A CARIDADE DA LÍNGUA
"Se não tiver caridade, nada sou..." - Paulo, (I Cor, 13:2)
Escrevendo aos tessalonicenses (4:9), o Apóstolo dos Gentios deixou claro que àquela altura dos acontecimentos e da compreensão que todos já possuíam das instruções neotestamentárias, não haveria mais necessidade de alertá-los "quanto à Caridade fraternal que deveria vigorar entre eles, visto que já estavam instruídos por Deus que deveriam amar-se uns aos outros".
Na rubrica "Caridade Fraternal" inclui-se também a Caridade da língua. Sobre isso escreveu Tiago: (3:2 a 12.) "Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.
Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.
A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da Natureza, e é inflamada pelo inferno. Com a língua bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens. De uma mesma boca procede bênção e maldição.
Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?”Allan Kardec nos oferece um exemplo clássico, onde se fazia mister a Caridade da língua. Conta o Mestre Lionês que:
"(...) havia umas irmãs que se encontravam, desde alguns anos, vítimas de depredações muito desagradáveis: suas roupas eram incessantemente espalhadas por todos os cantos da casa e até nos telhados, cortadas, rasgadas e crivadas de buracos, por mais cuidado que tivessem em guardá-las à chave...
A primeira ideia que lhes veio foi, naturalmente a de que estavam às voltas com brincalhões de mau gosto. “Porém, a persistirem e, principalmente, praticar as virtudes impostas por Deus a cada um, de acordo com a sua condição.” Como ponderássemos que essas palavras pareciam um tanto severas e que talvez fosse conveniente adoçá-las, para ser transmitidas, o Espírito acrescentou:
"Deves dizer o que digo e como digo, porque as pessoas de quem se trata têm o hábito de supor que nenhum mal fazem com a língua, quando o fazem muitíssimo. Por isso, preciso é ferir-lhes o Espírito, de maneira que lhes sirva de advertência séria."
Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do bem".
Eis a importante carta de Paulo aos Colossenses: (Col.,3:12a 14.) "(...) Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
E sobre tudo isso, revesti-vos de Caridade, que é o vínculo da perfeição".
Na rubrica "Caridade Fraternal" inclui-se também a Caridade da língua. Sobre isso escreveu Tiago: (3:2 a 12.) "Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.
Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.
A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da Natureza, e é inflamada pelo inferno. Com a língua bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens. De uma mesma boca procede bênção e maldição.
Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?”Allan Kardec nos oferece um exemplo clássico, onde se fazia mister a Caridade da língua. Conta o Mestre Lionês que:
"(...) havia umas irmãs que se encontravam, desde alguns anos, vítimas de depredações muito desagradáveis: suas roupas eram incessantemente espalhadas por todos os cantos da casa e até nos telhados, cortadas, rasgadas e crivadas de buracos, por mais cuidado que tivessem em guardá-las à chave...
A primeira ideia que lhes veio foi, naturalmente a de que estavam às voltas com brincalhões de mau gosto. “Porém, a persistirem e, principalmente, praticar as virtudes impostas por Deus a cada um, de acordo com a sua condição.” Como ponderássemos que essas palavras pareciam um tanto severas e que talvez fosse conveniente adoçá-las, para ser transmitidas, o Espírito acrescentou:
"Deves dizer o que digo e como digo, porque as pessoas de quem se trata têm o hábito de supor que nenhum mal fazem com a língua, quando o fazem muitíssimo. Por isso, preciso é ferir-lhes o Espírito, de maneira que lhes sirva de advertência séria."
Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do bem".
Eis a importante carta de Paulo aos Colossenses: (Col.,3:12a 14.) "(...) Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
E sobre tudo isso, revesti-vos de Caridade, que é o vínculo da perfeição".
Nota: 1 - Kardec, A. "O Livro dos Médiuns" - Capítulo XXIII, item 252 - 2ª parte.
Rogério Coelho - Jornal Espírita - Fevereiro/07
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