UMA PEQUENA VISÃO DA MISERICÓRDIA DIVINA
Este artigo se diferenciará dos demais, porque não serei eu a comentar o tema proposto.
Peço licença para trazer-lhes uma mensagem psicografada por mim, de um irmão espiritual que, juntamente com outros tantos, trabalha diretamente com o socorro das almas que desencarnam em situações desalentadoras.
Suas palavras nos levam a meditar sobre a Misericórdia Divina e a entender o quanto somos amados e nunca desamparados pelo Pai que tudo sabe.
Espero que estas palavras tragam paz aos seus corações, como trouxe ao meu.
"Amigos, Paz!
Estamos nos deparando com alguma frequência com aquilo que chamamos de desencarnes coletivos.
Tais fatos nos confrangem a alma porque os enxergamos como uma calamidade, uma catástrofe, uma dor incomensurável.
Sentimos na pele a dor dos familiares, porque nos é (im)possível pensar o que sentiríamos se fôssemos nós os parentes das vítimas deste holocausto. Mas, jamais poderemos esquecer que, mesmo diante de tal calamidade, existe a presença divina da Providência a nos conduzir pelos caminhos certos para a nossa redenção íntima.
Certo é que a nossa pequena evolução moral já nos dá a oportunidade de participarmos de nossa programação reencarnatória no que concerne ao resgate de nosso coração ante as mazelas produzidas por nossas ações equivocadas. No plano da real existência, a culpa nos acompanha e dilacera a nossa alma, sentindo-nos necessitados de resgatar os males provocados por nós em existências anteriores.
E, se assim é no campo individual, também se estende para o campo coletivo.
Quando na coletividade, criamos situações em que provocamos o mal alheio, quando em grupo provocamos a dor direta ou indireta de nossos irmãos em Cristo, criamos para cada um de nós a necessidade de resgatarmos coletivamente o que se tornou uma mazela em nosso ser e que nos parece irrecuperável.
Diante de nossa consciência mais sábia sobre o que é certo e errado, percebemos as mazelas que trazemos e, abarrotados de um sentimento de culpa que nos escraviza a alma, buscamos nos libertar através dos aprendizados futuros advindos de nossas próprias escolhas.
Como agimos no pretérito pelo conjunto, será pelo conjunto que poderemos sucumbir na matéria perecível e, através dela, elevarmo-nos em nossas aspirações mais espiritualizadas.
Face a um evento catastrófico, provocando as desencarnações coletivas, a Providência Divina nos dá a chance de buscarmos no nosso tribunal interior o perdão dos pecados que ainda entendemos carregar. Por séculos, se algo dessa magnitude não acontecer, ficaríamos escravizados a culpas atrozes por acreditarmo-nos merecedores do inferno de Dante, sem remissão, sem perdão.
Por isso, voltemos os nossos corações aos que retornaram para o plano imaterial, levando-lhes, pelas orações, a compreensão de que mais uma etapa de findou e que tudo o que vivenciaram foi acrescentado em seu benefício.
Aprendamos a enxergar a misericórdia de Deus em todas as circunstâncias, porque o aprendizado se faz para os mais próximos, mas também para os que não vivenciaram diretamente os reflexos do evento devastador.
Voltemo-nos aos que ficaram, nos solidarizando pelas lágrimas vertidas e dores sentidas. Façamos o que está ao nosso alcance para que a paz reine em seus corações, porque a dor ensina, mas será pela caridade que se amenizará as chagas das suas feridas emocionais.
Acalmem os corações deles e os seus, pulsando as suas intenções pelo bem e sempre no bem para que as energias deletérias criadas com a dor e revolta possam se dissipar e a paz volte a reinar.
Fiquem bem!"
Irmão Jacinto
Trabalhador socorrista na Seara do Mestre Jesus
Fonte: Adriana Machado
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