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01 fevereiro 2015

Planeta Terra em Transição -PLANETA TERRA EM TRANSIÇÃO



PLANETA TERRA EM TRANSIÇÃO


— Filhos de minha alma – disse com voz firme e serena aqui nos acercamos para compartilhar com vocês importantes alertas recebidos de esferas mais elevadas e que devem dirigir nossos esforços no tocante ao momento em que vivemos junto às criaturas encarnadas.

Todos já ouvimos falar dos trabalhadores da última hora a que se refere Jesus em inspirada mensagem de seu evangelho. Assim, sabem vocês que graças ao trabalho no bem que aceitaram como o quinhão da entrega pessoal, são considerados no rol dos convocados à última jornada. Entretanto, urge saber que nos encontramos nas últimas etapas da última hora, quando os esforços e sacrifícios devem ser multiplicados e as advertências precisam chegar de maneira mais direta aos corações dos encarnados.

Para tanto, essa nobre instituição é farol que orienta multidões que lhe buscam o conforto espiritual e que, como seus alunos ou trabalhadores, não podem ficar ao largo da iluminação das próprias consciências, impondo-se lhes seja recordado o fato de que já desperdiçamos quase dois mil anos de ensinos e exemplos e que, diante das renovações que se aproximam, cada qual deve empenhar-se na efetiva transformação moral, pela renúncia ao mundo, pela abnegação sincera e pelo exemplo no bem.

Esses avisos estão sendo espalhados pelas instituições religiosas de todos os credos. No entanto, ninguém melhor dos que os espíritas para poder recebê-los no âmago do ser, com a consciência que nos permitem as leis do discernimento espiritual, que nos chegaram graças aos esforços da plêiade de nobres almas, coordenadas pelo heroísmo de Kardec, sob cuja sombra nos educamos para melhor compreender o amorável Jesus.

Essa mensagem, oriunda de esferas mais sublimes e de outros orbes solidários conosco em matéria de adiantamento, precisa tocar primeiro os vossos corações e mentes para que, assim assimilados, dirijam-se na direção de todos quantos possam encontrar aqui, não somente o pão para o estômago, a roupa para o corpo, o remédio para a enfermidade, mas o precioso ensino para as dúvidas da alma nascidas dos problemas diários. Aqui, eles precisam achar a luz para seus passos incertos como almas imortais. Não se reduzam a cultivadores de corpos, tratadores de corpos, protetores de corpos. O evangelho do Senhor é muito claro a respeito quando Jesus afirma:

Tende o cuidado de preservar-vos de toda a avareza, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que ele possua. (Lucas, cap. XII, v. 15)

A vida, portanto, não depende da abundância material em qualquer sentido, nem nos valores transitórios, nem no equilíbrio orgânico nem na satisfação dos prazeres ou desejos tão variados quanto o permita a criatividade insaciável dos homens.

A vida está acima de todas essas coisas, precisando chegar aos nossos aflitos companheiros de jornada a notícia de que não devem perder mais tempo. Todo esforço no bem que forem capazes de fazer ainda será pequeno diante das grandes dificuldades que se avizinham. No entanto, ainda que as provações coletivas não possam ser impedidas, por seguir o curso natural das coisas em obediência às indefectíveis leis que regem o progresso dos orbes, a conduta sinceramente generosa, a disposição diária para a bondade, o despertamento para a noção da responsabilidade poderão mudar o destino de cada indivíduo enquanto há tempo.

E dirigindo-se aos responsáveis pela instituição que se posicionavam bem diante de seus olhos, Bezerra enfatizou:

— Vocês, queridos filhos, ocupando funções transitórias na responsabilidade administrativa ou doutrinária, devem estar à altura da tarefa, sendo os primeiros a exemplificar as virtudes evangélicas que predicam, recordando que, se a lei não for iludida por orações de última hora, a sentença será mais pesada sobre os ombros dos líderes indiferentes ao destino de seus liderados, dos que deixaram passar a hora preciosa e, por preconceitos, por ideias pessoais, por interpretações mesquinhas, negaram-se a transmitir a notícia que poderia salvar muitas vidas.

Não solicito que deixem o bom senso de lado para adotar a obediência cega e sem questionamento. É importante que saibam, porém, que não dispõem de autonomia para interferir no conteúdo da mensagem sem que, com isso, fraudem o esforço das sublimes dimensões que nos tutelam, responsabilizando-se pessoalmente por todas as dores que não forem evitadas.

