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31 outubro 2013

O Orgulho e a Humildade - Larcordaire


O ORGULHO E A HUMILDADE 
Instruções dos Espíritos

Que a paz do Senhor seja convosco, meus queridos amigos! Aqui venho para encorajar-vos a seguir o bom caminho.

Aos pobres Espíritos que habitaram outrora a Terra, conferiu Deus a missão de vos esclarecer. Bendito seja Ele, pela graça que nos concede: a de podermos auxiliar o vosso aperfeiçoamento. Que o Espírito Santo me ilumine e ajude a tornar compreensível a minha palavra, outorgando-me o favor de pô-la ao alcance de todos! Oh! vós, encarnados, que vos achais em prova e buscais a luz, que a vontade de Deus venha em meu auxílio para fazê-la brilhar aos vossos olhos!

A humildade é virtude muito esquecida entre vós. Bem pouco seguidos são os exemplos que dela se vos têm dado. Entretanto, sem humildade, podeis ser caridosos com o vosso próximo? Oh! não, pois que este sentimento nivela os homens, dizendo-lhes que todos são irmãos, que se devem auxiliar mutuamente, e os induz ao bem. 

Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuís, como se trouxésseis um vestuário para ocultar as deformidades do vosso corpo. Lembrai-vos dAquele que nos salvou; lembrai-vos da sua humildade, que tão grande o fez, colocando-o acima de todos os profetas. 

O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometia o reino dos céus aos mais pobres, é porque os grandes da Terra imaginam que os títulos e as riquezas são recompensas deferidas aos seus méritos e se consideram de essência mais pura do que a do pobre. Julgam que os títulos e as riquezas lhes são devidos, pelo que, quando Deus lhos retira, o acusam de injustiça. Oh! irrisão e cegueira! Pois, então, Deus vos distingue pelos corpos? 

O envoltório do pobre não é o mesmo que o do rico? Terá o Criador feito duas espécies de homens? Tudo o que Deus faz é grande e sábio; não lhe atribuais nunca as idéias que os vossos cérebros orgulhosos engendram.

Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta- -se o teu orgulho. Concordarás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. “Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos ! 

Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus colocado tão baixo e a mim tão alto?” É exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo. 

Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São eternas as riquezas? Não desapar ecem quando se ext ingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti um pouco de humildade! 

Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento, pois bem digno de compaixão serás.

Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai, portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos. 

Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que têm seus títulos de nobreza.

Pobre criatura! és mãe, teus filhos sofrem; sentem frio; têm fome, e tu vais, curvada ao peso da tua cruz, humilhar-te, para lhes conseguires um pedaço de pão! Oh! inclino-me diante de ti. Quão nobremente santa és e quão grande aos meus olhos! Espera e ora; a felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos que nele confiam, concede Deus o reino dos céus.

E tu, donzela, pobre criança lançada ao trabalho, às privações, por que esses tristes pensamentos? Por que choras? Dirige a Deus, piedoso e sereno, o teu olhar: ele dá alimento aos passarinhos; tem-lhe confiança: ele não te abandonará. O ruído das festas, dos prazeres do mundo, faz bater-te o coração; também desejaras adornar de flores os teus cabelos e misturar-te com os venturosos da Terra. Dizes de ti para contigo que, como essas mulheres que vês passar, despreocupadas e risonhas, também poderias ser rica. Oh! cala-te, criança! Se soubesses quantas lágrimas e dores inomináveis se ocultam sob esses vestidos recamados, quantos soluços são abafados pelos sons dessa orquestra rumorosa, preferirias o teu humilde retiro e a tua pobreza. 

Conserva-te pura aos olhos de Deus, se não queres que o teu anjo guardião para o seu seio volte, cobrindo o semblante com as suas brancas asas e deixando-te com os teus remorsos, sem guia, sem amparo, neste mundo, onde ficarias perdida, a aguardar a punição no outro.

Todos vós que dos homens sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, ponderando que também vós não vos achais isentos de culpas; é isso caridade, mas é igualmente humildade. Se sofreis pelas calúnias, abaixai a cabeça sob essa prova. Que vos importam as calúnias do mundo? Se é puro o vosso proceder, não pode Deus vo-las compensar? Suportar com coragem as humilhações dos homens é ser humilde e reconhecer que somente Deus é grande e poderoso.

Oh! meu Deus, será preciso que o Cristo volte segunda vez à Terra para ensinar aos homens as tuas leis, que eles olvidam? Terá que de novo expulsar do templo os vendedores que conspurcam a tua casa, casa que é unicamente de oração? E, quem sabe? ó homens! se o não renegaríeis como outrora , caso Deus vos concedesse essa graça ! Chamar-lhe-íeis blasfemador, porque abateria o orgulho dos modernos fariseus. É bem possível que o fizésseis perlustrar novamente o caminho do Gólgota.

Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber os mandamentos de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o Deus verdadeiro. Homens e mulheres deram o ouro e as jóias que possuíam, para que se construísse um ídolo que entraram a adorar. Vós outros, homens civilizados, os imitais. O Cristo vos legou a sua doutrina; deu-vos o exemplo de todas as virtudes e tudo abandonastes, exemplos e preceitos. Concorrendo para isso com as vossas paixões, fizestes um Deus a vosso jeito: segundo uns, terrível e sangüinário; segundo outros, alheado dos interesses do mundo. O Deus que fabricastes é ainda o bezerro de ouro que cada um adapta aos seus gostos e às suas idéias.

Despertai, meus irmãos, meus amigos. Que a voz dos Espíritos ecoe nos vossos corações. Sede generosos e caridosos, sem ostentação, isto é, fazei o bem com humildade. Que cada um proceda pouco a pouco à demolição dos altares que todos ergueram ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos e tereis o reino da verdade. Não continueis a duvidar da bondade de Deus, quando dela vos dá ele tantas provas. Vimos preparar os caminhos para que as profecias se cumpram. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais retumbante da sua clemência, que o enviado celeste já vos encontre formando uma grande família; que os vossos corações, mansos e humildes, sejam dignos de ouvir a palavra divina que ele vos vem trazer; que ao eleito somente se deparem em seu caminho as palmas que aí tenhais deposto, volvendo ao bem, à caridade, à fraternidade. Então, o vosso mundo se tornará o paraíso terrestre. 

Mas, se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos enviados para depurar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica de ciências, mas, no entanto, tão pobre de bons sentimentos, ah! então não nos restará senão chorar e gemer pela vossa sorte. Mas, não, assim não será. Voltai para Deus, vosso pai, e todos nós que houvermos contribuído para o cumprimento da sua vontade entoaremos o cântico de ação de graças, agradecendo-lhe a inesgotável bondade e glorificando-o por todos os séculos dos séculos.

