A MELHOR HIGIENE MENTAL
Quando falamos de higiene mental, costumamos imaginar um ambiente calmo, quase idílico, onde poderemos relaxar e nos harmonizar com a vibração do Criador, ouvindo o canto dos pássaros e melodias sublimes. Mas eu pergunto: isso é possível nos dias de hoje? A resposta é, quase sempre, não. Dificilmente podemos nos dar a esse luxo nos dias atuais, ainda mais nós jovens, obrigados a dar conta de diversas coisas ao mesmo tempo (trabalho, estudo, família etc.). Chego mesmo a dizer que a situação acima descrita é inverossímil hoje: para que você, leitor, tenha uma ideia, estou escrevendo este texto imerso em uma série de preocupações, problemas e tarefas das quais tenho de dar conta, o que me leva a um estudo psicológico que, definitivamente, não é de higiene mental. Assim como acontece comigo, o estresse toma conta da cabeça de milhões de pessoas mundo afora, numa condição que é inerente à vida contemporânea, nas metrópoles cada vez mais congestionadas em que vivemos.
O grande desafio está, sem dúvida, em conseguirmos um estado mental satisfatório no meio de todo esse caos. Para tanto, a busca por nos higienizarmos mentalmente deve ser constante. Mas por onde começar: primeiro, elencando as prioridades nas quais você quer colocar a sua mente para trabalhar. Afinal, tentar cuidar de tudo ao mesmo tempo tende a gerar um curto-cicuito psicológico, uma vez que tal condição não é do ser humano. Fomos feitos para resolver nossas questões uma de cada vez, e atuar dessa maneira nos leva a uma sensação de bem-estar, uma vez que só começamos a resolver um problema depois que o anterior foi solucionado.
Outro ponto importante está em, aconteça o que acontecer, criarmos um tempo na agenda para nós mesmos. Isto não tem nada a ver com egoísmo; tem a ver, sim, com a reserva necessária de um momento só nosso, para desfrutarmos minimamente de algum prazer. E não é preciso ser rico para fazer isso: aquele sorvete predileto do qual tanto gostamos, ou aquele disco da nossa banda favorita que estamos namorando há tanto tempo, já servem. A vida é feita de pequenos momentos, e se não adicionarmos prazer, bom humor e alegria a eles, os antidepressivos estarão nos esperando, mais cedo ou mais tarde; digo isso por experiência própria. A melhor higiene mental é aquela que não nos isola do mundo, e sim nos preserva daquilo que ele tem de estressante e daninho. Algo que nos remete àquela famosa expressão de Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios; ”estar no mundo sem ser do mundo”. Até a próxima!
Autor (a): Marcos Leite
Revista Cultura Espírita – Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB)
Ano IV – Edição nº 42 – Página: 17 – Setembro/2012.
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