O ABORTO E A MÚSICA
Alemanha 1770, época de pouca tecnologia e parcas oportunidades. Nesse já distante momento, uma senhora infeliz, casada e mãe de 4 filhos, vê mais um motivo para chorar: Sua gravidez do quinto filho.
Claro, a primeira coisa que lhe veio a mente foi o aborto, afinal, seu marido estava com sífilis, ela com tuberculose. Seu primeiro filho nascera cego e o segundo morrera; o terceiro nascera surdo e o quarto tuberculoso.
Que destino estava reservado para esse outro?
Certamente que nada de bom lhe esperava nesse mundo. Sim, o melhor seria mesmo o aborto.
Porém, algo não deixou que ela concretizasse seu intento.
E desde então, o mundo deve reverência a essa mãe, pois de seu ventre foi gerado Ludwig van Beethoven – o maior gênio da música de todos os tempos e um dos mais prolíficos compositores.
Dificuldades daquela distante época carente de possibilidades e oportunidades, frustrações como mãe que não conseguia gerar filhos saudáveis, problemas com o marido...
Imagine o que ia naquele coração?
Duvidas e temores, medos e incertezas...
Aparentemente tudo conspirava contra ela, tivesse menos perseverança e certamente o mundo não conheceria o talento musical de Beethoven naqueles tempos.
A mãe, mesmo diante das pessimistas idéias, deixou fluir a gravidez e presenteou o mundo com a sensibilidade musical de seu filho.
Por isso, falemos sobre o aborto:
Ao adentrarmos o delicado assunto concernente ao aborto, logo pensamos em suas conseqüências espirituais e morais, contudo, esqueçamos um pouco esses tópicos para que nos atentemos em suas nuances sociológicas.
Sim amigo leitor, o aborto em todas suas questões é um contra senso!
Quando fala-se em legalizar o aborto equivale a descomprometer as pessoas perante suas atitudes. Sim, muito mais fácil livrar-se da gravidez do que assumir sua responsabilidade ante a criança que foi gerada.
E as conseqüências para a sociedade certamente são funestas, porquanto:
Contribui para a proliferação da irresponsabilidade. Quem não assume a responsabilidade de um filho gerado certamente não se comprometerá com questões de cidadania.
Propaga o sexo sem compromisso, convidando as pessoas a se envolverem em relações superficiais e que não raro, trazem dor, sofrimento e desilusão.
Banaliza a vida, não dando-lhe a devida importância o que muitas vezes pode criar uma cultura animosa e que a longo prazo desembocará em crimes de todas as ordens.
Desvaloriza a família, desorganizando os valores e iludindo as criaturas quanto aos reais sentimentos.
E as reações vem em cadeia, desorientando pessoas e deteriorando comportamentos; entravando o progresso e promovendo a desordem.
Impondo sanções cada vez mais dolorosas às sociedades que se acostumam em comprometer-se com equívocos advindos de uma visão embaçada pelo egoísmo.
O correto seria “legalizar” a educação!
Com educação instala-se a organização.
Um ser educado em padrões morais de dignidade arca com a conseqüência de suas atitudes.
Com educação:
Ninguém sairá da escola sem saber ler e escrever.
Nenhuma criança trocará os bancos escolares pelo trabalho pesado.
Crianças não precisaram ser mães de crianças, porque instruídas saberão respeitar cada etapa de sua vida, e se por ventura vierem a se precipitar e queimar fases, respeitarão o sagrado direito a vida que assiste a todos os seres deste planeta.
O aborto é apenas transferência de problema, acréscimo de responsabilidade, cedo ou tarde, se arcará com as conseqüências das atitudes, sejam elas quais forem.
Tenho certeza que a história de Beethoven será tema de reflexão para muitos que simpatizam-se com a idéia da legalização do aborto.
Amigo (a) leitor (a), o melhor é deixar a vida fluir e a natureza seguir seu curso.
E certamente ao deixar fluir a vida, ganharemos precioso presente; pode ser que nosso rebento não tenha o talento de um Beethoven, a habilidade esportiva de um Pelé, a visão acurada de um Thomas Jefferson, porém, com certeza nos dedicará o que tem de mais precioso: Sua atenção, seu amor, sua presença, e uma amizade que se repercutirá pela eternidade afora nos envolvendo em doces vibrações de gratidão.
Pensemos nisso!
Wellington Balbo
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