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31 maio 2007

Crianças Índigo Não Existem - Universo Espírita

Crianças Índigo Não Existem
Por Paulo Henrique de Figueiredo

Uma criação do mercado de auto-ajuda norte-americano confunde pais e professores misturando misticismo e educação.

De vez em quando surge um modismo. Um dos atuais são as crianças índigo. A idéia surgiu entre palestrantes de auto-ajuda norte-americanos. Criança índigo é uma hipótese criada por Lee Carroll e Jan Tober em suas palestras. Eles leram um livro sobre cores de "auras", escrito pela espiritualista Nancy Tappe em 1982, no qual a escritora imaginou o surgimento de crianças superdotadas relacionando suas auras com a cor índigo, ou azul-escura.
Carroll e Tober acreditam que esses seres finalmente chegaram. As crianças índigo seriam líderes de uma nova civilização. O mundo será transformado por elas e então surgirá uma nova era. Outro palestrante de auto-ajuda, Robert Gerard, opina: "Os índigos vieram para servir ao planeta, aos pais e aos amigos como emissários do céu e disseminadores da sabedoria. Para mim são emissários do criador".

A nova geração
Mas o que interessa esse tema ao Espiritismo? Desde 1868, os Espíritos anunciaram no livro A Gênese a chegada da uma nova geração. Pode-se considerar a percepção dos norte-americanos quanto a essa mudança a constatação de um fato natural: "A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. A época atual é de transição, assistimos à partida de uma e à chegada da outra".
Até aqui, tudo bem, mas segundo os escritores que defendem as crianças índigo elas são identificadas como extremamente inteligentes, só que também agem com orgulho, agressividade e prepotência. Na descrição feita pela Doutrina Espírita, conforme descrito em A Gênese, a nova geração se destaca pelo "sentimento inato do bem e nas crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior". A marca da nova geração é a fraternidade.
A descrição das crianças índigo revela seres com um grande desenvolvimento intelectual, mas com imaturidade emocional ainda maior. Elas não têm paciência com os mais simples, preferem o isolamento, são dispersas, ficam traumatizadas quando erram e frustradas quando suas idéias não são aceitas. A mãe de uma delas descreve: "Desde a pré-escola tinha sido hiperativo, respondia mal aos professores, queria fazer tudo à sua maneira e era manipulador, percebendo a maneira de ser das pessoas e usando isso contra elas", conta no livro Criança Índigo - de autoria de Lee Carroll e Jan Tober. "Se uma delas é trancada em um quarto, irá rabiscar as paredes e arrancar os tacos ou o carpete do chão. Tornam-se destrutivos", afirma a espiritualista Nancy Tappe, na mesma obra.

Crianças índigo: uma simples opinião
Por Rita Foelker*

A obra Crianças Índigo afirma, entre outras coisas, que a missão dessas crianças "é desenvolver uma nova consciência no planeta" e que "vieram para nos apresentar um novo conceito de humanidade". Diz ainda que "essas novas crianças podem nos ensinar a ter uma nova consciência de nossa auto-imagem" e "farão com que a sociedade viva o seu momento presente, pois é para isso que vieram".
No entanto, o mesmo livro descreve desajustes comportamentais e outros problemas de alguns índigos, como dificuldade de concentração e irritação emocional, sendo por vezes confundidas com crianças portadoras de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
A propósito das características relacionadas aos índigos, podemos observar que elas não apontam para uma evolução global do ser espiritual, mas para certas habilidades que se referem a um alto grau de desenvolvimento da inteligência intrapessoal. A inteligência intrapessoal - pertencente ao espectro das inteligências múltiplas estudadas por Howard Gardner e outros pesquisadores - quando bem desenvolvida, proporciona a capacidade de autoconhecimento e de estar bem consigo mesmo, de administrar os próprios sentimentos e emoções, além de autodisciplina e auto-estima.
Entretanto, muitos dos casos descritos como sendo de crianças índigo não revelam, por exemplo, um grande desenvolvimento da inteligência interpessoal, pois vemos que tendem a se isolar, têm problemas no relacionamento social, irritam-se quando não são compreendidas pelos outros e podem ter condutas anti-sociais.
Agora, se essas crianças podem contribuir conosco? Claro. Se elas têm algo a nos ensinar? Muito provavelmente. Mas daí a dizer que são "filhos da luz" e "crianças da Nova Era" vai uma boa distância, criando expectativas que muito possivelmente recairão sobre elas mesmas, no presente ou no futuro.
Preocupa-me também a possibilidade de diferenças e discriminações feitas em relação aos "não-considerados-índigos" numa mesma família ou grupo de alunos. Dizem, os que apóiam a tese dos índigos, que eles vieram para nos ajudar a evoluir. Então, eu encerro perguntando: qual é a criança que NÃO nos ajuda a evoluir?

*Artigo publicado no site da Fundação Espírita André Luiz (www.feal.com.br)

Com o rei na barriga
Ryan Maluski é um jovem de 20 anos considerado índigo por Caroll e Tober. "Desde pequeno me senti muito diferente e só. Se quiser uma descrição ainda mais precisa, me sentia como um rei trabalhando como empregado e tratado como escravo", relata. Quando tinha 2 anos, Ryan visitou o circo com os pais: "Veja os palhaços e os elefantes!", disse sua mãe bastante animada. Inesperadamente seu filho lhe virou um tapa no rosto, e continuou a assistir ao espetáculo. O mais incrível é um medico ter repreendido a mãe por ter estimulado a criança. "Da próxima vez, deveria deixá-lo mais à vontade para fazer as coisas ao seu modo", afirmou (!). Liberdade e falta de educação são coisas diferentes. Educar significa saber quando dizer não e quando dizer sim. Limites são balizas da educação. Parece que a cultura norte-americana está perdendo completamente essa noção.
Um comentário de Nancy Tappe é surpreendente: "Todas as crianças que mataram colegas de escola ou os próprios pais, com as quais pude ter contato, eram índigos. Trata-se de um novo conceito de sobrevivência. Todos nós possuíamos esse tipo de pensamento macabro quando crianças, mas tínhamos medo de colocá-lo em prática. Já os índigos não têm esse tipo de medo", relata no livro Criança Índigo.

Uma proposta perigosa
Crianças índigo não existem! Em verdade, são espíritos com a missão de superar seu exaltado orgulho, aproveitando as últimas chances neste planeta para mudar de rumo. Os pais devem esclarecer a relativa importância do desenvolvimento intelectual quando a evolução moral é negligenciada. O educador desatento, entregue às falsas idéias sobre crianças índigo, poderá considerar o autoritarismo e malcriação como indício de superioridade. Terrível engano! Agem ainda pior os pais que, obedecendo ao modismo, exibem seus filhos com orgulho, declarando serem índigos. A criança pode até fingir não perceber quando é elogiada. Parece distraída enquanto os pais contam os feitos maravilhosos tomando café com as visitas. Contudo, está atenta, e a tudo observa. Ao perceber que seu comportamento contenta os pais, ela repete e os acentua, condicionando ainda mais seus hábitos presunçosos.
Este é um dos maiores perigos da tese das crianças índigo: quando os pais se deixam manipular pelos filhos, seduzidos pelas habilidades intelectuais precoces, eles estão falhando em sua missão educativa.
Modismos continuarão existindo. De olho nas vendas, autores norte-americanos já inventaram as crianças crystal. E a mais recente descoberta são as rainbow, ou "crianças arco-íris" como ficarão conhecidas em nossas terras se aqui aportarem.
Se lidos esses livros, como todos, é necessário separar o joio do trigo. E sem bom senso para distinguir um de outro, corre-se o risco de ser arrebatado pelo canto da sereia do falso profetismo, como adverte o Evangelho: "Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas e, porque abundará a iniqüidade, a caridade de muitos esfriará" (Mateus, 24:11).

