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31 maio 2006

Abençoa Sempre - Scheilla

Seja onde for, abençoa para que a bênção dos outros te acompanhe.
Todas as criaturas e todas as coisas te respondem, segundo o toque de tuas palavras ou de tuas mãos.
Abençoa teu lar com a luz do amor, em forma de abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á com gratidão e alegria.
Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva de teu carinho e a árvore de tua casa abençarte-á com o perfume da flor e com a riqueza do fruto.
Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o azorrague da censura, dele receberás a mágoa e a desconfiança.
Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à flagelação, dele obterás rebeldia e aspereza.
Em verdade, não podes abençoar o mal, a exprimir-se na crueldade, mas deves abençoar-lhe as vítimas para que se refaçam, de modo a extingui-lo.
Não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o teu orgão doente, para que com mais segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e desequilíbrio.
Não amaldições nem mesmo por pensamento.
A Idéia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sobra em nossos olhos, alucinação em nossos braços e infortúnio em nossa vida.
Abençoa a mão que te fere e a mão que fere aprenderá como exprimir-se da delinquência.
Abençoa o verbo que te insulta e evitarás a extensão do revide.
Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-te-á preciosas lições.
Abençoa o sofrimento e o sofrimento regenerar-te-á.
Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção.
Não olvides o Divino Mestre da bênção.
Jesus abençoou a manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a Pedro, enfraquecido e vacilante, transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela plasmou o sinal da sublimação humana; abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida; e, por fim, abençoou a própria cruz, nela esculpindo a vitória da ressureição imperecível.
Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre.

(Mensagem Psicografada por Chico Xavier)

30 maio 2006

Necessidade e Socorro - Albino Teixeira


O homem sente fome.

Deus promove os recursos do pão.

O homem sente sede.

Deus faz o jorro da fonte.

O homem padece fraqueza.

Deus dá-lhe força.

O homem adquire a doença.

Deus institui o remédio.

O homem sofre desequilíbrio.

Deus estabelece o reajuste.

O homem chora em desespero.

Deus suscita a consolação.

O homem se desvaira no pessimismo.

Deus restaura a esperança.

O homem cai na sombra da ignorância.

Deus acende a luz da instrução.

Entretanto, Deus criou a liberdade de consciência, com responsabilidade, traçando o merecimento de cada um.

É assim que, entre a necessidade humana e o Socorro Divino, permanece a vontade do homem, que é plenamente livre para aceitar ou não o auxílio de Deus.

Livro: Caminho Espírita - Diversos Espíritos - Chico Xavier - C.E.C

28 maio 2006

No Templo - André Luiz


Entrar pontualmente no templo espírita para tomar parte das reuniões, sem provocar alarido ou perturbações.
O templo é local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores.
Dedicar a melhor atenção aos doutrinadores, sem conversação, bocejo ou tosse bulhenta, para que seja mantido o justo respeito ao lar da oração.
Os atos da criatura revelam-lhe os propósitos.
Evitar aplausos e manifestações outras, as quais, apesar de interpretarem atitudes sinceras, por vezes geram desentendimentos e desequilíbrios vários.
O silêncio favorece a ordem.
Com espontaneidade, privar-se dos primeiros lugares no auditório, reservando-os para visitantes e pessoas fisicamente menos capazes.
O exemplo do bem começa nos gestos pequeninos.
Coibir-se de evocar a presença de determinada entidade, no curso das sessões, aceitando, sem exigência, os ditames da Esfera Superior no que tange ao bem geral.
A harmonia dos pensamentos condiciona a paz e o progresso de todos.
Acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade, abraçando os encargos que lhe couberem, com desassombro e valor.
A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos.
Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos.
Os aparatos exteriores têm cristalizado a fé em todas as civilizações terrenas.
Oferecer a tribuna doutrinária apenas a pessoas conhecidas dos irmãos dirigentes da Casa, para não acumpliciar-se, inadvertidamente, com pregações de princípios estranhos aos postulados espíritas.
Quem se ilumina, recebe a responsabilidade de preservar a luz.
Nas reuniões doutrinárias, jamais angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou vendas de tômbolas, à vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento por benefícios.
A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo custo.

“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” —
Jesus. (MATEUS, 18:20.)

Livro: Conduta Espirita - André Luiz - Waldo Vieira

27 maio 2006

Vencerás - Emmanuel


Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones nas dificuldades.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia a dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realizações sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens nem fracassos.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim VENCERÁS.

Mensagem do livro “Astronautas do Além”
Psicografada por Francisco Cândido Xavier

26 maio 2006

Os Obreiros do Senhor - O Espírito da Verdade

Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: “Graça! graça!” O Senhor, porém, lhes dirá: “Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra.” Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.”
O Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)

(Retirado de "O Evangelho Segundo o Espiritismo"- Capítulo XX. - Allan Kardec)

