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02 abril 2010

Amar - Maria Nunes

AMAR

Ame sem escravizar e sem escravizar-se. -(Emmanuel)

Para o entendimento correto do amor, é preciso que se entenda a sua universalidade, de modo que ele abranja todas as coisas, com o mesmo interesse de servir de canal para Deus.

Fala-nos a voz da espiritualidade mais alta que o amor não deve escravizar, e nem tampouco escravizar-se. Ele é livre na sua jornada de harmonizar a vida em toda parte; ele é, pois, o sustentáculo da criação. O Evangelho nos diz que Deus é Amor. Isto basta para compreendermos a sua posição de virtude maior, que serve de fonte para todas as outras virtudes, dando início à reforma moral de todas as criaturas.

Se você deseja saber como começar a amar e a se amar, busque primeiro a vida do Cristo e a Sua herança nas páginas do Evangelho, lendo com atenção e analisando com discernimento todos os seus conceitos que, com esse esforço, a inspiração tornar-se-á mais fácil para o seu coração, de maneira que a razão desperte, movendo-se com a caridade sem escolhas, e sem buscar interesses próprios.

O maior dever do ser humano é amar e amar-se com todos os esforços na intimidade da alma, a fim de que esse amor cresça no coração, passando a fazer parte integrante da consciência.

Não queira materializar os sinais de amor que vibram em sua alma; procure espiritualizar esse sentimento, até à sintonia com o Cristo na sua fraternidade universal. Se falamos mais diretamente com o espírita é por encontrar nele mais possibilidade de entendimento, acerca das mudanças de vida.

Não perca tempo, no trato com seus irmãos mais próximos; converse com eles, procurando o estímulo do amor, na conjunção da caridade, nos pensamentos, nas palavras, na tolerância, no perdão, no trabalho e na própria vida que você vive porque, sem que veja, existem muitas criaturas dos dois planos da vida o observando, para ajudar-lhe ou para esmorecê-lo, dependendo do seu modo de proceder ante as oportunidades que Deus está lhe concedendo para o crescimento.

Não se esqueça destas leis que regem e sustentam a vida universal. Não ame somente os que o cercam, os seus familiares, os seus parentes, os seus amigos, os que lhe fazem o bem, porque isso é o seu dever de criatura: retribuir o bem com o bem. No entanto, o verdadeiro amor é aquele que dispensamos aos que nos perseguem e caluniam, aos que nos apedrejam e nos ofendem. Os últimos, recebendo de seu coração os fluidos sacrossantos do amor, sejam eles quem forem ou o que fizeram com você, logo mudarão de opinião a seu respeito, reconhecendo que o Cristo está entre vocês dois, doando para ambos a paz.

É interessante notar que este ambiente de paz serve para o despertamento das suas qualidades superiores, no mundo interno da alma e, deste modo, estaremos todos envolvidos com a verdade, amando sem escravizar e sem escravizar-se, com a consciência tranquila, sorvendo dos céus da alma o alimento mais puro da vida, o amor na sua limpidez espiritual.

Como a fala do apóstolo João nos lembra que Deus é Amor, devemos entender que o melhor é amar a Deus em tudo.

De "Sabedoria - A lei de Deus no pensamento dos homens"
de João Nunes Maia
Pelo Espírito Maria Nunes

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