A missão dos pais
A regeneração do planeta não se dará por uma simples substituição dos espíritos atrasados por superiores vindos do espaço. O mundo futuro "não se comporá exclusivamente de espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração", completam os Espíritos, também em A Gênese.
Todo pai quer ver em seu filho uma criança especial ou justificar sua frustração diante de crianças difíceis. Isso explica o sucesso dessas idéias. Mas qual criança não é especial? Todas elas nos desafiam a perceber seus valores e distinguir seus defeitos no trabalho da educação. A vida no lar é a oportunidade para pais e filhos compreenderem suas almas. Mas ninguém vira santo do dia para a noite. O começo é uma mudança de propósitos: "A regeneração da humanidade não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros espíritos; são com freqüência os mesmos, mas pensando e sentindo de outra maneira", conclui Allan Kardec, num dos últimos parágrafos de A Gênese. E os incrédulos que acham tudo isso motivo de riso? Estes, diante da morte, "viverão, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos". E com essa frase Kardec encerra o livro.

Crianças de um mundo novo
Por Paulo Henrique de Figueiredo

As crianças do mundo regenerado serão espíritos sem preconceitos, criativas, inteligentes e amorosas. Diante de pessoas menos inteligentes agirão com humildade, valorizando-as para que se sintam melhores. Despreocupadas de si mesmas, voltarão sua atenção para auxiliar exatamente os menos capacitados, os reconhecendo como iguais, por terem os mesmos valores em potencial em nas almas - as diferenças restringem-se à idade do espírito, alguns são mais velhos e outros mais novos. A atitude dessas crianças será de respeito, esperança e compaixão. Acima de tudo, seu lema será a fraternidade. Seus instrumentos serão caridade, diálogo e senso de justiça.

30 maio 2007

Influenciação Espiritua no Lar - André Luiz

INFLUENCIAÇÃO ESPIRITUAL NO LAR

"As almas se reúnem, obedecendo às tendências que lhes são características e à circunstância de que cada espírito tem as companhias que prefere. ”André Luiz”(1)

Onde houver uma reunião de pessoas, existirá também uma assembléia de espíritos desencarnados, tendo como fator de atração seus pensamentos e atos.

O lar sendo uma reunião permanente de almas, não pode fugir a esta lei de sintonia mental.

A influência espiritual no lar é tão intensa e profunda, que os instrutores espirituais dizem que nele a mediunidade se apresenta de forma mais espontânea e pura.

Os fenômenos mediúnicos ocorrem com facilidade admirável, no dia-a-dia dos acontecimentos na família.

Os espíritos elevados se dirigem às residências dos homens para inspirar, socorrer, amparar, encorajar e instruir, enquanto que os espíritos imperfeitos chegam sempre com o intuito de perseguir, obsidiar, vampirizar, complicar e desorientar.

Quanto ao poder de influência dos espíritos nos pensamentos dos encarnados, a questão nº. 459 de “O Livro dos Espíritos” esclarece: “Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito freqûentemente são eles que vos dirigem."Vivemos em contínua comunhão mental com todos os espíritos que se afinizam com o nosso modo de ser. Desse modo, em todas as atividades no recinto doméstico os familiares se colocam automaticamente em sintonia psíquica com entidades de sua faixa de simpatia, vivendo em função dessas vibrações.

A ausência de princípios evangélicos na convivência familiar faz abrir as portas espirituais para a atuação desequilibrante e enfermiça de entidades de baixo padrão vibratório: “Os quadros de viciação mental, ignorância e sofrimentos nos lares sem equilíbrio religioso são muito grandes.”(2) A casa que não cultiva a prece sincera e os bons pensamentos, mantendo vibrações inferiores, será fatalmente assaltada por grupos de entidades ignorantes, levianas, viciadas e perversas, de conformidade com a sintonia mental dos moradores. O autor espiritual André Luiz, demonstrando certo espanto, descreve um fato ocorrido em uma residência no momento em que os familiares faziam suas refeições: “Entretanto, um fato, até então inédito para mim, feriu-me a observação: seis entidades envolvidas em círculos escuros acompanhavam-nos ao repasto, como se estivessem tomando alimento por absorção.”(3) Seis espíritos de condição inferior, justapunham-se aos encarnados à mesa, absorvendo os fluidos que se desprendiam dos alimentos. Será que os espíritos realmente se alimentam com os fluidos emanados dos alimentos postos à mesa? Sim, pois, assimilando as energias desintegradas, conseguem obter a mesma sensação, como se estivessem fazendo uma refeição no corpo físico: “Os nossos irmãos viciados nas sensações fisiológicas encontram nos elementos desintegrados o mesmo sabor que experimentavam quando em uso do envoltório carnal.”(4)

Por que determinados espíritos permanecem no lar? Entidades infelizes, sem méritos para se transferirem para as cidades espirituais organizadas e sem maiores culpas para se prenderem aos antros de sofrimentos do Umbral e das Trevas, fixam residência nas moradias onde são atraídos pelos familiares encarnados, vivendo em profunda simbiose psíquica. “Os que desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantêm ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico.(5) Estes espíritos em sua maioria não são maus e, sim, ignorantes, resultado natural daquelas criaturas que deixaram a Vida Física, sem nenhum preparo moral e espiritual, indiferentes ao próprio aperfeiçoamento íntimo.

Na ânsia de somente gozarem os bens passageiros da vida material, deixaram o envoltório da carne na condição de escravos de suas próprias fraquezas. Seguem a rotina dos encarnados invigilantes, como se estivessem ainda na vida corpórea, cegos para as realidades sublimes e eternas da Espiritualidade. “Estamos vendo familiares diversos que os próprios encarnados retêm com as suas pesadas vibrações de apego doentio.”(6)

A morte não opera milagres de iluminação para nenhum espírito. Tudo segue a lei universal de sequência e de mérito, alicerçado na conquista legítima pela boa vontade, esforço, disciplina e perseverança no Bem. Ninguém fugirá da Lei que determina o mérito ou o sofrimento, o prêmio ou o castigo, de acordo com as nossas próprias criações nas lutas e trabalhos da vida humana.

BIBLIOGRAFIA
1 a 6 – Missionários da Luz / André Luiz / F.C. Xavier / FEB - Capítulo 11: Intercessão.
Fonte: “A Flama Espírita" n.º 2.598.
Matéria da revista Informação ANO XVI 182 Janeiro de 1992,
escrita por Walter Barcelos.

29 maio 2007

Resposta em Jesus - Emmanuel

RESPOSTA EM JESUS

Recorda que todos os desafios do mal devem encontrar no campo de nossas almas a resposta em Jesus.

Para o sarcasmo a resposta é caridade em forma de silêncio.

Para a calúnia a resposta é caridade em forma de perdão.

Para o egoísmo a resposta é caridade em forma de renúncia.

Para o fanatismo a resposta é caridade em forma de tolerância.

Para a ingratidão e resposta é caridade em forma de esquecimento.

Para a preguiça a resposta é caridade em forma de trabalho.

Para a tentação a resposta é caridade em forma de resistência.

Para a ignorância a resposta é caridade em forma de educação.

Para a violência a resposta é caridade em forma de brandura.

Para o crime a resposta é caridade em forma de socorro às vítimas de delinqüencia.

Para as trevas a resposta é caridade em forma de luz.

Para todos os processos de atividade inferior a resposta é caridade em forma de auxílio à criação do melhor.

Em qualquer problema no caminho da vida, a resposta cristã será sempre desfazer a força do mal pela força do Bem.

Psicografado por Francisco Cândido Xavier pelo Espírito de EMMANUEL
Mensagem extraída do livro "PERANTE JESUS" - Editora Ideal

28 maio 2007

Valores da Vida - André Luiz

VALORES DA VIDA

Todo intercâmbio entre as almas está em constante processo de renovação no sustento da marcha evolutiva de todos.

