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27 fevereiro 2013

A Caridade Começa em Casa - Wilson Focassio


A CARIDADE COMEÇA EM CASA

É muito frequente se ouvir a máxima A CARIDADE COMEÇA EM CASA e é sobre isso que nos permitimos refletir.

Quando alguma afirmação é feita há de se analisar sob que prisma deve ser vista. Muitas pessoas ociosas usam tão sábia frase para se enclausurar em suas casas achando que o simples fato de estarem dando assistência material á sua família já cumprem totalmente a proposta evangélica. Puro engano. Precisamos estabelecer o que uma casa e o que é um lar. Enquanto o primeiro é um reduto de alvenaria que nos abriga das intempéries, o segundo é o núcleo familiar, aquele interior que poderá ser ou não bem estruturado.

Compreendemos que o nosso lar é a fonte onde vamos saciar nossa sede e nos prepararmos para investir na luta fora de casa para levantarmos os fracos e oprimidos que jazem caídos nos cantos da vida material e moral. Vemos na formação dos lares hoje em dia muitas falhas, onde os pais estão apenas preocupados com a caminhada universitária de seus filhos sem a preocupação de dar-lhes respaldo educativo. É mister salientar que a formação do homem acontece no lar e é ai que ele vai buscar ser um bom filho, bom pai e pessoa útil para a humanidade. Na escola ele buscará informações a fim de incorporar à educação recebida de seus pais ou tutores.

Há uma inversão de interpretação e muitos pais desavisados transferem para a escola a EDUCAÇÃO propriamente dita de seus filhos. Coisa que escola alguma realizará. Faculdade ou escola é lugar para se buscar informações e não elemento educativo. Muitos jovens estão se desencaminhando porque aceitam as sugestões dos pais quando lhes falam: “Podem ter a vida que quiserem, contanto que tragam o diploma da faculdade”. Erro puro com a humanidade e com as leis Divinas.

A grande verdade em que o egoísmo do homem ainda grita forte no peito de cada um. O jovem passa a ver os pais e a sociedade muito distantes. Outra frase que acomoda o homem é aquela que diz “Não faça aos outros os que não queres que os outros te façam”. Isto em um convite para a inércia que foi logo combatida por Jesus quando a retificou dizendo “Faça aos outros aquilo que quereis que os outros te façam”. Vejam que existe profunda modificação conceitual.

Enquanto a primeira sugere não fazer, a outra leva o homem a redenção de ser por a campo buscando realizar o melhor possível para que tudo reverta a seu benefício. O não faça da primeira frase é um bom convite ao ostracismo e a irresponsabilidade. O núcleo familiar é algo sério e não pode ficar à deriva como um barco sem condutor. Cabe aos pais, realizar reuniões semanais com sua família a fim de trocarem informações e buscar mais identificação um com os outros. Tais reuniões devem ser as mais formais possíveis, onde cada pessoa da família poderá expressar livremente aquilo que pensa, principalmente sobre as impressões pessoais uns dos outros.

Assim o filho teria zona franca para levar aos seus pais seus descontentamentos e vice-versa.

Wilson Focassio 

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