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31 agosto 2007

Sofrimento e Eutanásia - Emmanuel

Sofrimento e Eutanásia

Quando te encontres diante de alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além da grande renovação...

Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de consolação e de amor, porque, muita vez, por trás dos olhos baços e das mãos desfalecentes que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste amanhã.

Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação. Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina.

E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama de evolução.

É por esse motivo que no mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso.

Corpos — santuários...
Corpos — oficinas...
Corpos — bênçãos...
Corpos — esconderijos...
Corpos — flagelos...
Corpos — ambulâncias...
Corpos — cárceres...
Corpos — expiações...


Em todos eles, contudo, palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou.

Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil, administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação.

E usando bondade para os que atravessam semelhantes experiências, para que te não falte a bondade alheia no dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação.

Reunião pública de 3/4/59, Questão nº 944
Religião dos Espíritos
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Ditado por Emmanuel

30 agosto 2007

Mais ou Menos - Francisco Cândido Xavier

MAIS OU MENOS

A gente pode
morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos,
e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode
dormir mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
ter um transporte mais ou menos,
e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta
e sentir que tudo está mais ou menos.

Tudo bem.

O que a gente não pode mesmo,
nunca, de jeito nenhum,
é amar mais ou menos,
é sonhar mais ou menos,
é ser amigo mais ou menos,
é namorar mais ou menos,
é acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar

uma pessoa mais ou menos.

Francisco Cândido Xavier

29 agosto 2007

Sintonia - Emmanuel

Sintonia

As bases de todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e os encarnados, repousam na mente, não obstante a possibilidade de fenômenos naturais, no campo da matéria densa, levados a efeito por entidades menos evoluídas ou extremamente consagradas à caridade sacrificial.

De qualquer modo, porém, é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos de comunhão de espírito a espírito.

Daí procede a necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos da Grande Luz.

Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra inicialmente burilada.Tanto quanto a do animal, pode demora-se, por muitos séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a crosta dificilmente permeável de hábitos nocivos ou de impulsos degradantes, mas se a expomos ao sol da experiência, aceitando os atritos, as lições, os dilaceramentos e as dificuldades do caminho, por golpes abençoados do buril da vida, esforçando-nos por aperfeiçoar o conhecimento e melhorar o coração, tanto quanto a pedra burilada reflete a luz, certamente nos habilitamos a receber a influência dos grandes gênios da Sabedoria e do Amor, gloriosos expoentes da imortalidade vitoriosa, convertendo-nos em valiosos instrumentos da obra assistencial do Céu, em favor do reerguimento de nossos irmãos menos favorecidos e para a elevação de nós mesmos para as regiões mais altas.

A fim de atingirmos tão altos objetivo, é indispensável traçar um roteiro para a nossa organização mental, no Infinito Bem, e segui-lo sem recuar

Precisamos compreender - repetimos, que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.

Atraímos companheiros e recursos de conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos.

Energia viva, o pensamento desloca, em torno de nós, forças sutis, construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com as quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros.

Nosso êxito ou fracasso dependem da persistência ou da fé com que nos consagramos mentalmente aos objetivos que nos propomos alcançar.

Semelhante lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida
Comunicar-nos-emos com as entidades e núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia.

Nos mais simples quadros da natureza, vamos manifestado o princípio da correspondência.

Um fruto apodrecido ao abandono estabelece no chão um foco infeccioso que tende a crescer incorporando elementos corruptores.

Exponhamos a pequena lâmina de cristal, limpa e bem cuidada, à luz do dia, e refletirá infinitas cintilações do Sol.

Andorinhas seguem a beleza da primavera.

Corujas acompanham as trevas da noite.

O mato inculto asila serpentes.

A terra cultivada produz o bom grão.

Na mediunidade, essas leis se expressam ativas.

Mentes enfermiças e perturbadas assimilam as correntes desordenadas do desequilíbrio, enquanto que a boa-vontade e a boa intenção, acumulam os valores do bem.

Ninguém está só.

Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá.

Cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria felicidade.

Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros da Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo o antigo ensinamento evangélico, "teremos o nosso tesouro onde colocarmos o nosso coração."

Ditado por Emmanuel
Do livro "ROTEIRO", caps. 06, 24 e 28, edição FEB

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

28 agosto 2007

O Perispírito - Emmanuel

O Perispírito

Como será o tecido sutil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?

Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.

Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o inseto não desconfia que transporta consigo os germes da próprias asas.

O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.

Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.

Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.

Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestidura se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.

O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.

Note-se, contudo, que não nos reportamos aqui no aperfeiçoamento interior.

O crescimento intelectual, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências perversas.

Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.

Não possuem meios para a ascese imediata, mas dispõem de elementos para dominar no ambiente em que se equilibram.

Não adquiriram ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, na conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição espiritual.

Os "anjos caídos" não passam de grandes gênios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.

Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.

Entretanto, nada foge à transformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida.

A ignorância dormente é acordada e aguilhoada pela ignorância desperta.

A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.

O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina.

Nossos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente. Por isso mesmo, durante séculos e séculos nos demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.

Ditado por Emmanuel
Livro: Roteiro
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

27 agosto 2007

O Fenônemo e Doutrina - Emmanuel

O Fenômeno e Doutrina

Até hoje, os fenômenos mediúnicos que se desdobraram à margem do apostolado do Cristo se definem como sendo um conjunto de teses discutíveis, mas os ensinamentos e atitudes do Mestre constituem o maciço de luz inatacável do Evangelho, amparando os homens e orientando-lhes o caminho.

Existe quem recorra à idéia da fraude piedosa para justificar a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná.

Ninguém vacila, porém, quanto à grandeza moral de Jesus, ao traçar os mais avançados conceitos de amor ao próximo, ajustando teoria e prática, com absoluto esquecimento de si mesmo em benefício dos outros, num meio em que o espírito de conquista legitimava os piores desvarios da multidão.

Invoca-se a psicoterapia para basear a cura do cego Bartimeu.

Há, todavia, consenso unânime, em todos os lugares, com respeito à visão superior do Mensageiro Divino, que dignificou a solidariedade como ninguém, proclamando que “o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o servidor de todos na Terra”, num tempo em que o egoísmo categorizava o trabalho à conta de extrema degradação.

Fala-se em hipnose para explicar a multiplicação dos pães.

O mundo, no entanto, a uma voz, admira a coragem do Eterno Amigo que se consagrou aos sofredores e aos infelizes sem qualquer preocupação de posse terrestre, conquanto pudesse escalar os pináculos econômicos, numa época em que, de modo geral, até mesmo os expositores de virtude viviam de bajular as personalidades influentes e poderosas do dia.

Questiona-se em torno do reavivamento de Lázaro.

Entretanto, não há quem negue respeito incondicional ao Benfeitor Sublime que revelou suficiente desassombro para mostrar que o perdão é alavanca de renovação e vida, num quadro social em que o ódio coroado interpretava a humildade por baixeza.

Debate-se, até agora, o problema da ressurreição dele próprio.

No entanto, o mundo inteiro reverencia o Enviado de Deus, cuja figura renasce, dia a dia, das cinzas do tempo, indicando a bondade e a concórdia, a tolerância e a abnegação por mapas da felicidade real, no centro de cooperadores que se multiplicam, em todas as nações, com a passagem dos séculos.

Recordemos semelhantes lições na Doutrina Espírita.

