A REALIDADE DA MORTE
Com toda certeza a Doutrina Espírita, como reformadora das religiões e
de todas as tradições e costumes que não estão com as verdades das Leis
e da Natureza do nosso mundo. Entre essas reformas está, até então, a
chamada “morte” que na realidade não existe, mas sim, uma transmutação
do Espírito do corpo físico para o corpo espiritual. Assim, o
Espiritismo veio desmistificar a “morte” e esta verdade vai levar o
Homem a ter a total responsabilidade de seus atos, pois não terá a
suposta “morte” para encobrir seus atos maléficos.
Portanto, com entendimento da não extinção da vida pela desagregação
do corpo orgânico mais denso, saberá que carregará sempre as suas más
condutas contra seu próximo e contra a Natureza.
Esta Doutrina Consoladora veio transformar completamente a crença
errônea da vida única do ser humano, através dos ensinos dos Espíritos
Superiores, assim, encarando a “morte” do corpo físico mais denso com a
maior serenidade.
Somente para elucidar compara-se o sono físico com a “morte”. No caso
do sono físico, quando o Espírito não se desprende parcialmente de
junto ao aparelho físico denso, sofre os reflexos das sensações
vivenciadas durante o dia e, em consequência, terá pesadelos durante
esse repouso e despertará cansado.
O mesmo ocorre quando do despertar
pós-sepulcro, o Espírito não preparado para a sequência da vida eterna,
sofre os reflexos da vivência carnal, perturbando-o no plano espiritual.
No entanto, os que viveram a renúncia, a generosidade e entregaram-se
à prática da caridade e aos estudos, conquistaram o desprendimento dos
fluidos pesados da vida material, libertando-se com rapidez dos despojos
carnais e tomando, com lucidez, as rédeas de seus atos e pensamentos,
agora no plano espiritual.
Quando se fala em mundo material e mundo espiritual é somente no
sentido de se demonstrar a sequência que existe para o Espírito Eterno,
em sua caminhada progressista, entre planos diferentes de vivências,
entretanto, não são dois mundos, mas um único mundo, a do planeta Terra.
Na verdade, o que existe são dois campos vibratórios diferentes. O
campo vibratório mais grosseiro pertencente a crosta terrestre, que se
percorre com o corpo chamado de carne, onde essas energias encontram-se
condensadas e que se traduz em ser muito pesado e de grandes
dificuldades de locomoção e, o campo vibratório mais rarefeito, mas
também material, onde se faz uso do corpo espiritual (Perispírito), que
condiz como um corpo mais sutil em suas energias.
O Espiritismo, podemos dizer, é dualista, por abranger o plano físico
e o extrafísico, portanto, o Espírita tem condições de viver as duas
vidas, ou melhor, viver nos dois planos: o material e o espiritual,
simultaneamente, em virtude dos seus aprimoramentos intelectuais e
morais.
Segundo estatísticas a Doutrina Espírita é a única no Brasil que
possui 98% de praticantes alfabetizados e estes estão em uma média de 35
anos de idade, ou seja, seguidores jovens com mentalidades abertas e
não lhes atingindo as influências dos ensinos dogmatizados.
O que a Medicina ainda chama de “morte” orgânica, não deixa de ser
uma desagregação atômica, que ocorre por findar um ciclo evolutivo neste
plano, limitado pela vitalidade que tal corpo possuía, donde o
Espírito, agregado de energias subatômicas, desprende-se e continua sua
vida, sem interrupção para ele, com sua personalidade, com sua cultura e
com sua individualidade, num plano compatível com as energias
conquistada nesta última caminhada terrestre. Não mais se discute que a
vida continua, mas sim, que a Vida é Eterna.
João Demétrio é autor da Mundo Maior Editora.Obras publicadas: O
Evangelho da Reencarnação; A Ecologia e as Calamidades à Luz da
Doutrina Espírita; Demétrius das trevas à Santidade; Um Tratado da Vida-
Morte Súbita da Morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário