Para onde nos voltamos, hoje em dia, as notícias são as piores. Notícias de escândalos, notícias de dor, de misérias humanas. Temos tido a impressão, nesses dias humanos, nesses tempos terrestres, que a criatura é movida estranhamente a sangue, a vergonha, a corrupção, às notícias de morte.
Temos uma sensação estranha de que a engrenagem do psiquismo humano aprendeu a se nutrir de corrupção. São policiais mancomunados com o crime, são autoridades jungidas à corrupção. Criaturas que vendem a própria consciência a troco de algumas cédulas ricas em suas contas bancárias. Para onde nos voltamos, temos encontrado essa figura da tragédia, pelos caminhos humanos.
Começamos a nos perguntar se é isto mesmo o que nós esperamos encontrar no planeta. Para onde nos voltamos, as notícias televisivas, dos telejornais, dos jornais, as notícias radiofônicas são de acidentes nas estradas, de balas perdidas, estupros, contaminação dos mananciais, contaminação dos mares, por navios que derramaram substâncias. E para tudo haverá inquéritos intermináveis.
Parece que nos acostumamos a essa sombra que se abate sobre a Terra. Ninguém responde por nada, as criaturas fazem questão de alcançar os altos cargos, principalmente os cargos públicos. Há brigas, há guerras, há competições para que alguém seja diretor dali, comandante de acolá, dirigente mais adiante. Mas, quando surgem os problemas, ninguém sabe, ninguém viu.
As pessoas só veem os salários, nunca assumem responsabilidades. Para onde nos voltamos, as notícias são essas. Os desfalques, as falcatruas, o roubo, a conivência, até de autoridades. Até quando nos alimentaremos disso?
Porque são essas notícias que têm vendido jornais e revistas. O escândalo é que tem mantido as verbas das grandes emissoras. Temos a impressão que nada de bom acontece no mundo. Os desastres ocorridos no Japão, na China, na Índia entram em nossa casa como se tivessem acontecido na nossa rua! As mortes, os crimes, acontecidos em qualquer parte do Oriente nos aturdem, como se fossem fatos da nossa praça, no bairro onde moramos.
É justo isso? É lógico que essas coisas aconteçam? Em nome da informação, periodistas, jornalistas, em nome de que interesses nós não sabemos, explicam para a coletividade como é que se produz a droga, onde é que se acha a droga, como é que a polícia descobriu, o que deveria ser segredo de trabalho, segredo profissional.
E, desse modo, vamos vendo que as tragédias ocorridas nas cidades grandes agora também estão nas cidades menores. Em qualquer recanto do nosso país, as mesmas tragédias das megalópoles, dos grandes centros urbanos. É preciso que façamos uma pausa para analisar isto que estamos consumindo, sem nenhuma reflexão.
Passamos horas e horas consumindo o que está nas páginas de sangue dos jornais e absorvendo aquilo que vemos pelas cenas televisivas que nos são mostradas. Até quando pagaremos para sofrer? Para nos encharcar dessas notícias tão infaustas, tão desesperadoras, como se estivéssemos com medo do bem? Há que se mudar essa fase para que o mundo encontre a saída que espera.
Temos uma sensação estranha de que a engrenagem do psiquismo humano aprendeu a se nutrir de corrupção. São policiais mancomunados com o crime, são autoridades jungidas à corrupção. Criaturas que vendem a própria consciência a troco de algumas cédulas ricas em suas contas bancárias. Para onde nos voltamos, temos encontrado essa figura da tragédia, pelos caminhos humanos.
Começamos a nos perguntar se é isto mesmo o que nós esperamos encontrar no planeta. Para onde nos voltamos, as notícias televisivas, dos telejornais, dos jornais, as notícias radiofônicas são de acidentes nas estradas, de balas perdidas, estupros, contaminação dos mananciais, contaminação dos mares, por navios que derramaram substâncias. E para tudo haverá inquéritos intermináveis.
Parece que nos acostumamos a essa sombra que se abate sobre a Terra. Ninguém responde por nada, as criaturas fazem questão de alcançar os altos cargos, principalmente os cargos públicos. Há brigas, há guerras, há competições para que alguém seja diretor dali, comandante de acolá, dirigente mais adiante. Mas, quando surgem os problemas, ninguém sabe, ninguém viu.
As pessoas só veem os salários, nunca assumem responsabilidades. Para onde nos voltamos, as notícias são essas. Os desfalques, as falcatruas, o roubo, a conivência, até de autoridades. Até quando nos alimentaremos disso?