Não se esqueçam de que o carteiro não é mais importante do que a notícia que carrega e não está a seu cargo estabelecer nenhum julgamento sobre a conveniência ou não de fazer chegar às mãos do destinatário aquele documento de que é, apenas, o simples portador.

Os olhares de todos se concentravam no orador que, com seu magnetismo intenso, dominava mesmo as mentes mais contrariadas, muitas das quais defendiam a manutenção da ignorância coletiva com a desculpa de não angustiar os ouvintes.

Agora, eram eles que se viam angustiados em decorrência das repercussões graves que sua omissão produziria em prejuízo deles próprios. Além disso, a própria consciência de culpa lhes era um espinho a dilacerar a alma, apontando-lhes erros e nódoas que lhes pesariam na avaliação moral de qualquer hora e tempo. Eram também eles, certamente, convocados à urgente transformação.

Depois de entender-se diretamente com os dirigentes, Bezerra voltou-se para o público onde estavam os diversos trabalhadores da casa.

— A todos vocês, filhos queridos, também está destinada a participação importante na obra do bem. Por suas bocas estaremos transmitindo mensagens de estímulo e vigilância. Tais comunicados virão tanto dos amigos invisíveis que os orientam na prática da mediunidade quanto pelos sofredores que dela se valerem para descrever os próprios tormentos. Sentirão o medo de muitos Espíritos com a aproximação do fim das oportunidades de reforma. Receberão entidades recém-saídas das trevas interiores, carregadas de fluidos pesadíssimos, blasfemando contra a hora difícil que as tirou das obscuras furnas. Magos da ignorância, perseguidores cruéis, estrategistas do mal, muitos se manifestarão por meio de suas faculdades mediúnicas, relatando a força poderosa que os está sugando para longe de seus domínios, sem saber explicar o que os está conduzindo.

Saibam entender que isto já é o prenúncio das coisas. Não desnaturem as comunicações pelo receio de não ser compreendidos pelos coordenadores da obra humana. Menos ainda por se identificar na mesma situação da entidade que se manifesta através de suas faculdades. Não será por minimizar as ideias, tentando desnaturar a comunicação em benefício de quem quer que seja, que conseguirão impedir o curso das coisas.

Tanto quanto os dirigentes, são vocês igualmente corres-ponsáveis pelo prejuízo dos irmãos que não forem alertados, que não puderem escutar uma palavra esclarecedora sem o véu da fantasia, pois toda mensagem de vigilância que morrer em suas gargantas será a nódoa da omissão que os desqualificará como maus carteiros.

A hora não é de titubeios, queridos filhos. A hora é de coragem e decisão no bem. Por isso, mantendo a calma e a seriedade na obra do Senhor, saibamos corresponder ao chamamento que nos trouxe a esta encarnação, como o momento mais importante para nossa existência, por nos permitir edificar o nosso futuro sem as tristes amarras que trazemos de nosso passado. Para isso é que se faz indispensável que compreendamos o dever que precisa ser cumprido a fim de não se atrapalhar o deslinde da obra.

Não se incomodem se as críticas aparecerem no dia a dia desejando intimidá-los nem percam o bom senso que deve permear toda conduta mental e emocional de dirigentes e trabalhadores da causa.

O momento é delicado e nele deverão saber alertar sem alarmar, orientar sem fanatizar, falar com clareza sobre as leis espirituais, sobretudo as de destruição, sem profetizar o fim do mundo.

A casa de Deus e a nossa casa interior deverão ser a morada do equilíbrio e da serenidade na hora da tormenta, porquanto, graças ao consolador prometido, não nos faltam noções de confiança em Deus e em nós mesmos para suportar os embates da luta nem a convicção de que só existe morte para o corpo. Somos indestrutíveis na alma e, por isso, nada nos deve amedrontar.

Escutarão essas notícias de todos os lados, saberão de outras mensagens através de diversos médiuns, de variados lugares, por

quanto é chegada a hora de que as parábolas com as quais se educa o Espírito infantil sejam substituídas pela lição direta, adequada ao Espírito que cresceu. 

Espírito Lúcius
Psicografia de André Luiz Ruiz
Livro No Final da Última Hora, cap. 9

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