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20 agosto 2021

Gemêos Univitelinos - Ricardo Di Bernardi


GEMÊOS UNIVITELINOS

Ao observarmos um par de gêmeos univitelinos constatamos a incrível semelhança dos caracteres físicos, ou seja de seu fenótipo. Sabemos que este fenótipo semelhante decorre de ambos provirem de um “pool” de gens idênticos, ou seja, os dois provêm de um único genótipo.

Um gameta masculino e um feminino, jungidos durante o fenômeno da fecundação, formaram um único ovo que, ao se dividir em dois blastômeros no início da embriogênese, separou-se em duas células idênticas, cada qual contendo exatamente e mesma mensagem genotípica. Assim, genótipos iguais expressam fenótipos também iguais.

Conforme nossos estudos espirituais, somos informados que a cisão do óvulo fecundado, originando duas células que se desenvolvem separadamente, sucede em função da presença de duas entidades reencarnantes ligadas ao óvulo.

O magnetismo exercido pela presença dos dois espíritos á que estimula a separação das células iniciais. Sem dúvida, há uma predisposição no terreno materno que facilita o processo.

Aliás, se assim não fosse, isto é, se a separação das células originando dois corpos é que desse origem à atração a dois espíritos, haveria uma inversão de valores e a não preponderância do mundo extrafísico ou energético sobre o mundo físico ou biológico.

Desenvolvem-se os gêmeos e podemos contemplá-los na sua fantástica semelhança física. Realmente, todas as suas células são geneticamente idênticas. Também tiveram a mesma alimentação e os mesmos cuidados familiares. Conviveram no mesmo útero materno, sob as mesmas influências magnéticas e impressões mentais do meio ambiente. Possuem um cérebro com idênticas possibilidades biológicas e potenciais bioquímicos. São gêmeos idênticos.

Não há, portanto, seja por influência do meio gestacional, educacional ou fatores genéticos, alguma justificativa convincente que explique as significativas diferenças comportamentais que às vezes eles apresentam.

Hoje nós os vemos, adultos, cada qual voltado para uma área diferente do conhecimento humano. Um deles aprecia música clássica, o outro música popular, o primeiro é voltado para a vida mais intelectual, enquanto que o segundo dedica-se à ginástica aeróbica e à educação física. Enfim, pendores peculiares que não podem ser considerados muito semelhantes.

Paralelamente, ao analisarmos pelo prisma reencarnacionista, sabemos que o ser pensante, o espírito, traz o seu patrimônio profundamente estratificado pelas vivências anteriores. Cada um passou experiências peculiares que registram em sua textura energética tendências intelecto-morais absolutamente particulares.

São dois espíritos distintos e com uma razão básica para reencarnarem sob o mesmo teto: o passado. Os vínculos do pretérito os prendiam ao mesmo núcleo familiar. Ali, encontrariam os afetos de romagens anteriores que lhes dariam o amparo necessário à sua jornada evolutiva.

Ali, voltariam a conviver com seus desafetos antigos que, sob o véu do esquecimento, teriam oportunidades de perdoar e sobretudo de amar.

Só a pré-existência do espírito poderia nos esclarecer racionalmente a razão de tão significativas diferenças entre dois indivíduos geneticamente idênticos, porém, embora anatomo-isiologicamente possam possuir as mesmas fragilidades e potencialidades a nível orgânico, psiquicamente diferem muito.

São comuns, também, os relatos de gêmeos interligados emocionalmente; embora diferentes em suas tendências psíquicas, um capta as vibrações de sofrimento e angústia do outro. Percebem, à distância, os traumas sofridos pelo seu irmão e até os registram de algum modo. As ligações de vidas anteriores que os mantinham mutuamente interligados, e tendo continuidade na gestação, permitem a rápida e fácil sintonia de ondas entre os dois. Mesmo de forma inconsciente, percebem, às vezes, as situações difíceis que o outro vivencia. Não se pode, no entanto, generalizar estas ocorrências, sob pena de se criar um mito.

Há gêmeos que não possuem esta sensibilidade e mesmo a facilidade de sintonia vibratória. Há, inclusive, gêmeos que reencarnam junto em função de dívidas mútuas e situações cármicas complexas, com envolvimento conjunto em dramas familiares.

A grande verdade é que há sempre uma razão superior e transcendental que os colocou próximos. Sobretudo, são individualidades diferentes e como tal devem ser respeitados.

Ricardo Di Bernardi
Fonte:
Medicina e Espiritualidade
 

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