PANDEMIA
Estive pensando, como estamos enfrentando essa crise causada por uma pandemia? Estamos inseguros e assustados? O que está acontecendo? Nunca vivemos algo parecido!
Na realidade a história da humanidade mostra que já vivemos sim, situações iguais e, até muito piores. Não como indivíduos, não na presente encarnação. Vivemos tais circunstâncias como seres espirituais eternos que já encarnaram diversas vezes na terra, por isso, devemos olhar para nosso passado esquecido e devemos procurar aprender com ele.
Não me refiro a complexos exercícios de regressão, refiro-me a explorarmos os relatos históricos, a visitarmos os arquivos sobre a história da humanidade. Voltemos aos tempos em que ainda éramos semisselvagens. A nossa segurança e sobrevivência dependeu da vida em bandos e mais tarde em aldeias. Depois, já civilizados, mas ainda na antiguidade, construímos grandes cidades, cujas grossas muralhas nos defendiam dos povos inimigos.
As pragas e epidemias são tão antigas quanto os primeiros agrupamentos humanos. A nossa necessidade de segurança nos expunha, paradoxalmente, a perigos que nossas muralhas não detinham. As causas das epidemias eram totalmente desconhecidas e seu manejo era apenas intuitivo e místico.
Os microrganismos não foram reconhecidos até meados do século XIX, antes supunha-se que as doenças epidêmicas eram transmitidas pelos odores e miasmas. Essa visão perdurou por toda a idade média e começou a cair com os trabalhos do pioneiro em epidemiologia, o médico londrino John Snow. Ele conseguiu não apenas demonstrar como a cólera era transmitida, mas também, conseguiu debelar uma epidemia devastadora quando identificou a fonte da contaminaçāo.
Assim, a ciência começou a nortear alguns processos de enfrentamento de epidemias e endemias que associados à imunização, surgida a partir dos trabalhos de Jenner no final do século XVIII, foram gradativamente controlando inúmeras doenças infectocontagiosas.
Ainda assim, em 1918, a gripe espanhola matou 50 milhões de pessoas entre os 2 bilhões de habitantes do planeta na época.
O manejo dessa epidemia foi bastante heterogêneo ao redor do mundo e, na maioria absoluta das vezes, bastante equivocado. Os conhecimentos de epidemiologia eram ainda incipientes e pouco difundidos. Tratava-se de infecção por H1N1, influenza, infectando populações desnutridas que foram tratadas em hospitais deficitários e superlotados.
Hoje enfrentamos uma pandemia pelo COVID-19, já deciframos o seu genoma, sabemos seu grau de letalidade e conhecemos bem sua forma de transmissão. As populações têm melhor nutrição, a informação é bastante acessível e atitudes profiláticas estão sendo relativamente uniformes e generalizadas.
A mobilização de todos nós é possível e, está ocorrendo. Os números em termos de mortalidade são assustadores, é fato! Estamos trancados em casa, muitos perderão seus empregos, muitos ficarão inadimplentes, milhares ainda adoecerāo.
No entanto, o conhecimento científico hoje disponível, as ações profiláticas baseadas na epidemiologia da nova virose e o empenho de todos e, de cada um, farão uma imensa diferença.
Se vivêssemos ainda nas condições de 1918, talvez a mortalidade da infecção pelo COVID-19 fosse ainda maior do que a que ocorreu então pelo H1N1. Um cálculo simples, se o mesmo índice de mortalidade daquela pandemia se aplicasse à atual pandemia que agora acomete um planeta habitado por cerca de 7 bilhões de pessoas, a infecção pelo COVID-19 levaria a mais de 170 milhões de óbitos.
Até agora, a altíssima mortalidade encontrada na China e Itália têm nos apavorado, entretanto, as mais pessimistas previsões parecem calcular perdas totais menores do que de 100.000 vidas.
Realmente vivemos uma tragédia! Só que esta tragédia jamais tomará as dimensões das vividas por nossos antepassados, porque hoje aplicamos o conhecimento científico já conquistado, porque hoje nos mobilizamos, nos informamos e nos conscientizamos.
Sejamos, portanto, gratos à evolução que Deus, nosso pai misericordioso, nos permitiu alcançar, para que pudéssemos enfrentar os desafios atuais com confiança no futuro e com enorme esperança! Roguemos a nosso Pai que, ao emergimos dessa crise, tenhamos aprendido as lições mais prementes, especialmente aquelas relativas à solidariedade, já que estaremos, neste momento, imperativamente irmanados na dor pelos que sofrem e pelos que porventura ainda venham a sofrer.
