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24 junho 2008

Humildade - Manoel Philomeno de Miranda

HUMILDADE

"A humildade é, realmente, virtude que escasseia entre as criaturas.

O orgulho se disfarça de simplicidade e a prepotência assume-lhe canhestra  aparência, de imediato se desvelando, tão logo surja o momento de  sentirem-se contrariados... 

 A sua vivência, sem embargo, equilibra e sustenta o homem na manutenção dos ideais superiores que abraça, auxiliando-o a vencer-se nas más inclinações e a superar quaisquer obstáculos que defronte pelo caminho. 

Colaborando na realização de autênticas auto-avaliações, a humildade permite que a criatura se conscientize das limitações e necessidades que lhe impedem o avanço, emulando-a à superação.

A crítica mordaz não a alcança, o elogio vulgar não a fere, a discriminação infeliz não a atinge, a perseguição não a desanima, a tentação não a perturba se se impuser a condição da humildade, porque, conselheira lúcida, ela lhe apontará o caminho seguro a percorrer, demonstrando-lhe que essa ocorrências constituem acidentes que se encontram presentes em todas as áreas do processo evolutivo. 

Ao mesmo tempo, em razão de dar-lhe a medida do que é e o de que realmente se lhe faz necessário para a vitória, concita-a à oração, através de cujo recurso se despe dos atavios inúteis para apresentar-se ao Senhor como realmente é, colocando-se à disposição da Sua superior vontade.

Nesse clima estabelece-se a paz íntima e a confiança, despojada da presunção, emula à insistência na ação edificante com que cresce, emocional e espiritualmente, tornando-se instrumento infatigável do Bem.

Não são poucos os candidatos à evolução que tombam, no caminho, apesar de possuidores de boa vontade, que é uma excelente qualidade para o cometimento, entretanto, distraídos da vivência da humildade, abandonam o compromisso, na primeira oportunidade, vitimados pelo desalento, pela amargura, ou vencidos por intempestivo cansaço de que se fazem fáceis
presas. "

Texto extraído do Cap. 25 do livro "Painéis da obsessão", 
de DivaldoPereira Franco, 
pelo Espírito Manoel P. de Miranda

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