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13 dezembro 2008

Cristo-Alimento - Miramez

CRISTO-ALIMENTO

"E todos comeram e ficaram fartos" - Marcos, 6:42

O místico ou o santo se alimenta mais por anagogia, pois este é quase seu estado normal. 

Busca, por intermédio dos dons que possui, um pão por excelência de maior valor, o pão do céu. 

O alimento físico com exagero é para espíritos ainda presos às sensações inferiores. Cristo-limento  é uma demanda oportuna para a alma desenvolver os poderes internos, disciplinando os 
instintos animais e educando os impulsos que não afinam com a graça divina. 

É um desafio às nossas necessidades evolutivas. É certo e justo que o corpo precisa abastecer-se de elementos que lhe garantam a vida física, porém, o Mestre dos mestres já ensinava a Seus discípulos: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus" - Mateus, 4:4
E isto era conceito de antigos pergaminhos de profetas do passado, continuando em vigor hoje e eternamente.

O pão do céu referido é uma essência espiritual que a alma é capaz de absorver no sono, em êxtase ou em processos da oração, e por pouco que seja, ainda se encontra no ar, na água e nos alimentos indispensáveis à vida. 
É como se fosse o hálito do Criador, interpretando a criação. E desse alimento divino poderás ser também um canal para os outros, dependendo do modo pelo qual vives: ele se afasta quando a cólera se apossa do espírito, se dispersa quando o ciúme envenena o coração, desaparece quando a maledicência trabalha com a língua do possesso... 

Esse alento superior existe em profusão na alma de quem ama, e passa por todos os canais das virtudes mencionadas pelos Evangelhos.

Cristo-Alimento vem evidenciar no nosso mundo mental a formação de novas idéias no campo da filosofia, assim como estender argumentos nos conceitos religiosos, para que a ciência entenda o valor das virtudes e a profundidade da educação espiritual. 

Estamos encaminhando para uma época de menos alimento físico e mais pão espiritual; e mesmo o material está caminhando para a fluidez do seu estado: o visível é materialização do invisível, e o Senhor dá prova disso, quando multiplicou os pães várias vezes para a multidão de pessoas famintas.

Quando não puderes doar o pão de trigo ao que tem fome, oferta o alimento da palavra revestida de amor, de carinho e de fé, e se estiver ao teu alcance, faze as duas coisas. 

A mente é uma lavoura de recursos sem limites, e o coração é um celeiro imensurável, que nunca se esgotará, quando movido pela fraternidade universal! Cristo, quando abria a boca, no comando das Suas idéias luminosas, tudo fazia pelas inúmeras mãos do gênio que se chama Amor.

O homem atual ainda não descobriu essa força poderosa, capaz de remover o mundo e solucionar os problemas da humanidade. 

Jesus o revelou na sua feição máxima, todavia, as criaturas, não suportando a luz do amor puro, criaram as divisões concernentes às necessidades de cada povo, difundindo os raios desta virtude excelente, para depois encontrar o foco energético da vida,  que João Evangelista denominou de Deus, dizendo, por não achar outro termo, Deus é Amor!

E o Amor por excelência das excelências é o alimento da vida, onde todos, senão a humanidade inteira, podem comer e se fartar eternamente.

E todos comeram e ficaram fartos.

De "Cristos", de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez

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