Porque são essas notícias que têm vendido jornais e revistas. O escândalo é que tem mantido as verbas das grandes emissoras. Temos a impressão que nada de bom acontece no mundo. Os desastres ocorridos no Japão, na China, na Índia entram em nossa casa como se tivessem acontecido na nossa rua! As mortes, os crimes, acontecidos em qualquer parte do Oriente nos aturdem, como se fossem fatos da nossa praça, no bairro onde moramos.
É justo isso? É lógico que essas coisas aconteçam? Em nome da informação, periodistas, jornalistas, em nome de que interesses nós não sabemos, explicam para a coletividade como é que se produz a droga, onde é que se acha a droga, como é que a polícia descobriu, o que deveria ser segredo de trabalho, segredo profissional.
E, desse modo, vamos vendo que as tragédias ocorridas nas cidades grandes agora também estão nas cidades menores. Em qualquer recanto do nosso país, as mesmas tragédias das megalópoles, dos grandes centros urbanos. É preciso que façamos uma pausa para analisar isto que estamos consumindo, sem nenhuma reflexão.
Passamos horas e horas consumindo o que está nas páginas de sangue dos jornais e absorvendo aquilo que vemos pelas cenas televisivas que nos são mostradas. Até quando pagaremos para sofrer? Para nos encharcar dessas notícias tão infaustas, tão desesperadoras, como se estivéssemos com medo do bem? Há que se mudar essa fase para que o mundo encontre a saída que espera.
* * *
Se sairmos desse carreiro de tragédias ao qual nos acostumamos pouco a pouco, se deixarmos um pouco de ouvir e de assimilar as ideias de assaltos, de sequestros, de homicídios, começaremos a ter olhos para o lado bom das coisas.
Não significa que tenhamos que ser pessoas ingênuas e que acreditemos que, em nossa sociedade, essas coisas não ocorram. Sabemos que elas ocorrem, no entanto, se olharmos com outra visão, se tivermos um pouco mais de boa vontade para com o bem, passaremos a ver, em nossa comunidade, quantas são as famílias que adotam crianças órfãs e que não merecem nenhum destaque nas mídias; quantas são as instituições que acolhem velhinhos, pobres ou não, e que os atendem com carinho, que lhes dão um novo lar. Muitas vezes, velhinhos cujos filhos os abandonaram, nem sempre filhos pobres, filhos que se envergonhavam deles.
Se olharmos um pouco mais, encontraremos a criação de escolas patrocinadas por gente simples do Interior, que se reuniu e que resolveu alfabetizar. Lavradores, donas de casa, adultos. Encontraremos pessoas ligadas à música, que criaram orquestras de grande qualidade, com meninos que estavam pedindo nas ruas, com meninas que estavam se prostituindo, nos sinais de trânsito, nas estradas e que, hoje, estão ganhando a vida, graças à arte da sua musicalidade.
Se prestarmos atenção no bem, veremos jovens que saíram dos guetos, das favelas, que acreditaram que podiam, que receberam apoio de algum mecenas. São bailarinos, são cantores, são artífices os mais variados, espalhados pelo Brasil e por tantos lugares do mundo. Porque o bem age sempre. Se dermos oportunidade ao bem, ele funciona. Enquanto ouvimos falar dos jovens que se matam de overdose, jovens que se acabam nas festas rave, jovens deprimidos vestidos de negro e pálidos, esquecemos daqueles outros que trabalham de dia, que estudam à noite, que passam os finais de semana cuidando dos seus deveres comuns para que, durante a semana, trabalhem de dia, estudem à noite, para que possam vencer. Não merecem uma linha no jornal. Mas, se um jovem cheira cola, merece meia página; se assalta, se arrebenta as caixas dos bancos merece respaldo do noticiário. Que mundo é que estamos querendo? Que paz estamos buscando? Se o bem não tem merecido comentário, se o bem não tem se tornado notícia?
Apenas o mal. Para as mentalidades frágeis, é mais vantajoso fazer o mal. Ninguém fala de um notável professor que tem uma técnica excelente de alfabetizar seus alunos ou de retirá-los da ignorância. Ninguém fala de um médico da nossa cidade que descobriu uma terapia nova para velhos males da saúde. Ninguém. Absolutamente ninguém. Quando nos reunimos, nós que nos dizemos religiosos, é para comentar o mal. Raramente comentamos o bem. As curas que Deus tem feito recair sobre Seus filhos, pelas mãos de médicos abnegados, pelas mãos de Espíritos queridos que nos inspiram, que nos tratam com essas energias formidáveis do mundo superior.
