O CRISTO MODERNO
A modernidade da Cristo não está na figura de gravata e chapéu que tentaram sobrepor à sua imagem clássica. Está na interpretação nova do Cristo que surge das pesquisas históricas e da revelação espiritual que rompe o túmulo da letra. Sepultado na letra que mata, durante dois milênios, o Cristo ressuscita para o terceiro milênio no espírito que vivifica, segundo a expressão paulina. É a nova ressurreição no terceiro dia, cada dia correspondendo a um milênio.
O Cristo ressuscitado substitui o Cristo morto da tragédia grega da Paixão. Não mais o vemos pregado na cruz ou enterrado junto ao Calvário. O homem moderno sente o Cristo ao seu lado. Se todos ressuscitamos e continuamos atuantes na vida, por que motivo o Cristo, Nosso Senhor, continuaria morto? Essa tese é do apóstolo Paulo em sua I Epístola aos Coríntios, mas só agora se impõe à consciência do mundo. Porque só agora o mundo está preparado para compreendê-la. Os mitos do passado se dissolvem à luz da razão esclarecida e a fé se renova ante as conquistas da Ciência, até agora acusada de inimiga da Fé.
Graças a isso Maria Dolores pôde ver, neste Natal, o homem moderno, junto à sua construção descomunal, dialogar solitário com o Cristo moderno que é o seu contemporâneo de todas as encarnações e reencarnações, no passado, no presente e no futuro. A figura clássica do Cristo sobrevive intacta ao longo da História, porque não é a figura de um homem do passado, mas o ideal humano que todos buscamos, o arquétipo divino que nasce do mito para a realidade vivencial de todos os tempos.
O pranto mudo em que o homem se cala, nasce da fonte oculta das suas desilusões. De que valem as conquistas da Ciência e as construções descomunais, se a inteligência vitoriosa continua faminta de paz e amor? O reconhecimento dessa realidade áspera lembra o instante em que a vara de Moisés fez brotar a água do coração da rocha. Este é o Natal do reencontro. No fundo de si mesmo o homem moderno vê nascer o novo Cristo que, no entanto, é o companheiro de sempre a oferecer-lhe as diretrizes de paz e amor.
O Cristo ressuscitado substitui o Cristo morto da tragédia grega da Paixão. Não mais o vemos pregado na cruz ou enterrado junto ao Calvário. O homem moderno sente o Cristo ao seu lado. Se todos ressuscitamos e continuamos atuantes na vida, por que motivo o Cristo, Nosso Senhor, continuaria morto? Essa tese é do apóstolo Paulo em sua I Epístola aos Coríntios, mas só agora se impõe à consciência do mundo. Porque só agora o mundo está preparado para compreendê-la. Os mitos do passado se dissolvem à luz da razão esclarecida e a fé se renova ante as conquistas da Ciência, até agora acusada de inimiga da Fé.
Graças a isso Maria Dolores pôde ver, neste Natal, o homem moderno, junto à sua construção descomunal, dialogar solitário com o Cristo moderno que é o seu contemporâneo de todas as encarnações e reencarnações, no passado, no presente e no futuro. A figura clássica do Cristo sobrevive intacta ao longo da História, porque não é a figura de um homem do passado, mas o ideal humano que todos buscamos, o arquétipo divino que nasce do mito para a realidade vivencial de todos os tempos.
O pranto mudo em que o homem se cala, nasce da fonte oculta das suas desilusões. De que valem as conquistas da Ciência e as construções descomunais, se a inteligência vitoriosa continua faminta de paz e amor? O reconhecimento dessa realidade áspera lembra o instante em que a vara de Moisés fez brotar a água do coração da rocha. Este é o Natal do reencontro. No fundo de si mesmo o homem moderno vê nascer o novo Cristo que, no entanto, é o companheiro de sempre a oferecer-lhe as diretrizes de paz e amor.
Por Irmão Saulo
Do livro Diálogo dos Vivos
Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires
Do livro Diálogo dos Vivos
Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires
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