Deus não criou os Espíritos perfeitos, mas aperfeiçoáveis e perfectíveis.
Trata-se de uma constatação muito fácil de ser feita.
Basta olhar em volta para perceber homens e mulheres com tendências e talentos variados.
Em uns, avulta a inteligência.
Em outros, a delicadeza de sentimentos chama a atenção.
Há quem tenha considerável talento artístico.
No princípio, eles eram extremamente parecidos em sua singeleza.
No final dos processos, todos serão perfeitos.
Na atualidade, sua força e sua fraqueza denotam os caminhos que escolheram trilhar em sua jornada evolutiva.
Como seres imperfeitos, já muito erraram e outros erros ainda cometerão.
Mas isso não é de causar estranheza e a vida propicia modos de reparação de todo o mal causado.
A Misericórdia Divina é infinita e auxilia a todos.
Basta ter boa vontade para se recompor.
Ou seja, estar disposto a trabalhar firme em favor do progresso.
É preciso que os talentos amealhados ao longo do tempo sejam utilizados de forma construtiva.
Quem possui cintilante inteligência necessita empregá-la no esclarecimento dos irmãos de caminhada.
Os cientistas têm o dever de, mediante suas descobertas e criações, propiciar vida mais longa e confortável aos semelhantes.
O talento artístico deve chamar a atenção para as maravilhas da criação.
A música, a pintura, a representação, toda forma de arte tem a vocação de ser um convite à apreciação do belo e do sublime.
Qualquer que seja o talento, ele pode e deve ser utilizado no bem.
Não é lícito enterrar os talentos recebidos, conforme ensina a famosa passagem evangélica.
Eles representam o meio de que cada Espírito dispõe para reabilitar-se perante a Consciência Cósmica.
Se cometeu equívocos no processo de aprendizado e amadurecimento, também desenvolveu variados dons.
A utilização desses dons deve funcionar como o amor que cobre a multidão de pecados, na feliz expressão do apóstolo Pedro.
Bem se vê que errar para aprender não é tão grave assim.
Basta ter a coragem de assumir as conseqüências dos próprios equívocos e tratar de repará-los.
Como o passado espiritual se esfumaça no processo reencarnatório, a vida manda alguns lembretes.
Eles se apresentam na forma dos parentes problemáticos, do chefe difícil, do convite para trabalhar por uma causa.
O talento que se tem é o indicativo da tarefa a ser feita.
O mesmo ocorre com o contexto social em que se é inserido.
Assim, tenha boa vontade e faça o seu melhor, em todas as circunstâncias de sua vida.
O bem que você hoje pratica representa a sua gratidão pelos talentos e oportunidades com que a vida o brindou, ao longo dos milênios.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita
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