Assim seja. 

Lacordaire. (Constantina, 1863.) 

Do livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo VII - Bem Aventurados os Pobres de Espírito - item 11 - Instruções dos Espíritos - Allan Kardec



30 outubro 2013

Os Sapatos dos Outros – sobre a empatia - Momento Espírita


OS SAPATOS DOS OUTROS - SOBRE A EMPATIA

Os países de língua inglesa usam um termo muito interessante para explicar a empatia: colocar seus pés nos sapatos dos outros.

Trata-se de um exercício difícil, num primeiro momento, mas, que depois de aprendido, torna-se grande aliado para melhorar as nossas relações com o próximo.

Essa técnica envolve a capacidade de suspender provisoriamente a insistência no próprio ponto de vista, e encarar a situação a partir da perspectiva do outro.

Significa imaginar qual seria a situação caso se estivesse no seu lugar, como se lidaria com o fato.

Isso ajuda a desenvolver uma conscientização dos sentimentos do outro e um respeito por eles, o que é um importante fator para a redução de conflitos e problemas nas relações.

Só vestindo o calçado do outro saberemos se ele é apertado ou não, se machuca aqui ou ali, e assim poderemos compreender e tomar atitudes mais eficazes para consolar e ajudar.

Quem tem a habilidade da empatia consegue desenvolver a compaixão e estender as mãos para auxiliar.
Para que alguém esteja apto a, verdadeiramente, consolar alguém, é indispensável ter a percepção ou mesmo a compreensão do que está sofrendo aquele que busca ou aguarda consolação.

Quem tem o comportamento empático compreende melhor, e julga menos, ou julga com menos severidade.
Quem usa a empatia entende as razões do outro e consegue suavizar o ódio, o rancor, o ressentimento, preparando-se melhor para o perdão.

A empatia ou a falta dela pode determinar se um lar viverá em constante guerra ou harmonia.

Os pais precisam da empatia na educação dos filhos, colocando-se em seu lugar constantemente – evitando as broncas desnecessárias, os comportamentos distanciadores e a falta de contato com as emoções das crianças.

Os filhos devem usar de empatia com os pais, percebendo e entendendo suas preocupações, suas dúvidas, suas inseguranças, e sua vontade de sempre acertar e de fazer o melhor para seus rebentos.

A esposa precisa colocar-se no lugar do marido, o marido no lugar da esposa. Ambos precisam conhecer o mundo do outro, suas angústias, suas dificuldades e o que lhe dá alegria.

Puxa... Que dia terrível você teve hoje! Vou tentar ajudá-lo fazendo uma comidinha bem gostosa para nós dois. Assim esquecemos um pouco dos problemas.

Eis o exemplo de um gesto simples, mas precioso, de empatia.

Ainda outro: Que trabalheira você tem em casa, meu amor... Acho que você precisa sair um pouco para espairecer, não é? Vamos sair só nós dois para jantar?

A criatividade voltada para o bem nos dará tantas e tantas ideias de como realizar esse processo empático, indispensável para a sobrevivência dos lares.

Se desejamos harmonia e melhoria nas relações, temos que passar pela empatia, indubitavelmente.

* * *

Experimentemos usar o sapato do outro. Experimentemos o mundo a partir do ponto de vista do outro. Saiamos do egocentrismo destruidor ainda hoje.

Empatia... Sempre.

Redação do Momento Espírita, com citação do cap. 18, do livro A carta magna da paz, pelo Espírito Camilo, psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.

29 outubro 2013

Verdades Incontestes - Inácio Ferreira


VERDADES INCONTESTES 

Quem faz o bem sobre a Terra, não tem com o que se preocupar com questões relacionadas à Vida além da morte. 


Se perdoar é difícil, procure viver de tal maneira que, seja a quem for, você não tenha que fazê-lo. 


Muitas vezes, é em seus descendentes mais próximos que o orgulho do homem começará a ser quebrado. 


No ato de julgar atitudes alheias, quem o faz costuma redigir, sem apelação, a sua própria sentença condenatória. 

*

A porta, de fato, é tão estreita que, por ela, você só poderá passar sozinho. 


Quem se permite afetar pelas críticas, de certa maneira está dando razão a elas. 


Quando você disser que não é humilde, acredite nisto. 


Eu gostaria muito de voar, mas, antes de fazê-lo, preciso me levantar e, nem que seja a passos vacilantes, começar a caminhar para frente. 


Você pode estar numa poça de lama, mas pode ser como a semente que dela se aproveita para germinar e florescer. 


Ninguém gosta de apanhar, mas, sem apanhar, ninguém efetivamente deixa de bater. 


Se você aprender a trabalhar no clima do silêncio, numa existência poderá avançar mais que a somatória de todas as outras que você já teve. 


A grandeza do Cristianismo também foi feita pelo sacrifício dos cristãos anônimos que, ignorados pela História, pereceram nos circos do martírio. 


Você não se sentiria envergonhado de ser feliz em meio à infelicidade de tanta gente? 


O que você diz, e como diz, não tem mais importância que aquilo que você tem no coração. 


Seria de bom alvitre que, evitando o improviso, você, desde agora, já começasse a preparar a sua futura existência na Terra. 


Entre as sombras do caminho, o amor é luz na alma, mas caridade é uma lanterna na mão. 


Quem se dispõe a seguir com Jesus, não tem como evitar o Calvário. 

Espírito: Inácio Ferreira
Médium: Carlos A. Baccelli

28 outubro 2013

Gravidez sem Espírito - Giselle Fachetti Machado




GRAVIDEZ SEM ESPÍRITO

Pertenço a um grupo envolvido em um Projeto chamado Esperança e Luz, que foi elaborado pela equipe espiritual que assiste a Comunidade Espírita Ramatís e que pretende auxiliar espíritos que se preparam para reencarnar, assim como auxiliar, também,  as famílias que os receberão.

O trabalho é realizado em dois momentos. Inicialmente estudamos um trecho instrutivo e à seguir passamos ao treinamento mediúnico. Em nossa última reunião, eu fui escalada para apresentar o capítulo número 21 do Livro Gravidez Sublime Intercâmbio, de Ricardo di Bernardi.

 O que li, pesquisei e apresentei sobre o assunto abordado me intrigou. O título do capítulo é Gravidez sem reencarnação. Ricardo di Bernadi abre esse capítulo com a transcrição da questão 356 do Livro dos Espíritos.

 Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espírito?

“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nenhum espírito esteve destinado.  Nada tinha que se efetuar para eles.  Tais crianças então só vem por seus pais.”