25 maio 2006

O Mito da Alma Gêmea


Aristófanes, poeta cômico grego, contemporâneo de Sócrates, afirmou que no começo os homens eram duplos, com duas cabeças, quatro braços e quatro pernas.
Esses seres mitológicos eram chamados de andróginos.
Os andróginos podiam ter o mesmo sexo nas duas metades, ou ser homem numa metade e mulher na outra.
Bem, isso tudo Aristófanes criou para explicar a origem e a importância do amor.
O mito fala que os andróginos eram muito poderosos e queriam conquistar o Olimpo dos deuses, e para isso construíram uma gigantesca torre.
Os deuses, com o intuito de preservar seu poder, decidiram punir aquelas criaturas orgulhosas dividindo-as em duas, criando, assim, os homens e as mulheres.
Segundo o mito, é por isso que homens e mulheres vagueiam infelizes, desde então, em busca de sua metade perdida.
Tentam muitas metades, sem encontrar jamais a certa.
A parte do mito sobre a origem da humanidade perdeu-se ao longo das eras, mas a idéia de que o homem é um ser incompleto, em sua essência, perdura até hoje.
Talvez seja em função disso que o ser humano busca, incessantemente, por sua alma gêmea para preencher sua carência afetiva.
Embora o romantismo tenha sustentado esse mito por milênios, e muitos de nós desejemos que exista nossa metade eterna, é preciso refletir sobre isto à luz da razão.
Se fôssemos seres incompletos, perderíamos nossa individualidade.
Seríamos um espírito pela metade, e não poderíamos progredir, conquistar virtudes, ser feliz, a menos que nossa outra metade se juntasse a nós.
É certo que vamos encontrar muitas pessoas na face da terra com as quais temos muitas coisas em comum, mas são seres inteiros, e não pela metade.
O que ocorre é que, quando convivemos com uma pessoa com a qual temos afinidades, desejamos retê-la para sempre ao nosso lado.
Até aí não haveria nenhum inconveniente, mas acontece que geralmente desejamos nos fundir numa só criatura, como os andróginos do mito.
E nessa tentativa de fusão é que surge a confusão, pois nenhuma das metades quer abrir mão da sua forma de ser.
Geralmente tentamos moldar o outro ao nosso gosto, violentando-lhe a individualidade.
O respeito ao outro, a aceitação da pessoa do jeito que ela é, sem dúvida é a garantia de um bom relacionamento.
Assim, a relação entre dois inteiros é bem melhor do que entre duas metades.
As diferenças é que dão a tônica dos relacionamentos saudáveis, pois se pensássemos de maneira idêntica à do nosso par, em todos os aspectos, não teríamos uma vida a dois.
Pessoas com idéias diferentes têm grande chance de crescimento mútuo, sem que uma queira que o outro se modifique para que se transformem num só.
Assim, vale pensar que embora o romantismo esteja presente em novelas, filmes, peças teatrais, indicando que a felicidade só é possível quando duas metades se fundem, essa não é a realidade.
Todos somos espíritos inteiros, a caminho do aperfeiçoamento integral.
Não seria justo que nossos esforços por conquistar virtudes fosse em vão, por depender de outra criatura que não sabemos nem se tem interesse em se aperfeiçoar.
Por todas essas razões, acredite que você não precisa de outra metade para ser feliz.
Lute para construir na própria alma um recanto de paz, de alegria, de harmonia e segurança, como espírito inteiro que é.
Só assim você terá mais para oferecer a quem quer que encontre pelo caminho, com sua individualidade preservada e com o devido respeito à individualidade do outro.

Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base no cap. II, do livro A Filosofia e a Felicidade, de Philippe Van Den Bosch.
ed. Martins fontes.

24 maio 2006

Jesus em Casa - Emmanuel


Depois da prece com que nos cabe agradecer ao Senhor o pão da alma, abre as páginas do Evangelho e lê, em voz alta, alguns dos seus trechos de verdade e consolo, para o que receberas a inspiração dos Amigos Espirituais que te assistem.

O lar é o santuário em que a Bondade de Deus te situa. Não olvides a necessidade de Cristo no cenário de amor em que te refugias.

Escolhe alguns minutos por semana e reúne-te com os laços domésticos que te possam acompanhar no cultivo da lição de Jesus.

Quanto seja possível, na mesma noite e no mesmo horário, faze teu circulo íntimo de meditação e de estudo.

Depois da prece com que nos cabe agradecer ao Senhor o pão da alma, abre as páginas do Evangelho e lê, em voz alta, alguns dos seus trechos de verdade e consolo, para o que receberas a inspiração dos Amigos Espirituais que te assistem. Não é necessário a leitura por mais de dez minutos.

Em seguida, na intimidade da palavra livre e sincera, todos os companheiros devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades sentimentais.

Através da conversação edificante, emissários da Esfera Superior distribuirão idéias e forças, em nome do Cristo, para que horizontes novos iluminem o espírito de cada um.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Família.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
2a edição. CEU.

23 maio 2006

Os Anjos

O menino voltou-se para a mãe e perguntou:
- Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.
Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.
- É uma boa idéia, falou a mãe. Irei com você.
Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado.
A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava.
Lá se foram. O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.
De repente, uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis.
Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:
- Você é um anjo?
Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu na poeira da estrada.
Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.
- Ela não era um anjo, não é, mamãe?
- Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.
Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:
- Você é um anjo?
Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz:
- Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo.
Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu.
- Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado.
O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul.
Aquela moça, certamente, não era um anjo.
O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.
- Você me carrega?
- É claro, disse a mãe. Foi para isso que eu vim.
Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava.
Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:
- Mãe, você não é um anjo?
A mãe sorriu e falou mansinho: - Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.
***
Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiães dos seus amores. São mães, pais, filhos, irmãos que renunciam a si próprios, a suas vidas em benefício dos que amam.
As mães, sobretudo, prosseguem a se doar e velar por seus filhos, mesmo além da fronteira da morte, transformando-se em espíritos protetores daqueles que na terra ficaram, como pedaços de seu próprio coração.

