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13 setembro 2020

Viroses – Divaldo Pereira Franco


VIROSES


Periodicamente são utilizadas palavras que se tornam famosas pelo sentido de que se revestem.

Na área da saúde, de quando em quando, questões de alta importância são repudiadas por inúteis e outras consideradas nulas passam a merecer maior consideração. Assim também ocorre com determinadas enfermidades que se tornam pandêmicas e perdem o significado após o excesso em que se manifestam.

É o caso das viroses hoje em alta moda. É certo que a tecnologia médica e os avanços da ciênc ia contribuem para a desmistificação de muitas tradições e a descoberta de muitos males antes ignorados. No entanto, é surpreendente como as viroses estão no top.

Qualquer mal-estar ou ocorrência afligente na área da saúde, logo os leigos diagnosticam seguros: Trata-se de virose.

Estranhável é que, não poucas vezes, após o paciente submeter-se a exames exaustivos e não se lhe encontrando a causa, o médico, com as exceções compreensíveis, para não deixar de apresentar um diagnóstico, utiliza-se do mesmo chavão: É virose!

Na visão espírita, todos os males que afligem a Humanidade têm a sua gênese no ser, no Espírito, propiciando ou utilizando-se dos fatores ambientais para a instalação das enfermidades. Logo, a terapêutica deveria ser realizada na origem, na transformação moral do enfermo para melhor, e naturalmente com a valiosa contribuição médica, porque a Divindade, proporcionando o progresso à Humanidade, tem facultado à ciência médica conquista s imensuráveis.

É o caso das viroses, reais ou imaginárias.

Não seria de bom alvitre pensar-se que os vírus, organismos primitivos e simples, poderiam estar sendo alimentados pelas mentes em desalinho muito comum na atualidade e procurar-se, simultaneamente ao contributo médico, a psicoterapia moral, através da mudança do comportamento para melhor?

Diante, portanto, da quase epidemia de viroses que hoje nos assaltam, propomos também a terapia do Evangelho: amar mais a si mesmo e ao próximo, a fim de melhor amar a Deus.

Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em 02-07-2015.

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