Essa  resposta me levou a raciocinar sobre a enormidade de possibilidades relacionadas com o processo reencarnatório. Posso afirmar, sem medo de errar, que nenhum processo reencarnatório é igual a outro. 

Assim como observamos que nenhuma gravidez é igual a uma outra. 

Entretanto, apesar das variações serem imensas, existe um certo grau de padronização entre grupos com maior ou menor afinidade. 

Os espíritos nos esclareceram, naquela oportunidade, que  é possível ocorrer a situação extrema de haver uma gravidez sem que haja espírito determinado para aquele corpo em desenvolvimento, todavia, quero crer que o contrário é que é a regra e esse fato, a exceção. 

Durante o exercício de treinamento mediúnico, realizado naquele dia em particular, inúmeras entidades foram atendidas em caráter emergencial. Eu, ao contrário da maioria dos meus colegas, não participei desse atendimento, pois fui levada a uma sala do Hospital da Criança (localizado na Colônia Espiritual.....) e ali fui conduzida a uma seção em que havia aparelhos estranhos, pelo menos sob minha ótica ainda muito presa aos padrões da matéria densa. 

Um desses aparelhos foi colocado sobre meu crânio e tive a impressão que eles me passavam informações para que eu pudesse redigir um artigo sobre esse assunto, tarefa  que julguei altamente complexa. Ainda mais que ao pesquisar sobre essa possibilidade, da gravidez sem espírito, poucas referências encontrei. 

Após nosso retorno ao corpo físico, no ambiente do Centro Espírita, uma colega percebeu, ainda, a presença do tal capacete energético sobre meu crânio. 

Ela me alertou sobre o medo que tenho de assumir essa responsabilidade, qual seja, de manifestar-me sobre assuntos polêmicos dentro da Doutrina Espírita. O que não pude deixar de admitir, pois o conforto de escrever sobre assuntos já bem estabelecidos me é muito mais convidativo do que navegar em águas turbulentas da dialética vanguardista. 

Portanto, esforçando-me para superar meus temores me presto a oferecer argumentos para que uma nova concepção seja construída, gradualmente, sobre os sólidos pilares Doutrinários codificados por Kardec. 

Esses argumentos são um amálgama do que estudei, raciocinei e recebi por intuição mediúnica conforme relatado anteriormente. Não consigo distingui-los pela origem, quais elaborei e quais me foram sugeridos. 

E espero que essa nova análise seja especialmente iluminada pelo exemplo da  sistemática de investigação crítica e racional como a utilizada pelo Mestre Lionez em seu gigantesco trabalho de codificação da Nova Revelação. 

Sabemos que o espírito imortal, altamente complexo,  atua em relação ao desenvolvimento embrionário como o Modelo Organizador Biológico descrito por Hernani Guimarães já em ..... 

Teoria similar veio a ser proposta, apenas recentemente,  pelo renomado biólogo Rupert Sheldrake que chamou esse sistema imaterial com função modeladora, de H. Guimarães, de campo morfogenético. 

Inicialmente, ele descreveu os campos mórficos que atuam  em grupos de seres conectados entre si por inter-relação perene e os descreveu como a teoria do 99º macaco. 

Os campos mórficos não são campos elétricos ou eletromagnéticos, não são campos carreadores de  energia,  por isso eles não perdem potência em relação á distância em que atuam. Isso se reveste de grande importância quando consideramos os campos mórficos que unem populações de animais, seres humanos e outros grupos de seres vivos. Esses campos transportam informação, por mais estranho que isso possa parecer. 

O campo morfogenético, de ação individual, atuaria como modelador tridimensional do crescimento de células e tecidos específicos permitindo uma adequada proporção somática entre os diversos órgãos e o organismo como um todo. Função essa não cumprida pelos ácidos nucléicos. 

Tal pode ser inferido pela adaptação de um tecido exógeno implantado às dimensões espaciais do receptor, como ocorre nos  transplante de fígado. 

A porção do órgão recebida mantém sua carga genética original, porém cresce e molda-se ao receptor conforme seu tamanho e não conforme as dimensões orgânicas do doador, pois se assim fosse, o doador teria que ter além de carga genética compatível, ter também compatíveis o tamanho de seus órgãos e vísceras passíveis de doação.  

É claro que essa compatibilidade se faz necessária, em certos graus, em casos de órgãos como o coração, cuja dimensão influi na capacidade de ação como bomba ejetora que é. 

Sem o campo morfogenético, limitador e organizador do crescimento celular e tecidual, esse processo ocorre apenas sob as ordens dos ácidos nucléicos, mas sem a possibilidade da organização espacial tridimensional proporcional como é encontrada em organismos vivificados por esse principio. 

Tratar-se-ia de proliferação tissular semelhante à que  observamos em meios de cultura artificiais. Talvez, algum grau maior de ordem possa ser oferecido pela ação indireta do sistema modelador próprio do psicossoma materno. E, é este o argumento usado por André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos para explicar a questão 356 do livro dos espíritos. 

Questão esta intrigante pela afirmação da existência de natimortos para os quais não haveriam espíritos designados. É provável que o termo natimorto não tenha sido usado conforme  é hoje definido pela medicina moderna. 

Natimorto é a morte do feto ocorrida ainda dentro do útero. Trata-se de morte fetal e não embrionária. 

Quando ocorre morte fetal precoce, antes de 20 semanas de gestação ou embrionária, até 12 semanas de gestação, o processo de  perda é chamado de abortamento e o  produto do abortamento é o aborto. 

Quando uma gestação chega ao período fetal houve necessariamente a formação de todos os órgãos da economia sistêmica humana em seus mais minuciosos detalhes. 

O feto precisa de um coração eficiente no bombeamento sanguíneo e de um sistema circulatório perfeito para que seu adequado crescimento ocorra. Essa precisão somente seria  obtida sob a direção do campo morfogenético, imaterial, mas imprescindível para a morfogênese exata dos seres vivos. 

Caso o sistema morfogenético do pisicossoma, ou espírito  materno, fosse capaz de oferecer  esse controle a um outro indivíduo em processo de desenvolvimento orgânico na intimidade dos seus próprios tecidos, poderíamos inferir que analogamente existiria, também, outra possibilidade ainda mais questionável. 

A possibilidade de que, pelo mesmo processo, os tumores oriundos das células germinativas  pudessem se desenvolver com arquitetura mais harmônica do que encontramos, por exemplo,  em portadoras de teratomas ovarianos. 

Os teratomas possuem a capacidade de multiplicação e diferenciação tecidual  que encontramos nos embriões, mas a falta de um modelador de ordem espiritual faz com que, efetivamente, produzam-se  apenas tecidos monstruosamente aglomerados. 