(Do Livro das Virtudes II - Sobre Anjos)

(Baseado no livro "Em Torno do Mestre", cap. A semente e o fruto, pg. 277)

22 maio 2006

Prática Espírita

Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".
A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcóolicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indulgência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que adote.
Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".

"Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei." "Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade". "Fora da caridade não há salvação".

21 maio 2006

Mensagem do Homem Triste - Meimei


Passaste por mim com simpatia, mas quando me viste os olhos parados, indagaste em silêncio porque vagueio na rua.
Talvez por isso estugaste o passo e , embora te quisesse chamar, a palavra esmoreceu-me na boca.
É possível tenhas suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati, em vão, de oficina a oficina...
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar dignamente o meu pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade, e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despediram-me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão.
Não sei se notaste quando o guarda me arrancou à contemplação da vitrine, a gritar-me palavras duras, qual se eu fosse vulgar malfeitor.
Crê, porém, que nem de leve me passou pela mente a idéia de furto: apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno à casa.
Ignoro se observaste as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando-me embriagado, porque eu tremesse, encostado ao poste: afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo, não tive coragem de explicar-lhes que não tomo qualquer alimento há três dias...
A ti, porém, que me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação.
Agradeço a dádiva que me estendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver.
Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou seu irmão.

19 maio 2006

Do Médium - André Luiz


Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer outra pessoa.
O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.
No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões, tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando lealdade ao próprio dever.
Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.
Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim de que não se prive do ensinamento.
A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.
Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos.
O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz portador.
Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele fenômeno.
A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do Espírito.
Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha.
Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.
Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.
Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.
Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja.
No rastro do orgulho, segue a ruína.
Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável.
O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.

“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” Paulo. (I CORÍNTIOS, 12:7.)
Livro : Conduta Espirita - André Luiz - Waldo Vieira

18 maio 2006

Acidentados da Alma - Emmanuel

Compadeces-te dos caídos em moléstia ou desastre, que e apresentam no corpo comovedoras mutilações. Inclina-te, porém, com igual compaixão para aqueles outros que comparecem, diante de ti, por acidentados da alma, cujas lesões dolorosas não aparecem. Além da posição de necessitados, pelas chagas ocultas de que são portadores, quase sempre se mostram na feição de companheiros menos atrativos e desejáveis.
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando exigências ou formulando complicações, no entanto, bastas vezes trazem o coração sob provas difíceis; espancam-te a sensibilidade com palavras ferinas, contudo, em vários lances da experiência, são feixes de nervos destrambelhados que a doença consome; revelam-se na condição de amigos, supostos ingratos, que nos deixam em abandono, nas horas de crise, mas, em muitos casos, são enfermos de espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tramas da obsessão; acolhem-te o carinho com manifestações de aspereza, todavia, estarão provavelmente agitados pelo fogo do desespero, lembrando árvores benfeitoras quando a praga as dizima; são delinqüentes e constrangem-te a profundo desgosto, pelo comportamento incorreto; no entanto, em múltiplas circunstâncias, são almas nobres tombadas em tentação, para as quais já existe bastante angústia na cabeça atormentada que o remorso atenaza e a dor suplicia...
Não te digo que aproves o mal sob a alegação de resguardar a bondade. A retificação permanece na ordem e na segurança da vida, tanto quanto vige o remédio na defesa e sustentação da saúde. Age, porém, diante dos acidentados da alma, com a prudência e a piedade do enfermo que socorre a contusão, sem alargar a ferida.
Restaurar sem destruir. Emendar sem proscrever. Não ignorar que os irmãos transviados se encontram encarcerados em labirintos de sombra, sendo necessário garantir-lhes uma saída adequada.
Em qualquer processo de reajuste, recordemos Jesus que, a ensinar servindo e corrigir amando, declarou não ter vindo à Terra para curar os sãos.

Livro: "Estude e Viva"

17 maio 2006

Tensão Emocional - Emmanuel

Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais. Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação.
E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura encarnada se dilata com o tempo.
Insegurança, conflito íntimo, frustação, tristeza, desânimo, cólera, incoformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura, à força de se repetirem constatemente, dilapidando o cosmo orgânico.
Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilibrio.
Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la com paciência. Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.
Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento em que se te restaurem as energias. Serve o próximo, tanto quanto puderes.
Detém-te ao lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável. Não carregues ressentimentos.
Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz. Admite o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir.
Tempera a conversação com o fermento da esperança e da alegria. Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhado-te a zelar por ti mesmo.
Se amigos te abandonam, busca outros que te consigam compreender com mais segurança. Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor.
Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas. Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for.
Quanto à morte do corpo, não penses nisso, quardando a convicção de que ninguém existiu no mundo, sem a necessidade de enfrentá-la.
E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força, Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar. Deus fará sempre a parte mais importante.