Nenhum coração pode viver normalmente sem companhia.

Olhar, gesto e palavra, ocorrências naturais em qualquer recanto da vida terrestre, tem significações profundas para a garantia da felicidade.

O olhar exprime os mais diversos sentimentos na mímica da face.

O gesto pode ser o movimentos inicial de grandes ações.

A palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundo, estabelece, por vezes, resultados vitais para muitos anos.

Toda criação da consciência reveste-se de importância particular.

Desde o pensamento isolado a germinar da forja do cérebro à plasmagem respectiva, tudo se afirma com valor específico, registrado, medido e julgado por Leis Inderrogáveis.

Modificam-se os valores da vida externa, segundo os valores do entendimento.

Examinemos semelhante realidade.

O arco e a flecha, preciosos para o selvagem, carecem de proveito nas mãos do homem relativamente instruido.

Uma enciclopédia mostra expressão diferente aos olhos do professor e aos olhos do analfabeto.

As notas musicais são melodias para o músico e vibrações sonoras para o físico.

O desespero desconhece a paz que mora invariavelmente no centro da vida.

A teimosia apenas aprova o que lhe convém às cristalizações.

O egoismo vê concorrentes em todas as criaturas.

A fraternidade encontra irmãos em todos os companheiros.

A avaliação do bem e do belo varia, portanto, de espírito a espírito, de acordo com o burilamento íntimo de cada um.

Levantemos o pensamento para Jesus.

O Evangelho reune os valores indestrutíveis.

Aproveita o mínimo ensejo de auxiliar aos semelhantes.

Observa o lado nobre das ocorrências.

Ajusta o colorido do otimismo nas telas do cotidiano.

Confia e espera com paciência.

O objetivo maior da Criação é a felicidade real de todos.

Estuda ao redor de teus passos se os seres e as coisas, os fatos e as vidas premanecem estacionários ou progressistas, na procura de valores eternos e, buscando a tua própria integração com o melhor, caminharás firmemente no rumo da perfeição.

Ditado por André Luiz
Livro: Sol nas Almas, pag. 37, CEC Psicografia Francisco Cândido Xavier

27 maio 2007

Morte e Pertubação - Revista Cristã de Espiritismo

Morte e Perturbação

As dores físicas atuam como recurso terapêutico que, além de depurar o doente, prepara-o para a vida espiritual, pois, principalmente com o agravamento da doença, põe-se, muitas vezes, em contato maior com a religião, utilizando o recurso balsâmico da prece e meditação sobre sua própria vida/destino.

Doença curta ou fulminante
Com o falecimento em plena vitalidade, salvo se espiritualizado, o desencarnante poderá vir a ter problemas de desligamento e adaptação pois são muito fortes suas impressões e interesses relacionados à vida física.

Aborto Espontâneo
Provação para o reencarnante e/ou para os pais, sendo, o Espírito desligado facilmente, pois os laços que o prendem ao corpo físico são tênues.

Morte Infantil
O desencarne é bem mais tranquilo, mesmo em trágicas circunstâncias, posto que o espírito, nessa fase, permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a realidade terrestre. Só na adolescência é que o reencarnante entra em plena posse de suas faculdades.

MORTES PROVOCADAS

Mortes Violentas
Aqueles que morrem de forma violenta , em circunstâncias alheias à sua vontade, registram em seu perispírito marcas e impressões relacionadas com o tipo de desencarne que sofreram. São, entretanto, passageiras e tenderão à desaparecer tão logo se reintegrem na vida espiritual.

Suicídio
Precipitado voluntariamente na espiritualidade, em pleno vigor físico, o suicida revive, ininterruptamente e por longo tempo, as dores e emoções dos últimos instantes, que se congelam ante seus olhos. Geralmente são confinados em regiões tenebrosas, onde passa por situações de extremo sofrimento até que se arrependa sinceramente do ato insano. O suicida exibe em sua organização perispiritual o ferimento correspondente à agressão cometida contra o corpo físico, podendo, inclusive, ficar ligado à este assistindo à sua própria decomposição.

Aborto Provocado
O Espírito sofre o trauma provocado pela morte violenta, embora amenizado por não estar ainda comprometido com o mundo material. Geralmente, ao ver frustrada a sua intenção de reencarnar, principalmente se imaturo moralmente, nasce-lhe o rancor contra o ato criminoso cometido pelos pais e, por vezes, torna-se seu perseguidor implacável.

Eutanásia
Como o fluido vital do moribundo ainda circula por seu corpo físico, a eutanásia dificulta o seu desligamento; o desencarnante fica preso ao corpo inerte, em plena inconsciência e incapacidade de reação, até que se complete o esgotamento do fluido vital de seu organismo pela falência dos órgãos, quando então, se inicia o desligamento. Muitas vezes, mesmo depois de desligado, o Espírito ainda se conserva apático, sonolento e desmemoriado, por ter tido abreviado criminosamente o desenlace.

Mortes Coletivas
Por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne coletivo é previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas vezes em postos de socorro por eles montados através da vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou desastre. Mesmo assim, como são as figuras centrais da tragédia, os desencarnantes sofrem o processo de comoção coletiva de espectadores e familiares, enfrentando dificuldades de adaptação, que o levam, não raro, a reviver dolorosos pormenores do funesto acontecimento, causando perturbação mental e desespero. Geralmente, só retornam à normalidade da vida espiritual quando o caso cai no esquecimento público e familiar.

OBSERVAÇÕES GERAIS

É necessário lembrar que cada caso é único e diferente do outro e que a pertubação pós-morte vai depender do grau de materialização ou de desprendimento material do desencarnante. Quanto menos apegado aos valores materiais, mais rápido irá reingressar na Vida Espiritual.

A compreensão dos familiares não evocando-os ou às circunstâncias do desenlace, também irá contribuir para uma recuperação mais rápida.

A prece é sempre de valiosíssimo auxílio para o desencarnante, em qualquer circunstância.

Livro dos Espíritos:
Cap. III RETORNO DA VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL


163 - Deixando o corpo, a alma tem imediata consciência de si mesma?
- Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por um tempo.

164 - Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau, e pelo mesmo tempo, a perturbação que s segue à separação da alma e do corpo?
- Não, pois isso depende de sua elevação. Aquele que já está depurado, se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito tempo mais a impressão da matéria.

BIBLIOGRAFIA:
Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB
Simonetti, Richard. Quem tem Medo da Morte? Lúmini Ed.
Artigo retirado da Revista Cristã de Espiritismo

26 maio 2007

A Visão Espiritual Sobre o Suicídio - Domério de Oliveira

A Visão Espiritual Sobre o Suicídio

"A vitória da vida não consiste tanto no ganhar suas batalhas, como em saber sofrer suas derrotas" ( P. C. Vasconcelos Jr. "In" - "Pensamentos").

O suicídio é o resultado do nosso desequilíbrio espiritual. Quando o cidadão perde o controle das suas forças psíquicas, torna-se alvo das trevas, ( dos maus espíritos), e acaba caindo no tremendo calabouço do suicídio.

Há pessoas que chegam às portas do suicídio levadas pela ignorância das leis naturais da causa e do efeito. Algumas pessoas cometem o suicídio, quando tangidas por doenças incuráveis ou quando atingem idade avançada.
Não querem ser pesadas para as suas famílias e nem passarem por muitos sofrimentos. Essas pessoas não estão bem conscientes do aspecto espiritual de suas ações.

Ignorando a Lei Maior da Vida Eterna, acham que podem estancar os achaques da velhice e que também podem interromper os seus sofrimentos, saindo desta existência, pelas portas trágicas do suicídio.

Entretanto, meus amigos, ninguém pode exercer o papel de Deus. Ele nos dá a vida, aqui no planeta Terra e sabe, muito bem, o momento de nos transferir para o Plano Maior. Essas pessoas devem saber que o nosso Espírito ao ingressar no corpo mais denso, por si mesmo, escolheu as experiências cármicas para o seu burilamento íntimo.

