Um coração aberto ao amor torna-se afável e possuidor de tesouros de alegria e de bem estar.
A necessidade de manter o coração aberto é imprescindível para a instalação do amor.
Isso significa permanecer em inocência, sem os resíduos da perversidade, da insensatez, da maldade dos relacionamentos infelizes.
Os dias tumultuados, que exigem movimentação e astúcia para a sobrevivência, geram conflitos que fecham o coração a novas experiências e afeiçoes, em razão do medo que dele se apossa, gerando desconfiança e inquietação.
Um coração aberto significa estar acessível à linguagem do amor que se encontra ínsito em toda parte: no ar que se respira, na paisagem rutilante ao sol, na sinfonia de sons da natureza, nos sorrisos despreocupados da infância, na velhice confiante, no próprio pulsar da vida como manifestação de Deus.
Com o coração aberto podem-se ver melhor os acontecimentos e identificar as pessoas, compreender as ocorrências desagradáveis e trabalhar em favor do progresso, avançar no compromisso dos deveres e nunca recuar ante os insucessos, que são apenas transferências no tempo em relação ao êxito que virá.
Com essa atitude torna-se mais fácil perdoar, por causa da presença da compaixão, o que não equivale a dizer que se permitir ferir pela crueldade dos outros, mesmo não os vinculando dos seus sentimentos, não lhes revidando o ato com o mesmo mal.
Evitando acumular o bafio pestoso na mente ou no coração, respira-se melhor e readquire-se o ritmo do equilíbrio que vem sendo afetado pelas perturbações que grassam e pelo materialismo que desarticula os princípios de ética e de amor, exigindo o aproveitamento de cada momento, a vitória a qualquer preço, mesmo que através da destruição de outrem...
Assim, torna-se inevitável que a saúde se instale, que as resistências imunológicas se fortaleçam, e um vigor diferente, inusual, tome conta das células, estimulando-as à equilibrada mitose que lhes proporciona vida.
É provável que experimente enfermidades, transtornos momentâneos, desajustes orgânicos, ficando doente, nunca, porém, sendo doente.
A capacidade para enfrentar as ocorrências difíceis robustece o ânimo, que não se quebranta por questões de somenos importância, e mesmo quando são graves, facultam bom senso ao situar-se na reflexão e renovar-se, mantendo-se ativo na luta e perseverando nos propósitos saudáveis.
Um coração aberto ao amor torna-se afável e possuidor de tesouros inigualáveis de alegria e de bem-estar, que proporcionam interesse e despertam atenção nos outros, que o buscam sedentos de ternura, ansiosos por paz.
O coração fecha-se quando agasalha a amargura, dá campo ao pessimismo, acumula recriminações e azedume, coleciona ressentimentos... De imediato, a saúde cambaleia e, aprisionado nesse labirinto de aflições, o ser desgasta-se e perde a direção de si mesmo.
Livro: Garimpo de Amor
Joanna de Ângelis e Divaldo P. Franco
Joanna de Ângelis e Divaldo P. Franco
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