Pacto com o diabo – visão espírita - Morel Felipe Wilkon,

 

PACTO COM O DIABO - VISÃO ESPÍRITA

É possível fazer pacto com o diabo?

Não do modo como isso popularmente é imaginado, até porque o diabo não existe – o diabo, como um ser, não existe.

O diabo existe?

O diabo não existe!

Quando se imagina um pacto desses a ideia que vem à mente é uma cena semelhante à do Fausto, de Goethe, que vendeu a sua alma a Mefistófeles. Fausto era um velho cientista desiludido com a vida por não ter todo o conhecimento que desejava ter. Então Mefistófeles, um ser satânico, aparece a Fausto – e Fausto decide entregar a sua alma a Mefistófeles em troca do grau máximo de conhecimento, do rejuvenescimento e do amor de uma bela donzela.

As pessoas que fazem esse tipo de pacto estão se vinculando a entidades há muito tempo entregues ao mal. Há espíritos que se entregaram ao mal de tal forma que já não se lembram que são humanos, que um dia tiveram uma vida normal, com família, com amores.

Esses espíritos quando se manifestam numa igreja evangélica, por exemplo, se apresentam como demônios; eles dizem que são o demônio, ou então dão o nome de algum Exu – geralmente um nome pomposo.

Quem são os espíritos que incorporam nas igrejas evangélicas?

Mas ele é um ser como eu e você. A sua origem é a mesma que a nossa, ele é creatura de Deus assim como nós.

O pacto, então, não é com o diabo – porque o diabo não existe como um ser – mas a ideia de diabo existe: e existem multidões de espíritos vinculados a essa ideia de diabo. A palavra “diabo” vem do grego, diábolos, que quer dizer “opositor”, “antagonista”. Existe essa ideia de oposição, de antagonismo a Deus.

Nós estamos no plano físico. Quando nós dormimos e quando nós morremos nós vamos para o plano astral. Acima dos planos físico e astral está o plano mental, que é o plano das ideias.

Um dia desses eu disse num vídeo que Jesus, mais do que um homem, é uma ideia. Algumas pessoas não entenderam. Eu não disse que Jesus não é um homem e não diminuí a sua importância como homem. Mas Jesus também é uma ideia – e essa é a parte mais importante: Jesus é a síntese perfeita das melhores possibilidades humanas.

E existe a ideia de diabo, uma ideia de oposição a Deus; oposição ao bom propósito da creação, oposição às Leis que nos regem.

Você sabe que tudo no Universo vibra, inclusive as nossas mentes.

As mentes desses espíritos vibram numa faixa de frequência muito baixa. Quando nós sintonizamos com essa faixa de frequência nós nos tornamos diabólicos.

Quem faz um pacto com o diabo está se entregando, voluntariamente, à ideia de diabo; está sintonizando com essa faixa de frequência muito baixa; e está formando vínculos com espíritos que já estão entregues ao mal.

Isso é um grande perigo principalmente entre os jovens. É comum na adolescência nós experimentarmos aquela fase de contestação. O adolescente começa a perceber as dificuldades da vida prática, começa a notar que as coisas não funcionam como ele imaginava quando era criança, e então contesta todos os valores que exerceram influência sobre ele. Isso inclui a sua visão sobre Deus e a religião.

E tem jovens que se deixam seduzir por ideias de satanismo, como se com isso eles fossem adquirir algum poder especial.

Fazer um pacto com o diabo pode parecer uma ingenuidade, pode parecer alguma coisa sem grande importância.

Mas nós temos que considerar que a mente tem poderes que nós normalmente não acessamos. E quando se faz um pacto se está dando uma ordem para a mente. É um comando mental feito sob forte emoção. Mesmo que a pessoa se arrependa depois, que volte atrás e repense as suas atitudes, essa ideia foi implantada em sua mente, passa a fazer parte da sua programação mental.

Temos que considerar, ainda, que quem se sente instado a fazer um pacto, quem alimenta essas ideias possivelmente já tem vínculos com espíritos de baixa vibração desde antes de reencarnar, talvez há muito tempo, e o pacto, então, seria uma espécie de “renovação do contrato”.

Isso vale para algumas religiões de nação africana em que se coloca o sangue dos animais sacrificados na cabeça.

O nosso compromisso deve ser com o bem, com o bom propósito que permeia toda a creação. Em qualquer área da nossa vida nós vamos obter mais sucesso e vamos ter mais poder quando nós estivermos com Deus, obedecendo às Leis de Deus.

Morel Felipe Wilkon