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06 junho 2013

A Tua Fé te Curou - Sergito de Souza Cavalcanti





A TUA FÉ TE CUROU


     Assim como o amor, se encontra em forma latente dentro do nosso ser, a fé está em forma de gérmen em todas as criaturas, independentemente de qual seja sua religião. É, portanto, algo que depende de nosso esforço pessoal para crescer e germinar.

     O próprio Cristo nos asseverou: “Podeis fazer o que eu faço e muito mais”, deixando claro que nunca curou ninguém, pois toda cura, ele imputava à fé da pessoa, dizendo: “a tua fé te curou”.

Portanto, somos todos portadores de força interior, muitas vezes desconhecida para nós mesmos. Jesus procurava com sua superioridade espiritual e moral, ajudar as pessoas a despertar em si mesmas essa força já existente em todas as criaturas, independentemente da crença.

     Quando o Mestre caminhava para a casa de Jairo para despertar Talita do sono letárgico que a acometia, surgiu no caminho uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragia incurável. Por doze anos havia gasto tudo o que tinha com médicos e remédios e não havia sido curada.

     Ao ver o Mestre se aproximar, pensou consigo mesma: “Se eu tocar em suas vestes ficarei curada”, e assim, com muita fé e confiança, tocou nas bordas do manto de Jesus. Grande multidão cercava Jesus, que perguntou a Pedro quem o havia tocado, pois sentiu que dele saíra uma virtude, um fluido medicamentoso.

     A mulher enferma, ao demonstrar desejo ardente de curar-se, isto é, fé em si mesma, abriu espaço para a cura. O auxílio externo veio de Jesus, mas a cura, em si, decorreu da própria mulher.

     É bom que salientemos que é a vontade que aciona o mecanismo da fé. Jesus ao dizer: “A tua fé te curou”, deixou bem claro que não foi Ele quem a curou, mas imputou o resultado a ela, por sua fé.

Jesus sempre transferiu a cura para a própria fé do doente. Embora as religiões coloquem Jesus como milagreiro, Ele foi, no entanto, o maior e melhor psicólogo da alma, que veio despertar nos homens os potenciais latentes em todos os seres.

     Temos de entender, portanto, que a fé é uma conquista que não está forçosamente ligada a nenhuma religião. Entretanto, é certo que essa força existente em nosso interior pode ser ativada por vários mecanismos, sendo um deles a religião.

     Quando unimos nossa vontade com as forças divinas, essa fé se transforma na chamada fé robusta, que é a nossa vontade potencializada pelas forças advindas de nosso Pai Celestial.

     Entretanto, convém não nos esquecermos de que toda realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: 1) Desejar; 2) Saber desejar; 3) Merecer.

     O desenvolvimento da fé é fruto da maturidade pessoal; uns a exteriorizam de forma mais rápida; outros mais lentos, conforme o progresso do livre arbítrio de cada um.

     A fé, portanto, não é adquirida pela força da “graça divina”. Ora, se fosse dom, seria privilégio que Deus concede somente a determinadas criaturas. A fé é, isto sim, conquista de cada um de nós.

     A fé é importante, mas precisa estar conjugada com a ação. Não é bastante ter fé e ficar aguardando que a solução “caia do céu”; é preciso agir na busca do objetivo. 


Artigo de autoria de: Sergito de Souza Cavalcanti.



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