Em entrevista realizada via internet, no canal IRC-Espiritismo, Deise Bianchini falou sobre o céu e o inferno segundo a concepção da doutrina espírita.
Como fazer para garantir o “céu” dentro de nós?
Deise Bianchini – Tanto o céu como o inferno são estados de espírito em que nos colocamos quando ainda encarnados. Podemos usufruir desse céu maravilhoso que tantos esperam após a morte. Caridade, humildade e amor são os caminhos que nos levam ao Pai e que trazem seu mundo para dentro de nós.
Como são os espíritos que tendem a deter a marcha das coisas?
Deise Bianchini – São espíritos ainda atrasados moralmente, que se comprazem com o sofrimento dos outros, não estão preocupados com sua evolução ou ainda não aprenderam que isso ocorrerá. Procuram nos prejudicar por todos os meios e influências. Ainda não têm conhecimento do amor ou do perdão. Levam a vida procurando vingança. Quando a Terra também evoluir, esses não se encontrarão mais entre nós, mas com certeza chegarão lá também, pois chances não faltam.
De que forma espíritos elevados como Jesus sentem nossos sofrimentos e angústias? Isso não atrapalha sua felicidade?
Deise Bianchini – É como acontece com nossos filhos. Quando esperneiam para tomar vacina ou choram diante do dentista e seu aparelho, nós não os furtamos a essas visitas, pois sabemos que esses sofrimentos são momentâneos e que só lhes farão bem. Os bons espíritos que nos acompanham também se penalizam de nós, mas sabem que só assim poderemos crescer, andando com nossas próprias pernas e tendo nossos méritos a cada vitória alcançada. Eles nos mostram o caminho e nos amparam.
Se a Terra está evoluindo, os espíritos ditos maus não deverão ir para um outro mundo de igual progresso da Terra atual?
Deise Bianchini – Não gosto muito desse termo “mau”. Sempre procuro utilizar infelizes ou pouco esclarecidos. Procuro entender que a maldade não é inerente a eles, mas um estado em que se encontram. Portanto, se apesar de todas as chances de aprendizado ainda estão teimosos e se mantendo no mesmo estágio evolutivo, deverão reencarnar em mundos inferiores, onde estarão aptos a recomeçar e enfrentar todas as dificuldades que se apresentarem.
As regiões umbralinas podem ser consideradas como uma espécie de purgatório?
Deise Bianchini – O Livro dos Espíritos nos coloca que o purgatório não é um lugar determinado, mas o estado dos espíritos imperfeitos que estão em expiação. Quase sempre é sobre a Terra mesmo. Normalmente, na literatura, o Umbral é colocado como um local de extremo sofrimento, mas nunca ouvi ou li comentários de expiação ali.
Reencarnar em mundos inferiores não seria uma espécie de regressão para o espírito?
Deise Bianchini – Não, pois o espírito não regride. Ele conserva o aprendizado, mas deve aliar o aprendizado moral a tudo que aprendeu. Ele pode estacionar, mas nunca regredir. Mesmo em mundos inferiores, o espírito conserva sua condição hominal e, portanto, não ocorrem quaisquer regressões. Por mundos inferiores podemos também entender aqueles mais tecnologicamente primitivos, onde as dificuldades de manutenção da vida corpórea encontram-se muito maiores, devido à pouca ciência.
Você não acha que a duração dos sofrimentos humanos será eterna, uma vez que sempre existem novas criaturas ignorantes sendo criadas e que, por isso, podem se inclinar ao mal?
Deise Bianchini – O sofrimento só será eterno enquanto o homem não aprender a lei do amor. Não aprendemos apenas pela dor e sempre teremos os missionários a nos acompanhar e nos auxiliar em nossa evolução. Com certeza podem se inclinar ao mal, mas como saber? Nascemos simples e ignorantes, depois acumulamos nossas experiências. Espero sinceramente que não precise ser assim.
Não trazemos alguma bagagem de outras encarnações?
Deise Bianchini – Sim, nós trazemos a bagagem dos conhecimentos adquiridos. Essas lembranças estão temporariamente escondidas, mas agem sobre nós como uma intuição e influenciam nessa vida sim. Temos tanta facilidade para determinadas coisas e para outras não. São os aprendizados que já realizamos que estão retornando a nós, de uma forma inconsciente.
De que maneira uma vida anterior de duras expiações pode influenciar nossa atual encarnação?
Deise Bianchini – Nada ocorre sem uma causa, tudo é um aprendizado em nossas vidas ou débitos que estão sendo quitados. Uma dura vida anterior com certeza elevou nosso aprendizado moral e agora podemos colher seus frutos, terminar o que apenas começamos a quitar.
Existe o mal que os espíritos praticam contra terceiros, mas existe um outro mal que é praticado contra eles mesmos, que é o caso do vício ou, por exemplo, o materialismo do egoísta. Existe uma diferenciação para esses dois tipos de males praticados ou, independentemente dos males cometidos, todos carregam a mesma pena?
Deise Bianchini – Não, nem todos carregam a mesma pena. “Muito será pedido a quem muito foi dado”. Aquele que tiver consciência de suas atitudes e, mesmo assim, proceder no erro será muito mais culpado que o ignorante que praticar o mesmo ato. Isso vale para tudo, para nós mesmos, com os vícios, ou em relação aos outros.