Fenômenos mediúnicos serão sempre motivos de experimentação e de estudo, tanto favorecendo a convicção, quanto nutrindo a polêmica, mas educação evangélica e exemplo em serviço, definição e atitude, são forças morais irremovíveis da orientação e da lógica, que resistem à dúvida em qualquer parte.

Ditado por Emmanuel
Livro:Mediunidade e Sintonia, 2
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

26 agosto 2007

A Tarefa dos Guias Espirituais - Emmanuel

A TAREFA DOS GUIAS ESPIRITUAIS

Os guias invisíveis do homem não poderão, de forma alguma, afastar as dificuldades materiais dos seus caminhos evolutivos sobre a face da Terra.

O Espaço está cheio de incógnitas para todos os Espíritos.

Se os encarnados sentem a existência de fluidos imponderáveis que ainda não podem compreender, os desencarnados estão marchando igualmente para a descoberta de outros segredos divinos que lhes preocupam a mente.

Quando falamos, portanto, da influência do Evangelho nas grandes questões sociológicas da atualidade, apontamos às criaturas o corpo de leis, pelas quais devem nortear as suas vidas no planeta.

O chefe de determinados serviços recebe regulamentos necessários dos seus superiores, que ele deverá pôr em prática na administração. Nossas atividades são de colaborar com os nossos irmãos no domínio do conhecimento desses códigos de justiça e de amor, a cuja base viverá a legislação do futuro.

Os Espíritos não voltariam à Terra apenas para dizerem, aos seus companheiros, das beatitudes eternas nos planos divinos da imensidade. Todos os homens conhecem a fatalidade da morte e sabem que é inevitável a sua futura mudança para a vida espiritual.

Todas as criaturas estão, assim, fadadas a conhecer aquilo que já conhecemos. Nossa palavra é para que a Terra vibre conosco nos ideais sublimes da fraternidade e da redenção espiritual.

Se falamos dos mundos felizes, é para que o planeta terreno seja igualmente venturoso. Se dizemos do amor que enche a vida inteira da Criação Infinita, é para que o homem aprenda também a amar a vida e os seus semelhantes.

Se discorremos acerca das condições aperfeiçoadas da existência em planos redimidos do Universo, é para que a Terra ponha em prática essas mesmas condições.

Os códigos aplicados, em outras esferas mais adiantadas, baseados na solidariedade universal, deverão, por sua vez, merecer ai a atenção e os estudos precisos.

O orbe terreno não está alheio ao concerto universal de todos os sóis e de todas as esferas que povoam o Ilimitado; parte integrante da infinita comunidade dos mundos, a Terra conhecerá as alegrias perfeitas da harmonia da vida. E a vida é sempre amor, luz, criação, movimento e poder.

Os desvios e os excessos dos homens é que fizeram do vosso planeta a mansão triste das sombras e dos contrastes.

Fluidos misteriosos ligam a Deus todas as belezas da sua criação perfeita e inimitável. Os homens terão, portanto, o seu quinhão de felicidade imorredoura, quando estiverem integrados na harmonia com o seu Criador.

Os sóis mais remotos e mais distantes se unem ao vosso orbe de sombras, através de fluidos poderosos e intangíveis. Há uma lei de amor que reúne todas as esferas, no seio do éter universal, como existe essa força ignorada, de ordem moral, mantendo a coesão dos membros sociais, nas coletividades humanas. A Terra é, pois, componente da sociedade dos mundos.

Assim como Marte ou Saturno já atingiram um estado mais avançado em conhecimentos, melhorando as condições de suas coletividades, o vosso orbe tem, igualmente, o dever de melhorar-se, avançando, pelo aperfeiçoamento das suas leis, para um estágio superior, no quadro universal.

Os homens, portanto, não devem permanecer embevecidos, diante das nossas descrições.

O essencial é meter mãos à obra, aperfeiçoando, cada qual, o seu próprio coração primeiramente, afinando-o com a lição de humildade e de amor do Evangelho, transformando em seguida os seus lares, as suas cidades e os seus países, a fim de que tudo na Terra respire a mesma felicidade e a mesma beleza dos orbes elevados, conforme as nossas narrativas do Infinito.

Ditado por Emmanuel
Do livro "Emmanuel"
Francisco Cândido Xavier, edição FEB

25 agosto 2007

Evangelho no Lar - Campanha Instituto André Luiz

EVANGELHO NO LAR

1. Escolha o dia de sua preferência. Sugerimos um dia de fácil memorização, como, por exemplo, segunda ou sexta-feira.

2. Escolha um aposento silencioso e agradável da casa, de preferência a sala de jantar, e que esteja com os aparelhos eletro-eletrônicos desligados.

3. Coloque uma jarra com água sobre a mesa, para fins de fluidificação. Na falta dessa podem ser utilizados copos, qualquer um, em número correspondente aos integrantes do Evangelho.

4. Sentar-se à mesa sem alarde e sem barulho.

5. Fazer a prece de abertura, a que toque mais fundamente o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é, repetimos, o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

6. Após, fazer uma leitura breve de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Comentar com palavras próprias o trecho lido. No início poderá existir certa timidez mas, com o correr do tempo, os comentários surgirão espontaneamente pois que os Espíritos amigos estarão auxiliando na compreensão dos textos selecionados.

7. Os demais integrantes poderão tecer comentários também, caso o desejem, mesmo que estes levem a assuntos pessoais e/ou a diálogos, naturalmente que sempre pertinentes ao tema em foco. O Evangelho no Lar é antes de tudo uma reunião de Espíritos reencarnados no mesmo ambiente, buscando através da prece, da elevação de pensamentos e do diálogo fraterno, o amparo e o auxílio do Mais Alto para seus problemas e necessidades. Não deve ser jamais solene ou ritualístico, com palavras e movimentos decorados a lembrar missas e demais cultos.

8. Para incentivar a participação dos filhos ou demais membros, com exceção do pequeninos, é conveniente pedir que leiam mensagens espíritas, para reflexão do grupo. Incentivar também, com carinho, o comentário após a leitura. Sugerimos aqui mensagens de Emmanuel ou André Luiz, sempre claras e breves, porém de conteúdo precioso e oportuno.

9. Proferir a prece de encerramento e rogar, como exemplo, pela paz, harmonia, saúde e felicidade dos membros da reunião e de todos com os quais convivem. Desejando, rogar também pelos doentes, desamparados e infelizes da Terra. Por último, pedir a bênção de Deus para os familiares desencarnados, sem temor. A lembrança da prece alegra e pacifica os que partiram.

10. É completamente desaconselhável qualquer manifestação mediúnica durante o Evangelho no Lar.

11. Servir, após a prece de encerramento, a água fluidificada.

12. Tempo: o necessário para a família. Sugerimos uma reunião de 15 a 30 minutos. Música: sim, se for do agrado de todos. Sugerimos música instrumental, em volume baixo.


Campanha e roteiro criado pelo INSTITUTO ANDRÉ LUIZ http://www.institutoandreluiz.org/

24 agosto 2007

Caridade - Grupo Ideal

CARIDADE

Jesus foi um exemplo vivo da prática do amor e da caridade, que se constituem em fundamentos básicos do Cristianismo.

Para o Espiritismo, que é uma Doutrina essencialmente cristã, o amor e a caridade constituem-se em deveres inadiáveis para seus adeptos.

Na realidade, o amor e a caridade inter-relacionam-se estreitamente. O primeiro é o sentimento maior, herdado de Nosso Pai Eterno, que temos por dever engrandecê-lo, cada vez mais, pela sua exteriorização a Deus e aos semelhantes. A caridade é o instrumento que nos possibilita a distribuição de benefícios inúmeros aos semelhantes, externando amor e engrandecendo a nossa faculdade íntima de amar.

