Total de visualizações de página

03 janeiro 2007

Não Tanto... - Emmanuel

Não tanto...

Indubitavelmente, o Espiritismo é doutrina de libertação e de paz; no entanto, não nos podemos escorar nisso para justificar a rebeldia e a irresponsabilidade onde estejam. A propósito de semelhante afirmativa, alinharemos algumas legendas, junto das quais, em nome do Espiritismo, muitos enganos se cometem, quando não sejam lastimáveis abusos:

TERRA – Referimo-nos, vezes e vezes, ao Planeta por estância de provas: todavia, não tanto que não lhe reconheçamos a função de escola bendita em que nos preparamos para as Esferas Superiores.

CORPO – Figuramos habitualmente o corpo material como sendo armadura de carne, encarcerando a alma: contudo, não tanto que não lhe observemos a condição de instrumento precioso, no aperfeiçoamento do espírito.

FAMÍLIA – Mencionamos, em muitas circunstâncias, a consangüinidade, no plano físico, por sistema de ligações regenerativas ou expiatórias, mas não tanto que não saibamos agradecer as bênçãos do amor e os tesouros do lar, na luz da reencarnação.

SEXO – Compreendemos que a individualidade humana é livre para presidir as suas próprias manifestações de afetividade: todavia, não tanto que se prevaleça disso para escarnecer os sentimentos alheios e retalhar corações, depois de escravizá-los à confiança.

DINHEIRO – Quase sempre nos reportamos à fortuna terrestre como sendo um perigo moral para os que a desfrutam, porém, não tanto que não vejamos nela poderosa alavanca do progresso e do bem,

TÍTULO – Interpretamos, de modo geral, as titulações terrenas por acesso arriscado à influência e ao poder, mas não tanto que não as aceitemos por mandatos da Vida Maior, oferecendo aos seus portadores valioso ensejo de construir novas estradas de educação e aprimoramento, concórdia e apoio fraterno, em benefício da Humanidade.

CONVENÇÕES – Costumamos categorizar os preconceitos do mundo social por amarras de sombra, obstando os mais altos vôos de nossos mais altos ideais: todavia não tanto que não lhes admitamos o papel de diques compreensíveis contra o extravasamento das paixões animalizadas que caracterizam a maioria de nós outros, os espíritos em aprendizado e evolução, nos diversos planos da Terra.

INDEPENDÊNCIA – Entendemos a liberdade por direito natural da criatura consciente de viver a sua própria vida mas não tanto que se apóie nisso para tumultuar ou prejudicar a vida dos outros.

Doutrina Espírita é Jesus que retorna ao caminho dos homens, e, diante de Jesus, direito sem dever e emancipação sem responsabilidade são vias descendentes para o mergulho nas trevas.

Livro: Passos da Vida - Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Nenhum comentário: