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02 dezembro 2016

Qual o seu “Espelho”? - Antônio Carlos Navarro

 
 QUAL O SEU "ESPELHO"?


Facilmente observável que o ser humano copia comportamentos, assimilando e espelhando ideias e modismos dos mais diversos. 

As diversas mídias, utilizando de personalidades bem-sucedidas em seus campos de atuação profissional, impactam, profundamente, em nossas vidas, como se refere a Benfeitora Espiritual Joanna de Ângelis:

“A alucinação midiática, a serviço do mercantilismo de tudo, vem, a pouco e pouco, dessacralizando o ser humano, que perde o sentido existencial, tombando no vazio agônico de si mesmo.

Numa cultura eminentemente utilitarista e imediatista, o tempo-sem-tempo favorece a fuga da autoconsciência do indivíduo para o consumismo tão arbitrário quão perverso, no qual o culto da personalidade tem primazia, desde a utilização dos recursos de implantes e programas de aperfeiçoamento das formas, com tratamentos especializados e de alto custo, até os sacrifícios cirúrgicos modificando a estrutura da organização somática.”. (1)

Por desconhecer nossa própria natureza, facilmente, deixamo-nos levar por pensamentos e condutas os mais esdrúxulos.

O Benfeitor Espiritual Emmanuel opina:

“Se o homem pudesse contemplar com os próprios olhos as correntes de pensamento, reconheceria, de pronto, que todos vivemos em regime de comunhão, segundo os princípios da afinidade.

Assim também na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se lhe assemelham.

Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos.

Estamos, invariavelmente, atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, segundo a direção que escolhemos.

O desejo é a alavanca de nosso sentimento, gerando a energia que consumimos, segundo a nossa vontade.” (2)

A Doutrina Espírita, antes de Emmanuel, na Questão 467 em “O Livro dos Espíritos”, esclarece-nos que, além da influência dos pensamentos dos encarnados, também estamos sujeitos às ideias dos desencarnados:

“Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal? – Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.” (3)

Torna-se evidente que necessitamos educar nossos desejos e pensamentos, para que possamos ter uma vida mental menos sujeita ao que é prejudicial aos nossos espíritos, e a receita para essa condição nos foi dada por Nosso Senhor Jesus Cristo:

“Vigiai e orai.” (4)

Por vigilância entenda-se o acompanhamento em tempo real do que se passa em nossa mente, substituindo pensamentos e vontades em desalinho com a moral exarada do Evangelho, por pensamentos construtivos e vinculados à Lei de Amor, e por orar a elevação do padrão vibratório de nossos espíritos.

Conhecedor de nossas almas, o Senhor nos avisou sobre a consequência de escolhermos mal a quem seguimos:

“Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” (5)

Sempre estaremos entregues ao nosso livre arbítrio, mas por conta de nossa infantilidade espiritual não entendemos Sua palavra esclarecedora:

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (6)

Como temos preferido o mundo, com suas personalidades dos mais variados matizes e sem um mínimo de análise moral, a Doutrina Espírita reaviva a condição máxima do Senhor Jesus para espelharmos em nossos comportamentos:

“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? – Jesus.” (7)

Diante desta resposta comenta Allan Kardec:

“Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da Lei do Senhor, porque, sendo Ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito divino o animava.”

Pensemos nisso.


Antônio Carlos Navarro

Referências Bibliográficas:

(1) Mensagem psicográfica intitulada Vazio Existencial, ditada a Divaldo Pereira Franco;
(2) Pensamento e Vida, Emmanuel e Francisco C. Xavier, cap. 8;
(3) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 467;
(4) Mateus, 26:41;
(5) Mateus, 15:14;
(6) João, 8:12;
(7) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 625.



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