A CARIDADE NO ESPIRlTISMO

Em “O Livro dos Espíritos”(1), a caridade cristã está definida como “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.” Já no “O Evangelho Segundo o Espiritismo”(2), Allan Kardec elucida-nos que não podemos amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo; que a beneficência, praticada sem ostentação, presta-se a caridade material e à caridade moral, sendo que só esta resguarda a suscetibilidade do beneficiado, permitindo-o aceitar o benefício sem dano ao seu amor próprio; e que, enfim, todos os deveres do homem podem ser resumidos nesta máxima: “Fora da caridade não há salvação.”

Léon Denis(3) também nos ensina que a caridade é a virtude por excelência; que só ela nos dá a chave dos destinos elevados; que a caridade material tem aplicação limitada, em forma de socorro, apoio e animação aos semelhantes, mas que a caridade moral pode ser estendida a todos os que participam da nossa existência neste mundo; e que tudo o que fizermos pelos irmãos, em atos, sentimentos e pensamentos, fica gravado no perispírito, de modo permanente, garantindo-nos recompensas em existências futuras.
Portanto, a prática da caridade, provando amor a Deus e aos semelhantes, é o meio superior e seguro de conquistarmos grandes virtudes e ascensão na hierarquia espiritual, com resultados venturosos.

Ainda, ao adotarmos, no dia-a-dia, a máxima “Fora da caridade não há salvação”, estamos firmemente empenhados na prática do Mandamento Maior, que é a Lei de Amor a Deus e aos Semelhantes. Isso exige, evidentemente, de nós: trilhar, de modo incansável, as sendas da bondade e das virtudes; libertar do egoísmo, da vaidade e do orgulho; tratar, de modo fraterno e justo, todos como irmãos; buscar sempre o aprimoramento pessoal para poder melhor servir; cumprir todos os deveres pessoais e sociais; e respeitar os direitos e as crenças humanas.

LIÇÕES DOS BONS ESPÍRITOS

Os Bons Espíritos, através de diversos médiuns brasileiros, têm nos ensinado novas lições sobre a caridade e nos estimulado à prática de ações simples, que não envolvam, necessariamente, o uso de dinheiro, mas que são também formas de sermos mais amorosos.

Eis um breve resumo dessas lições dos Espíritos Amigos contida em diversos livros espíritas. Por essas lições aprendemos que praticar a caridade é: Fazer o bem, pacientemente. Ser útil, em todas as ocasiões, sem esperar recompensas ou retribuições. Não descuidar dos mínimos atos e gestos cotidianos, a partir do próprio lar. Doar bens que não nos têm mais serventia. Orar pelos necessitados, amigos ou inimigos. Educar e ensinar sempre, principalmente as crianças. Vencer o orgulho, o egoísmo e a vaidade, que tantos males ocasionam a nós e ao próximo. Fazer justiça e defender sempre os indefesos e injustiçados. Não se queixar de situações e de pessoas, dilatando a compreensão das causas e dos benefícios que podemos tirar delas. Enxugar lágrimas e ajudar e consolar as pessoas sofredoras e aflitas. Não distinguir as pessoas por raça, crenças ou posições políticas e sociais, porque todos somos irmãos em evolução, Filhos do mesmo Deus, apenas vivendo experiências diversas e detendo graus diferentes de aprimoramento espiritual. Respeitar as convicções sinceras dos semelhantes, como gostamos de ter as nossas respeitadas. Usar adequadamente as palavras para não gerar pensamentos, imagens, sentimentos e atitudes indesejáveis. Cumprir os compromissos assumidas. Trabalhar sempre para aliviar os sofrimentos físicos e morais dos semelhantes. Não alimentar sentimentos de ódio, rancor e desejos de vingança contra os próximos, contrariando os ensinamentos de Jesus. Saber perdoar sempre, esquecendo as ofensas. Ser indulgente para com os defeitos e as fraquezas alheias, compreendendo que todos ainda somos imperfeitos, mas em processo de aprendizado e evolução. Combater as próprias imperfeições para não ferir com elas os semelhantes. Usar, com benevolência e sabedoria, os talentos, a riqueza e a autoridade.

Enfim, praticar a caridade, com amor, é, hoje e sempre: servir, socorrer, auxiliar, compreender, consolar, doar, cumprir, iluminar, falar, ouvir, esclarecer, ensinar, perdoar, tolerar, orar, esperar, confiar, abençoar, reconfortar e trabalhar.


BIBLIOGRAFIA BÁSICA (1) KARDEC, Allan – "O Livro dos Espíritos" – Parte Terceira, Capítulo XI – Da Lei de Justiça, de Amor e de Caridade; (2) KARDEC, Allan – “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo XIII: Não saiba a vossa esquerda o que dê a vossa mão direita. Capítulo XIV: Honrai o vosso pai e a vossa mãe. Capítulo XV: Fora da Caridade não há salvação. (3) DENIS, Léon – "Depois da Morte" – Parte Quinta, Capítulo XLVII – A Caridade. FEB, 12ª edição, P. 272 a 279

Matéria extraída da revista Informação ANO XVI 182 Janeiro de 1992, escrita por Geziel Andrade.
Link da Página: http://www.editoraideal.com.br/ler_materia.php?id=33 Publicado em 05/08/2007 ©1999/2007 Grupo de Ideal Espírita André Luiz
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23 agosto 2007

O Mundo do Amanhã - Momento Espírita

O MUNDO DO AMANHÃ

O Codificador da Doutrina Espírita, em sua obra, A gênese, assinala que a Terra se transformará. E estamos observando o fenômeno acontecer.

De um Mundo de muitas dores e injustiças vamos caminhando para um Mundo de regeneração. Um Mundo em que nos importemos mais uns com os outros.

Em que sejamos amigos, irmãos.

Tal transformação se processa pela transformação gradual das criaturas que vivem na Terra.

Exemplos de tais Espíritos encarnados entre nós os temos todos os dias, em nossos lares, na comunidade em que vivemos.

Alguns nos surpreendem com sua maturidade e bom senso, como a menina canadense Severn Suzuki, de apenas 13 anos.

Ela discursou no Rio de Janeiro, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio ambiente e Desenvolvimento, em 1992.

Entre tantas questões, disse ela:

“Represento a ECO, a Organização das Crianças em defesa do meio ambiente.

Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 a 13 anos tentando fazer a nossa parte, contribuir.

Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir.

Estou aqui para defender as crianças com fome, cujos apelos não são ouvidos.

Estou aqui para falar em nome dos incontáveis animais morrendo em todo o planeta, porque já não têm mais para onde ir.

Todas essas coisas acontecem bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções.

Sou apenas uma criança e não tenho soluções, mas, quero que saibam que vocês também não têm.

Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio.

Vocês não sabem como salvar os salmões das águas poluídas.

Vocês não podem ressuscitar os animais extintos.

Vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje é deserto.

Se vocês não podem recuperar nada disso então, por favor, parem de destruir!

Aqui, vocês são representantes de seus Governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos.

Mas, na verdade, são mães e pais, irmãos e irmãs, tias e tios, e todos também são filhos.

Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de bilhões de pessoas e, ao todo, somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo.

Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade.

Sou apenas uma criança, mas sei que esse problema atinge a todos nós e deveríamos agir como se fossemos um único mundo, rumo a um único objetivo.

Sou apenas uma criança, mas ainda sei que, se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria!

