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11 agosto 2011

Adolescência - Celso Martins


ADOLESCÊNCIA

É a maturação psicológica. Acentuando-se capacidade intelectiva, de um lado, de outra parte o filho ou o aluno é superexcitável, exibindo uma instabilidade generalizada. Dir-se-ia que ele sabe o que não quer (chegando a dizer que é proibido proibir) mas também ainda não sabe o que realmente quer. Deseja firmar-se e afirmar-se; inclusive é quando se decide por esta ou por aquela profissão, salvo os casos em que desde cedo o menor é obrigado a sair da escola para entrar precocemente no mercado de trabalho a fim de colaborar no orçamento doméstico.

O fato é que ele anseia por emancipar-se entrando em contato mais direto e mais frequente com amigos, com pessoas fora do estreito vínculo familiar. O jovem busca a própria afirmação fora da tutela paterna, querendo ser logo uma pessoa autônoma. E há pais que não entendem isto. Esquecem de que também passaram por isto e consideram ingratidão o fato de o filho desejar levar a sua vida a seu jeito e modo. Pais que confundem amor com posse, com egoísmo.

Nesta fase da vida, em geral de possíveis rusgas e incompreensões entre pais e filhos, pois é a fase do não menos famoso conflito de gerações, para conservar a harmonia e a felicidade na família, é indispensável que os pais, porque mais velhos e supostamente mais experientes, se achem possuídos de equilíbrio emocional, sendo capazes de dominar sua próprias emoções, não se
deixando levar pela ira, pela exasperação, pela agressividade, pelos ciúmes, embora devam saber quais são as amizades de seus filhos e os ambientes que frequentam.

Pais que não tem este equilíbrio emocional sobre si mesmos correm o sério risco de tomar atitudes prejudiciais para o filho em crescimento, de tornar-lhes a vida impossível sem censuras descabidas e até mesmo de castigos sem obterem, com isto, nenhum resultado positivo!

Apesar de sua imaginação, de suas fantasias, a criança pensa muito em cima do real e do concreto, só entendendo aquilo que vê. Já o jovem começa a desenvolver sua capacidade de abstrair, ocorre a inauguração do raciocínio dedutivo, daí os seus sentimentos estéticos e até mesmo religiosos.

Lembro-me bem de meus 14 anos quando comecei a escrever sonetos líricos e espíritas. Quando passei a ler mais aprofundadamente os livros de nossa Doutrina. A me interessar pela música clássica e pelo Esperanto. Então percebo que os educadores têm aí excelente oportunidade de oferecer aos filhos e aos alunos noções fundamentais de religião (ou melhor, da moral do Cristo), aprofundando aquilo que já teria sido dado na idade infantil. Por outro lado, os dirigentes dos centros espíritas, de resto os dirigentes deoutros ambientes religiosos também, podem utilizar todo este dinâmicopotencial humano para a realização de atividades benemerentes dentro do que
dizia o já citado Professor Leopoldo Machado, ele mesmo um incentivador das Juventudes Espíritas em nosso Brasil: O jovem pode mas não sabe; o adulto ou o velho sabe mas não pode mais. Recomenda-se então a simbiose da experiênciade um ao trabalho do outro na seara do Bem da Humanidade!

De “Sexo, Amor e Educação”
Autoria: Celso Martins

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