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09 fevereiro 2008

William George, O Avô de Si Mesmo - Luciano dos Anjos e Hermínio Corrêa de Miranda

William George, O Avô de Si Mesmo

Já dissemos que a doutrina da reencarnação não é uma revelação ou descoberta do Espiritismo, pois há muitos séculos era aceita no Oriente. É de justiça reconhecer que Allan Kardec e seus seguidores contribuíram de maneira sensível para divulgar a idéia no Ocidente, vencendo aos poucos uma forte resistência inicial.

A reação descabida é determinada principalmente pela incompreensão do real significado da reencarnação e suas conseqüências morais. Além do mais, a milenar "novidade" vinha contrariar conceitos e preconceitos muito arraigados.

Estamos agora observando, com alegria e esperança, interesses legítimos no estudo desapaixonado da reencarnação por parte de cientistas de renome.

O professor H.N. Banerjee, da Universidade de Rajstan, na Índia, já há vários anos pesquisa o assunto. Procurando uma terminologia nova para o fenômeno, propõe ele as iniciais ECM, da expressão inglesa "extra cerebral memory", ou seja, memória extra cerebral. Isto quer dizer que o ilustre professor está convencido de que a memória funciona também sem o apoio do cérebro físico e, portanto, tem condições de sobreviver à morte do corpo. Idéia semelhante, aliás, foi esposada pelo Dr. Andrija Puharich, que admite experimentalmente o que chama "mobile center of consciouness" (MCC), isto é, "centro móvel de consciência".

Outro cientista eminente, o professor Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, tem, nos seus arquivos, relatos de mais de 600 exemplos de reencarnação. O Dr. Stevenson especializou-se em casos de crianças de tenra idade que têm lembranças espontâneas de vidas anteriores.

Há algum tempo selecionou ele 20 desses casos e publicou, em 1966, um livro interessantíssimo intitulado "Vinte Sugestivos Casos de Reencarnação", no qual são apresentados dois do Brasil, ocorridos ambos na família do saudoso professor Francisco Valdomiro Lorenz, do Rio Grande do Sul.

Um desses casos é narrado pelo próprio professor Lorenz, no seu livro "A Voz do Antigo Egito", (edição da Federação Espírita Brasileira). Uma jovem amiga dos Lorenz adoeceu gravemente e, antes de morrer, anunciou que renasceria em breve na família do professor. Tanto este como sua esposa guardaram a informação para si mesmos, nada revelando aos demais membros da família, nem mesmo depois de nascida mais uma menina. Esta é que, logo que começou a falar, passou a referir-se espontaneamente à sua existência anterior, lembrando episódios então vividos.

Não é o caso único na literatura espírita, em que a pessoa anuncia se renascimento e depois se lembra da personalidade anterior com bastante riqueza de informações. Num dos exemplos colhidos no arquivo do professor Stevenson, um cidadão chamado William George, do Alaska, declarou que renasceria na família do seu próprio filho, com as mesmas marcas que tinha no corpo. Isso realmente aconteceu e, com poucos anos de idade, a criança se lembrava perfeitamente da sua vida anterior, apanhando certa vez, entre diversas outras peças, um relógio que lhe pertencera no passado. Também reconhecia seus parentes que agora haviam trocado de posição, a começar pelo seu filho, que era então seu pai, pois o menino era avô de si mesmo!

Estes fatos que ainda surpreendem tanta gente, serão mais tarde aceitos com naturalidade e interesse. A verdade é totalmente indiferente aos nossos preconceitos e caturrices e, graças a Deus, há muito cientista empenhado em descobrir a verdade, seja ela qual for.

Autor:
Luciano dos Anjos e
Hermínio Corrêa de Miranda
Livros:
Crônicas de Um e de Outro
De Kennedy Ao Homem Artificial

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