Na escola, desde o jardim de infância, vocês nos ensinaram a não brigar com os outros.

A resolver as coisas bem. Respeitar os outros.

Arrumar nossas bagunças. Não maltratar outras criaturas.

Dividir e não ser mesquinho.

Então, por que vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?

Vocês estão decidindo em que tipo de Mundo nós iremos crescer.

O que vocês fazem, nos fazem chorar à noite.

Vocês adultos, nos dizem que nos amam.

Eu desafio vocês.

Por favor, façam as suas ações refletirem as suas palavras.”

Redação do Momento Espírita, com reprodução de parte do Discurso de Severn Suzuki, na Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento – ECO 1992, no Rio de Janeiro.
Site: www.momento.com.br

22 agosto 2007

Aborto - Paulo Mendes Côrrea

ABORTO

Antes de decidir tirar o feto

Vamos retornar ao dia da concepção

Quando, dentre milhões de espermatozóides,

Nós fomos o primeiro, o campeão.

E, fecundando o óvulo,

Nos desdobramos, sem parar,

Em inumeráveis células

Até nos formar.

E, em poucas semanas, já ter forma

O ser mais perfeito

Que Deus pode criar.

Durante a gestação

O feto entende, tem percepção sensorial,

Emociona-se, ouve conversas,

Sente prazer ou passa mal.

Existem pessoas que acham

Que aumentando o aborto

Diminui a criminalidade,

Por ser esta futura criança

Um problema para sociedade.

Se pudessem entender

Que aquela pobre criança

Um dia poderia ser

Um grande amigo

Que salvaria você...

O feto não tem como se defender.

Fica quieto em seu cantinho,

Precisando somente de carinho,

Esperando em paz até nascer.

Imagine que a um feto

Está ligada a alma de um ser,

Que pode há centenas de anos

Estar tentando renascer.

Autoria: Paulo Mendes Côrrea
Livro: Mensagens em Poesia - 1ª. Edição
Câmara Brasileira de Jovens Escritores
Abril 2002

21 agosto 2007

Nada é por Acaso - Benevides

NADA É POR ACASO

Todos que vêm ao mundo, numa nova encarnação, trazem consigo todo o conhecimento que possuíam.

É bem verdade que isso fica latente, mas com um propósito (nada do que acontece em nossas vidas é por acaso) : quando um espírito retorna para este ou para outro mundo, para viver uma nova vida, ele está reencarnando para o seu evoluir.

No departamento de reencarnação, vários espíritos superiores estão em profundo estudo e amparo para o bem daquele espírito que irá receber um novo corpo para reencarnar. O espírito entra em um grande preparo e se coloca à disposição para recomeçar uma nova experiência; quando estiver em condições de uma nova vida, uma nova oportunidade lhe é lançada, dependendo assim, do seu preparo, o sucesso ou o insucesso de sua nova tarefa.

Pensai nisso. Analisai tudo ao vosso redor; fazei uma retrospectiva de vossa vida e começai a vos perguntar por que vos encontrais nesta vida.

Se sois felizes, perguntai: porquê?

Se sois infelizes, pensai: porquê?

Tende a certeza que ninguém neste planeta é totalmente feliz ou infeliz.

Temos, sim, de aprender a aceitar as coisas da vida como elas vêm, e temos a obrigação de mudar para melhor, para mais tarde podermos ter dentro de nós a paz interior. Se conseguirmos ou não, será o resultado de nossas tentativas, de nossa fé e disciplina, perante os ensinamentos de Jesus Nosso Mestre.

Para isso, temos de estudar e nos orientar constantemente, como o desaguar de um rio que está sempre em movimento, com novas águas.

Todos têm de se resgatar, com muito fervor e muito respeito.

Ficai com tudo o que for do bem e aprendei a olhar e a analisar tudo o que vos acontecer de mal como um ponto de referência para não caírdes na mesma amargura em outro momento.

Jesus está no meio de vós, hoje e sempre.
Ditado por Benevides
Livro: Mensagem de um Amigo - Espíritos Diversos

Psicografia de Valter Carmona

20 agosto 2007

Direito dos Filhos - Momento Espírita

DIREITO DOS FILHOS?

São muitas as almas que andam sós pela Terra. Corações que, depois de longa convivência amorosa com o cônjuge, o viram partir, rumo à espiritualidade.

Nos primeiros dias, a saudade machuca dolorosamente. Vão-se os dias, e a criatura tenta se recompor.

Renova hábitos, estabelece uma nova rotina de vida. Afinal, agora está só.

Antes, quando chegava do trabalho, sabia que um cafezinho o esperava. A esposa, sempre atenta, conhecia-lhe todos os horários e desejos.

Antes, os domingos eram recheados de alegrias. Saíam os dois, filhos crescidos e casados, a passeio.

Andavam pelo parque, iam a um restaurante, ao templo, ao cinema, ao teatro.

O retorno para casa era sempre o momento do aconchego. Do perfume da presença amada.

Agora, tudo está vazio. Parece que o próprio mobiliário perdeu o significado.

A cadeira era importante porque ali sentava o amado. A cama se fazia confortável porque ele estava ali, ao lado.

Tudo tinha significado especial. Agora, tudo está frio.

As horas se arrastam e não há muita diferença entre os dias da semana, os feriados, a hora de dormir, da refeição.

Então, um coração afetuoso se aproxima. Coloca flores na janela do coração ferido.

Tem uma conversa agradável. Também está só e sabe o que é isso. Esmera –se em ofertar o ombro para chorar a solidão, a mão para aquecer o sentimento.

A pouco e pouco, um sentimento vai brotando e amadurecendo. As duas almas almejam ficar juntas.

Desejam compartilhar aqueles momentos de amparo um ao outro, momentos em que cada qual se sente feliz, amparado.

É quase um retorno ao antes, embora não haja substituição no sentimento.

É uma nova perspectiva de vida. Um amanhecer. Um reinício.

Florescem esperanças, o sorriso volta a enfeitar o rosto, as rugas da tristeza cedem espaço.

E o casal se prepara para viver junto. Casar-se.

Nesse momento, os filhos de um e de outro se revoltam.

Ninguém substituirá nossa mãe!

Ninguém tomará o lugar de nosso pai!

E quem disse que alguém toma o lugar de alguém?

É uma outra pessoa, um outro viver.

Filhos egoístas os que assim se arvoram a impedir que o pai ou a mãe tenha uma nova oportunidade de viver com alegria.

Afinal, nas noites de solidão, eles estão com o velho pai ou se encontram em viagem com sua própria esposa e filhos?

Quando as lágrimas brotam abundantes, pela ausência tão sentida, eles estão ali para fazer companhia?

Todos os dias? Todas as horas?

Antes de ajustarem suas idas ao show, ao passeio, às férias, eles recordam de indagar se o pai ou mãe gostaria de acompanhá-los?

Ou mesmo, há lugar para ele ou ela?

Sim, eles visitam o pai ou a mãe, pela manhã do domingo, nas noites de sábado, telefonam, lancham juntos vez ou outra.

Acreditam que isso baste para quem vive só, depois de anos de aconchego matrimonial?

Que direito têm de exigir a solidão, em nome de uma pretensa fidelidade ao que partiu?

Acaso, quando eles decidiram se casar, sair do lar, alcançar vitórias na carreira, seus pais os impediram?

Não ficaram felizes com sua felicidade?

Que direito agora se arvoram os filhos de impedir que pais viúvos se consorciem, no intuito de se sentirem melhores?

Quem ama, não agrilhoa, não coloca obstáculos à felicidade do outro.