Argumentariam outros que, neste caso, não existe a vontade materna em gestar e receber um filho em seus braços. O que, de fato,  agiria na condução da força do campo morfogenético materno para que atuasse indireta e excepcionalmente sobre os tecidos ovulares. 

Entretanto se o campo morfogenético materno já é o molde para seu próprio organismo, esperaríamos, nesta circunstância hipotética, que o organismo gestado, através dessa influência, preservasse as características somáticas maternas. O que nos parece um tanto complexo para se dar freqüentemente. 

Além dessa questão, mais nos mobiliza o fato relatado em diversas publicações psicografadas através de médiuns sérios, de que a gravidez que termina em aborto é um meio terapêutico do  qual espiritualidade se utiliza para recuperação de espíritos com risco de ovoidização,  ou ainda, para a recuperação daqueles portadores de deformidades severas do períspirito. 

O trânsito pela matéria, ainda que fugaz, permite a reestruturação do corpo espiritual. Os mecanismos de miniaturização e amnésia envolvidos no processo permitem o reequilíbrio de espíritos em sofrimento, principalmente naqueles vítimas de dores de tamanha intensidade que são tomados por estados de desagregação mental severa com grande risco de implosão do corpo espiritual. 

Tal morbidade espiritual é também chamada de segunda morte, ou ovoidização. É descrita tanto por André Luiz no Livro Evolução em Dois Mundos, quanto por... no excelente livro, Ícaro redimido. 

Outro argumento que se impõe que seja considerado é que se uma experiência aparentemente traumática e frustrante, como o abortamento espontâneo,  pode ser utilizada para benefício dos sofredores, por que permitiria Deus, que esse aspecto fosse desprezado, enquanto inúmeros espíritos necessitam da abençoada terapia do choque físico? 

Sabemos que ocorrem 90 milhões de nascimentos por ano no mundo e 60 milhões de abortamentos entre os espontâneos e os provocados. A energia mobilizada nesses processos dolorosos  é imensa e tem utilidade não só para os envolvidos fisicamente  no processo, mas também,  para os que precisam recuperar  anatomia do seu perispírito. 

Nestes casos, mesmo havendo a influencia do campo morfogenético do espírito reencarnante, a formação do corpo físico fica prejudicada pelo grau de deformidade que esse principio estruturador apresenta. 

Gravidezes nestas circunstâncias geram embriões e fetos com deformidades que são incompatíveis com a vida física, muitas vezes mesmo que a carga genética seja absolutamente normal. Por isso temos cerca de 10 a 20 por cento de abortamentos em gravidezes clinicamente detectadas. 

Do ponto de vista médico existirão diversas explicações para o desenvolvimento inadequado do concepto e sua posterior eliminação. Doenças genéticas, teratogenicidade induzida por fatores ambientais, tais como infecções e medicamentos, alterações imunológicas, distúrbios do metabolismo enzimático e protéico..... 

Tais explicações são absolutamente verdadeiras do ponto de vista material, mas sua origem vai além  da questão física. O espírito, que deveria presidir a formação de um novo corpo físico, traz em sua complexidade morfológica as deformidades que se transmitirão por ressonância mórfica ao seu duplo físico. 

Em algumas entidades tal é a deformidade que apresentam que não são capazes de induzir a matéria a mais do que uma proliferação desordenada e agressiva de tecido placentário como observamos nos casos de mola hidatiforme. 

Os espíritos parasitas que se habituaram por séculos a extrair energias vitais de seus parceiros obssediados, os quais cumpriam sua penosa caminhada terrena, não mais do que esse talento podem oferecer aos tecidos cuja  neoformação induziram. 

Uma vez tratada a doença e eliminadas as células agressivas do organismo materno, a fonte de exploração seca. E, então, o parasita é forçado a obter energias da sua própria economia fisiológica. 

Neste momento crucial ele é capaz de vislumbrar flashes de consciência, que se reforçados pela energia amorosa da família que sofreu a perda com resignação e esperança, servirão de combustível para o seu desabrochar definitivo como espírito consciente, o que já foi antes de afundar no charco de seu desespero. 

Portanto, apesar de ser possível em situações excepcionais, a existência de gestações sem que haja espíritos a elas destinados, essa situação é raríssima. Rara, pois que a espiritualidade superior é extremamente organizada e procura não perder nenhuma oportunidade de realizar o bem. 

E ainda, quando isso excepcionalmente acontece, tenhamos a certeza que não se formará um sistema orgânico perfeito e funcional, pois tal não é possível sem a influência de um espírito com sua estrutura fisiológica minimamente adequada. 

Serão no máximo as gravidezes anembrionadas e mais freqüentemente os microabortos, que ocorrem de forma até imperceptível ao diagnóstico clínico. 

Sabemos que cerca de 70 % dos ovos são perdidos sem que cheguem a gerar gravidez clinicamente detectável. Isto sim, ocorre por não haver espírito determinado para encarnação naquela oportunidade. 

Hoje, podemos esclarecer melhor, o que foi genericamente abordado no Livro dos Espíritos. Naquela época sequer se conheciam as diversas possibilidades em termos de causas orgânicas de abortamento e teratogênese. Daí por que houve uma resposta essencialmente genérica. Agora, entretanto, já temos condições de nos depararmos com verdades mais profundas. 

A utilidade desse conhecimento se faz pelo objetivo primordial de valorização da vida, quer ela progrida, ou não, além das barreiras do ventre materno. Qualquer que seja a duração de uma gravidez, ela deve ser vivida com amor. 

Os pais devem saber que o amor que transferem ao espírito que foi espontaneamente abortado, ao portador de deformidade física incompatível com a vida, ao deficiente, é o medicamento abençoado que os curarão da morbidez que longamente carregam, em função de seus próprios delitos,  mas que por caridade Divina tem essa oportunidade impar de tratamento reestruturador. 

Se o amor e a aceitação impregnam as entranhas maternas que acolhem o doente frágil em internação de caráter  intensivo, emergencial  e, na maioria das vezes, compulsória, o resultado só pode ser  o milagre da recuperação plena da anatomia espiritual. 

Repercussões ainda mais significativas ocorrem como resultados dessas experiências marcantes. Em um  futuro breve a família que sofreu com a perda inesperada, pode ser presenteada com uma linda criança, para que cresça sob sua guarda. Criança esta agradecida e doutrinada para o bem, já que aprendeu pelo exemplo e pelo sentimento. 

A redoma de amor que se formou durante a gravidez frustrada permanece incubando o ex-sofredor e protegendo-o em sua nova fase. É um reservatório energético que o conduz firmemente através das desventuras que terá que atravessar, ainda no mundo espiritual, para ser digno de uma outra oportunidade reencarnatória, agora passível de  êxito do ponto de vista de realizações cristãs. 

