perfeição  que lhe está destinada. Alcançá-la com rapidez ou demorar-se por  consegui-la, depende da sua vontade , do seu livre-arbítrio.

 Passando pela fieira da ignorância , adquiriu experiências mediante as  quais pode discernir entre o que deve e o que lhe não é lícito realizar,  optando pelas ações que lhe proporcionem ventura, bem-estar, sem os  efeitos perniciosos, aqueles que se tornam desgastantes, afligentes.

 Desse modo, torna-se responsável pelo seu destino, que está a construir,  modificar, por meio das decisões e atitudes que se permita.

 O bem é-lhe o fanal , e este se constitui de tudo aquilo que é conforme  as leis de Deus, que são naturais, vigentes em toda parte.

 A herança da ignorância primitiva prende-o no mal, que é contrário à lei  de progresso, não , porém, retendo-o indefinidamente e  impossibilitando-o de ser feliz.

 Cumpre-lhe , portanto envidar esforços e romper os elos com a  retaguarda, avançando nas experiências iluminativas, a principio com  dificuldade, face à viciação instalada, para depois acelerar os  mecanismos de desenvolvimento, por força mesmo do prazer e alegria  fruídos.

 Lentamente, em razão da própria consciência , descobre os tesouros  preciosos que lhe estão à disposição e dos quais pode utilizar-se com  infinitos benefícios.

 Saúde e doença , paz e conflito, alegria e tristeza podem ser elegidos  através do discernimento que guia as ações. Sem essa claridade, os  estados negativos tornam-se-lhe habituais e , mesmo quando  estabelecidos, podem alterar-se através do empenho empregado para  vence-los.

Nunca te entregues à desesperança, ao abandono. Não és uma pedra solta,  no leito do rio do destino, a rolar incessantemente. Tens uma meta, que  te aguarda e que alcançarás.

Penetra-te , mediante a reflexão, e descobre as tuas incalculáveis  possibilidades de realização.

Afirma-te o bem , a fim que o seu germe em ti fecunde e cresça. Serás o  que penses e planejes, pois que da tua mente e do sentimento procedem os  valores que são cultivados.

O teu estado natural é saúde. As enfermidades são os acidentes de  trânsito das ações negativas, propiciando-te reabilitação. É  indispensável manteres atenção e cuidado na conduta do veículo carnal.

 Assim , pensa no bem-estar, anela-o, estimulando-o com realizações  corretas.

A tua constituição é harmônica. Os desequilíbrios são ocorrências, na  corrente elétrica do teu sistema nervoso, por distorção de carga que as  sensações cultivadas proporcionam . Mantém os interruptores da vigilância ligados, a fim de que impeçam as altas voltagens que os  produzem.

Em tua origem és luz avançando para a grande luz. Só há sombras porque  ainda não te dispuseste a movimentar os poderosos geradores de energia  adormecida no teu interior. Faze claridade, iniciando com a chispa da  boa vontade e deixando-a crescer até alcançar toda a potência de que  dispõe.

O amor é o teu caminho, porque procede de Deus, que te criou. Desse modo  verticaliza as tuas aspirações e agiganta os teus sentimentos na  direção da causalidade primeira.

Tudo podes, se quiseres.
Tudo lograrás se te dispuseres.

Buscando penetrar na ordem das divinas leis que propiciam o  entendimento da vida, ALLAN KARDEC interrogou as venerandas entidades,  conforme registrou na questão 117 de O Livro dos Espíritos :

Depende dos espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente  para a perfeição ?
Certamente. Eles a alcançam mais ou menos rápido conforme o  desejo que têm de alcança-la e a submissão que testemunham à vontade de  Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra  recalcitrante?

Joanna de Ângelis (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco
Livro: Momentos de Consciência

22 outubro 2012

Desligamento do Mal - Emmanuel


DESLIGAMENTO DO MAL

Antes da reencarnação, no balanço das responsabilidades que lhe competem, a mente, acordada perante a Lei, não se vê apenas defrontada pelos resultados das próprias culpas. Reconhece, também, o imperativo de libertar-se dos compromissos assumidos com os sindicatos das trevas. 

Para isso partilha estudos e planos referentes à estrutura do novo corpo físico que lhe servirá por degrau decisivo no reajuste, e coopera, quanto possível, para que seja ele talhado à feição de câmara corretiva, na qual se regenere e, ao mesmo tempo, se isole das sugestões infelizes, capazes de lhe arruinarem os bons propósitos. 