Portanto, aquele que partiu, com certeza, está abençoando a alma generosa que se aproxima para auxiliar o amor que ficou na Terra.

Por isso tudo, meditemos a respeito e refaçamos nossa forma de pensar, de agir, com esses nossos queridos pais maduros, idosos, velhinhos.

Deixemo-los viver. Deixemo-los usufruir outra vez da felicidade conjugal.

E veremos, logo mais, o riso voltar à face, a alegria de viver movimentar-se nas veias, enfim, tudo voltar a ser motivo de vida.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita
Site: www.momento.com.br

19 agosto 2007

Teste do Tratamento Desobsessivo - André Luiz

Teste do Processo Desobsessivo

Verifique você:
  • se já consegue dispensar aos outros o tratamento que desejaria receber;
  • se adia a execução das próprias tarefas;
  • se reconhece que toda criatura humana é imperfeita quanto nós mesmos e que, por isso, não nos será lícito exigir do próximo testemunhos de santidade e grandeza na passarela do mundo;
  • se guarda fidelidade aos compromissos assumidos;
  • se cultiva a pontualidade;
  • se evita contrair débitos;
  • se orienta a conversação sem perguntas desnecessárias;
  • se acolhe construtivamente as críticas de que se faz objeto;
  • se fala auxiliando ou agredindo a quem ouve;
  • se conserva ressentimentos;
  • se sabe atrair amigos e alimentar afeições;
  • se mantém o auto-controle, na vida emotiva, como base da sua dieta mental.
Todos nós, os Espíritos em evolução na Terra, temos a nossa quota de obsessão, em maior ou menor grau. E todos estamos trabalhando pela própria libertação. À vista disso, de quando em quando, é sumamente importante façamos um teste de nosso processo desobsessivo, a fim de que cada um de nós observe, em particular, como vai indo o seu.

Ditado por André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Paz e Renovação - Diversos Espíritos
Uberaba: Comunhão Espírita Cristã. Cópia do capítulo 03

18 agosto 2007

Posses Terrestres - Emmanuel

POSSES TERRESTRES

Do ponto de vista da posse, de que disporá, o homem, que realmente lhe pertença?

O corpo é uma benção que lhe foi concedida pelos pais, em nome do amor eterno que rege a vida.

A família é uma equipe de corações afins e menos afins, em que ele estagia.

Os laços afetivos em que se motiva para trabalhar e viver podem ser mudados ou subtraídos, a qualquer tempo.

O nome é uma doação do registro civil que o arrola nos acervos da estatística para definir-lhe o nascimento e a situação.

As potências mentais e os recursos físicos que se lhe erigem por instrumentos sutis de manifestação, muita vez são suscetíveis de sofrer temporárias cassações, dentro dos princípios de causa e efeito.

O prestígio social é um movimento digno, mas, claramente mutável, entretecido pelas opiniões de amigos adversários.
O conhecimento intelectual é um quadro de afirmações provisórias, no edifício da evolução, de que ele compartilha sem ser o responsável.

A fortuna material é um empréstimo dos Poderes Superiores que, não raro, lhe escapa ao controloe, quando menos espera.

Tudo o que a criatura humana possui é tão-somente obséquio, concessão, favor ou benefício da Providência Divina ou da Bondade Humana.

Todos temos efetivamente de nós unicamente a nossa própria alma e, já que somos usufrutuários de todos os bens da vida, estejamos constantemente prevenidos para dar conta de nós próprios, ante as Leis do Destino, no tocante a uso e proveito, rendimento e administração.

Psicografado por Francisco Cândido Xavier
pelo Espírito de EMMANUEL
Mensagem extraída do
Livro "ALVORADA DO REINO" - Editora Ideal

17 agosto 2007

O Dia do Padrasto - Momento Espírita

O DIA DO PADRASTO

Todo ano, quando chega agosto, as homenagens se fazem presentes aos pais.

As lojas fazem promoções, os restaurantes apelam para as homenagens ao “velho pai”, as escolas elaboram trabalhos e encenações para o evento.

Pai é o protetor da candura, da infância, do lar. Pense-se em proteção e a imagem que surge, habitualmente, é a de um homem forte, zelando pela prole.

A questão é atávica, pois sempre se imputou ao homem, pela sua força e coragem, a questão de proteção aos seus filhos.

No entanto, quando se fala de Dia dos Pais, desejamos lembrar de almas valentes que devem se encaixar em famílias já prontas.

Desejamos lembrar da figura heróica do padrasto. Essa criatura que adentra um lar já formado e precisa ter o cuidado e o esmero de consagrado cirurgião.

Ele se casa com uma mulher e o filho mais velho o enfrenta, no primeiro dia:

Se fizer qualquer coisa que magoe minha mãe, mando você para o hospital.

O adolescente lhe diz, sem rebuços:

Se você pensa mandar em mim, só porque casou com minha mãe, pode esquecer. Você não é meu pai.

Esse homem deve conviver em bom relacionamento com sua esposa e mãe daqueles dois garotos.

E ele procura, todos os dias, não esquecer disso, atendendo ao que faz e ao que diz. Ele sabe que pisa em terreno frágil.

Então, um dia, o rapaz telefona para casa e diz que bateu o carro. Ele está há cincoenta quilômetros de distância. É madrugada.

Mas o padrasto, sem pestanejar, o tranqüiliza:

Não se preocupe, já estou indo.

Outro dia, o moço se prepara para uma festa e exclama: Preciso de uma gravata para combinar com esta camisa!

O padrasto, sem levantar os olhos do jornal, oferece: Escolha uma das minhas. Veja no meu armário.

O adolescente chega em casa com o boletim ruim e depois da bronca da mãe, escuta o padrasto:

Eu entendo de Física. Posso ajudar, se quiser, estudando com você, para a prova de recuperação.

E assim vai. Dia a dia, passo a passo, aquela figura estranha do padrasto vai conquistando espaço nos corações dos filhos da sua esposa.

O que achou da minha namorada? – pergunta um.

O que acha de eu ter colocado brinco na orelha? – indaga o outro.

Com extraordinária habilidade, aquele homem vai dizendo o que pensa e o que seria melhor, já que lhe pedem a opinião.

Não avança o sinal. Conquista o respeito, de forma paulatina e contínua.

Ah, padrastos de coração de ouro e paciência inesgotável. Dão carona para o cinema, vão assistir o jogo da escola, vão torcer pelo time dos garotos.

Então, acontece: o adolescente sai e pergunta a que horas deve retornar para casa.

O rapaz convida para juntos viajarem em férias.

Por fim, um dia, aquele moço arrogante que o enfrentou, ameaçando-o de mandar ao hospital, caso ele magoasse a sua mãe, diz para ela:

Mamãe, ele é um cara super legal. Nunca faça nada que o possa machucar. Precisamos dele.

Esse é o dia da recompensa do padrasto. O dia do reconhecimento por tanta dedicação.

Por ter assumido filhos que não são da sua carne e de seu sangue, como se seus filhos fossem.

Por isso, quando pensamos em homenagear os pais, decidimos homenagear esta figura ímpar do padrasto.

Daquele que ainda se encontra em vias de conquista do afeto dos enteados.

Daquele que já alcançou lugar privilegiado nos corações dos filhos da sua amada.

Daquele que mãe e filhos descobriram que é tão importante, a sua presença tão especial que parece que ele sempre esteve ali.

Redação do Momento Espírita
Site: www.momento.com.br

16 agosto 2007

Conclusões Lógicas - André Luiz

Conclusões Lógicas

Não se renda à tentação.
Entre aquilo que você quer e aquilo que você pode, fique com aquilo que você deve fazer.

Não se aflija diante dos obstáculos.
Existem problemas que pedem tempo a fim de serem eficientemente resolvidos, de modo a não ocasionarem problemas maiores.

Não se precipite em suas decisões.
Se você não sabe que rumo tomar é sinal que todas as suas possibilidades de seguir adiante necessitam ser revistas.

Não critique ninguém.
Todas as pessoas, qual acontece a você, trazem Deus dentro de si.

Não te entregue ao desalento.
O seu desânimo, no que pesem as justificativas que você tenha para ele, não o auxiliará em absolutamente nada.

Não guarde ressentimento no coração.
A mágoa que você nutra a respeito de alguém será sempre o melhor processo de lembrar quem você deseja esquecer.

Não pare de trabalhar.
No serviço do bem aos semelhantes, você encontrará, com o sábio concurso do tempo, a solução natural para todas as questões que o perturbam.

Não reclame da cruz que carrega.
Sem ela, é provável que você não tivesse no que se apoiar para, embora a passos lentos, avançar com segurança.

Ditado por André Luiz
No livro 'Irmãos do Caminho'
Psicografia de Carlos A. Baccelli

15 agosto 2007

Sugestões de Amigo - Marco Prisco

Sugestões de Amigo

"Sabe ele (o Paganismo) muito bem que está errado, mas isso não o abala, porquanto a verdadeira fé não lhe está na alma. O que mais teme á a luz, que dá vista aos cegos."
(Allan Kardec, E.S.E. Cap. XXIII, Item 14)

Mesmo que você esteja com a razão, escute em silêncio a reprimenda injustificada.
Ouvir para examinar é oportunidade de aprendizado e experiência.

Mesmo que a lição lhe amargure o Espírito, receba como dádiva preciosa.
Antes uma verdade que que magoa, mas salva, do que uma ilusão que agrada e se desvanece.

Mesmo que você seja chamado ao debate em nome da causa que ama, desculpe-se e prossiga na ação.
Muitas palavras exaltam poucas razões.

Mesmo que a dor se constitua parceria única de seus labores evangélicos, prossiga resoluto.
O cinzel que fere a pedra, dela arranca a escultura valiosa.

Mesmo que a espada invisível da calúnia abra feridas em seu coração, continue animado.
O bem é luz inapagável.

Mesmo que a urna sombria do “eu” apele para que você viva somente para você, arrebente a grilheta e ajude a comunidade naquele que segue a seu lado.
A ostra mais resistente, em solidão, despedaça-se de encontro aos recifes do mar imenso.

Mesmo que a luta pareça inútil, confie no valor da perseverança que sabe agir.
Os pólens de uma única flor são suficientes para multiplicá-la indefinidamente, embelezando a Natureza.

Mesmo que o fel da amargura verta em seus lábios, cada noite, o acre sabor do desespero, desperte, no dia seguinte, abençoando a aurora.
Quem contempla uma noite de vendaval acreditará na impossibilidade de um claro sol na manhã porvindoura. No entanto...

Mesmo que o alarde da maledicência empane a claridade de sua luz, não revide mal por mal.
A árvore ultralada responde à ofensa com produtividade.

Mesmo que seus sonhos formosos de assistência fraternal e socorro cristão se transformem em pesadelos aflitivos nos dias de atividade, siga adiante, confiando intimorato.

Considerado pelos familiares, em Nazaré, como embusteiro e endemoniado, o Mestre prosseguiu no ministério da Verdade, alargando as possibilidades da Boa Nova no vergel desfeito dos corações humanos, para, na cruz, atestar a suprem a vitória do amor como única via de "luz que dá vista aos cegos" e enseja libertação para o Espírito sedento de imortalidade.

Psicografia de Divaldo Pereira
Da obra: Glossário Espírita-Cristão

Ditado pelo Espírito Marco Prisco
4 edição. Salvador, BA: LEAL. 1993

14 agosto 2007

Profilaxia - André Luiz

Profilaxia

Se a maledicência visita o seu caminho, use o silêncio antes que a lama revolvida se transforme em tóxicos letais.
*

Se a cólera explode ao seu lado, use a prece, a fim de que o incêndio não se comunique às regiões menos abrigadas de sua alma.
*

Se a incompreensão lhe atira pedradas, use o silêncio, em seu próprio favor, imobilizando os monstros mentais que a crueldade desencadeia na almas frágeis e enfermiças.
*

Se a antipatia gratuita surpreende as suas manifestações de amor, use a prece, facilitando a obra da fraternidade, que o Mestre nos legou.
*

O silêncio e a prece são antídotos do mal, amparando o Reino do Senhor, ainda nascente no mundo.
*

Se você pretende a paz no setor de trabalho que Jesus lhe confiou, não se esqueça dessa profilaxia da alma, imprescindível à vitória sobre a treva e sobre nós mesmos.

Psicografia de Francisco Candido Xavier
Da obra: Apostilas da Vida
Ditado pelo Espírito André Luiz.
5 edição. Araras, SP: IDE - 1993

13 agosto 2007

Perante a Codificação Kardequiana - André Luiz

Perante a Codificação Kardequiana

Recordemos constantemente os ensinos insubstituíveis e sempre momentosos que iluminam as páginas da Codificação Kardequiana, de onde extratamos alguns breves tópicos:

“Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém, cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda a gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)

“Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo se encontram todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)

“Os Espíritos superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade.” (O Livro dos Espíritos)

“O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim pelas suas tendências.” (O Livro dos Espíritos)

“A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau de responsabilidade.” (O Livro dos Espíritos)

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações infelizes.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)

“Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)

“Medita estas coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.” — Paulo. (I TIMÓTEO, 4:15.)

Psicografia de Waldo Vieira Da obra: Conduta Espírita.
Ditado pelo Espírito André Luiz. 21 edição.

12 agosto 2007

Pai de Verdade - Silva Schmidt

PAI DE VERDADE

Pai de verdade mesmo
sabe que ser pai não é simplesmente recolher o fruto
de um momento de prazer, mas sim perceber o quanto
pode ainda estar verde e ajudá-lo a amadurecer.

Pai de verdade mesmo
não só ergue o filho do chão quando ele cai, mas também
o faz entender que a cada queda é possível levantar.

Ele não é simplesmente quem atende a caprichos:
ele sabe perceber quando existe verdadeira
necessidade nos pedidos.

Pai de verdade mesmo
não é aquele que providencía as melhores escolas,
mas o que ensina o quanto é necessário o conhecimento.

Ele não orienta com base nas próprias experiências,
mas demonstra que em cada experiência
existe uma lição para ser aprendida.

Pai de verdade mesmo
não coloca modelos de conduta, mas aponta
aqueles cujas condutas não devem ser seguidas.

Ele não sonha com determinada profissão para o filho,
mas deseja-lhe sucesso com sua real vocação.

Ele não quer que o filho tenha tudo que ele não teve,
mas que tenha tudo aquilo que fizer por merecer.

Pai de verdade mesmo
não é o que só põe a mão no bolso e paga as despesas:
ele põe a mão na consciência e observa até que
ponto está alimentando um espírito de dependência.

Ele não é um condutor de destinos, mas sim um farol
que aponta os caminhos da honestidade e do Bem.

Pai de verdade mesmo
não diz "Faça isto" ou "Faça aquilo", mas diz
"faça o melhor de acordo com o que você já sabe".