(Mensagem Psicografada por Chico Xavier)

16 maio 2006

Teu Livro - Emmanuel


A existência na Terra é um livro que estás escrevendo...
Cada dia é uma página...
cada hora é uma afirmação de tua personalidade,
através das pessoas e das situações que te buscam.
Não menosprezes o ensejo de criar
uma epopéia de amor em torno de teu nome.
As boas obras são frases de luz que endereças à Humanidade inteira.
Em cada resposta aos outros, em cada gesto para os semelhantes,
em cada manisfestação dos teus pontos de vista
e em cada demonstração de tua alma,
grafas com tinta perene, a história de tua passagem.
Nas impressões que produzes, ergue-se o livro dos teus testemunhos.
A morte é a grande colecionadora que recolherá
as folhas esparsas de tua biografia,
gravada por ti mesmo, nas vidas que te rodeiam.
Não desprezes, assim a companhia da indulgência,
através da senda que o Senhor te deu a trilhar.
Faze uma área de amor ao redor do próprio coração,
porque só o amor é suficientemente forte e sábio
para orientar-te a escritura individual,
convertendo-a em compêndio de auxílio e esperança
para quantos te seguem os passos.
Vive, pois, com Jesus, na intimidade do coração,
não te afaste d'Ele em tuas ações de cada dia
e o livro de tua vida converter-se-á num poema de felicidade
e num tesouro de bênçãos.

(Mensagem Psicografada por Chico Xavier)

15 maio 2006

Ilação Espirita - Albino Teixeira

O impulso de odiar, quando não extirpado de nossa alma, será sempre fator de desequilíbrio. Primeiramente, leva à grande perturbação. Da grande perturbação, conduz à doença. Da doença, transporta à agressividade exagerada. Da agressividade exagerada, leva à delinqüência potencial. Da delinqüência potencial, é capaz de sair para loucura e crime, angústia ou queda, pela fermentação da culpa. E, na fermentação da culpa, o espírito pode atravessar muitos séculos em reencarnações de tratamento ou reajuste. Capacitemo-nos de que não vale odiar, de nenhum modo, e em tempo algum, de vez que somos espíritos eternos que Deus criou e não nos é lícito olvidar que Deus nos ama e sustenta, ampara e abençoa, promovendo recursos, tanto em nosso favor, quanto em favor dos outros, até que todos atinjamos as fontes da perfeição e da alegria. A face disso, toda vez que o impulso de odiar se nos reponte do ser, retornemos ao ensinamento do perdão, no Evangelho, e indaguemos de Jesus, nos recessos de nós próprios: - Senhor, quantas vezes, por dia, devo mostrar amor aos meus semelhantes? E a voz dele decerto se nos repercutirá no imo do coração: - Não digo que mostres amor tão-somente uma vez, mas setenta vezes sete vezes.

14 maio 2006

Carta às Mães - Casimiro Cunha

Minha irmã, se Deus te deu
A luz da maternidade,
Deu-te a tarefa Divina
de renúncia e da bondade.
Busca imitar no caminho
A Rosa de Nazaré
Irradiando o perfume
De Amor, de humildade e fé.
Lembra sempre em tua estrada,
Que a paz de tua missão
É feita dessa ternura
Que nasce do coração.
Contempla em cada filhinho
Um luminoso sorriso
Da alegria dolorosa
Que te leva ao paraíso
Porque, ser mãe, minha irmã,
É ser prazer sobre as dores
É ser luz, embora a estrada
Tenha sombras e amargores
Ser mãe é ser a energia
Que domina os escarcéus,
É ser nas mágoas da Terra
Um sacrifício dos céus.
Ama o filho de outra mãe
Qual se fora teu também,
E estarás santificando
Teu lar nas luzes do bem.
Castiga amando o teu filho
Em teu carinho profundo.
Prefere o teu próprio ensino
Às tristes lições do mundo.
Recorda que está contigo
A missão de renovar,
De corrigir perdoando,
De esclarecer e ensinar.
Nos teus exemplos repousa
A esperança do Senhor,
Que há de salvar este mundo
Por meio de Teu Amor.

CASIMIRO CUNHA Livro: CARTAS DO EVANGELHO Psicografia: Francisco Cândido Xavier

13 maio 2006

Homenagem as Mães

Mãe - Rose Meire de Oliveira

Que mistérios se encontram dentro desta pequenina palavra?!
Tão pequena que nem tem separação silábica!!
É simplesmente Mãe...

Mas se a palavra é pequena, o significado é enorme
e a responsabilidade maior ainda!!!

A mulher tem a missão de receber o espírito reencarnante ...
é em seu organismo que o corpo toma forma e vigor,
é assim que ela se torna não apenas Mãe,
mas um importante instrumento da misericórdia Divina,
que nos concede uma nova chance aqui na Terra.

Falamos da Mãe, mas o Pai, assim como todo o
círculo familiar é importante e tem seus
méritos, débitos e responsabilidades
para com o espírito em processo reencarnatório.

Os vínculos entre os pais, e especialmente entre
a Mãe e o reencarnante, começam bem antes da concepção.

São inúmeros trabalhos desenvolvidos pelas
equipes espirituais para o sucesso da reencarnação.

Verdadeiras sessões de análise,
onde os espíritos envolvidos são conscientizados de suas missões,
ajustes, e da oportunidade que lhes é dada.

É muito importante a aceitação da família e
pessoas próximas.

Sim, e os amigos espirituais trabalham
para que isso ocorra, enviando sugestões mentais e
protegendo o lar de possíveis "ataques" espirituais
(de encarnados e desencarnados)

Como diz André Luiz em Missionários da Luz,
no plano espiritual há os chamados "construtores",
sendo o nosso corpo um verdadeiro "edifício",
sofisticadíssimo, que deve ser cuidadosamente planejado.

