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14 setembro 2008

Grandes Homens - Huberto Rohden

GRANDES HOMENS

Quem faz jus ao título de "grande homem"?
Não sei...
O homem inteligente?
Não basta ter inteligência para ser grande...

O homem poderoso?
Há também poderosos mesquinhos...

Não basta qualquer forma de religião. Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder, e certo espírito religioso - e nem por isso ser grandes homens.
Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.
Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito...

Pode ser que as suas boas qualidades não corram com essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes.
Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral e violento.

O grande homem é silenciosamente bom... É genial - mas não exibe gênio... É poderoso - mas não ostenta poder... Socorre a todos - sem precipitação... É puro - mas não vocifera contra os impuros... Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo... Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido... Domina - mas sem insolência... É humilde - mas sem servilismo... Fala às grandes distâncias - mas sem gritar... Ama - sem se oferecer... Faz bem a todos - antes que se perceba... "Não quebra cana fendida, nem apaga a mecha fumegante - nem se ouve o seu clamor nas ruas..." Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguém... Abre largos espaços, sem arrombar portas... Entre no coração humano - sem se saber como...

Tudo isto faz o grande homem, porque é como o sol - esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor...
Assim é, e assim age o homem verdadeiramente grande - porque é instrumento nas mãos de Deus...

Desse Deus de infinita potência - e de supremo amor...
Desse Deus, cuja força governa a imensidade do cosmos - e cuja paciência tolera as fraquezas do homem...

O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus...

Do livro "De Alma para Alma",
de Huberto Rohden

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