Na realidade a história da humanidade mostra que já vivemos sim, situações iguais e, até muito piores. Não como indivíduos, não na presente encarnação. Vivemos tais circunstâncias como seres espirituais eternos que já encarnaram diversas vezes na terra, por isso, devemos olhar para nosso passado esquecido e devemos procurar aprender com ele.
Não me refiro a complexos exercícios de regressão, refiro-me a explorarmos os relatos históricos, a visitarmos os arquivos sobre a história da humanidade. Voltemos aos tempos em que ainda éramos semisselvagens. A nossa segurança e sobrevivência dependeu da vida em bandos e mais tarde em aldeias. Depois, já civilizados, mas ainda na antiguidade, construímos grandes cidades, cujas grossas muralhas nos defendiam dos povos inimigos.
As pragas e epidemias são tão antigas quanto os primeiros agrupamentos humanos. A nossa necessidade de segurança nos expunha, paradoxalmente, a perigos que nossas muralhas não detinham. As causas das epidemias eram totalmente desconhecidas e seu manejo era apenas intuitivo e místico.
Os microrganismos não foram reconhecidos até meados do século XIX, antes supunha-se que as doenças epidêmicas eram transmitidas pelos odores e miasmas. Essa visão perdurou por toda a idade média e começou a cair com os trabalhos do pioneiro em epidemiologia, o médico londrino John Snow. Ele conseguiu não apenas demonstrar como a cólera era transmitida, mas também, conseguiu debelar uma epidemia devastadora quando identificou a fonte da contaminaçāo.
Assim, a ciência começou a nortear alguns processos de enfrentamento de epidemias e endemias que associados à imunização, surgida a partir dos trabalhos de Jenner no final do século XVIII, foram gradativamente controlando inúmeras doenças infectocontagiosas.
Ainda assim, em 1918, a gripe espanhola matou 50 milhões de pessoas entre os 2 bilhões de habitantes do planeta na época.
O manejo dessa epidemia foi bastante heterogêneo ao redor do mundo e, na maioria absoluta das vezes, bastante equivocado. Os conhecimentos de epidemiologia eram ainda incipientes e pouco difundidos. Tratava-se de infecção por H1N1, influenza, infectando populações desnutridas que foram tratadas em hospitais deficitários e superlotados.
Hoje enfrentamos uma pandemia pelo COVID-19, já deciframos o seu genoma, sabemos seu grau de letalidade e conhecemos bem sua forma de transmissão. As populações têm melhor nutrição, a informação é bastante acessível e atitudes profiláticas estão sendo relativamente uniformes e generalizadas.
A mobilização de todos nós é possível e, está ocorrendo. Os números em termos de mortalidade são assustadores, é fato! Estamos trancados em casa, muitos perderão seus empregos, muitos ficarão inadimplentes, milhares ainda adoecerāo.
No entanto, o conhecimento científico hoje disponível, as ações profiláticas baseadas na epidemiologia da nova virose e o empenho de todos e, de cada um, farão uma imensa diferença.
Se vivêssemos ainda nas condições de 1918, talvez a mortalidade da infecção pelo COVID-19 fosse ainda maior do que a que ocorreu então pelo H1N1. Um cálculo simples, se o mesmo índice de mortalidade daquela pandemia se aplicasse à atual pandemia que agora acomete um planeta habitado por cerca de 7 bilhões de pessoas, a infecção pelo COVID-19 levaria a mais de 170 milhões de óbitos.
Até agora, a altíssima mortalidade encontrada na China e Itália têm nos apavorado, entretanto, as mais pessimistas previsões parecem calcular perdas totais menores do que de 100.000 vidas.
Realmente vivemos uma tragédia! Só que esta tragédia jamais tomará as dimensões das vividas por nossos antepassados, porque hoje aplicamos o conhecimento científico já conquistado, porque hoje nos mobilizamos, nos informamos e nos conscientizamos.
Sejamos, portanto, gratos à evolução que Deus, nosso pai misericordioso, nos permitiu alcançar, para que pudéssemos enfrentar os desafios atuais com confiança no futuro e com enorme esperança! Roguemos a nosso Pai que, ao emergimos dessa crise, tenhamos aprendido as lições mais prementes, especialmente aquelas relativas à solidariedade, já que estaremos, neste momento, imperativamente irmanados na dor pelos que sofrem e pelos que porventura ainda venham a sofrer.
Dra. Giselli Fachetti
Fonte: Medicina e Espiritualidade
Fonte: Medicina e Espiritualidade
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