Ele não castiga por erros e nem sempre aplaude
os acertos, mas pergunta se houve percepção dos
caminhos que levaram o filho a esses fins.

Pai de verdade mesmo
é o Amigo sempre presente, atento e amoroso
- com a alma de joelhos -
pedindo a Deus que o oriente na hora de dar conselhos.

Sílvia Schmidt
Edições *Humancat* No livro: " Nossas Raízes "
Direitos Autorais Protegidos
Copyright©1999

FELIZ DIA DOS PAIS A TODOS!

11 agosto 2007

À Luz do Espiritismo - Vianna de Carvalho

À Luz do Espiritismo

A história da Humanidade tem, no livro nobre, seu gloriosos repositório. Em todos os tempos o livro tem sido o condutor das mentes e o mensageiro da vida.

O Mahabharata, que remonta ao século XVI antes de Cristo, narrando as guerras dos Coravas e Pandavas, é o ponto de partida do pensamento lendário da India, apresentando Krishna, no excelente Bagavadgita, a expor a Ardjuna incomparável filosofia mística onde repontam as nobres revelações palingenésicas.

A Bíblia - antigo Testamento - historiando as jornadas de Israel, oferece a concepção sublime do deus Único, Soberano e Senhor de todas as coisas.

Platão, cuja filosofia tem por método a dialética, expondo os pensamentos de Sócrates, seu mestre, nos jardins de Academos, coroa sua obra com a harmoniosa teoria das idéias, afirmando, no memorável "Fédon!, "que viver é recordar" e expressando a cultura haurida no Egito, onde recebera informações sobre a doutrina dos renascimentos.

O Evangelho de Jesus Cristo, traduzido para todos os idiomas e quase todos os dialetos do globo, faz do amor o celeiro de bênçãos da Humanidade.

O Alcorão, redigido após a morte de Maomé e dividido em 114 suratas ou capítulos, constitui a base de toda a civilização muçulmana, fonte única da verdade, do direito, da justiça...

Sem desejarmos reportar-nos à literatura mundial, não podemos, entretanto, esquecer que Agostinho, através das suas Confissões, inaugurando um período novo para o pensamento, abriu as portas para o estudo da personalidade, numa severa autocrítica, e que Tertuliano, com a Apologética, iniciou uma era para o Cristianismo que se mescla, desde então, com dogmas e preceitos que lhe maculam a pureza, através de sutilezas teológicas.

Dante, o florentino, satirizando seus inimigos políticos, apresentou uma visão mediúnica da vida além-túmulo.

Monge anônimo sugeriu uma Imitação de Cristo como vereda de sublimação para a alma encarnada...

Nostradamus, astrólogo e médico, escreveu sibilinamente as Centúrias, gravando sua visão profética do futuro.

Camões, com pena de mestre, compôs Os Lusíadas e registra os feitos heróicos de Portugal, repetindo os lances de Flávio Josefo em relação aos judeus e dos historiadores greco-romanos de antes de Jesus Cristo.

Depois do Renascimento, como advento da imprensa, o campo das idéias sofreu impacto violento, graças à força exuberante do livro. Pôde, então, o mundo pensar com mais facilidade.

A Revolução Francesa é o fruto do livro enciclopédico, com ela nascendo as lutas de independência de todo o Novo Continente, inspiradas nas páginas épicas da liberdade.

Artur Schopenhauer, entretanto, sugeriu o suicídio, no seu terrível pessimismo, em Dores do Mundo, enquanto Friedrich Nietzsche, no famoso Assim Falava Zaratrusta, tentou solucionar o problema espiritual e moral do homem, através de uma filosofia da cultura da energia vital e da vontade de poder que o conduz ao "super-homem", oferecendo elementos aos teorizantes do racismo germânico, de cujas conseqüências ainda sofre a Humanidade.

Karl Marx, sedento de liberdade, expôs de maneira puramente materialista a solução dos problemas econômicos do mundo em O Capital e criou o socialismo científico, que abriu as portas ao moderno comunismo ateu.

Leão XIII compôs a Encíclica Rerum Novarum para solucionar as dificuldades nascidas nos desajustes de classes, oferecendo aos operários humildes, bem como aos patrões, os métodos do equilíbrio e da paz; todavia, a própria Igreja Romana continuou a manter-se longe da Justiça Social...

E o livro continua libertando, revolucionando, escravizando...

Clássico ou moderno, rebuscado ou simples, o livro campeia e movimenta mentes, alargando ou estreitando os horizontes do pensamento.

É, em razão disso, que um novo livro, recordando todos os livros, oferece ao homem moderno resposta nova às velhas indagações, propondo soluções abençoadas em torno do antiqüissimo problema da felicidade humana.

O LIVRO ESPÍRITA, como farol em noite escura, é também esperança e consolação.

Esclarecendo quem é o homem, donde vem e para onde vai, sugere métodos mais condizentes com o Cristianismo - Cristianismo que é a Doutrina Espírita - num momento de desesperaçõa de todas as criaturas.

Renovador, o Livro Espírita encoraja o espírito em qualquer situação; esclarece os enigmas da psique humana; filosófico, desvela os problemas do ser; religioso, conduz o homem a Deus, e abrange todos os demais setores das atividades humanas.

Desse modo, o Livro Espírita - no momento em que a literatura de desumaniza e vulgariza, tornando-se serva dos interesses subalternos de classe e governo, política e raça, fronteira e poder - disseminando o amor e propagando a bondade, oferece ao pensamento universal as excelentes oportunidades de glória e imortalidade.

Saudemo-lo, pois!

Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Da obra: O Livro Espírita

Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho

10 agosto 2007

O que Realmente Importa - Momento Espírita

O QUE REALMENTE IMPORTA

Os homens gastam muito tempo cuidando de seus interesses materiais.

O empresário que inicia um empreendimento procura agir com cautela.

Nenhum cuidado parece demasiado para garantir o sucesso da empreitada.

O mesmo se verifica quando uma família resolve adquirir casa própria.

Tempo considerável é despendido na procura do imóvel ideal.

Contas são feitas e refeitas para verificar se a despesa é possível.

Os membros da família submetem-se a sacrifícios para conquistar esse sonho.

A busca de uma situação profissional confortável não se dá de modo diverso.

O sucesso na carreira pressupõe longa preparação intelectual.

Mas ele não ocorre sem que o interessado trabalhe árdua e seriamente.

Todo projeto de vulto exige planejamento, comprometimento e muito trabalho.

É bom que o ser humano possua metas e lute para efetivá-las.

Ninguém deve ser passivo em face da vida.

A sociedade lucra com a presença de homens empolgados, laboriosos e disciplinados.

Mas é preciso reconhecer a transitoriedade de tudo o que é material.

Por maior seja a riqueza acumulada por alguém, ela não o acompanhará ao túmulo.

A mais bela casa deteriora com o tempo.

A empresa inovadora e próspera de ontem talvez não exista mais amanhã.

Todos esses projetos são nobres e úteis.

Mas significarão pouco ou nada dentro de algumas décadas.

Perante essa realidade, causa estranheza a minúscula dedicação dos homens ao seu burilamento moral.

O progresso intelectual decorre naturalmente dos afazeres da vida humana.

O esforço para aprender as artes de um ofício desenvolve a inteligência.

O desempenho de uma profissão em ambiente de livre concorrência estimula a criatividade.

Mas a Humanidade atualmente se ressente não de falta de inteligência, mas de ética.

Não escasseiam rapidez mental e idéias sofisticadas para a maioria dos homens.

