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02 dezembro 2006

Ressentimento - Emmanuel

Ressentimento

O ressentimento não é somente um peso morto, à feição de chumbo na flama alígena de nossa prece, compelindo-a a descer, anulada, nas sombras da frustração e, em verdade, não é apenas o tóxico que envenena a membrana gástrica, provocando moléstias de abordagem difícil...

É também o fermento da treva que, a exteriorizar-se de melindres inconseqüentes, avança qual projétil invisível sobre companheiros invigilantes, debuxando as linhas da lama em que a maledicência e a calúnia proliferam sem peias, ferindo almas e consciências, tanto quanto depredando ou destruindo instituições generosas e veneráveis que nos rogam compreensão e devotamento a fim de que produzam redenção e progresso no campo da humanidade.

Cada vez que o desgosto te bata à porta, aprende a esquecê-lo com toda a alma.
Lembra-te de que todos somos devedores insolventes da Tolerância Divina e que, por isso mesmo em nossas imperfeições e fraquezas, não prescindimos da caridade recíproca, a fim de que nos mantenhamos de pé.

Jamais olvidemos quão profunda é a nossa dificuldade para retificar em nós mesmos as qualidades que nos desagradam nos outros e banhemos o pensamento no grande amor, para que a fraternidade real nos abençõe o caminho.

Seja qual for o grau da ofensa recebida, não te esqueças de que somente a fonte do perdão irrestrito possui bastante poder para extinguir o lodo da miséria e da ignorância, porquanto pretendendo justiçar-nos com a forma das próprias mãos, invariavelmente, caímos na delinqüência e no desespero que nos agravam a detenção nas cadeias do crime ou nas algemas da crueldade.

Ditado por Emmanuel - Psicografia - Francisco Cândido Xavier

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