Patronos da guerra e da desordem, que esbulhavam a confiança do povo, escolhem o próprio encarceramento da idiotia, em que se façam despercebidos pelos antigos comparsas das orgias de sangue e loucura, por eles mesmos transformados em lobos inteligentes; espiões que teceram intrigas de morte e artistas que envileceram as energias do amor, imploram olhos cegos e estreiteza de raciocínio, receosos de voltar ao convívio dos malfeitores que , um dia, elegeram por associados e irmãos de luta mais íntima. Criaturas insensatas, que não vacilavam em fazer a infelicidade dos outros, solicitam nervos paralíticos ou troncos mutilados, que os afastem dos quadrilheiros da sombra, com os quais cultivavam rebeldia e ingratidão; e homens e mulheres, que se brutalizaram no vício, rogam a frustração genésica e, ainda, o suplício da epiderme deformada ou purulenta, que provoquem repugnância e conseqüente desinteresse dos vampiros, em cujos fluidos aviltados e vômitos repelentes se compraziam nos prazeres inferiores.

Se alguma enfermidade irreversível te assinala a veste física, não percas a paciência e aguarda o futuro. E se trazes alguém contigo, portando essa ou aquela inibição, ajuda esse alguém a aceitar semelhante dificuldade, como sendo a luz de uma bênção.

Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos, ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões. 

Pelo Espírito Emmanuel
Do livro: Justiça Divina
Médium: Francisco Cândido Xavier

21 outubro 2012

Na Hora de Compreender ou Perdoar - O Amigo



NA HORA DE COMPREENDER OU PERDOAR

“Se vosso irmão pecou contra vós, ide mostrar-lhe sua falta em particular  entre vós e ele. Se ele vos escutar, tereis ganho vosso irmão.” (Mateus  18:15)

 Como é difícil compreender o companheiro que nos traiu, nos  injuriou ou prejudicou-nos de alguma forma.

 Às vezes, até aquele ente mais querido nosso nos magoa e não  entendemos; por isso, fica difícil perdoar e esquecer.

 No entanto, quantas vezes cometemos uma injustiça, magoamos  também. Procuramos nos desculpar, recorremos a todas as justificativas,  porque precisamos ser compreendidos e perdoados.

 Como sofremos diante da incompreensão!

 Errar é humano, é o que todos falamos, mas esta justificativa tem  que servir também para as outras pessoas. Mesmo para aqueles que não nos  inspiram simpatia.

 Estamos todos, ou mais ou menos, no mesmo nível espiritual, todos  tentando encaminhar para a frente. Os nossos objetivos são os mesmos, embora  às vezes os caminhos possam ser diferentes.

 Não podemos nos manter insensíveis diante das necessidades do  nosso próximo.

 Um gesto de compreensão é caridade valiosa, inclusive a favor  daquele que compreende, porque compreendendo esquecemos, e com isso deixamos  de sofrer.

 Quem não perdoa, não se desliga da mágoa. Portanto, assim  castiga-se com as lembranças contínuas.

 O que temos de lembrar é que Jesus pregado na cruz injustamente,  injuriado e humilhado por pessoas de baixo nível espiritual, pediu:

 “Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem”.

 Não falou Eu os perdôo, mostrou-nos que compreendia e que o  perdão, cabia a Deus conceder.

 Temos nós o direito de, achando que estamos numa posição superior,  dizer: Eu não perdôo? 


De “Na hora exata — uma lição para cada situação.”
De Maria Cotroni  Valenti
Inspirado pelo Espírito O Amigo

20 outubro 2012

A Grande Crise - Bezerra de Menezes


A GRANDE CRISE

...Jesus volta para convidar-nos à compaixão.

Se não puderdes perdoar, pelo menos, desculpai aqueles que vos ferem, que vos magoam, e se não tiverdes forças para desculpar, pelo menos, permiti que a compaixão aloje-se nas paisagens tristes dos vossos sentimentos magoados.

A grande crise moral da sociedade anuncia a era nova.

Buscai ouvir, e escutareis em toda parte a musicalidade diferente de um mundo novo; fazei silêncio interior, e ouvireis a sinfonia dos astros.

Tende a coragem, pois, de amar, em qualquer circunstância, por que se amardes somente àqueles que vos amam, mais não fazeis do que retribuir, no entanto, se fordes capazes de amar a quem vos alveja com os petardos terríveis da ingratidão, da ofensa, da perseguição gratuita, vosso nome será escritono livro do reino dos céus  e uma alegria inefável tomará conta de vossos corações preenchendo o vazio existencial.

Filhos e filhas da alma!

Vossos guias espirituais acercam-se-vos, e em torno dos vossos pensamentos enviam mensagens de paz para diminuir a agressividade e a violência.

Tornai-vos pacíficos no lar, no relacionamento, nas parcerias, no trabalho, na rua, no clube... Onde estiverdes mantende a paz, sendo pacíficos para vos transformardes em pacificadores.

O mundo é o que dele têm feito os seus habitantes, mas, crede em mim, nunca houve tanto amor na Terra como hoje.

A violência e a exaltação do crime ganham manchetes, vendem na grande mídia alucinando as vidas, mas nos alicerces da sociedade o amor é o paradigma que nutre as existências de milhões de mães e pais anônimos, assim como de filhos abnegados e estóicos que compreendem os mártires e os companheiros abnegados.

Não vos envergonheis de amar!

