Total de visualizações de página

10 junho 2008

Princípios Unificadores - Batuíra

 
PRINCÍPIOS UNIFICADORES

"Se dissermos que estamos em comunhão com ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas se caminhamos na luz como ele está na luz, estamos em comunhão uns com os outros" - (1ª Epístola à João, capítulo 1º, versículos 6 e 7) 

Inumeráveis aprendizes da Boa Nova agarram-se às dificuldades de toda espécie na província nebulosa da desunião e da discórdia.

Os obstáculos no campo de serviço efetivamente são enormes e reclamam grande esforço dos beneficiários da Doutrina Espírita, os quais, para não perderem a oportunidade de trabalhar em favor da própria redenção, devem começar proporcionando um clima de harmonia e união na Casa Espírita da qual participam.

A cada discípulo cabe vigiar seu campo de ação, valorizando seu aprimoramento espiritual, não se esquecendo, porém, de cooperar para que a harmonia e os vínculos afetivos se fortaleçam entre os aprendizes do Evangelho.

Contudo, não somente quem dirige mas também os dirigidos devem elaborar normas de procedimento, que se expressarão por luz a guiar-lhes as metas no serviço esclarecedor.

Denominam-se normas de procedimento ou princípios unificadores as atitudes ou as maneiras de comportarmo-nos perante os conflitos grupais, ou critérios básicos que nos nortearão diante das
dissidências. Salvaguardam acima de tudo o movimento corporativo ao qual pertencemos.

Essas normas de união devem ser apreciadas e estudadas por todos, pois ensejam possibilidades importantíssimas para que o grupo aja nos momentos de crise com análise e raciocínio. Isso permitirá identificar com antecedência o resultado das próprias ações.

Nas grandes empresas econômicas, esses princípios abordam as questões da segurança no trabalho, admissão e readmissão de funcionários, produção/estoque, política salarial e tantas outras.

Obviamente, nas assembléias cristãs, as normas fundamentais estão inseridas no Evangelho do Cristo.

Não podemos fugir da chama do amor e do perdão, mas existem outras providências a ser tomadas que podem nos ser úteis e servir de base no campo de trabalho, desde que observemos os seguintes princípios unificadores e essenciais: Não reagir precipitadamente às críticas dos outros; ao contrário, analisá-las com calma, utilizando coerência de raciocínio e separando o que tem realmente valor daquilo que é apenas expressão destrutiva do personalismo; Exercitar o auto-controle para não se ofender e se ressentir com facilidade, evitando também trocar constantemente de grupo, porquanto tal comportamento pode ser fruto do orgulho ou de hostilidades inconscientes.

O homem inteligente, através do contato com seus semelhantes, retira experiências e ensinamentos valiosos para seu progresso espiritual;

Ser participativo nas relações com os companheiros; a comunicação espairece a casa mental, estabelecendo uma corrente de idéias que torna a criatura vivaz e atualizada;

Saber observar as experiências dos outros sem qualquer intenção de investigar a vida deles; mas retirar o máximo de entendimento com a vivência alheia, com o objetivo de abrir horizontes mais vastos no próprio mundo interior.

Aprender igualmente a não se enaltecer diante dos desacertos do próximo ou retrair-se perante o êxito ou sucesso alheio;

Estudar e ler habitualmente; aperfeiçoar o desenvolvimento intelectual, freqüentando cursos, palestras e seminários, propiciando um campo maior à lei de progresso que a todos anima; Cultivar a independência, mas aceitar a liderança da equipe, respeitando a hierarquia.

O fato de pensarmos livremente não deve anular a realidade de que estamos subordinados a um quadro de diretores na organização da Casa Espírita.

Se caminhamos na luz como Ele está na luz, estamos em comunhão uns com os outros. Existe uma reciprocidade nos caminhos da revivificação em Cristo. Estar com Ele é estar na Luz, porque O Mestre é a Luz do Mundo e, conseqüentemente, estamos em comunhão e unidade com os outros, que, por sua vez, também se ajustaram na mesma claridade e sintonia.

Segundo o apóstolo João, somente acontece a comunhão entre os aprendizes sinceros quando se estabelece ligação profunda em torno dos ensinos cristãos.

Aperfeiçoar a compreensão é relacionar fatos e associar dados, reagrupando-os e coordenando-os de forma lógica, a fim de se tirarem as melhores observações das ocorrências.

Busquemos, pois, o equilíbrio no Modelo Divino e, nos servindo desses referidos princípios unificadores, permitiremos o aprimoramento de nossas conclusões no círculo de relação e de ação onde atuamos.

Livro: Conviver e Melhorar - 45 - Batuíra
Médium:Francisco do Espírito Santo Neto 

Nenhum comentário: