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06 junho 2007

Crianças Doentes - Meimei

Crianças Doentes

Acalentas nos braços o filhinho robusto que o lar te trouxe e, com razão, te orgulhas dessa pérola viva. Os dedos lembram flores desabrochando, os olhos trazem fulgurações dos astros, os cabelos recordam estrigas de luz e a boca assemelha-se a concha nacarada, em que os teus beijos de ternura desfalecem de amor.

Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro celeste, mas estende compassivas mãos aos pequeninos enfermos que chegam à Terra como lírios contundidos pelo granizo do sofrimento. Para muitos deles, o dia claro inda vem muito longe...

São aves cegas que não conhecem o próprio ninho, pássaros mutilados esmolando o socorro em recantos sombrios da floresta do mundo!...

Ás vezes, parecem anjos pregados na cruz de um corpo paralítico ou mostram no olhar a profunda tristeza da mente anuviada de densas trevas.

Há quem diga que devem ser exterminados para que os homens não se inquietem; contudo, Deus, que é Bondade perfeita,no-los confia hoje, para que a vida, amanhã, se levante mais bela.

Diante, pois, do teu filhinho quinhoado de reconforto, pensa neles!... São nossos outros filhos do coração, que volvem das existências passadas, mendigando entendimento e carinho, a fim de que se desfaçam dos débitos contraídos consigo mesmos...

Entretanto, não lhes aguardes rogativas de compaixão, de vez que, por agora, sabem tão somente padecer e chorar.
Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...

E, cada vez que lhes ofertes a hora de assistência ou a migalha de serviço, o leito agasalhante ou a lata de leite, a peça de roupa ou a carícia do talco, peceberás que o júbilo do Bem Eterno te envolve a alma no perfume da gratidão e na melodia da bênção.

Ditado por Meimei
Do livro: Luz no Lar
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Autores diversos

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