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23 junho 2012

O Espírita e o Trabalho em Grupo - Wellington Balbo


O Espírita e o Trabalho em Grupo

Pesquisas demonstram que atualmente os jovens que adentram o mercado de trabalho estão muito preocupados em trabalhar em grupo.

Fácil então deduzir que o trabalho em grupo é uma tendência a se enraizar cada vez mais, não apenas no circulo profissional, como também em todas as outras esferas de atuação do ser humano. Estamos mais sociáveis, caro leitor, autêntico sinal de progresso. Embora a convivência muitas vezes seja complicada, fruto de nossa intemperança, é real que estamos mais dispostos a aceitá-la.

E esse interesse de trabalhar em grupo se acopla perfeitamente ao que pensam as empresas e devem pensar demais instituições; todas querem talentos dispostos a ter bons relacionamentos interpessoais. E é justamente o que pede o mundo contemporâneo: muitas cabeças pensando, se encontrando e desencontrando a fim de entrar em comum acordo e atingir os objetivos com excelência.

Perguntará o leitor onde quero chegar com essa conversa. Pois sim, quero adaptá-la ao cotidiano do Centro Espírita, mais precisamente enfocando escritores e expositores.

Se o trabalho de psicografia é a dobradinha entre desencarnado e encarnado a render bênçãos inefáveis, natural que exista também a dobradinha encarnado e encarnado a render essas mesmas bênçãos.

Salutar será que expositores e escritores espíritas abordem assuntos concernentes a Doutrina Espírita, em parceria. Sim, por que não? Artigos escritos em parceria, palestras proferidas em parceria, livros trabalhados em parceria ou até mesmo em grupo, trazendo as luzes da codificação analisadas sob inúmeras óticas, sem é óbvio se perder em desvios doutrinários. Os benefícios serão imensos, o grupo ou a dupla unida em nobres ideais de popularização do espiritismo trarão ao leitor uma maior riqueza de informações, além de promover a união e aproximação dos envolvidos, podendo inclusive contagiar mais e mais pessoas a estudar, pesquisar e conhecer a real finalidade do espiritismo.

Porque é fato, caro leitor, o esforço individual é válido, porém, a união de esforços, o trabalho em grupo por propagar determinada idéia tem poder avassalador de comover e conquistar.

E o mundo com o apoio da própria espiritualidade nos convida à união, afinal, a alguns anos esse intercâmbio seria bem mais complicado, hoje com o advento da tecnologia não há barreiras para a aproximação das pessoas. As opiniões são trocadas e a interação consumada em prazo segundos.

Bem o sabemos que já existem muitos escritores e oradores trabalhando em conjunto, contudo, será benéfico a todo movimento espírita se essa prática se popularizar ainda mais.

Em 2005 tive a grata surpresa de escrever em parceria com o amigo Orson Peter Carrara alguns artigos em comemoração aos cento e quarenta anos de o livro “O Céu e o Inferno”, artigos que foram gentilmente publicados pelo Jornal Verdade e Luz da USE Ribeirão Preto, experiência impar, de grande utilidade porque nos locomoveu a pensar em parceria, a analisar um outro foco da questão, enfim, a procurar soluções coerentes doutrinariamente falando e que agradassem a ambos. Com isso ganhamos nós ao exercitar o raciocínio, utilizar a flexibilidade e aprender a se adaptar ao universo do outro. Sei que o amigo de Matão vem repetindo a experiência com mais escritores.

Tomara então que se proliferem nos Centros Espíritas e também na imprensa espírita a prática de se trabalhar mais intensamente em grupo, com toda certeza o movimento espírita terá muito a ganhar com essa adesão dos trabalhadores.

Pensemos nisso.

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