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14 dezembro 2006

Igualdade dos Espíritos - Miramez

Igualdade dos Espíritos

Os espíritos são iguais na sua genealogia, mas, diferentes no que se refere ao despertamento espiritual. Cada um se situa no grau de evolução conquistado; cada alma é, pois, um mundo diferente em todos os aspectos que se possa conceber, nos seus vários níveis de saber. A igualdade no aprimoramento se perde na infinita pauta da sabedoria universal. E Deus, onisciente, criou leis justas e sábias, no sentido de dar a cada um o que esse realmente merece, de acordo com o que oferta.

A grandeza da criação está na variedade, e a natureza nos dá uma amostra dessa beleza na fauna e na flora. A diversidade em todos os reinos do mundo mostra-nos a mão de Deus na construção do belo, nas mudanças de formas de tudo que existe. Em cada uma nota-se uma força inteligente no comando, com toda a certeza do que está fazendo.

Os espíritos são de diferentes ordens, pelo grau alcançado por cada um, e certamente isso é uma hierarquia espiritual, não por imposição ou dádiva, mas, por conquista. É o próprio tempo que trabalha na maturidade do espírito. A superioridade alcançada pelo despertamento espiritual se faz onde quer que seja, sem afrontas, sem agressão e sem comércio; é uma luz que se irradia em todas as direções, abençoando e amando com um único impulso no coração, o da verdadeira fraternidade. No mundo físico pode-se observar como espelho, o corpo de carne de um simples camponês e o de um estadista, de uma doméstica e o de uma rainha. Os corpos são semelhantes sem que haja grandes diferenças, todavia, pelas conquistas alcançadas de uma faixa para outra, nota-se que cada qual se situa em um plano de vida diferente. Ao se verificar mais adiante, e observará que o corpo de um santo e o de um pecador são iguais nas suas estruturas. A formação biológica é a mesma, porém, a vida de um é diferente da do outro, mas Deus dá a ambos a mesma assistência. O que ocorre, é que o santo assimila mais as bênçãos do Senhor, compreende Suas leis e as respeita e o pecador ainda se encontra cego e surdo ao chamado de Deus. No mundo espiritual existem igualmente essas divisões, não por favorecimento, mas por justiça. Colhemos justamente o que plantamos na lavoura da consciência, e ela nos responde fielmente pelo que somos. Eis aIo amor dAquele que fez todas as leis, e assiste todas as criaturas, filhas do Seu magnânimo coração.

Nunca faltam escolas para todos, e cada um recebe o de que precisa na escala a que pertence, porém, o modo de ensinar de Deus é bem diferente do dos homens; Ele, o Senhor, ministra ensinamentos a cada um separadamente, atendendo suas necessidades com todo empenho de servir e todo o amor de Pai que nunca esquece Seus filhos. Nós outros é que somos, às vezes, rebeldes e custamos a aprender as lições, e em muitos casos aparece em nós a dor, para nos mostrar com mais energia os caminhos do aprendizado.

Estamos passando uma fase dolorosa na Terra, um fechamento de ciclo, de duras provações individuais e coletivas. É, pois, uma necessidade de limpeza cármica, como sendo a de um tumor na sociedade a que pertences. Não há outro recurso, a não ser o da própria dor, em formas variáveis, para despertar o coração da humanidade para o amor, aquele que Jesus viveu e ensinou. Um dia, certamente seremos todos iguais, mesmo em se falando daqueles espíritos que já atingiram a pureza: basta atingirmos a maturidade que eles já conquistaram!

Livro: Filosofia Espírita – volume 2 - Ditado por Miramez - Psicografia de João Nunes Maia

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