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08 maio 2010

Desajustados - Meimei

DESAJUSTADOS

São muitos em toda parte.

Mulheres devotadas trazem nos braços filhos desprotegidos que lhes foram entregues por determinados amigos que as deixaram a sós, desapercebidos das dificuldades de que se reconhecem cercadas, a fim de criá-los com segurança.

Criaturas sensíveis e leais abraçaram obras de elevada significação para os interesses comunitários, depois de se entregarem a companheiros que supuseram fiéis aos compromissos que assinam, encontram-se repentinamente abandonados por eles, quando mais necessitavam de apoio.

Jovens sozinhos que custeiam com sacrifício longos tratamentos das genitoras desorientadas e enfermas, sem a presença dos pais que os largaram nos labirintos do mundo.

Viúvas, moças e valorosas, que choraram sobre os maridos que a morte lhes furtou à convivência, obrigadas a trabalho difícil para a manutenção de pequeninos necessitados.

Essa aceitou atividades remuneradas, em setores que a revestem com todas as aparências de uma pessoa em desequilíbrio; e aquele outro buscou o amparo de alguém que lhe evite a falência nos deveres que desenvolve a benefício de muitos, expondo-se ao julgamento errôneo de quantos ainda não passaram pelo fogo do sofrimento.

Lembra-te: na retaguarda de quantos se observam lesados nas próprias forças existem sempre os autores das tribulações que carregam.

Se não podem oferecer-lhes auxílio e sustentação, não lhes censures a existência, marcada de aflições que nunca experimentaste no lar sem lágrimas.

Semelhantes criaturas guardam consigo o mérito de não haverem fugido às próprias obrigações, quando tudo as induzia ao desespero e ao esmorecimento.

Ante os desajustados da Terra, respeita-lhe o caminho e silencia quando não lhes consigas compreender as lutas entremeadas do pranto que desconheces.

Em verdade, hoje choram e sofrem, mas surgirá um dia em que serão abençoados e erguidos pela defesa de Deus.

Paciência e amor são os medicamentos da alma, capazes de curar qualquer relacionamento enfermiço.

Nem sempre conseguirás beijar a mão que te fere, mas, em qualquer tempo, dispões da possibilidade de oferecer-lhe a benção da tolerância.

Pelo Espírito Meimei
Do livro: Palavras do Coração
Médium: Francisco Cândido Xavier

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