Nestas circunstâncias, durante nossas lutas, nossas provas e expiações, no planeta que nos acolheu, temos que batalhar até o fim, até à última gota de nossas forças. Temos que lutar até o fim, valendo-nos de todos os recursos para nossa sobrevivência. Só mesmo Deus, nosso Criador, pode fixar o momento da nossa partida.

Sabemos que todas as vezes que ocorre o suicídio, o Espírito deverá retornar para reaprender aquela experiência interrompida, ou seja, precisará voltar em outra existência e passar de novo pela mesma provação ou algo similar.

A provação pode não ser tão extremada como a que experimentou na existência anterior, porque parte dela já foi vivenciada, entretanto, o Espírito precisará resgatar, até o último ceitil, as provas que se lhe antolham e que foram ocasionadas pelo suicídio. As leis da ação e da reação funcionam como um sistema de pesos e medidas.
A situação, assim, fica bem mais complicada, porque o suicídio nada resolve, pelo contrário, é circunstância tremendamente agravante.

Meus amigos, a morte física não resolve os problemas que se ligam às nossas responsabilidades. Nossos problemas de ordem sentimental, de ordem social ou de quais quer naturezas, por certo, temos que resolvê-los e saná-los, aqui e agora, à luz da mais santa paciência e do trabalho incansável. Não tentemos fugir dos problemas porque eles nos seguem, como a sombra segue o nosso próprio corpo.

Sim, doe-nos o coração, quando, em trabalhos mediúnicos, temos a oportunidade de constatar a situação de penúria e de angústia dos irmãos que se suicidaram. Abre-se uma exceção para os irmãos que cometeram o suicídio tangidos por doenças mentais ou por desequilíbrios bioquímicos. Aludidas pessoas estariam com sua capacidade de decidir comprometida. Então, quando passam para o outro lado, acordam em uma espécie de abrigo onde recebem o auxílio de que precisam para o restabelecimento. Entretanto, não deixam de responder pela gravidade da falta cometida.

E podemos aduzir mais que a natureza de uma Alma a leva a crescer e a aprender. Por isso mesmo, trazemos, para a nossa existência terrena, determinadas situações que precisamos superar ou para as quais precisamos buscar o equilíbrio. Se nos déssemos conta de que, no plano terreno, é normal vivenciarmos algum tipo de sofrimento, seja físico, mental ou emocional e de que o suicídio não eliminaria essa condição, acreditamos que haveria menos casos de pessoas tirando suas próprias existências.

Precisamos nos conscientizar sobre o erro do suicídio e sempre acentuar a responsabilidade que temos de viver plenamente, porque a Vida, em síntese, é uma só, e as existências, neste plano-terra, são os degraus que devemos escalar. Se quebrarmos algum degrau, por certo, teremos que descer de novo e reconstruí-lo. A queda, em qualquer circunstância, é sempre mais dolorosa.

Lembremo-nos sempre e procuremos vivenciar, "ab imo corde", os valiosos ensinamentos do Eminente Guerreiro-Filósofo Napoleão Bonaparte, (1769 usque 1821):
"Tão valente é aquele que sofre corajosamente as dores da alma como o que se mantém firme diante da metralha de uma bateria. Entregar-se à dor, sem resistir, matar-se e eximir-se à mesma dor, é abandonar o campo de batalha antes de ter vencido".

Domério de Oliveira
(Jornal Verdade e Luz Nº 165 Outubro de 1999)

25 maio 2007

Páginas de um Livro - Santiago

PÁGINAS DE UM LIVRO

Aos olhos do Senhor Jesus, tudo é visto de maneiras diversas.

Podes ser bem ou mal – intencionado, que tudo é visto e analisado, sempre estarás aos olhos de divinos espíritos.

Não temas: o que não conheces será, em breve, de fácil aceitação; o que não entendes será compreendido; o que não crês será motivo de estudos e entendimentos.

Não esmoreças, este lado é bom para os espíritos que têm compreensão e difícil de aceitar para os que não têm luz, porém todos aqui são amparados para terem ensinamentos e para evoluir.

A paz do reino de Jesus é o objetivo de todos aqui.
Na terra, a maioria dos homens são obcecados pelo materialismo.
Aqui a diferença é grandiosa, pois o materialismo não leva a nada.

Sabemos que todos precisam de trabalho, mas não sejas escravo dos objetos, pois eles ficam e tu vais, e só levas o teu próprio espírito e tuas recordações e ensinamentos, ou pior, muitos não levam nada.

Somos todos dotados de valores: sabei vê-los que colhereis proveitos; usai-os erroneamente e colhereis desilusões.

Mãe e pai sofrem ao ver seus filhos errarem. Mas alegram-se quando vêem filhos destinados e unidos voltados ao benefício e crescimento.

Muitos estão no caminho certo, porém muitos encalços chegarão e da mesma forma partirão.

No final, verás que tudo não passou de “ páginas de um livro “ chamado: tua vida, teu destino.

Persevere, agradeça, ama, ora muito, estude e deixa teu coração te direcionar. Fica na paz de Jesus.

Mensagem de Santiago
Livro: Mensagem de um Amigo
Psicografia de Valter Carmona

24 maio 2007

Escolha das Provas - Carlos Augusto Parchen

Escolha das Provas: é possível escolher fazer o mal?

Recebemos, recentemente, a seguinte pergunta: "pode um espírito escolher, como prova para sua próxima encarnação, ser um criminoso ou praticar o mal?"

Vamos abordar tal questão.

Em o Livro dos Espíritos, Kardec faz uma abordagem geral da escolha das provas, sem no entanto explicitar todas as situações onde isso ocorre e onde isso não ocorre.

A escolha das provas, de maneira livre e consciente pelos espíritos desencarnados, só é possível quando o espírito tem um certo grau de conhecimento, discernimento e qualidades morais para tal.

Na verdade, do modo que os espíritos respondem da questão 258 em diante, bem genericamente, pode-se interpretar, com uma leitura inicial e não aprofundada e complementada pelas outras obras, que todos os espíritos escolhem livre e conscientemente suas provas na erraticidade.

Mas não é isso que está dito, o que é confirmado pela Leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo e das outras obras básicas. O que se pretende dizer é que o Espírito, ao exercitar o livre arbítrio, quer como encarnado, quer como desencarnado, em suas atitudes e trânsito perante as Leis Divinas, estabelece automaticamente para si as suas provações e, portanto as "escolheu" livremente, por sua própria vontade.

Na realidade, não haveria necessidade nenhuma de que os espíritos pudessem, na erraticidade, "escolher" provas e expiações, pois a Lei de Causa e Efeito, a Lei de Ação e Reação, a Lei de Justiça já registraram no perispírito e na mente do espírito as energias e tendências que o farão enfrentar as provas e expiações que necessite passar. Isso é automático e faz parte da justiça Divina e da Lei Natural.

É por isso que só a espíritos um pouco mais esclarecidos é dado a oportunidade de "escolher" suas provas e expiações, mas mesmo assim, é preciso lembrar que o livre arbítrio é inviolável, e que o espírito não lembrará, depois de encarnado, que "escolheu" isto ou aquilo, e poderá tomar atitudes e decisões que levem ao caminho completamente oposto do "escolhido".

Isto é uma verdade peremptória, pois se assim não fosse, nós seríamos "robôs", autômatos", "marionetes", ou seja, teríamos instalado o determinismo, que a Doutrina Espírita tão bem nos explica que não existe.

