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10 maio 2009

Mãe - Maria Dolores

MÃE

Procurei ansiosamente

Um símbolo do amor de Deus no mundo,

Carinho permanente,

Amor que nada mais pedisse à vida,

A fim de estar contente,

Que o dom de ser amor sublimado e profundo.


Vi o Sol trabalhando sem cansaço

Doando-se sem pausa, alto e bendito,

O astro imenso, porém, pedia espaço,

De maneira a brilhar nas telas do Infinito.


Julguei achar na fonte esse traço perfeito,

Fitando-lhe a corrente a servir sem parar,

Mas a fonte exigia a hospedagem do leito

A fim de prosseguir à procura do mar.


Fui à árvore amiga e anotei-lhe a lição:

Conquanto a se entregar tanto aos bons quanto aos brutos,

Precisava defesa e vínculos no chão

Ao fornecer, sem paga, a riqueza dos frutos.


Vi a abelha no favo a pedir mel às flores,

Nuvens para servir solicitando alturas,

Escolas sem função buscando professores

E o lar para ser lar exigindo estruturas.


Toda força do bem que ao bem se entregue

Em bondade constante e em contínua grandeza,

Assegura-se, vive, auxilia e prossegue,

Algo requisitando ao Mundo e à Natureza,


Em ti, unicamente, Mãe querida,

Encontro o amor que nasce e cresce, em suma,

No sacrifício puro, acalentando a vida,

Sem reclamar da Terra cousa alguma.


Eis porque sobre todo amor que existe

As Mães são guias, anjos, cirineus,

Cujo brilho por si nos protege e persiste

Em ser somente amor, no excelso amor de Deus.

Estrela, Deus te guarde em teu fulgor celeste!...


Agradeço-te a luz, o carinho e o perdão...

Bendita sejas, Mãe, porque me deste

A presença de Deus no coração.


Quero dizer-te, em minha gratidão,

Que és o amor sempre amor, em minha vida,

E a própria vida de meu coração.


Maria Dolores (espírito)

Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 25/Março/78, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minas Gerais.

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