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22 março 2006

Bezerra de Menezes

Algo sobre Bezerra de Menezes

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em Riacho do Sangue, Ceará, em 29 de agosto
de 1831 e desencarnou no Rio de Janeiro, no dia 11 de abril de 1900.
Foi homem ilustre, servindo sua Pátria através de funções relevantes, inclusive na política, revelando-se como verdadeiro Apóstolo mediante o santo exercício da medicina, conquistando, por isso, a reconhecida e carinhosa alcunha de "médico dos pobres".
Pode-se dimensionar a grandeza de sua alma, através do seguinte episódio, entre muitos de
que foi nobre protagonista:

"Em certa ocasião, entrou em seu consultório uma pobre mulher com o filho enfermo nos braços. Bezerra auscultou o pequeno, examinou-o bem e receitou, dizendo:
- Volta à sua casa, minha filha, e dá à criança estes remédios, de hora em hora.
Compre-os na farmácia...
- Comprar? Com quê, doutor? Não tenho nem pão para dar ao meu filho... - disse ela chorando.
Sentindo toda aquela angústia materna,
ele respondeu, docemente:
- Não se aflija, minha filha. Vou ajudá-la.
Nós estamos no mundo para sofrer com nossos irmãos de suas mesmas dores... Porém, o médico não tinha nenhuma moeda nos bolsos. Todo seu dinheiro, tão pouco, havia dado a um cliente anterior. Observou ao seu redor. Nada havia que pudesse servir. A pobre mulher chorava. De repente, surgiu uma esperança, verde esperança, brilhando em seu anel de médico. Retirou-o numa atitude de total desprendimento e caridade, dizendo:

- Tome, minha filha, leve isto para sua casa. Poderá comprar leite, remédios, e algumas
coisas mais para seu filhinho..."

Possuidor de grande inteligência, desde os quinze anos falava fluentemente o latim que ensinava a seus condiscípulos, ajudando seu professor. Escritor emérito, não somente destacou-se em obras de excelente qualidade, como também, na vida pública, como romancista, político e filósofo. Sua bibliografia espírita, relevante e consoladora, sensibilizou a opinião pública, por muitos anos, através de
uma coluna permanente no jornal O País, no Rio de Janeiro, sob o pseudônimo de Max.
Exerceu a Presidência da Federação Espírita Brasileira, aos sessenta e quatro anos de idade, em cuja função desencarnou, deixando inconsoláveis os pobres, os sofredores,aqueles que suas abnegadas mãos confortavam e socorriam.
Do mundo espiritual prossegue o Venerando Benfeitor. Ainda hoje ampara a todos quantos solicitam fervorosos o seu auxílio.
No Movimento Espírita, tornou-se uma espécie de Embaixador do Espiritismo no Além, interligando os dois planos da vida: o visível e o invisível. Faz-se presente na maioria dos eventos espíritas relevantes, sempre conclamando-nos à fraternidade, à paz, à solidariedade, ao trabalho com Jesus.

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