Mapas genéticos são minuciosamente elaborados.
E como é que você acha que aquele,
sim... aquele determinado espermatozóide,
que leva informações passíveis de mudar um corpo e
conseqüentemente uma reencarnação,
é o que fecunda o óvulo?!!

Ah!! Isso você estudou em ciência né?!!

Simples, é o mais rápido, o mais perfeito,
o melhor!! Certo?!!

Errado!!

É o espermatozóide que se sintoniza com o reencarnante.

E é nesse exato momento que ocorre o
"choque biológico"...

Parabéns

Você é mamãe!!

Site: Outro Lado

Idendificação Espírita - Albino Teixeira


O espírita é aquele servidor do Evangelho que, no campo da observação :
lê tudo;
ouve tudo;
vê tudo;
e analisa tudo;
mas retém apenas a substância que lhe seja de proveito real.
Na esfera da vivência:
respeita a todos;
serve a todos;
lida com todos;
e trabalha na senda de todos;
mas permanece tão-somente com aqueles que estão procurando o caminho
de acesso ao Reino de Deus.
Entre a observação e a vivência, ele pratica :
todo o bem que pode;
onde pode;
como pode;
e quanto pode.
Em suma, é possível indentificar o espírita como um companheiro de
Jesus Cristo na experiência humana,
que nem sempre faz aquilo que quer, mas faz
constatemente aquilo que deve.

Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier

12 maio 2006

A Alma Também - André Luiz


Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

11 maio 2006

Lucrará Fazendo Assim - André Luiz


Reconforte o desesperado.
Você não escapará às tentações do desânimo nos círculos de luta.

Levante o caído.
Você ignora onde seus pés tropeçarão.

Estenda a mão ao que necessita de apoio.
Chegará seu dia de receber cooperação.

Ampare o doente.
Sua alma não está usando um corpo invulnerável.

Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido.
Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.

Acolha o infortunado.
Nem sempre o céu estará inteiramente azul para seus olhos.

Tolere o ignorante e ajude-o.
Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.

Console o triste.
Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.

Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos.
Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.

Seja benévolo para com os dependentes.
Não se esqueça de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer.

André Luiz Do livro "Agenda Cristã" Psicografada por Francisco Cândido Xavier

10 maio 2006

A língua - André Luiz

A Língua

o obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

  1. Ponderada - favorece o juízo.
  2. Leviana - descortina a imprudência.
  3. Alegre - espalha otimismo.
  4. Triste - semeia desânimo.
  5. Generosa - abre caminho à elevação.
  6. Maledicente - cava despenhadeiros.
  7. Gentil - provoca reconhecimento.
  8. Atrevida - traz a perturbação.
  9. Serena - produz calma.
  10. Fervorosa - impõe a confiança.
  11. Descrente - invoca a frieza.

Palavras


Que sua boca só sirva para elevar.

Que tuas palavras só sirvam para construir.

As palavras serão seu discernimento do teu proceder para com o teu próximo.

As palavras consolam, quando estás tristes.

Use-as para a caridade ao teu irmão.

Que tua boca seja um templo, e não um sepulcro.

Senão tiverem utilidades as tuas palavras, cale-se!

Porque responderás por tudo que proferires, contra o teu próximo.

Queridos irmãos, que Jesus seja o nosso guia.


Mensagem recebida em nossa Casa do Caminho - Autor Desconhecido

Na hora da crise - Emmanuel

Na hora da crise, emudece os lábios
e ouve as vozes que falam, inarticuladas,
no imo de ti mesmo.
Perceberás, distintamente, o conflito.
É o passado que teima em ficar e o
presente que anseia pelo futuro.
É o cárcere e a libertação.
A sombra e a luz.
A dívida e a esperança.
É o que foi e o que deve ser.
Na essência, é o mundo e o Cristo no coração.
Grita o mundo pelo verbo dos amigos e dos adversários, na Terra e além da Terra.
Adverte o Cristo, através da responsabilidade que nos vibra na consciência.
Diz o mundo: «acomoda-te como puderes».
Pede o Cristo: «levanta-te e anda».
Diz o mundo: «faze o que desejas».
Pede o Cristo: «não peques mais».
Diz o mundo: «destrói os opositores».
Pede o Cristo: «ama os teus inimigos».
Diz o mundo: «renega os que te incomodem».
Pede o Cristo: «ao que te exija mil passos,
caminha com ele dois mil».
Diz o mundo: «apega-te à posse».
Pede o Cristo: “ao que te rogue a túnica
cede também a capa”.
Diz o mundo: «fere a quem te fere».
Pede o Cristo: «perdoa sempre».
Diz o mundo: «descansa e goza».
Pede o Cristo: «avança enquanto tens luz».
Diz o mundo: «censura como quiseres».
Pede o Cristo: «não condenes».
Diz o mundo: «não repares os meios
para alcançares os fins».
Diz o Cristo: «serás medido pela medida que
aplicares aos outros».
Diz o mundo: «aborrece os que te aborreçam».
Pede o Cristo: «ora pelos que te
perseguem e caluniam».
Diz o mundo: «acumula ouro e poder
para que te faças temido».
Diz o Cristo: «provavelmente nesta noite pedirão tua alma e o que amontoaste
para quem será?»
Obsessão é também problema de sintonia.
O ouvido que escuta reflete a boca que fala.
O olho que algo vê assemelha-se,
de algum modo, à coisa vista.
Não precisas, assim, sofrer longas hesitações
nas horas de tempestade.
Se realmente procuras caminho justo,
ouçamos o Cristo, e a palavra dele, por bússola infalível, traçar-nos-á rumo certo.