Ele, após essa sublime transfusão energética recuperadora do seu corpo espiritual debilitado, passa a captar as instruções superiores e consegue, finalmente, fortalecer-se no caminho do bem. Bem que o conquistou nesse breve período de terapia intensiva que denominamos  de choque físico de amor. 

Esperamos ter ajudado você em sua missão e que o medo de se expor sucumba mediante seu objetivo maior, que é a plena valorização da vida. Lição esta que te compete mais aprender do que ensinar, pelo fato de que mais aprendemos quando ensinamos é que você foi convidada a atuar nesse ministério....
 
Giselle Fachetti Machado


27 outubro 2013

Encarnado educado, desencarnado equilibrado - Wellington Balbo



ENCARNADO EDUCADO, 
DESENCARNADO EQUILIBRADO

Todos os dias aquele senhor de cabelos desgrenhados e forte odor de “bebida alcoólica”postava-se em frente ao centro espírita.

Via o entra e sai de pessoas e tinha enorme vontade de adentrar o recinto. Contudo, envergonhado de sua situação ficava apenas observando...

Certo dia, porém, é colhido pela morte do corpo físico que o transporta para o mundo espiritual. Já sem a máquina física é levado por mentores espirituais a reunião mediúnica do centro espírita que por tantos anos observou sem coragem de entrar.

Foi recebido de maneira muito simpática pelo coordenador da reunião.
- Olá, meu irmão, seja benvindo em nossa casa!

Este pequeno fato foi-me contado em uma das palestras que realizei na cidade de São Paulo é, portanto, verídico.

Observemos que o indivíduo precisou desencarnar para entrar no centro espírita, ou seja, necessitou de estar desencarnado para que alguém lhe desse atenção. No entanto, consideremos que não precisaria ser assim. Ele poderia ter sido atendido enquanto encarnado.

Bastaria que algum “ousado” ousasse a convidar aquele indivíduo a participar e alguma atividade, palestra ou algo do tipo.

Naturalmente que ele poderia declinar o convite, todavia, nunca sabemos ao certo o que aconteceria.

Melhor, então, tentar, não é?

Dia desses uma amiga comentou: “Sabe, Wellington, as reuniões de atendimento aos desencarnados em desequilíbrio terão fim quando começarmos a atender bem os encarnados, a nos interessarmos pelas pessoas que estão por aqui, na Terra. Não é preciso esperar o sujeito desencarnar para dedicar-lhe atenção e carinho.”

Concordei com a amiga. Desnecessário aguardarmos o desencarne de alguém para fazer-lhe algo. Que façamos enquanto está aqui, “entre nós”.

O Espiritismo é importante porque pode causar uma revolução na alma humana educando-a para a vida na Terra.

É a ferramenta básica para o mínimo necessário de equilíbrio que devemos ter ante os desafios existenciais que se apresentam.

Portanto, é fundamental fazermos o máximo que pudermos pelas pessoas enquanto estão neste plano a fim de não sobrecarregarmos os mentores espirituais, as reuniões mediúnicas e, claro, possibilitar às criaturas um caminhar mais leve.

Obviamente que por questões de logística não teremos condições de atender todo mundo enquanto encarnados, porém, vale a pena refletir nesta questão.

Quanto mais proporcionarmos condições para o equilíbrio do homem na Terra menos desencarnados desequilibrados teremos e, naturalmente, menos umbrais, menos sofrimento e dores causadas pela culpa de não ter feito o planejado antes do mergulho na carne.

Wellington Balbo


26 outubro 2013

Ainda o Amor - Joanna de Ângelis


AINDA O AMOR

Nos dias que vivemos, muito se ouve falar a respeito do amor. Suspiram os jovens por sua chegada, idealizando cores suaves e delicados tons.

Alguns o confundem com as paixões violentas e degradantes e, por isso mesmo, afirmam que o amor acaba.

Entretanto, o amor já foi definido pelos Espíritos do Bem como o mais sublime dos sentimentos. Reveste-se de tranquilidade e confere paz a quem o vivencia.

Não é produto de momentos, mas construção laboriosa e paciente de dias que se multiplicam na escalada do tempo. Narra o famoso escritor inglês Charles Dickens que dois recém-casados viviam modestamente. 

Dividiam as dificuldades e sustentavam-se na afeição pura e profunda que devotavam um ao outro.

Não possuíam senão o indispensável, mas cada um era portador de uma herança particular.

O jovem recebera como legado de família um relógio de bolso, que guardava com zelo. Na verdade não podia utilizá-lo por não ter uma corrente apropriada. A esposa recebera da própria natureza uma herança maravilhosa: uma linda cabeleira. Cabelos longos, sedosos, fartos, que encantavam.

Mantinha-os sempre soltos, embora seu desejo fosse adquirir um grande e lindo pente que vira em uma vitrina, em certa oportunidade, para os prender no alto da cabeça, deixando que as mechas, caprichosas, bailassem até os ombros.

Transcorria o tempo e ambos acalentavam o seu desejo, sem ousar expor ao outro, desde que o dinheiro que entrava era todo direcionado para as necessidades básicas.

Em certa noite de Natal, estando ambos face a face, cada um estendeu ao outro, quase que ao mesmo tempo, um delicado embrulho.

Ela insistiu e ele abriu o seu primeiro. Um estranho sorriso bailou nos lábios do jovem. A esposa acabara de lhe dar a corrente para o relógio.

Segurando a preciosidade entre os dedos, foi a vez dele pedir a ela que abrisse o pacote que ele lhe dera.

Trêmula e emocionada, a esposa logo deteve em suas mãos o enorme pente para prender os seus cabelos, enquanto lágrimas significativas lhe rolavam pelas faces. Olharam-se ambos e, profundamente emocionados descobriram que ele vendera o relógio para comprar o pente e ela vendera os cabelos para comprar a corrente do relógio.

Ante a surpresa, deram-se conta do quanto se amavam.

* * *

 O amor não é somente um meio, é o fim essencial da vida.

Toda expressão de afeto propicia a renovação do entusiasmo, da qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.

* * *

O amor tem a capacidade de estimular o organismo e de lhe oferecer reações imunológicas, que proporcionam resistência para as células, que assim combatem as enfermidades invasoras.

O amor levanta as energias alquebradas e é essencial para a preservação da vida.

Eis porque ninguém consegue viver sem amor, em maior ou menor expressão.


Do livro: Momentos Enriquecedores
Pelo Espírito Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Editora  Leal




25 outubro 2013

Estratégias Mentais (O que você deve fazer de dentro para fora) - Mensagem Espiríta

 

ESTRATÉGIA MENTAIS (O QUE VOCÊ DEVE FAZER DE DENTRO PARA FORA

Pense sempre, de forma positiva. Toda vez que um pensamento negativo vier à sua cabeça, troque-o por outro! Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso do dia para a noite; assim como um “atleta”, treine muito.