Nada disso merece notícia porque as pessoas nem acreditam em Deus, nem acreditam nos seres espirituais, nem acreditam nessas coisas. É importante não termos medo do bem. Onde estivermos, falemos o bem.
Como é que a gente vai falar do bem? Falemos dos nossos filhos, as notas que tiraram, os estudos deles, estão tocando violão, piano, estão cantando, estão ajudando na obra da Instituição como voluntários, estão trabalhando no escotismo. Vamos falar das coisas boas. Não importa que as pessoas digam que nós só falamos dos nossos filhos, se eles são da luz, se eles são do bem. Vamos falar o que convém à sã doutrina, propôs o Apóstolo Paulo.
Não tenhamos medo do bem porque será graças ao bem que nós alcançaremos esse Caminho, essa Verdade e essa Vida que Jesus Cristo representa para nós.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 185, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em janeiro de 2009. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 28.02.2010
Não significa que tenhamos que ser pessoas ingênuas e que acreditemos que, em nossa sociedade, essas coisas não ocorram. Sabemos que elas ocorrem, no entanto, se olharmos com outra visão, se tivermos um pouco mais de boa vontade para com o bem, passaremos a ver, em nossa comunidade, quantas são as famílias que adotam crianças órfãs e que não merecem nenhum destaque nas mídias; quantas são as instituições que acolhem velhinhos, pobres ou não, e que os atendem com carinho, que lhes dão um novo lar. Muitas vezes, velhinhos cujos filhos os abandonaram, nem sempre filhos pobres, filhos que se envergonhavam deles.
Se olharmos um pouco mais, encontraremos a criação de escolas patrocinadas por gente simples do Interior, que se reuniu e que resolveu alfabetizar. Lavradores, donas de casa, adultos. Encontraremos pessoas ligadas à música, que criaram orquestras de grande qualidade, com meninos que estavam pedindo nas ruas, com meninas que estavam se prostituindo, nos sinais de trânsito, nas estradas e que, hoje, estão ganhando a vida, graças à arte da sua musicalidade.
Se prestarmos atenção no bem, veremos jovens que saíram dos guetos, das favelas, que acreditaram que podiam, que receberam apoio de algum mecenas. São bailarinos, são cantores, são artífices os mais variados, espalhados pelo Brasil e por tantos lugares do mundo. Porque o bem age sempre. Se dermos oportunidade ao bem, ele funciona. Enquanto ouvimos falar dos jovens que se matam de overdose, jovens que se acabam nas festas rave, jovens deprimidos vestidos de negro e pálidos, esquecemos daqueles outros que trabalham de dia, que estudam à noite, que passam os finais de semana cuidando dos seus deveres comuns para que, durante a semana, trabalhem de dia, estudem à noite, para que possam vencer. Não merecem uma linha no jornal. Mas, se um jovem cheira cola, merece meia página; se assalta, se arrebenta as caixas dos bancos merece respaldo do noticiário. Que mundo é que estamos querendo? Que paz estamos buscando? Se o bem não tem merecido comentário, se o bem não tem se tornado notícia?
Apenas o mal. Para as mentalidades frágeis, é mais vantajoso fazer o mal. Ninguém fala de um notável professor que tem uma técnica excelente de alfabetizar seus alunos ou de retirá-los da ignorância. Ninguém fala de um médico da nossa cidade que descobriu uma terapia nova para velhos males da saúde. Ninguém. Absolutamente ninguém. Quando nos reunimos, nós que nos dizemos religiosos, é para comentar o mal. Raramente comentamos o bem. As curas que Deus tem feito recair sobre Seus filhos, pelas mãos de médicos abnegados, pelas mãos de Espíritos queridos que nos inspiram, que nos tratam com essas energias formidáveis do mundo superior.
Nada disso merece notícia porque as pessoas nem acreditam em Deus, nem acreditam nos seres espirituais, nem acreditam nessas coisas. É importante não termos medo do bem. Onde estivermos, falemos o bem.
Como é que a gente vai falar do bem? Falemos dos nossos filhos, as notas que tiraram, os estudos deles, estão tocando violão, piano, estão cantando, estão ajudando na obra da Instituição como voluntários, estão trabalhando no escotismo. Vamos falar das coisas boas. Não importa que as pessoas digam que nós só falamos dos nossos filhos, se eles são da luz, se eles são do bem. Vamos falar o que convém à sã doutrina, propôs o Apóstolo Paulo.
Não tenhamos medo do bem porque será graças ao bem que nós alcançaremos esse Caminho, essa Verdade e essa Vida que Jesus Cristo representa para nós.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 185, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em janeiro de 2009. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 28.02.2010
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