09 maio 2006

Domínio da Ira - Joanna de Ângelis

Tão comuns se te fazem a irritabilidade e o reproche, que estás perdendo o equilíbrio, o discernimento sobre o limite das tuas forças.
Habituas-te à reprimenda e à contrariedade de tal forma, que perdes o controle da emoção, deixando de lado os requisitos da urbanidade e do respeito ao próximo.
Freqüentemente deixas-te arrastar pela insidiosa violência, que se te vai instalando no comportamento, passando de um estado de paz ao de guerra por motivo de somenos importância.
Sem te dares conta, perdes o contato do amor e passas a ser temido, por extensão detestado.
A irascibilidade gera doenças graves, responsáveis por distonias físicas e mentais de largo alcance.
Da ira ao ódio o passo é breve, momentâneo, e o recuo difícil.
Tem tento, e faze uma revisão dos teus atos, tornando-te mais comedido e pacificado.
Ouve quem te fala, sem idéia preconcebida.
Desarma a emoção, a fim de agires com imparcialidade.
A idéia preconceituosa abre espaço mental à irascibilidade.
É necessário combater com ações mentais contínuas, as reações que te assomam entorpecendo-te a lucidez e fazendo-te um tresvariado.
A reflexão e o reconhecimento dos próprios erros são recursos valiosos para combater a irritação sistemática.
Tem a coragem de reconhecer que erras, que te comprometes, não te voltando contra os outros como efeito normal do teu insucesso.
A ira cega, enlouquece.
Provocando uma vasoconstrição violenta no sistema circulatório, leva à apoplexia, ao enfarto, à morte.
Um momento de irritação, e fica destruída uma excelente Obra.
O trabalho de um período demorado reduz-se a cinzas, qual ocorre com a faísca de fogo atingindo material de fácil combustão.
A ira separa os indivíduos e fomenta lutas desditosas.
Estanca o passo e retrocede na viagem do desequilíbrio.
Recorre à oração.
Evita as pessoas maledicentes, queixosas, venenosas. Elas se te fazem estímulo constante à irritabilidade, ao armamento emocional contra os outros.
A tua vida é preciosa, e deves colocar todas as tuas forças a serviço do amor.
Desde que és forte, investe na bondade, na paciência e no perdão, que são degraus de ascensão.
Para baixo é fácil, sem esforço, o processo de queda.
A sublimação, a subida espiritual, são o desafio para os teus valores morais.
Aplica-os com sabedoria e fruirás de paz, aureolado pela simpatia que envolve e felicita a todos.
Ademais, a ira é porta de acesso à obsessão, à interferência perniciosa dos Espíritos maus, enquanto o amor; a doçura e o perdão são liames de ligação com Deus, plenificando o homem.

Livro: "Momentos de Felicidade" - Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo P. Franco - Editora: LEAL

08 maio 2006

O Obreiro do Senhor - Emmanuel


Cada criatura mora espiritualmente
na seara a que se afeiçoa.
É assim que, se o justo arrecada prêmios da
retidão, o delinqüente, em qualquer parte,
recolhe os frutos do crime.
O obreiro do Senhor, por isso mesmo,
onde surja, é conhecido por traços essenciais.
Não cogita do próprio interesse.
Não exige cooperação para fazer o bem.
Não cria problemas.
Não suspeita mal.
Não cobra tributos de gratidão.
Não arma ciladas.
Não converte o serviço em fardo insuportável
nos ombros do companheiro.
Não transforma a verdade em lâmina de
fogo no peito dos semelhantes.
Não reclama santidade nos outros, para ser útil.
Não fiscaliza o vintém que dá.
Não espia os erros do próximo.
Não promove o exame das consciências alheias.
Não se cansa de auxiliar.
Não faz greve por notar-se desatendido.
Não desconhece as suas fraquezas.
Não cultiva espinheiros de intolerância.
Não faz coleção de queixas.
Não perde tempo em lutas desnecessárias.
Não tem a boca untada com veneno.
Não sente cóleras sagradas.
Não ergue monumentos ao derrotismo.
Não se impacienta.
Não se exibe.
Não acusa.
Não critica.
Não se ensoberbece.

Entretanto, freqüentemente aparece na Seara Divina quem condene os outros e iluda a si mesmo, supondo-se na posse de imaginária dominação.
O obreiro do Senhor, todavia, encarnado ou desencarnado, em qualquer senda de educação e em qualquer campo religioso, segue à frente, ajudando e compreendendo, perdoando e servindo, paracumprir-lhe, em tudo, a sacrossanta Vontade.

Religião dos Espiritos - Emmanuel

07 maio 2006

Rotulagem - Emmanuel


A rotulagem não tranqüiliza.

Procuremos a essência.

Há louvores em memória do Cristo, em muitos estandartes que estimulam a animosidade entre irmãos.

Há símbolos do Cristo em numerosos tribunais que, em muitas ocasiões, apenas exaltam a injustiça.