Como fazer para garantir o “céu” dentro de nós?
Deise Bianchini – Tanto o céu como o inferno são estados de espírito em que nos colocamos quando ainda encarnados. Podemos usufruir desse céu maravilhoso que tantos esperam após a morte. Caridade, humildade e amor são os caminhos que nos levam ao Pai e que trazem seu mundo para dentro de nós.
Como são os espíritos que tendem a deter a marcha das coisas?
Deise Bianchini – São espíritos ainda atrasados moralmente, que se comprazem com o sofrimento dos outros, não estão preocupados com sua evolução ou ainda não aprenderam que isso ocorrerá. Procuram nos prejudicar por todos os meios e influências. Ainda não têm conhecimento do amor ou do perdão. Levam a vida procurando vingança. Quando a Terra também evoluir, esses não se encontrarão mais entre nós, mas com certeza chegarão lá também, pois chances não faltam.
De que forma espíritos elevados como Jesus sentem nossos sofrimentos e angústias? Isso não atrapalha sua felicidade?
Deise Bianchini – É como acontece com nossos filhos. Quando esperneiam para tomar vacina ou choram diante do dentista e seu aparelho, nós não os furtamos a essas visitas, pois sabemos que esses sofrimentos são momentâneos e que só lhes farão bem. Os bons espíritos que nos acompanham também se penalizam de nós, mas sabem que só assim poderemos crescer, andando com nossas próprias pernas e tendo nossos méritos a cada vitória alcançada. Eles nos mostram o caminho e nos amparam.
Se a Terra está evoluindo, os espíritos ditos maus não deverão ir para um outro mundo de igual progresso da Terra atual?
Deise Bianchini – Não gosto muito desse termo “mau”. Sempre procuro utilizar infelizes ou pouco esclarecidos. Procuro entender que a maldade não é inerente a eles, mas um estado em que se encontram. Portanto, se apesar de todas as chances de aprendizado ainda estão teimosos e se mantendo no mesmo estágio evolutivo, deverão reencarnar em mundos inferiores, onde estarão aptos a recomeçar e enfrentar todas as dificuldades que se apresentarem.
As regiões umbralinas podem ser consideradas como uma espécie de purgatório?
Deise Bianchini – O Livro dos Espíritos nos coloca que o purgatório não é um lugar determinado, mas o estado dos espíritos imperfeitos que estão em expiação. Quase sempre é sobre a Terra mesmo. Normalmente, na literatura, o Umbral é colocado como um local de extremo sofrimento, mas nunca ouvi ou li comentários de expiação ali.
Reencarnar em mundos inferiores não seria uma espécie de regressão para o espírito?
Deise Bianchini – Não, pois o espírito não regride. Ele conserva o aprendizado, mas deve aliar o aprendizado moral a tudo que aprendeu. Ele pode estacionar, mas nunca regredir. Mesmo em mundos inferiores, o espírito conserva sua condição hominal e, portanto, não ocorrem quaisquer regressões. Por mundos inferiores podemos também entender aqueles mais tecnologicamente primitivos, onde as dificuldades de manutenção da vida corpórea encontram-se muito maiores, devido à pouca ciência.
Você não acha que a duração dos sofrimentos humanos será eterna, uma vez que sempre existem novas criaturas ignorantes sendo criadas e que, por isso, podem se inclinar ao mal?
Deise Bianchini – O sofrimento só será eterno enquanto o homem não aprender a lei do amor. Não aprendemos apenas pela dor e sempre teremos os missionários a nos acompanhar e nos auxiliar em nossa evolução. Com certeza podem se inclinar ao mal, mas como saber? Nascemos simples e ignorantes, depois acumulamos nossas experiências. Espero sinceramente que não precise ser assim.
Não trazemos alguma bagagem de outras encarnações?
Deise Bianchini – Sim, nós trazemos a bagagem dos conhecimentos adquiridos. Essas lembranças estão temporariamente escondidas, mas agem sobre nós como uma intuição e influenciam nessa vida sim. Temos tanta facilidade para determinadas coisas e para outras não. São os aprendizados que já realizamos que estão retornando a nós, de uma forma inconsciente.
De que maneira uma vida anterior de duras expiações pode influenciar nossa atual encarnação?
Deise Bianchini – Nada ocorre sem uma causa, tudo é um aprendizado em nossas vidas ou débitos que estão sendo quitados. Uma dura vida anterior com certeza elevou nosso aprendizado moral e agora podemos colher seus frutos, terminar o que apenas começamos a quitar.
Existe o mal que os espíritos praticam contra terceiros, mas existe um outro mal que é praticado contra eles mesmos, que é o caso do vício ou, por exemplo, o materialismo do egoísta. Existe uma diferenciação para esses dois tipos de males praticados ou, independentemente dos males cometidos, todos carregam a mesma pena?
Deise Bianchini – Não, nem todos carregam a mesma pena. “Muito será pedido a quem muito foi dado”. Aquele que tiver consciência de suas atitudes e, mesmo assim, proceder no erro será muito mais culpado que o ignorante que praticar o mesmo ato. Isso vale para tudo, para nós mesmos, com os vícios, ou em relação aos outros.
Escrito por Deise Bianchini
Entrevista publicada na Revista Cristã de Espiritismo, edição 14
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