POSIÇÃO ESPIRITUAL
Nas entrelinhas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo podemos
observar a identidade moral dos espíritos com os quais Ele se
relacionava.
No dia a dia de seu Messianato, o Senhor, em inúmeras ocasiões, lidou
com situações em que espíritos perturbavam, perseguiam, obsidiavam,
enfim, encarnados de todas as idades e condições.
O comportamento espiritual praticado por esses espíritos pode ser
denominado inferior, moralmente, porque faz sofrer e mantém em
sofrimento a si mesmos, mesmo que possam haver motivos que tenham dado
início ao intento ou desforra. O próprio entendimento de não perdoar já é
característica de inferioridade.
Por outro lado, encontramos o Senhor Jesus em conversação com os
espíritos de Moisés e Elias, no episódio da transfiguração do Senhor em
luz no Monte Tabor, tendo como testemunhas os apóstolos Pedro, Tiago e
João.
A respeito de Elias Jesus deixou explícito que este havia reencarnado
como João Batista, e que se tratava, até então, do mais evoluído
espírito nascido na Terra.
Dessas duas situações depreende-se a existência da diversidade do
desenvolvimento moral entre os espíritos, tendendo ao infinito, porque
cada um dos espíritos tem seus valores morais próprios, desenvolvidos
segundo o livre arbítrio pessoal.
Ora, se há diversidade moral entre os espíritos, nós estamos
incluídos nela e, em decorrência, poderíamos, para efeito didático,
imaginar uma escala moral evolutiva onde os espíritos se posicionariam
segundo o estágio moral alcançado, do mais inferior até o grau de pureza
máxima permitida à criatura.
Pois é exatamente isso que Allan Kardec nos proporciona, com aval dos
Espíritos responsáveis pela Codificação, no Primeiro Capítulo da
Segunda Parte de O Livro dos Espíritos.
Do item noventa e seis até o item noventa e nove, o Codificador trata
das Diferentes Ordens dos Espíritos, e a partir do item de número cem
trata da Escala Espírita, onde estão descritas as três grandes ordens de
identificação dos espíritos, segundo suas conquistas morais, com dez
classes distribuídas entre elas, com as respectivas características
comportamentais que as identificam.
Fácil se torna para nós outros visualizarmos qual seria nossa posição
evolutiva, a partir da leitura do texto, se compararmos nossos valores
morais e o nosso comportamento com as características descritas na
matéria citada. Com isso identificamos os comportamentos que precisamos
evitar e, por outro lado, os que deveremos desenvolver e ou
intensificar.
Fazendo isso estaremos exercitando o “Conhece-te a ti mesmo” (1) preconizado pela Doutrina Espírita, como sendo “o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal”. (1)
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
Fonte: Rede Amigo Espírita
Referência:
(1) Item 919 de O Livro dos Espíritos.
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