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24 fevereiro 2021

Enquanto brilhe o Sol - Divaldo Pereira Franco

 
ENQUANTO BRILHE O SOL

Enquanto brilhe o sol...

Há dias em que tudo parece sombreado, sem possibilidade de luz...

Programações cuidadosas tornam-se mais difíceis de realizadas, esperanças sustentadas em todos os momentos com alegria tornam-se mais distantes, os compromissos habituais parecem enfadonhos e inúteis, ao tempo em que uma onda de pessimismo toma conta dos nossos ideais.

Nesta quarentena longa, que se vem arrastando com vários ritmos e definições, tem havido aturdimento em muitas mentes, gerando grandes conflitos nos relacionamentos, afastando os indivíduos uns dos outros, produzindo tédio e ansiedade, assim como outros conflitos emocionais em razão da falta desse hábito de convivência.

Ideias estapafúrdias, nascidas nas fugas psicológicas da realidade, anunciam prazeres que exaurem e atentados contra a dignidade, como se fosse uma campanha bem dirigida contra a ordem, o equilíbrio e o dever, dando a impressão que essas são manifestações tabus que devem desaparecer da sociedade.

Nesse báratro perde-se o discernimento ante o que é ou não salutar, porque as filosofias existenciais e a política pervertida somente trabalham em favor dos seus interesses mesquinhos, pretendendo reduzir o seu humano contemporâneo ao indivíduo grosseiro e primitivo, por cujas experiências antropológicas transitou com êxito.

Campanhas sistemáticas muito bem urdidas trabalham contra a fé religiosa de qualquer espécie, como se isso resolvesse os graves problemas existenciais nas suas expressões mais significativas.

A educação, que deveria ser a base da construção do mundo novo, por ser o alicerce de glorificação da criatura humana, experimenta a banalização e o desprezo, porque, quanto menos educado (e disciplinado um povo), melhor para os dominadores de ocasião implantarem os seus regimes brutais e esmagadores das populações que permanecerão na miséria social e econômica.

Nada obstante, se arregimentam legiões enlouquecidas do mundo espiritual inferior que invadem o planeta ansiosas para transformar a abençoada Gaia em um núcleo de perversão, de crimes tornados legais pela desventura dos partidos políticos. Não será esta a primeira vez que ocorrerá. Periodicamente o planeta vê-se assaltado pelas guerras e desvarios, tudo transformando em sombras e desencanto, mas subitamente raia o Sol da liberdade, dos direitos humanos, das democracias, dos valores éticos e Deus abençoa a humanidade, envolvendo-a em conquistas da beleza e da paz.

Renasça em nossos corações a esperança, porquanto todos fomos criados para a plenitude.

Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 10.12.2020.


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