Não tenha medo de nada e ninguém. O medo é uma das maiores causas de nossas perturbações interiores. Tenha fé em você mesmo. Sentir medo é acreditar que os outros são poderosos. Não dê poder ao próximo.

Não se queixe. Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que acabam dando errado, começa a se materializar quando nos lamentamos.

Risque a palavra “culpa” do seu dicionário. Não se permita esta sensação, pois quando nos punimos, abrimos nossa retaguarda para espíritos opressores e agressores, que vibram com nossa melancolia. Ignore-os.

Não deixe que interferências externas tumultuem o seu cotidiano. Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Isto é contagioso. Seja prestativo com quem presta. Sintonize com gente positiva e alto astral.

Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas. Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente. Procure conviver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez.

Viva o presente. O ansioso vive no futuro. O rancoroso, vive no passado. Aproveite o aqui e agora. Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena. Não perca tempo com melindres e preocupações, pois só trazem doenças.

A água purifica. Sempre que puder vá a praia, rio ou cachoeira. Em casa, enquanto toma banho, embaixo do chuveiro, de olhos fechados, imagine seu cansaço físico e mental e que toda a carga negativa está indo embora por água abaixo.

Ande descalço quando puder, na terra de preferência. Em casa, massageie seus pés com um creme depois de um longo dia de trabalho. Os escalde em água morna.

Mantenha contato com a natureza; tenha em casa um vaso de plantas pelo menos. Cuide dele com carinho. O amor que dedicamos às plantas e animais acalma o ser humano e funciona como relaxante natural.

Ouça músicas que o façam cantar e dançar. Seja qual for o seu estilo preferido, a vibração de uma canção tem o poder de nos fazer sentir vivos , aflorando a nossa emoção e abrindo o nosso canal com alegria.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo o impeça de tentar. Liberte-se!!! Sempre que puder livre-se da rotina e pegue a estrada, nem que seja por um único dia. Conheça novos lugares e novas pessoas. Viva a Vida!!!!!

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, “ Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.” O medo nos afasta das derrotas....mas das vitórias também!!!!!!




24 outubro 2013

Conflitos Familiares - Richard Simonetti


CONFLITOS FAMILIARES

Um dos mais graves problemas humanos está na dificuldade de convivência no lar. Pessoas que enfrentam desajustes físicos e psíquicos tem, não raro, uma história de incompatibilidade familiar, marcada por freqüentes conflitos.

Há quem resolva de forma sumária: o marido que desaparece, a esposa que pede divórcio, o filho que opta por morar distante.

Alguns espíritas utilizam o conhecimento doutrinário para curiosas racionalizações: - Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado, meu Deus, para merecer esse "trem"? - Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Agüento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!

Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.

Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado. Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.

Importante considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredir e magoarmos uns aos outros.

É incrível, mas somos ainda tão duros de coração, como dizia Jesus, que não conseguimos conviver pacificamente. Reunamos duas ou mais pessoas numa atividade qualquer e mais cedo ou mais tarde surgirão desentendimentos e desarmonia. Isso ocorre principalmente no lar, onde não há o verniz social e damos livre curso ao que somos, exercitando o mais conturbador de todos os sentimentos, que é a agressividade.

Neste particular, o estilete mais pontiagudo, de efeito devastador, é o palavrão. Pronunciado sempre com entonação negativa, de desprezo, deboche ou cólera, é qual raio fulminante. Se o familiar agredido responde no mesmo diapasão, o que geralmente acontece, "explode" o ambiente, favorecendo a infiltração de forças das sombras. A partir daí tudo pode acontecer: gritos, troca de insultos, graves ofensas e até agressões físicas, sucedidos, invariavelmente, por estados depressivos que desembocam, geralmente, em males físicos e psíquicos.

Se desejamos melhorar o ambiente doméstico, em favor da harmonização, o primeiro passo é inverter o processo de cobrança.

Normalmente os membros de uma casa esperam demais dos outros, reclamando atenção, respeito, compreensão, tolerância . . . A moral cristã ensina que devemos cobrar tudo isso sim e muito mais, mas de nós mesmos, porquanto nossa harmonia íntima depende não do que recebemos, mas do que damos. E, melhorando-nos, fatalmente estimularemos os familiares a fazer o mesmo.

Todos aprendendo pelo exemplo, até o amor. Está demonstrado que crianças carentes de afeto tem muita dificuldade para amar. Será que estamos dando amor aos familiares?

Não é fácil fazê-lo porque somos Espíritos muito imperfeitos. Mas foi para nos ajudar que Jesus esteve entre nós, ensinando-nos como conviver harmoniosamente com o semelhante, exercitando valores de humildade e sacrifício, marcados indelevelmente pela manjedoura e pela cruz.

• exerça severa vigilância sobre o que fala. Geralmente as desavenças no lar tem origem no destempero verbal;

• diante de familiares difíceis, não diga: "É minha cruz!" O único peso que carregamos, capaz de esmagar a alegria e o bom-ânimo, é o de nossa milenar rebeldia ante os sábios planos de Deus;

• elogie as virtudes do familiar, ainda que incipientes, e jamais critique seus defeitos. Como plantinhas tenras, tanto uns como outros crescem na proporção em que os alimentamos;

• evite, no lar, hábitos e atitudes não compatíveis com as normas de civilidade vigentes na vida social sem respeito pelos companheiros de jornada evolutiva fica difícil sustentar a harmonia doméstica;

• cultive o diálogo. Diz André Luiz que quando os companheiros de um lar perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa a família.

Richard Simonetti



23 outubro 2013

Vigilância no Trabalho - Joaquim Olympio de Paiva



VIGILÂNCIA NO TRABALHO

Amigos, louvado seja Deus!

O tempo urge, de fato, convocando as almas de boa vontade ao trabalho libertador. É a grande ensancha que Deus oferta aos filhos Seus, que se encontram realizando esforços de evolução na Terra.

Fomos obsequiados com as bênçãos do Criador para que, mesmo sob o azorrague de intensas pelejas, realizássemos o próprio progresso, deixando ao pretérito as experiências em que desconsiderávamos a nossa condição de seres imortais, fazendo uso indevido das oportunidades da reencarnação.

O trabalho dos Emissários de Jesus, o Nazareno, junto aos seareiros do bem, vem sendo, curiosamente, o de envolvê-los em fluidos salutares específicos, o de protegê-los com recursos apropriados, impedindo que sejam desnorteados ou tragados por influências nefastas do campo espiritual sombrio, que se valem dos cochilos morais dos lidadores, embora a sua atuação nas atividades do Movimento Espírita.