Infelizmente, muitos espíritas "estudam" espiritismo apenas pela "metade", não estudam o conjunto da obra de Kardec, e tomam romances como livros ou obras básicas, o que não é verdade. O livro "Nosso lar", por exemplo é fantástico, que trouxe novos conhecimentos, mas é um romance, descreve apenas uma situação, uma pequena parte da realidade, que não pode ser extrapolada para todo o plano espiritual. Muitos conhecimentos estão "romanceados", e são, guardadas as devidas proporções, como as parábolas do Mestre Jesus, onde se deve buscar o sentido oculto na alegoria (no "romanceado").

Respondendo objetivamente a pergunta, ninguém pode escolher como prova fazer o mal, pois a pessoa que quer, conscientemente, praticar o mal, tem o mal dentro de si, e enquanto estiver neste estado, não escolherá suas provas e expiações na erraticidade. Elas serão determinadas automaticamente pelo registro energético no perispírito e pelo registro moral na inteligência, ou seja, pelo "karma" daquela espírito.

Pelas consequências de sua(s) vida(s) passada(s), ou seja, por sua livre escolha e vontade, pois exerceu o livre arbítrio, o espírito "determina" automaticamente em que condições sociais, econômicas, culturais e com qual patrimônio genético vai reencarnar. Pode nascer num lugar onde exista o mal, e para progredir, terá que vencer as influências, as tendências, as deficiências físicas, etc.

Tudo nos é permitido, pois temos livre arbítrio, mas isso não será determinado pelo espírito na escolha de suas provas lá no plano espiritual, mas sim pelo seu comportamento perante o que vai enfrentar na reencarnação, o que é decorrente do registro das suas infrações ou acertos no trânsito da Lei Divina ou Natural, ou seja, pelas consequências de seus débitos ou créditos na caminhada evolutiva.

Assim como Deus não pune ninguém, não aplica castigos, por ser absolutamente desnecessário, pois cada um planta em si mesmo a consequência de seus atos, tendo por obrigação a colheita de seus próprios frutos, a "escolha" de um "rol de provas e expiações" também seria completamente desnecessário, até mesmo inútil, pois já estabelecemos em nossa caminhada como será pavimentado e aberto o próximo caminho.

Mas continuaremos com o livre arbítrio de a cada dia traçar novos rumos, abrir trilhas, seguir desvios, sejam elas para crescimento ou para estagnação no erro e no mal.

A Justiça Divina é perfeita, sua lógica irrefutável. Cabe a nós mudarmos paradigmas e abrirmos mentes e corações para analisar essa bela Doutrina que foi codificada por Kardec.

Sem dogmas, sem fanatismo, com muito amor, seguindo a grande máxima: "Espíritas: Amai-vos e Instruí-vos"!

Carlos Augusto Parchen
Centro Espírita Luz Eterna – CELE

e-mail: c_a_parchen@yahoo.com.br
http://www.carlosparchen.net

23 maio 2007

Pérola de Deus - Ermance Dufaux

 
PÉROLA DE DEUS

A pérola, uma das mais belas jóias naturais, é formada a partir do instante em que as ostras são agredidas por algum agente externo e liberam uma substância chamada nácar, cujo objetivo é envolver aquele elemento agressor e protegê-las. O acúmulo de várias camadas de nácar e movimentos concêntricos vai formar a pérola depois de algum tempo.

A felicidade é como a pérola que se forma dentro da ostra: nasce dos embates de cada dia no esforço da transformação no reino do sentimento.

Portanto, mesmo com os problemas e dificuldades, não desanime ou interrompa teus ideais de espiritualização. A seu tempo, perceberás um clarão reluzente na tua intimidade refletindo a riqueza e a sabedoria do Pai, que servirão para embelezar a vida e fazer-te mensageiro da paz em ti mesmo. É a pérola da alegria definitiva.

Ser feliz é estar bem consigo mesmo e com o mundo. É deixar a pérola da alegria luzir para tudo que vibra à tua volta. Ser feliz é desconhecer barreiras, porque a felicidade anda de mãos dadas com a fé. Ser feliz! Quanto significa essa expressão!

Abra-te para a vida sem medo ou culpa, acredite no futuro, trabalhe e sirva, ame e perdoe. Inevitavelmente serás respondido pelas leis que conspiram a favor de teu progresso e ascensão.

Prossiga confiante na conquista de ti próprio e guarda inabalável certeza que foste criado por Deus para ser feliz na condição de "ostra da Terra" e pérola de Sua Criação.

Mensagem de Ermance Dufaux
Livro: Mereça ser Feliz - Superando as ilusões do orgulho - pg.15

Psicografia de Wanderley S. de Oliveira

22 maio 2007

O Minuto - André Luiz

O Minuto

A conduta indica a orientação espiritual da criatura.

Surge o ideal realizado, consoante o esforço de cada um.

Amplia-se o ensino, conforme a aplicação do estudante.

Eternidade não significa inércia, mas dinamismo incessante.

O caminho é infinito.

Quem estabelece a rota da viagem é o viajor.

Continua, pois, em marcha perseverante, gastando sensatamente o tesouro dos dias.

Em sessenta segundos, a lágrima pode transformar-se em sorriso, a revolta em resignação e o ódio em amor.

Nessa mínima parcela da hora, liberta-se o espírito do corpo humano, a flor desabrocha, o fruto maduro cai da árvore e a semente inicia a germinação da energia latente.

Analisa o que fazes de tão valiosa partícula de tempo.

Num só momento, o coração escolhe roteiro para o caminho.

Com o Evangelho na consciência, o lazer é tão-somente renovação de serviço sem mudança de rumo.

Não desprezes o tempo, em circunstância alguma, pois quem espera a felicidade se esmera em construí-la.

A hora perdida é lapso irreparável.

Dominar o relógio é coordenar os sucessos da vida.

Nos domínios do tempo, controlamos a hora ou somos ignorados por ela.

Por isso, quanto mais a alma se eleva em conhecimento, mais governa os próprios horários.

Lembra-te de que as edificações mais expressivas são formadas por agentes minúsculos e de que o século existe em função dos minutos.

Não faz melhor quem faz mais depressa, mas sim quem faz com segurança e disciplina, articulando ordenadamente os próprios instantes.

Observa os celeiros de auxílio de que dispões e não hesites.

Distribui os frutos da inteligência.

Colabora nas tarefas edificantes.

Estende a solidariedade a benefício de todos.

Fortalece o ânimo dos companheiros.

Não te canses de ajudar para que se efetue o melhor.

O manancial do bem não tem fundo.

A paz coroa o serviço.

E quem realmente aproveita o minuto constrói caminho reto para a conquista da vitória na Divina Imortalidade.

Pelo espírito André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira

Livro "Sol nas Almas"

21 maio 2007

Talve Hoje - André Luiz


Talvez Hoje

Surgirá quem procure ditar-lhe o que você precisa fazer, entretanto, embora agradecendo as elogiáveis intenções de quem lhe oferece pontos de vista, ouça, antes de tudo, a sua própria consciência quanto ao dever que lhe cabe;

É possível apareça algum coração amigo impondo-lhe quadros de pessimismo e perturbação, relativamente às dificuldades do mundo; compadecendo-se, porém, da criatura que se entrega ao derrotismo e ao desânimo, você observará a renovação para o bem que a Sabedoria Divina promove em toda parte;

É provável que essa ou aquela pessoa queira impor a você idéias de fadiga e doenças; mas conquanto a sua gratidão aos que lhe desejem bem-estar, você prosseguirá trabalhando e servindo ao alcance de suas forças;

Possivelmente, notícias menos agradáveis venham a suscitar-lhe inquietações e traçar-lhe problemas; no entanto, você conservará a própria paz e não se desligará das suas orações e pensamentos de otimismo e esperança;

Talvez hoje tudo pareça contra você, mas você prosseguirá compreendo e agindo, em apoio do bem, guardando a certeza de que Deus está conosco e de que amanhã será outro dia.

Pelo espírito André Luiz
Livro: Respostas da Vida, cap. 25
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

20 maio 2007

Perdoa-te - Joanna de Ângelis

Perdoa-te

A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.

Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.

Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.

A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.

Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.

Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.

Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.

És discípulo da vida em constante crescimento.

Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.

Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.

Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.

Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.

Quando acertes, avança, eliminando receios.

Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.

O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Pelo espírito Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Livro: "Filho de Deus"

19 maio 2007

Os Dez Mandamentos dos Pais - Agenda Espírita de 2002

OS DEZ MANDAMENTOS DOS PAIS

1) Amarás teu filho, com todas as forças de teu coração, mas usando sabiamente a cabeça.

2) Não pensarás em teu filho, como algo que te pertença, mas como uma pessoa.

3) Considerarás seu respeito e amor, não como algo a ser exigido, mas como algo que vale a pena ganhar.

4) Sempre que perderes a paciência, com as imaturidades e os disparates de teu filho, pensa nas tolices e nos erros que praticaste na idade dele.

5) Lembra-te ser privilégio de teu filho fazer de ti um herói e considerar tuas idéias corretas.

6) Lembra-te, também, que teu exemplo é mais eloqüente do que as recriminações e as lições de moral.

7) Lutarás para ser um letreiro na estrada da vida e não uma vala na qual a roda se imobiliza.

8) Ensinarás a teu filho a manter-se por si e a travar suas próprias batalhas.

9) Ensinarás teu filho a ver a beleza, a praticar a bondade, a amar a verdade e a viver em clima de amizade.

10) Farás do lugar que habitas um verdadeiro lar - um céu de felicidade para ti próprio, para teus filhos, para teus amigos e para os amigos de teu filho.

(Agenda Espírita de 2002)

18 maio 2007

Deus Sempre - Joanna de Ângelis

Deus Sempre

Por mais terrível se te apresente a situação, segue adiante, sem desfalecimento.
O desânimo é inimigo sutil que inutiliza os mais belos empreendimentos da vida.

Se os amigos te abandonaram ante os insucessos econômicos ou afetivos que te chegaram; se os parentes e afetos resolveram afastar-se por motivos que desconheces; se tudo te empurra ao limite estreito da solidão, recompõe-te intimamente e espera.

É provável que te sintas a sós, e que, aparentemente, estejas sem companhia. Isto, porém, não é uma realidade espiritual, mas o reflexo do momentâneo estado de alma que te assalta.

Nunca estás sozinho. Fazendo parte integrante da Criação, ela está em ti, quando nela te encontras.

No lugar onde estejas, Deus está contigo: no lar, no trabalho, no espairecimento, no repouso, na doença, na saúde, nEle haurindo consolo e forças para prosseguires nos misteres a que te vinculas.

Somente te sentirás a sós, se deixares de preservar o vínculo consciente com o Seu amor. Mesmo assim, Ele permanecerá contigo.
Estás unido a toda a Humanidade. Vão-se umas pessoas. Outras chegam. Não te amargures com as que partem. Não te entusiasmes com as que chegam.
As criaturas passam como veículos vivos: têm um destino e não as podes deter.

Compreendendo esse impositivo, faze-te o amigo e irmão de quem encontres no caminho, não o retendo ao teu lado, nem te fixando no dele. Ajuda-o e segue.
Só Deus, porém, é sempre o constante companheiro. Por isso, nunca te permitas sentir solidão.

Psicografia de Divaldo Pereira Franco -
Livro "Filho de Deus"
Pelo espírito Joanna de Ângelis

17 maio 2007

Em Casa - Emmanuel

EM CASA

O templo doméstico é uma bênção do Céu na Terra, porque dentro dele é possível realizar o verdadeiro trabalho da santificação.

Aí temos o valioso passadiço da alma, em trânsito para as Esferas Superiores.

Nesse divino corredor para a Vida Celestial, a criatura encontra todos os processos de regeneração, de modo a aperfeiçoar-se devidamente.

É na consangüinidade, quase sempre, que o homem recebe as mais puras afeições, mas é igualmente nela que reencontra as suas aversões mais profundas.

Nossa alma é arrojada à organização familiar, no mundo, assim como o metal inferior é precipitado ao cadinho fervente.

Precisamos suportar a tensão elevada do clima em que estagiamos, a fim de apurar nossas qualidades mais nobres.

Não vale fugir ou rebelar-se.

Retroceder seria retornar às sombras do passado e indisciplinar-se eqüivaleria relegar ao amanhã abençoadas realizações que o Senhor espera de nossa boa vontade ainda hoje.

Saibamos, assim, usar a prece e a serenidade, a compreensão e a tolerância, se desejamos reduzir o tempo do nosso curso educativo na recuperação espiritual.

Com alguns, aprendemos a servir valorosamente a muitos.

Redimindo-nos perante o adversário de ontem, nosso coração vitorioso circulará no grande entendimento da Humanidade.

Se encontraste, em casa, o campo de batalha, em que te sentes compelido a graves indenizações do pretérito, não te detenhas na hesitação ou na dúvida.

Suporta os conflitos indispensáveis à própria redenção, com o valor moral do soldado que carrega o fardo da própria responsabilidade, enquanto se desenvolve a guerra a que foi trazido.

Não te esqueças de que o lar é o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil e, por isso mesmo, intrépidos e tranqüilos nos compromissos esposados, saibamos enobrecê-lo e santificá-lo.

Livro FÉ, PAZ E AMOR
Ditado por Emmanuel
Psicografia Francisco Cândido Xavier

16 maio 2007

Tédio - Joanna de Ângelis

TÉDIO

Muitas pessoas estabelecem objetivos de vida, que passam a ser buscados com intensa determinação.

Limitam seus interesses na conquista de seus sonhos e quando os alcançam nem sempre encontram neles o sentido e o significado que esperavam.

A meta, que por tanto tempo representou a razão de viver, cede lugar ao tédio, empurrando os seres para os abismos da depressão ou dos vícios.

Por vezes, são pais que colocam na vida dos filhos os próprios sonhos.

Projetam no futuro de seus rebentos os desejos que eles próprios não puderam realizar.

No entanto, os filhos crescem e devem enfrentar as próprias lutas e dar curso às próprias vidas.

Por vezes a constatação dessa verdade causa nos pais, mais despreparados, amarga aflição.

Outros, ainda, anseiam por alcançar um patamar elevado na carreira para amealhar, assim, consideráveis recursos financeiros.

Porém, quando seus objetivos se realizam, sentem-se desestimulados.

Há aqueles que se esforçam para ter fama e destaque na sociedade e que, quando os alcançam, amargurados e vazios, entregam-se às drogas e aos abusos do sexo.

Inquietação e desequilíbrio costumam servir de base na busca por objetivos imediatos de prazer e de satisfação.

Tais metas são frutos do egoísmo que ainda move os seres, e quando alcançadas produzem tão-somente rápida e passageira satisfação.

Em pouco tempo a antiga e conhecida sensação de aborrecimento e de vazio volta a exercer forte influência no cotidiano.

Como se todo o esforço tivesse sido vão.

Como se toda a luta não tivesse valido a pena.

Nos lábios, a impressão de que alguma palavra ficou faltando.

Na boca, a permanente sensação de sede.

É a fome de realização plena.

É uma sensação de que, em sonho, tudo era mais belo e satisfatório.

É o tédio, terrível flagelo que consome existências.

Silencioso e ardiloso, penetra suavemente no comportamento, instalando-se na mente e no sentimento, depauperando e dominando os indivíduos.

Quando te percebas a um passo do tédio, assume nova postura e busca uma atividade que te preencha o tempo físico e mental de forma útil.

Nunca te consideres impossibilitado de trabalhar, de agir no bem e de produzir.

Considera o esforço dos artistas sem braços, sem pernas, que se revelaram excelentes pintores, escultores, desenhistas, ricos de inspiração e de alegria de viver.

Reflete sobre a vida de outros deficientes que se transformaram em mensageiros da renovação interior, tornando-se membros indispensáveis da economia moral e social no mundo.