O que lhes falta é um caráter bem formado e leal.

Intelectualidade desenvolvida, mas apartada da ética, gera exploração, violência e guerras.

Os Espíritos são anjos em potencial.

Todos são destinados a existências sublimes, após evoluírem e se libertarem de seus vícios.

A Terra é um mundo que viabiliza esse processo de libertação.

O contato recíproco de seres ainda viciosos faz com que eles percebam o quão lamentáveis são as fissuras morais e o mal que elas causam.

Então, é preciso prestar atenção no que realmente importa.

É bom que você estude e trabalhe.

Você tem responsabilidades familiares, profissionais e sociais e não pode descuidar delas.

Mas a finalidade de sua existência não é comprar coisas ou tornar-se importante.

Moralizar-se, eis a sua meta.

Dedique-se a ela como faz com tudo o que considera importante.

Analise seu caráter e identifique o que nele reclama correção.

Uma vez identificados os seus vícios, físicos e morais, trace uma estratégia para combatê-los.

Persista com firmeza e disciplina até atingir a meta.

A batalha por moralizar-se talvez seja a mais difícil que você já travou.

Mas os benefícios que dela resultam são eternos.

Virtudes como honestidade, compaixão, tolerância e pureza jamais se perdem.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita
Site: www.momento.com.br

09 agosto 2007

Socorre a Tí Mesmo - Emmanuel

Socorre a Tí Mesmo

Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.

Defende-te contra a surdez, entretanto, retifica o teu modo de registares as vozes e solicitações variadas que te procuram.

Medica a arritmia e a dispnéia, contudo não entregues o coração à impulsividade arrasadora.

Combate a neurastenia e o esgotamento, no entanto cuida de reajustar as emoções e tendências.

Prossegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa.

Melhora as condições do sangue, todavia não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores.

Guerreia a hepatite, entretanto livra o fígado dos excessos em que te comprazes.

Remove os perigos da uremia, contudo, não sufoques os rins com os vermes de taças brilhantes.

Desloca o reumatismo dos membros, reparando porém, o que fazes com os teus pés, braços e mãos.

Sana os desacertos cerebrais, que te ameaçam, todavia aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres.

Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos.

Eles são vivos e educáveis. Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade.

Ditado por Emmanuel
no livro 'Pão Nosso'
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

08 agosto 2007

Silencia e Espera - Emmanuel

Silencia e Espera

No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres igualmente os desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no caminho de tantos companheiros de experiência.

Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a qual disporás de suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de que necessitarás, talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de soçobro nas correntes do desespero.

Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão de pessoas queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto, se o assunto diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera.

Se amigos de ontem transformara-se em adversários de tuas melhores intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de nada te queixes.

Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida, impondo-te embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios pensamentos na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar.

E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos da alma, sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com que te tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada reclames em teu favor.

Não piores situações em que alguém te coloque, não te revoltes, nem te lastimes.

Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem, restabelecendo a verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na ignorância se curem das ilusões e das crueldades a que se entregam, bastar-lhes-á simplesmente viver.

Ditado por Emmanuel
No livro 'Calma'
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

06 agosto 2007

Perdão - Marco Prisco

Perdão

Esforce-se para impedir que a ofensa se converta em mágoa.

Silencie o sucesso infeliz em que se viu envolvido.

Acautele-se, face aos comentários que lhe tragam os maledicentes e os levianos.

Reflita, maduramente, valorizando o ensejo e retirando proveito da lição que o alcança em forma de sofrimento.

Se você é inocente, exulte. Se é culpado, tranqüilize-se diante do pagamento.

Não fique remoendo, mentalmente, o acontecido.

Pense na hipótese de o seu agressor estar enfermo.

A posição da vítima é sempre melhor.

Enseje ao desafeto oportunidade para a reparação e o retorno.

Se tudo estiver, aparentemente, contra você, fiscalizado por uns, perseguido por outros, mantenha inalterada sua confiança em Deus, que tudo sabe.

Desgraça verdadeira é perseguir, inquietar, comprazer-se na dor alheia, envenenar-se com o azedume e a cólera.

Perdoando, você estará sempre em paz, podendo auferir mais tarde as vantagens de haver sido enganado, perseguido ou ultrajado, com o espírito livre de outros débitos, de que, então, se encontrará liberado.

Ditado por Marco Prisco
no livro 'Momentos de Decisão'
Psicografia de Divaldo Pereira Franco

05 agosto 2007

Preceitos de Saúde - André Luiz

Preceitos de Saúde

1- Guarda o coração em paz, a frente de todas as situações e de todas as coisas. Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

2- Apóie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilibrio físico sem harmonia espiritual.

3- Cultive o hábito da oração. A prece é luz na defesa do corpo e da alma.

4- Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. A sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia.

5- Estude sempre. A renovação das idéias favorece a evolução do espiríto.

6- Evite a cólera. Enraivecer-se é animalizar-se, caindo nas sombras de baixo nível.

7- Fuja a maledicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve.

8- Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro. O ar puro é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação.

9- Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.

10- Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina, milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.

Ditado por André Luiz
Livro: "Aulas da Vida"
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

04 agosto 2007

Lições da Vida - Joanna de Ângelis

Lições de Vida

A criança que vive com o ridículo
aprende a ser tímida.

A criança que vive com crítica
aprende a condenar.

A criança que vive com suspeita
aprende a ser falsa.

A criança que vive com antagonismo
aprende a ser hostil.

A criança que vive com afeição
aprende a amar.

A criança que vive com estimulo
aprende a confiar.

A criança que vive com a verdade
aprende a ser justa.

A criança que vive com o elogio
aprende a dar valor.

A criança que vive com generosidade
aprende a repartir.

A criança que vive com o saber
aprende a conhecer.

A criança que vive com paciência
aprende a tolerância.

A criança que vive com a felicidade
conhecerá o amor e a beleza.

Ditado por Joanna de Ângelis
Do livro: "Episódios Diários"

Psicografia de Divaldo Pereira Franco.

03 agosto 2007

Espinhos Invisíveis - Emmanuel

Espinhos Invisíveis

Existem tribulações e tribulações.

Para extinguir aquelas que conturbam a vida, comecemos a cooperar na construção da paz onde estivermos.

Necessitamos, porém, conhecer as farpas que entretecem as inquietações que nos predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento.

Vejamos algumas:

a queixa contra alguém;
a reclamação agressiva;
o palavrão desatado pela cólera;
a resposta infeliz;
a frase de sarcasmo;
o conceito depreciativo;
o apontamento malicioso;
o gesto de azedume;
a crítica destrutiva;
o grito de desespero;
o pensamento de ódio;
a lamentação do ressentimento;
a atitude violenta;
o riso escarninho;
a fala da irritação;
o cochicho do boato;
o minuto de impaciência;
o parecer injusto;
a pancada verbal da condenação.

Cada espinho invisível a que nos reportamos é comparável à chispa capaz de atear o incêndio da discórdia.

E ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma.

Tanto quanto possível, aceitemos as tribulações que a vida nos reserve e saibamos usar o amor e a tolerância, a paciência e o espírito de serviço para que estejamos realmente conquistando os valores e bênçãos da paz.

Não esperes que o próximo te solicite cooperação. Colabora voluntariamente, na certeza de que estarás realizando valiosas sementeiras de trabalho e de amor, na construção do futuro melhor.

Ditado por Emmanuel
Mensagem "Conquistando a Paz" do livro "Paciência";
Psicografia de Francisco Cândido Xavier