A razão de enfocarmos essa temática, no momento, deve-se ao fato de que muitos confrades respeitáveis, que vêm operando um considerável labor positivo no âmbito da mensagem luminosa do Espiritismo, não têm mantido o esperado cuidado relativamente às suas vidas pessoais, particulares, muitas vezes por entender que se possa ser espírita por turnos... Num turno, faz-se tudo o que a Doutrina Espírita propõe, conquistando a consideração e os encômios dos irmãos de crença, enquanto noutro, libera-se o homem velho para que se possa experimentar todos os sabores do mundo passageiro, mesmo que amargos, seja na esfera dos negócios, da vida com a família ou do relacionamento com os confrades, desatendendo aos preceitos da honorabilidade, da fidelidade e da fraternidade, como se fosse perfeitamente normal essa dualidade moral. É do Apóstolo Paulo a orientação: Vede prudentemente como andais... (Efésios, 5:15).

Na órbita das realizações espíritas, torna-se um dever de cada um de nós guardar a devida vigilância em torno dos próprios passos, garantindo que cremos, que assumimos exatamente aquilo que estamos transmitindo a outras inteligências, guardando, assim coerência entre o nosso discurso e o curso da nossa vida.

Dispostos, então, a envolver-nos com o vero espírito do Espiritismo, que não nos cobra perfeição, mas que nos pede fidelidade, tratemos de não desmentir com os feitos o que apregoamos com nossas palavras escritas ou faladas.

Conscientes quanto à honra de viver tão eloquente contexto espiritista, nesses tempos complicados do mundo contemporâneo, unamo-nos, fraternalmente, e confraternizemos em torno desse Ideal, sem perdermos a ocasião de exercitar, ainda que pouco a pouco, a fidelidade proposta por Jesus aos Seus seguidores de todos os tempos.


É com augúrios de muito progresso e paz, que abraço os irmãos, na condição de pequeno servidor, pelo Espírito Joaquim Olympio de Paiva. Psicografia de Raul Teixeira, durante a reunião do Conselho Federativo Nacional,em 11 de novembro de 2005, em Brasília, DF.


22 outubro 2013

A Religião e os Transtornos Mentais - Editorial - O Consolador


 A RELIGIÃO E OS TRANSTORNOS MENTAIS

No item VII da Conclusão d´O Livro dos Espíritos, obra que lançou os fundamentos da doutrina espírita, Kardec alude aos efeitos que se verificam na vida das pessoas que compreendem o Espiritismo filosófico e nele veem outra coisa que não apenas fenômenos mais ou menos curiosos.

A resignação com relação às vicissitudes da vida seria, segundo Kardec, um desses efeitos. Entenda-se, porém, que na visão espírita resignação não quer dizer passividade, mas aceitação das coisas que não podemos mudar, embora lutemos para que a mudança ocorra. ”O Espiritismo – observou Kardec – dá a ver as coisas de tão alto, que, perdendo a vida terrena três quartas partes da sua importância, o homem não se aflige tanto com as tribulações que a acompanham. Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos. Daí, também, o banimento da ideia de abreviar os dias da existência, por isso que a ciência espírita ensina que, pelo suicídio, sempre se perde o que se queria ganhar.” 

A certeza quanto ao futuro, que podemos realmente tornar feliz, e a possibilidade de estabelecermos relações com os entes queridos oferecem ao espírita suprema consolação. “O horizonte se lhe dilata ao infinito, graças ao espetáculo, a que assiste incessantemente, da vida de além-túmulo, cujas misteriosas profundezas lhe é facultado sondar”, acrescentou o Codificador do Espiritismo.

Outro efeito, sempre conforme as palavras de Kardec, é o de estimular no homem a indulgência para com os defeitos alheios, embora o princípio egoísta e tudo que dele decorre sejam o que há de mais tenaz no homem e, por conseguinte, o mais difícil de desarraigar. “Toda gente – escreveu o Codificador – faz voluntariamente sacrifícios, contanto que nada custem e de nada privem. Para a maioria dos homens, o dinheiro tem ainda irresistível atrativo e bem poucos compreendem a palavra supérfluo, quando de suas pessoas se trata. Por isso mesmo, a abnegação da personalidade constitui sinal de grandíssimo progresso.”

Focalizemos agora o efeito que Kardec enumerou como sendo o primeiro e o mais geral, o qual consiste em desenvolver o sentimento religioso nas pessoas que tomam contato com a doutrina espírita, mesmo naquelas que, sem serem materialistas, olham com absoluta indiferença para as questões espirituais. 

Se na época de Kardec, com o desprestígio que já afetava as religiões dominantes, seria discutível ver importância em alguém desenvolver o sentimento religioso, um efeito que o Codificador expressamente destacou na obra citada, acreditamos que nos dias atuais, conquanto o desprestígio das religiões tenha até se acentuado, tal dúvida perdeu grandemente sua força.

Dizemos isso porque estudos diversos, publicados nos últimos anos, comprovaram a importância da fé, até mesmo nas questões de saúde, porque é ela que mantém acesa a chama da esperança, tão importante na superação dos conflitos e das provações da vida.

Em favor deste pensamento, foi divulgado semanas atrás o resultado de um estudo feito pelo University College London e publicado no “British Journal of Psychiatry”, no qual foram entrevistadas 7.400 indivíduos, dos quais 35% seguiam uma religião e 46% se declararam ateus e agnósticos.
Uma das conclusões do trabalho é que a falta da prática de uma religião eleva o risco de transtornos mentais e acentua a tendência de se buscar o uso de drogas.

Os autores da pesquisa, que foi coordenada pelo professor Michael King, reconhecem que são necessários outros estudos para explicar realmente a relação existente entre os não-religiosos e os transtornos mentais, mas entendem que o trabalho publicado sugere uma explicação, mesmo que parcial, para o fenômeno, a saber: a falta da estrutura de uma religião formal na busca espiritual pode deixar os crentes mais vulneráveis aos problemas mentais.

Fonte: Editorial - O Consolador



21 outubro 2013

Como Devemos Agir Perante os Criminosos - Jorge Hessen


 COMO DEVEMOS AGIR PERANTE OS CRIMINOSOS? 