O esforço que lhes foi exigido não lhes concedeu tempo para qualquer forma de tédio ou de desinteresse, entregando-se à lamentação ou ao desencanto.

Não cesses de edificar, nem te permitas contemplar a retaguarda do já feito.

Examina a perspectiva do quanto ainda necessitas realizar.

Aspira à conquista do infinito e nunca te sentirás entediado com os logros conseguidos.

Quem se basta com as aquisições meramente materiais ainda não alcançou a real maturidade, nem descobriu as prioritárias metas existenciais.

Aquele que anela pela alegria de viver, não apenas pelo que consiga deter nas mãos, jamais será vítima do tédio, porque estará sempre em ação, sentindo-se útil e pleno.

Equipe de Redação do Momento Espírita
Com base no capítulo 13 do livro Diretrizes para o Êxito
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

15 maio 2007

A Água e o Moinho - Anacleto Ribeiro

A ÁGUA E O MOINHO

A disciplina é o melhor método para o aprendizado espírita. Quando tu te veres com vontade de ler qualquer tipo de livro espírita, busca as preces antes de dar início a essa leitura; após isso tranqüiliza-te, pois teu aprendizado será colocado dentro de ti em nome de Deus Todo Poderoso, que te ensinará e te colocará no caminho do Evangelho.

A porta do céu está sempre aberta a todos os homens, basta entrares para receberes os esclarecimentos de Jesus e nesse momento abrirás a porta de teu coração. Essa porta irá unir tua vida ao mundo espiritual e te deixará próximo daqueles que tanto te amam e tanto querem o teu melhor aproveitamento em tua jornada.

A vida é dada ao ser humano para que ele se aproxime das coisas deixadas para trás; para ele se redimir e evoluir; para refazer o que não foi feito ou esquecido: nunca te esqueças do teu compromisso com o plano espiritual.

O mundo espiritual está aqui para te receber de volta e para o teu aprendizado e tua evolução, por isso faze o que de melhor puder: não percas tempo: o tempo é um caminho sem volta.

A água que passa no moinho não volta mais ao mesmo trajeto – ela irá procurar outro caminho para sua serventia – por isso aproveita o momento em que ela se faz presente.

A vida também é igual à água e ao moinho: no momento em que te é dada a oportunidade, abraça-a da melhor maneira possível ; não percas tempo nem esmoreças; doa-te ao máximo; estuda; dedica-te, aproveita o momento que te é dado.
Todo momento é um momento único.

Teu mentor está sempre ao teu lado; saibas escutar, mais que falar; saibas enxergar o que está a tua frente; não fiques cego, não enxergando o mal que te é colocado; abre os olhos; olha o caminho que te é mostrado pelo teu mentor a mando dos espíritos superiores e segue essa trilha.

Na vida, às vezes, não adianta fugir dos problemas.
Podes escapar uma vez, mas não fujas sempre deles, pois eles podem estar a tua espreita, aguardando um desajuste maior. Por isso, encara-os sempre com amor e fé. A esperança e a coragem serão tuas armas contra o mal: saiba usá-las que teus escudeiros, amigos espirituais, estarão ao teu lado quando mais precisares.

Abraça em pensamento teu anjo mentor todos os dias, pois ele está sempre ao teu lado e te ama muito.
Fica com Jesus.


Ditado por Anacleto Ribeiro Livro: Mensagem de um Amigo Psicografia de Valter Carmona

14 maio 2007

Maternidade - André Luiz

MATERNIDADE

Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.

Na Criação, o clímax da grandeza.

Na caridade, o vértice da virtude.

Na paz, a culminância da luta.

No êxito, a exaltação do ideal.

Nos filhos, a essência do amor.

No lar, a glória da união.

De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.

Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.

Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.

Maternidade esperada.

Maternidade imprevista.

Maternidade aceita.

Maternidade hostilizada.

Maternidade socorrida.

Maternidade desamparada.

Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.

Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam a chave de controle do mundo.

Mães de sábios...

Mães de idiotas...

Mães felizes...

Mães desditosas...

Mães jovens...

Mães experientes...

Mães sadias...

Mães enfermas...

Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.

Mães da Terra! Mães anônimas!

Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!

Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente - esperança do Céu a repontar-vos do peito!...

Não surge o berço em vosso coração por acaso.

Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina."

Ditado por André Luiz Livro "O Espírito de Verdade", 50, FEB Psicografia de Francisco Cândido Xavier

13 maio 2007

Ser Mãe - Momento Espírita


SER MÃE

A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo, espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.

Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga; o instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.

Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?

É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É leva-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.

Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.

É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampara-los nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências.

Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: “e se tivesse sido meu filho?”

E quando vir fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome.

Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observa-lo sentado no chão, brincando com o filho. É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.

É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.

Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.

Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de “mamãe” a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.

Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê. Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais – não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.

É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.

É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.

Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.

Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.

É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.

***

A maternidade é uma dádiva. Ajudar um pequenino a desenvolver-se e a descobrir-se, tornando-se um adulto digno, é responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se transforma em mãe.

E toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do capítulo “Dia das mães”, de autoria de Sharon Nicola Cramer e do capítulo “Isso vai mudar totalmente a sua vida” de autoria de Dale Hanson, ambos extraídos da obra “Histórias para aquecer o coração”, vol 2, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen.

DESEJAMOS A TODOS
UM FELIZ DIA DAS MÃES

12 maio 2007

A Escola do Coração - Emmanuel

A ESCOLA DO CORAÇÃO

O lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam por matérias educativas.

A responsabilidade governa.
A afeição inspira.
O dever obriga.
O trabalho soluciona.
A necessidade propõe.
A cooperação resolve.
O desafio provoca.
A bondade auxilia.
A ingratidão espanca.
O perdão balsamiza.
A doença corrige.
O cuidado preserva.
O egoísmo aprisiona.
A renúncia liberta.
A Ilusão ensombra.
A dor ilumina.
A exigência destrói.
A humildade refunde.
A luta renova.
A experiência edifica.

Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo seres amados à condição de professores do espírito.

E somente nela conseguimos compreender que as diversas posições afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos para a verdadeira fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro, em sagrada união, diante de Deus.

Livro: Seara dos Médiuns Psicografia deFrancisco Cândido Xavier Ditado por Emmanuel

11 maio 2007

Nem Castigo, Nem Perdão - Momento Espírita

Nem Castigo, Nem Perdão

Um dos maiores temores que vibram no coração do homem é o medo do castigo divino.

Convivendo com a possibilidade de que Deus possa se ofender e castiga-lo por suas faltas, o indivíduo sofre e se divide entre o amor e o temor de Deus.

Atribuindo ao Criador os mesmos vícios que ainda possui, o ser humano teme ser castigado a qualquer momento por um Deus caprichoso e cruel que está sempre à procura de defeitos para se vingar, impondo-nos sofrimentos.

Paulo, o apóstolo, se manifestou a respeito desse tema dizendo o seguinte:
"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da humanidade.
Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a justiça, o amor e a ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça.

Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a idéia de Deus, exagerando-lhe a severidade.

Duplamente a comprometeis, deixando que no espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao ser infinito.

Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.

Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgosta-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento.

Assim, o que se chama castigo é apenas a conseqüência das leis naturais.
É graças à dor física que a criatura procura o remédio para sua enfermidade. É graças ao sofrimento moral que a alma busca a própria cura.

O sofrimento só tem por finalidade a reabilitação, o retorno do aprendiz ao caminho reto.

Como podemos perceber, o mal não é de essência divina, é gerado pelas criaturas, ainda imperfeitas.

O sofrimento não é imposto por Deus como castigo, é o efeito natural do falso movimento da criatura, e que a estimula, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma, a voltar ao objetivo traçado pelas leis divinas, que é a harmonia.

