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21 maio 2019

Lei do trabalho - Divaldo P.Franco


 LEI DO TRABALHO


Quando Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, organizou O Livro dos Espíritos, dedicou uma parte da Obra, a 3ª, às Leis Morais.

Elucidando que a fundamental é a Lei Natural, a do Amor, estudou com percuciência as demais, em número de dez, destacando entre outras a Lei do Trabalho.

Indagou o emérito mestre de Lyon às Entidades que administram os destinos da Terra: 647. A necessidade do trabalho é lei da Natureza?
“O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.

O trabalho de qualquer espécie, particularmente aquele que faculta o desenvolvimento ético-moral do ser humano é um Lei Cósmica.

Jesus teve ocasião de afirmar: – Meu Pai trabalha até hoje e eu próprio trabalho.

Após longos períodos de crescimento moral a sociedade entendeu que o trabalho não é uma punição imposta pela Divindade, mas um recurso dos mais valiosos para a educação dos sentimentos e um mecanismo eficaz para facultar o entendimento da vida e a melhor maneira de alcançar-se a plenitude.

De tal forma se compreendeu a necessidade do trabalho útil que a cultura moderna instituiu um dia no calendário dedicado a esse esforço que reúne todas as criaturas de bem a movimentar-se em favor de melhores estruturas de comportamento.

Paradoxalmente, no Dia do trabalho, não se trabalha, como sendo a melhor maneira de respeitar o conceito, dispondo-se de tempo para o repouso, o divertimento, os contatos humanos de encontros e prazeres.

Constata-se o valor moral de um indivíduo, entre outros valores, pela sua capacidade de trabalhar, mantendo-se ativo no cumprimento do dever de contribuir em favor do progresso social e moral de todos, ao tempo em que a atividade lhe constitui verdadeira terapia preventiva a diversos males que atacam o organismo e interferem no comportamento emocional.

A pessoa diligente e operosa que trabalha não dispõe de tempo na sua agenda diária para a futilidade nem a observação perturbadora do comportamento alheio. Compreende que cada pessoa encontra-se em um diferente nível de consciência do dever, administrando, mediante a sua formação ética, todos os atos e oportunidades de que dispõe para o seu desenvolvimento intelecto-espiritual.

A existência planetária tem o fim de estimular as sementes do amor que jazem adormecidas no inconsciente do homem e da mulher, o que normalmente se diz como sendo o deus interno aguardando o momento de expandir-se.

O trabalho é Lei de Deus para a vida.


Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 02 de maio 2019

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