Há preciosas referências ao Cristo, em vozes altamente categorizadas da cultura terrestre, que, em nome do Evangelho, procuram estender a miséria e a ignorância.

Há juramentos por Cristo, através de conversações que constituem vastos corredores na direção das trevas.

Há invocações verbais ao Cristo, em operações puramente comerciais, que são escuros atentados à harmonia da consciência.

Meditemos na extensão de nossos deveres morais, no círculo das responsabilidades que abraçamos com a fé cristã.

Jesus permanece em imagens, cartazes, bandeiras, medalhas, adornos, cânticos, poemas, narrativas, discursos, sermões, estudos e contendas, mas isso é muito pouco se lhe não possuímos o ensinamento vivo, na consciência e no coração.

É sempre fácil externar entusiasmo e convicção, votos brilhantes e frases bem feitas.

Acautelemo-nos, porém, contra o perigo da simples rotulagem. com o Apóstolo, não nos esqueçamos de que, se não possuímos o espírito do Cristo, dele nos achamos ainda consideravelmente distantes.

Fonte Viva - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier - FEB - capítulo 170.

06 maio 2006

O Verdadeiro Espírita - Jamil Salomão

“O espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.” – Allan Kardec

O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.

O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.

A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?

Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?

Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus freqüentadores, além do Passe e da Água Fluidificada, a orientação doutrinária, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes

(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)

05 maio 2006

A Bênçao do Esquecimento

Um dos postulados básicos do espiritismo é o da pluralidade das existências ou reencarnação.
A evolução dos espíritos exige inúmeras existências para aperfeiçoar-se.
Todos são criados simples e ignorantes,
mas seu destino é tornarem-se anjos.
A magnitude da meta evidencia a impossibilidade de ser alcançada
no curto espaço de uma vida terrena.
Um questionamento freqüentemente levantado a essa idéia refere-se ao esquecimento das existências passadas.
Afirma-se que esse olvido é contraproducente.
Se já vivemos muitas vezes na terra,
por que não nos lembramos?
Segundo alguns, a lembrança auxiliaria a não repetir os equívocos do passado.
Também serviria de incentivo à adoção
de um patamar nobre de conduta.
Afinal, seria possível correlacionar as dores atuais a específicos erros de outrora.
Conseqüentemente, as criaturas teriam
interesse em agir com dignidade.
A crítica parece sedutora, mas não resiste
a uma análise criteriosa.
Tenha-se em mente que o esquecimento constitui a regra geral.
Raras pessoas têm, naturalmente, a lembrança de seu agir em outras existências.
A sabedoria divina certamente possui razões para assim estabelecer.
Convém recordar que a lei do progresso rege a vida. Toda a criação está em permanente processo de evolução e metamorfose.
Na conformidade dessa lei, os espíritos não retroagem em suas conquistas.
As posições sociais mudam constantemente, mas ninguém é hoje pior do que já foi um dia.
As conquistas morais e intelectuais dos
espíritos jamais são perdidas.
Assim, cada homem hoje se encontra no auge
de seu processo evolutivo.
Ninguém nunca foi no passado mais bondoso ou nobre do que é agora.
Ocorre que a maioria absoluta da humanidade possui atualmente inúmeras mazelas morais.
Isso evidencia que o passado dos homens, em geral, não é repleto de nobres e belas ações.
Nesse contexto, o esquecimento das encarnações pretéritas constitui uma bênção.
No âmbito de uma única existência, quantas vezes a criatura deseja esquecer seus equívocos?
Não é fácil conviver com a lembrança de atos levianos. Inúmeros relacionamentos periclitam pela dificuldade dos seres humanos relevarem
os erros recíprocos. E, na verdade, os erros
são inerentes ao processo de aprender.
Não é possível sair da mais completa ignorância e transitar para a angelitude sem cometer equívocos nesse gigantesco caminhar.
Para propiciar os acertos necessários,
a divindade permite o esquecimento
do viver pretérito.
O que se viveu persiste na forma de
intuições e tendências, simpatias e antipatias, facilidades e dificuldades.
Muitas vezes, o inimigo de ontem renasce na condição de um filho. O esquecimento permite a transformação da mágoa em amor.
Ante o rostinho rosado e o olhar ingênuo
de uma criança, torna-se possível amar
a quem ontem odiávamos.
Quem outrora nos incomodava hoje nos
auxilia na figura de um amigo ou irmão.
Sob a bênção do esquecimento, refundem-se
as emoções e elos fraternos se estabelecem.
Assim, não é relevante lembrar o passado.
O importante é viver bem o presente.