E essas leis são justas, imparciais e amorosas. Um exemplo disso acontece quando um homem, enlouquecido, assassina várias pessoas, foge e, na fuga, se fere profundamente.

O que acontece com seu organismo? Suas células, obedecendo a lei natural, começam imediatamente a se movimentar para estancar o sangue, cicatrizar a ferida e expulsar os germes que causam infecção.

Se Deus quisesse castiga-lo, derrogaria suas próprias leis e faria com que as células desse indivíduo não trabalhassem a seu favor, mas se rebelassem e o deixassem morrer. Afinal, ele é um criminoso!

Mas não é isso que acontece. As leis divinas seguem naturalmente seu curso. O sol brilha, incansável, sobre justos e injustos, sem se importar com o que acontece sob sua luz.

A chuva cai sobre a mansão e sobre o casebre. O frio fustiga a pobres e ricos. As catástrofes naturais arrebatam sábios e ignorantes, velhos e crianças, fortes e fracos.

Por todas essas razões devemos entender que o Criador não derroga suas próprias leis para nos punir ou para nos premiar.

As nossas ações é que geram efeitos sobre essas leis. As boas ações geram efeitos positivos, e as infrações às leis geram efeitos desajustados.

Nada mais justo do que esta sentença: "a cada um segundo suas obras."

Nem castigo, nem perdão. Deus não castiga porque suas leis são de amor, e não perdoa porque jamais se ofende.

Pensemos nisso, e busquemos atender essas leis soberanas que estão inscritas em nossa própria consciência.

Autor: Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita (www.momento.com.br), com base no item 1009 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

10 maio 2007

Transformação - Jose da Ponte Lucas

Transformação

Está chegando o fim do milênio
Com tristes previsões de miséria e dor,
Quando a terra será transformada
Num paraíso de paz e amor.

Devemos preparar nossos espíritos
Para suportar os ais e gemidos,
Deste fim de século, pois está escrito
Muitos serão chamados, mas poucos escolhidos.

Disse Jesus e os profetas falaram
De ranger de dentes, dor, destruição,
Que banirá da terra, o ódio, a maldade.
Prevalecendo o bem, o amor, a compreensão.

Quando este planeta será habitado
Por almas evoluídas no amor e moral,
Onde os bons viverão sem temer
A opressão das forças do mal?

Vigiai e orai, como disse o Mestre
Mantendo nossas almas preparadas,
Para seguir nos caminhos de luz
As missões que nos forem confiadas.

Vamos trabalhar com amor e fé,
De alcançar um dia o glorioso destino,
Que é ver nossas almas à direita
Do supremo juiz, no Tribunal Divino.

Quando a terra passar a um plano superior
Os obreiros de Jesus, escolhidos seus,
Viverão felizes, unidos como irmãos
E filhos que são, de um só Deus.

Jose da Ponte Lucas

09 maio 2007

Onde Estás Deus, Que Não Respondes? - Momento Espírita

ONDE ESTÁS DEUS, QUE NÃO RESPONDES?

Assim, o poeta Castro Alves inicia seu poema Vozes da África. É o lamento do Continente Africano, vendo seus filhos serem levados como animais ao mercado de escravos.
Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes!
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos Te mandei meu grito,
Que embalde, desde então, corre o infinito...
Onde estás, senhor Deus?
À semelhança dos versos do poeta, muitas vozes se ergueram quando aconteceu o 11 de setembro de 2001, para indagar onde estava Deus naquele momento.
Por que permitiu que mais de duas mil vidas fossem destroçadas naquela manhã?
Por quê?
Poder-se-ia perguntar ainda onde estava Deus quando fomentamos a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Quando eliminamos seis milhões de judeus, em nome de uma inexistente superioridade ariana.
E quando empreendemos as cruzadas, levando a morte àqueles que qualificávamos como infiéis?
E durante a Inquisição de tanta barbárie?
E todos os dias, onde está Deus?
Onde está Deus quando enganamos nosso irmão? Quando mentimos para conseguir favores que desejamos?
Quando desonramos o lar, com o adultério? Quando eliminamos a vida no ventre materno, porque não desejamos o ser em gestação?
Onde está Deus quando deixamos nossos filhos à matroca, sem orientação, porque preferimos a acomodação?
Onde está Deus quando, utilizando o poder que o mundo nos confere, ferimos pessoas, destruímos a honra de outras vidas?
Onde está Deus quando levantamos as bandeiras da pena de morte ao nosso irmão? Ou da eutanásia?
Para todas as perguntas, a resposta é a mesma: Deus está dentro de nós, dentro de cada criatura.
Soberanamente sábio, criou-nos a todos iguais, partindo de um mesmo ponto de simplicidade e ignorância.
Criou os mundos para que neles trabalhássemos, utilizássemos nossas forças e crescêssemos em intelecto e moral.
A ninguém concedeu privilégios. A todos concedeu o livre-arbítrio, com a conseqüente Lei de Causa e Efeito.
Estabeleceu que a cada um será dado conforme as suas obras e que todos deverão chegar ao mesmo destino, não importa quanto demore: a perfeição.
Ele nos permite a livre semeadura, mas estabelece que a colheita seja obrigatória.
Por isso, uns semeiam ventos e colhem tempestades. Outros lançam ao solo as sementes da bondade, do bem e alcançam felicidade.
Uns estão semeando hoje. Outros tantos estão realizando a colheita das bênçãos ou das desgraças que se permitiram semear.
Conhecedor das fragilidades de Seus filhos, aguarda que cada um desperte, a seu tempo, cansado das dores que para si mesmo conseguiu.
Portanto, não indague onde está Deus, quando você contemple a injustiça.
Trabalhe pela justiça.
Não pergunte onde está Deus, quando observe a violência. Semeie a paz.
Não questione onde está Deus quando a miséria campeia. Utilize seus recursos para semear riquezas.
Enfim, onde quer que você esteja, lembre que Deus está em você e com você. E espera que você seja o Seu mensageiro de bênçãos, onde se encontre.
Pense nisso. Pense agora e comece a demonstrar ao mundo o Deus que existe em sua intimidade.

Texto da Redação do Momento Espírita

08 maio 2007

O Pode da Palavra - Diógenes Ribeiro

O PODER DA PALAVRA

O poder da palavra é de grande importância em todo o universo.
É através dela que muitas coisas, verdadeiras ou mentirosas, são:

- ensinadas;
- transmitidas;
- exemplificadas;
- contadas ou narradas.

O poder da palavra é de inimaginável força, pois pode elevar um simples homem como pode derrotar uma nação inteira.

As palavras podem trazer muitos benefícios, como podem trazer muitas discórdias e malefícios irreparáveis.

Quantas nações já se colocaram em grandes conflitos porque um poderoso dirigente não soube usufruir de sua palavra para o bem e levou uma nação, ou várias delas, a conflitos, discórdias e guerras.

Por muitas vezes, as guerras e discórdias ocorrem pelo poder; por divisas territoriais; por interesses materiais e, em vários casos, pelo fanatismo religioso.

Que poder é esse, o da palavra, que muitos deveriam usar para transmitir o bem e a igualdade – para elevar-se a Deus – e usam para afastar-se Dele?
Jesus e tantos outros profetas souberam usar a palavra para deixar grandes obras e ensinamentos ao mundo; então façamos como esses grandes Anjos de Deus e usemos a nossa palavra com o intuito de passarmos ao próximo sabedoria, fé, amor, aconselhamento, otimismo, elevação e conforto moral e espiritual.

Quando não souberes o que dizer, usa o grande poder do silêncio, pois este às vezes faz um enorme barulho àqueles que precisam ouvi-lo.

A grande sabedoria está em saberes quando, como, e o quê dizer a alguém que precisa escutar.
Pensa antes de falar.

Ditado por Diógenes Ribeiro
Livro: Mensagem de um Amigo
Psicogfrafia de Valter Carmona