Na época da tirania o vosso amor é semelhante à terra que, exultante, arrebenta-se em flores como gratidão a Deus.

Sois as divinas flores da humanidade agradecendo a Deus a presença de Cristo Jesus na Terra.

Ide, ide na paz! Amai de tal forma que uma dor imensa de compaixão expresse o vosso amor para a vossa plenitude.

É a mensagem dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco neste dia dedicado à gratidão em nome do amor de Jesus-Cristo pelas suas ovelhas.

Muita paz, meus filhos!

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe e permaneça Ele conosco hoje, amanhã e sempre.

São os votos do companheiro paternal e humilde de sempre,

                                                   
Bezerra. (*)

(Mensagem psicofônica através do médium Divaldo Pereira Franco, ao encerramento da sua conferência na Creche Amélia Rodrigues, na noite de 30 de setembro de 2012, em Santo André, (SP). (* ) Bezerra de Menezes.   A mensagem foi revisada pelo autor espiritual.

18 outubro 2012

Amor e Renúncia - Momento Espírita


Amor e Renúncia

A conversa informal, durante o café da manhã, foi mais uma oportunidade de aprendizado para os que ouviam aquela senhora de semblante calmo e cabelos embranquecidos pelas muitas primaveras já vividas.

Ela pôs o café e o leite na xícara e alguém lhe ofereceu açúcar. Mas a senhora agradeceu dizendo que não fazia uso de açúcar. Alguém alcançou rapidamente o adoçante, por pensar que deveria estar cumprindo alguma dieta.

Ela agradeceu novamente, dizendo que tomava apenas café com leite, sem açúcar, nem adoçante dietético.

Sua atitude causou admiração, pois raras pessoas dispensam o açúcar. Então ela contou a sua história.

Disse que, logo depois que se casara, havia deixado de usar açúcar. Imediatamente imaginamos que deveria ser para acompanhar o marido que, por certo, não gostava de doce.

Contudo, aquela senhora, que agora lembrava com carinho do marido já falecido há alguns anos, esclareceu que o motivo era outro.

Falou de como o seu jovem esposo gostava de açúcar, e falou também da escassez do produto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Disse que, por causa do racionamento, conseguiam apenas alguns quilos por mês e que mal davam para seu companheiro.

Ela, que o amava muito, renunciou ao açúcar para que seu bem amado não ficasse sem.

Declarou que depois que a guerra acabou e a situação se normalizou, já não fazia mais questão de adoçar seu café e que havia perdido completamente o hábito do doce.

Hoje em dia, talvez uma atitude dessas cause espanto naqueles que não conseguem analisar o valor e a grandeza de uma renúncia desse porte.

Somente quem ama, verdadeiramente, é capaz de um gesto nobre em favor da pessoa amada.

Nos dias atuais, em que os casais se separam por questões tão insignificantes, vale a pena lembrar as heroínas e os heróis anônimos que renunciaram ou renunciam a tantas coisas para fazer a felicidade do companheiro ou da companheira.

 Nesses dias em que raros cônjuges abrem mão de uma simples opinião em prol da harmonia do lar, vale lembrar que a vida a dois deve ser um exercício constante de renúncia e abnegação.

Não estamos falando de anulação nem de subserviência, de um ou de outro, mas, simplesmente, da necessidade de relevar ou tolerar os defeitos um do outro.

Não é preciso chegar ao ponto de abrir mão de algo que se goste, por mero capricho ou exigência do cônjuge, mas se pudermos renunciar a algo para que nosso amor seja feliz, essa será uma atitude de grande nobreza de nossa parte.

Afinal de contas, o verdadeiro amor é feito de renúncia e abnegação, senão não é amor, é egoísmo.

Se entre aqueles que optaram por dividir o lar, o leito e o carinho a dois, não existir tolerância, de quem podemos esperar tal virtude?

Se você ainda não havia pensado nisso, pense agora.

Pense que, quando se opta por viver as experiências do casamento, decide-se por compartilhar uma vida a dois e isso quer dizer, muitas vezes, abrir mão de alguns caprichos em prol da harmonia do lar.

Se você só se deu conta disso depois que já havia se casado, lembre-se de que a convivência é uma arte e um desafio que merece ser vivido com toda dedicação e carinho. Quando aprendermos a viver em harmonia dentro do lar, estaremos preparados para viver bem em qualquer sociedade.

* * *

O matrimônio é uma sociedade de ajuda mútua, cujos bens são os filhos – Espíritos com os quais nos encontramos vinculados pelos processos e necessidades da evolução.

Redação do Momento Espírita

17 outubro 2012

Aceitação - Momento Espírita

 

ACEITAÇÃO



Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.

É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.

A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.

Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.

Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.

Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.

Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.

Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.

A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.

É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.

Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.
É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.

No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.

Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.

É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.

Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.

Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.

Lembremos que todas as dores são transitórias.

Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.

Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.


Redação do Momento Espírita, com base no texto Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do  cap. 20, do livro Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.