04 maio 2006

Fatalidade e Livre Arbítrio - Emmanuel

Antes do regresso à experiência no Plano Físico, nossa alma, em prece, roga ao Senhor a concessão da luta para o trabalho de nosso próprio reajustamento. Solicitamos a reaproximação de antigos desafetos. Imploramos o retorno ao círculo de obstáculos que nos presenciou a derrota em romagens mal vividas... Suplicamos a presença de verdugos com quem cultiváramos o ódio, para tentar a cultura santificante do amor...
Pedimos seja levado de novo aos nossos lábios o cálice das provas em que fracassamos, esperando exercitar a fé e a resignação, a paciência e o valor...
E com a intercessão de variados amigos que se transformam em confiantes avalistas de nossas promessas, obtemos a benção da volta.
Somos herdeiros do nosso pretérito e, nessa condição, arquitetamos nossos próprios destinos.
O egoísmo e a vaidade costumam retomar
o leme de nosso destino e abominamos o sofrimento e o trabalho, quais se fossem duros algozes, quando somente com o auxílio deles conseguimos soerguer o coração para a vitória espiritual a que somos endereçados.
É, por isso, que fatalidade e livre arbítrio coexistem nos mínimos ângulos de nossa jornada planetária. Geramos causas de dor ou alegria, de saúde ou enfermidade em variados momentos de nossa vida.
Aceitemos os problemas e as inquietações que a Terra nos impõe agora, atendendo aos nossos próprios desejos, na planificação que ontem organizamos, fora do corpo denso, e tenhamos cautela com o modo de nossa movimentação no campo das próprias tarefas, porque, conforme as nossas diretrizes de hoje, na preparação do futuro, a vida nos oferecerá amanhã paz ou luta, felicidade ou provação, luz ou treva, bem ou mal.

Emmanuel

03 maio 2006

Pegadas na Areia

Uma noite eu tive um sonho....
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor, e através do céu, passavam cenas da minha vida. Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu, e o outro era do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas
na areia, e notei que muitas vezes no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei, também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver; isso aborreceu-me deveras, e perguntei:
" Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, todo o caminho, mas notei que durante as maiores atribulações do meu viver havia, na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.
Não compreendo porque nas horas que eu mais
necessitava de Ti, Tu me deixastes".
O Senhor respondeu:
"Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando viste na areia, apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que Eu te carreguei nos braços".

02 maio 2006

Realização em Caridade - Joanna de Ângelis

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia"

Sim, existe grande número de pessoas mais bem qualificadas do que tu, para o ministério do amor e a realização da solidariedade na Terra.
Sem dúvida, há multidões que estão menos capacitadas para o mesmo mister, em relação a ti.
O importante, porém, não é como se encontram uns e outros, mas sim, como estás, a fim de que a ação do bem se manifeste, alterando as atuais estruturas morais anárquicas e ensejando a implantação da bondade, do perdão, da caridade entre os homens.
A renovação do mundo jamais se dará mediante imposições legais, embora estas sirvam para frear os desconcertos emocionais e éticos; todavia, será resultante da transformação pessoal de cada criatura, cuja conduta espelhará a excelência do seu equilíbrio e da sua realização superior.
Numa obra de conjunto, todos os elementos são de importância para os resultados que se pretendem. Há fatores que respondem pela precisão e qualidade do trabalho, como existem os que se responsabilizam pela resistência e durabilidade.
São valiosos os de grande porte, nos quais outros se fixam, como os de pequeno volume que acionam o todo e se encarregam da harmonia geral.
Funcionam em equilíbrio, porque cada peça obedece à finalidade para a qual foi elaborada, cada uma cumprindo com a função que lhe é destinada.
No mundo social e moral não é diferente. Quando alguém se ajusta, surge a harmonia no todo; quando se descontrola ou cai, aparece o desequilíbrio.

Fala-se demais em técnica e qualificação como condições essenciais para os empreendimentos relevantes.
Sem os desconsiderar, enquanto estes não chegam, que os valores da dedicação e do serviço se apresentem e dêem início ao programa.
Antes de surgir o arado mecânico, largos tratos de terra forma revolvidos pelo de tração animal; até o advento da lâmpada, lampiões, candeeiros e outros mecanismos rudes se fizeram instrumentos da claridade vencendo as sombras.
Assim, não te detenhas, porque te consideres desarmado de altos valores a que muitas criaturas se referem.
Se não podes implantar a paz, vence a tua violência íntima.
Se não consegues transformar o mundo, melhora-te interiormente.
Se não logras ser uma estrela, torna-te uma lamparina modesta, porém valiosa.

Da mesma forma, evita o desânimo, quando considerando a massa humana volumosa que se encontra em condição menos feliz que a tua.
O adubo, mesmo desprezado, é fator de vida.
A chuva, embora rápida, beneficia.
O Sol, mesmo no entardecer, aquece.

Recorda-te de que "...Deus é caridade; e quem está em caridade está em Deus e Deus nele", conforme anotou o apóstolo João, na sua primeira carta, capítulo quatro, versículo dezesseis.


Retirado do livro "Alegria de Viver" - de Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis

01 maio 2006

Trabalhar - André Luiz

Se você acredita no valor da preguiça, olhe a água parada.
Seja qual seja o seu problema, o trabalho será sempre a sua base de solução.
Não existe processo de angústia que não se desfaça ao toque do trabalho.
Diante de qualquer sofrimento o trabalho é o nosso melhor caminho para a libertação.
O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além das nossas supostas possibilidades na construção do bem.
Não se aborreçam se alguns companheiros lhe abandonaram a estrada; continue em seu próprio dever e o trabalho lhe trará outros.
O que você faz é aquilo que você tem.
A força está com a razão, mas a razão está do lado de quem trabalha.
Todos os medicamentos são valiosos na farmácia da vida, mas o trabalho é o remédio
que oferece complemento a todos eles.
Quem trabalha encontra meios de esclarecer, mas não tem tempo de discutir.
O sucesso quase sempre se forma com uma parte de ideal e noventa e nove partes de suor
na ação que o realiza.

Respostas da Vida - André Luiz
(Aquarela de Donald Zolan)