É com imensa tristeza que lemos a notícia sobre alegada morte, no Iêmen, de Rawan (1), uma menina de 8 anos, em decorrência de lesões que sofreu na noite de núpcias com um homem de 40 anos. (2) O caso foi divulgado pelo jornalista Mohammad Radman e o Gulf News. Vários sites espalharam a história, incluindo o Opera Mundi – que se baseou em relatos da agência alemã DPA, do jornal alemão Der Tagesspiegel, do espanhol El País, do Huffington Post (em sua versão britânica) e da agência de notícias Reuters. Os chefes tribais locais estão acobertando a história. O governo do Iêmen nega o fato; entretanto, para Mohammad, as autoridades estão tentando sepultar a história”. (3)

Se é uma questão cultural, isso não absolve o crime de pedofilia. A rigor, é um processo de legalização da pedofilia nalguns países. Casamentos envolvendo menores de idade são corriqueiros no Iêmen. Em 2010 uma menina de 13 anos também morreu com graves lesões nos órgãos internos após ter sido forçada a se casar com um adulto, coforme denuncia uma organização de direitos humanos que atua no Iêmen.

Esse comportamento existe noutras comunidades muçulmanas ortodoxas, tais como ocorre em países como Somália, Nigéria e Afeganistão. Um relatório da Organização das Nações Unidas registra que mais de 50% de todas as jovens iemenitas estão casadas antes de completarem 18 anos e cerca de 14% estão para se casar sem terem ainda 15 anos. (4) A ativista Hooria Mashhour tem lutado para que a prática do casamento infantil seja de uma vez por todas banida do país. (5)

O casamento entre adulto e criança abaixo da idade de consentimento é um crime na legislação de inúmeros países. Contudo, há outro aspecto na discussão: muitas culturas reconhecem pessoas como “adultas” (idade de consentimento) em variadas faixas etárias. Por exemplo, a tradição do Judaismo considera como “adultos” (membros da sociedade) as mulheres aos 12 e os homens aos 13 anos de idade, sendo a cerimônia de transição chamada Bat Mitzvah para as garotas e Bar Mitzvah para os rapazes.

Ao longo da história antiga, no período medieval, na Idade moderna e nos séculos XIX e XX, eram comuns os casamentos de crianças e pré-adolescentes (sobretudo meninas menores de 12 anos de idade) com adultos. Atualmente, tal situação configura-se como ação delitiva que prejudica gravemente o desenvolvimento atual e futuro da criança. Tal aberração, à luz do código penal de diversos países, hoje é classificada como crime de pedofilia. (6)

Em que pese essa criminalização, a situação não se modificou em diversos paises. “Mais de 200 milhões de crianças sofrem violência sexual no mundo e quase metade das vítimas das agressões sexuais são meninas menores de 16 anos. Em nível global, estima-se um número entre 500 milhões e 1,5 bilhão de meninos e meninas que sofrem algum tipo de violência sexual a cada ano, segundo relatórios de organizações internacionais realizados em pelo menos 70 países.” (7)

Ao tratarmos sobre violência infantil que ocorre no Iêmen o assunto que se destaca é a pedofilia. Esse tema nos remete inteiramente aos desvios sexuais e/ou culturais, convidando-nos a embrenhar nos códigos da lei de causa e efeito. Entretanto, na perspectiva da criança não submergiremos nos “porquês”, nem nos rudimentos cáusicos reencarnatórios de espíritos que padecem tamanha crueldade. Não recorreremos à lógica (ação e reação) sobre esses processos expiatórios, enfocaremos tão somente o crime da pedofilia sob a lupa da indulgência. Seria isso possível?

O termo pedofilia (8) significa depravação sexual na qual a fascinação sexual do adulto ou adolescente está conduzida para crianças pré-púberes (antes da puberdade) ou no início da adolescência. A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, define que os países signatários devem tomar “todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas” adequadas à proteção da criança, sobretudo no que se refere à violência sexual.

No que tange aos criminosos, inclusive agressores sexuais (pedófilos) que sucumbem diante de crianças para fúria das suas truculências, a Doutrina Espírita recomenda não condenar ninguém, advertindo sempre que tenhamos com todos a prática da caridade. Tais criminosos constituem espíritos que atravessam um momento difícil em que necessitam promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada.

O tema é na essência potencialmente complexo, culturalmente polêmico e trágico; não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação na terra. O pedófilo, sendo um desnorteado da alma, e ao mesmo tempo um criminoso, logicamente não pode ficar impune. Contudo, precisa, antes, de tratamento psíquico e espiritual.

Sim! Cabe aqui refletir, à luz da Doutrina Espírita, sobre os crimes e sobre a lei. O mandamento maior da lei divina inclui a caridade para com os criminosos, por mais difícil que possa parecer ter este sentimento diante da barbárie da pedofilia. Perante a Lei de Deus, somos todos irmãos, por mais repugnante que seja para alguns tal ideia. O criminoso é alguém que desconhece a Lei Divina, que não reconhece a paternidade divina e, portanto não vê no outro um irmão. Nós, que já temos esses valores, sabemos que ele é também um filho de Deus, por enquanto transviado do bem, que precisa do nosso amor fraterno.

Mas de que maneira amar um criminoso, um inimigo da sociedade? Kardec nos ensina que amar os inimigos não é ter-lhes uma afeição que não está na natureza, visto que o contato de um inimigo nos faz bater o coração de modo muito diverso do seu pulsar ao contato de um amigo. Amar tais inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que causem; é desejar-lhes o bem e não o mal; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa inutilizar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de degradá-los. (9)

Se assim procedermos, preencheremos as condições do preceito do Mestre Jesus: “Amai os vossos inimigos.”(10)



Referência bibliográficas:

  1. Rawan residia em  Meedi, uma cidade na província norte-ocidental de Hajjah , fronteira com a Arábia Saudita. A  menina foi vendida pelo padrasto para um saudita por cerca de R$ 6 mil, segundo o jornal alemão Der Tagesspiegel 
  2.  Segundo os médicos, a Rawan morreu com hemorragia  no útero e alguns órgãos internos decorrente da união carnal
  3.  Disponível no site http://oglobo.globo.com/mundo/policia-do-iemen-nega-morte-de-menina-de-oito-anos-apos-lua-de-mel-com-marido-de-meia-idade-diz-site-9904846#ixzz2fpzsOAFH
  4.   Disponível no site http://www.ionline.pt/artigos/mundo/iemen-luta-banir-casamento-infantil-num-dos-paises-arabes-mais-pobres
  5.  Disponível no site http://www.ionline.pt/artigos/mundo/iemen-luta-banir-casamento-infantil-num-dos-paises-arabes-mais-pobres
  6.  A Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), item F65.4, define a pedofilia como “Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes
  7.  Disponível  no site http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27705/mais+de+200+milhoes+de+criancas+sofrem+violencia+sexual+no+mundo+diz+ong.shtml
  8. Também conhecida como paedophilia erótica ou pedosexualidade
  9. Mateus 5:44
  10. Kardec, Allan. O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. XII, Item 3, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000