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27 abril 2011

Morte com Dignidade - Joanna de Ângelis


MORTE COM DIGNIDADE

A eutanásia, ou a técnica da "morte fácil", conforme elucida a sua etimologia, prossegue sendo grave compromisso moral, que o homem moderno insiste por legalizar, em lamentável teimosia relativamente às Soberanas Leis que regem a vida.

Por mais preciso que se apresente o diagnóstico médico em relação às enfermidades, sempre se há de contar com a imprevisibilidade orgânica de cada paciente, segundo sua programação evolutiva.

O pavor, que decorre da possibilidade do sofrimento, demonstra a predominância do comportamento utilitarista do homem, que se esquece da sua realidade última e íntima, que é o ser espiritual, ao invés da carne transitória de que se reveste.

O estabelecimento de dados que permitam ao médico encerrar a existência de um paciente terminal, é roteiro falho, em se considerando que as resistências morais variam de criatura para criatura, não podendo, deste modo, um conceito de dor ter validade geral entre indivíduos infinitamente diferentes.

Outrossim, a atitude de alguém que opta, em plena saúde, pela aceitação da eutanásia, quando se lhe manifestem determinadas ocorrências na área do equilíbrio físico ou mental, não pode ser considerada definitiva, porquanto, a cada instante, muda-se de emoção, altera-se a forma de encarar-se os fatos e de considerar-se os acontecimentos...

"Morrer com dignidade", não pode ser a aplicação imoral da eutanásia, que degenera em homicídio, desde que a vida é patrimônio de Deus, que sabe quando e como alterar-lhe o curso, no corpo e fora dele.

Partindo-se do direito que muitos indivíduos se arrogam de escolher para a própria morte a mais agradável maneira, o candidato que assim procede, igualmente sucumbe vitimado por suicídio covarde a que se precipita, quando lhe cabe o dever de preservar o corpo, até que este cumpra a finalidade para a qual foi elaborado.

A dignidade de morrer está na resignação, na conduta, mediante a qual, a mesma é enfrentada, elevando o Espírito e o felicitando em definitivo.

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A dor é bênção a que fazes jus.

A tua será a morte que mais facilmente te propiciará a vida em abundância.

Assim, vive cada momento, com elevação e nobreza, lutando para preservar o corpo nas vilegiatura em que este se encontra.

Os últimos instantes, na enfermidade, podem significar-te glória ou desdita no além-túmulo.

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Sofrerás, apenas, o de que necessites, para seres livre.

Padecerás, somente, enquanto estejas incurso nos débitos contraídos.

Penarás, ante a injunção que mereças, e não mais.

Se buscas fugir à Lei, tombarás nas suas malhas, adiante, em situação mais penosa e circunstância mais angustiante.

***

Nunca fugirás à consciência, nem te evadirás da vida.

Sem nenhuma apologia pelo sofrimento, eutanásia jamais!

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Deus é nosso Pai de Amor e , a benefício das Suas criaturas, permite que a ciência prolongue a vida; e, da mesma forma em que surgem os fomentadores do suicídio e do homicídio através da eutanásia, favorece a Humanidade com os apóstolos do amor, que se fazem, na Medicina, os sacerdotes dignificadores da Vida.

De "Alegria de Viver"
De Divaldo Pereira Franco
Pelo Espírito Joanna de Ângelis

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