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23 abril 2018

As moléstias prolongadas - Aécio Emmanuel César



AS MOLÉSTIAS PROLONGADAS


Nas enfermidades prolongadas, existiria, para determinados espíritos, certo beneplácito quanto aos angustiantes momentos no purgatório carnal?

De certa forma, essas horas de ansiedade para a libertação são realizadas por entidades responsáveis diretamente ligadas aos trâmites da desencarnação, mas segundo a disposição espiritual de cada um, desencarnante.

Vejamos o que padre Hipólito esclarece quanto ao assunto a André Luiz, pelo lápis do médium Chico Xavier no livro: Obreiros da Vida Eterna: “Os que se aproximam da desencarnação, nas moléstias prolongadas, comumente se ausentam do corpo, em ação quase mecânica”.

De fato com os dias em maçantes agonias quanto ao restabelecimento de determinados moribundos em fase terminal, muitos familiares vão aos poucos cedendo aos imperativos do cansaço. Desta forma, fica mais fácil da Espiritualidade agir quanto ao desligamento carnal do parente em vigília.

Os servidores da Casa Transitória, trariam os espíritos de Albina, Adelaide, Dimas, Fábio e Cavalcante que iriam desencarnar por seus intermédios. E naquela noite, reuniriam todos nesta residência nos planos espirituais.

Cada uma dessas personagens citadas neste capítulo que iriam novamente se envolver nos decessos da morte tinha impressões variadas quanto à religiosidade de cada uma. Neste desligamento temporário através do fenômeno natural do sono e a caminho da Casa Transitória, um sentia estar chegando ao céu; outra em Marte; e mais outro, não estava preparado ainda por não ter recebido o Viático católico. Cada um tinha em si expressões de religiosidades que os auxiliariam naqueles momentos anteriores aos desligamentos finais.

Diante do exposto por mim colocado, vamos fortalecer esse meu pensamento através da intervenção de Jerônimo, que elucidaria algumas dúvidas de um dos componentes do grupo: “O plano impressivo da mente grava as imagens dos preconceitos e dogmas religiosos com singular consistência”. Diante de tal assertiva, devemos convir que todo desenlace natural se verificaria com certa cautela em que em nenhum momento poderia ser brusco, ocasionando assim, transtornos emocionais.

Devemos considerar que não será essa ou aquela religião que nos ditará a nossa sorte em planos mais superiores que o nosso se não estivermos com as mãos calejadas pelo trabalho fraterno. A sementeira do bem pelo esforço voluntário não é tarefa fácil como pensam muitos. Demandam horas de renúncia que não é qualquer um que se deixará levar pelo prazer do suor derramado.

A morte, tem “cartas na manga” para cada um que vem desligar-se do mundo em seus braços. A consciência ditará normas de merecimento segundo o que tivermos semeado enquanto envolvido num corpo físico. O Céu e o Inferno estão dentro de cada um de nós e, assim sendo, seremos atraídos para um ou para outro, segundo as nossas obras. Concorda comigo, Leitor Amigo?

Autor: Aécio Emmanuel César

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