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26 julho 2010

Bens Materiais - Joanna de Ângelis

BENS MATERIAIS

A riqueza, sob qualquer aspecto considerada, é bênção que Deus concede ao homem para sua felicidade e que lhe compete bem utilizar, multiplicando-a em dons de misericórdia e progresso a benefício do próximo.

Torná-la oásis reduzido para o próprio prazer, em pleno deserto de recursos onde medram a dor e a miséria de todo porte, é fraqueza moral que se converte em algema de demorada escravidão.

Todas as concessões da Vida rendem juros conforme a direção e aplicação que se lhes deem...

Os bens materiais ensejam o progresso e devem fomentá-lo, porquanto a própria evolução humana impõe necessidades que os homens primitivos desconheciam.

A exigências da higiene e do conforto, da preservação da saúde e das experiências de evolução, facultam a aplicação de valores que, simultaneamente, organizam o sistema de crescimento e desenvolvimento do indivíduo como do grupo onde vive.

Não cabe, porém, a ninguém o direito de usufruir seja o que for, em detrimento das possibilidades do próximo.

Criminosa a exploração que exaure as forças naturais e entenebrece o caráter humano.

Desse modo, a direção que o homem dá aos recursos materiais, mediante a aplicação egoísta ou a utilização benéfica, faz que tal se transforme em liberdade ou grilhão, dita ou desgraça.

Administradores, que todos somos, transitoriamente, dos haveres, enquanto na vilegiatura carnal, seremos convocados a contas para relatórios, apresentando o que fizemos das concessões divinas que passaram pelas nossas mãos.

O dinheiro, a propriedade, a posição social relevante, a saúde, a inteligência, a mobilidade, a lucidez são bens que o espírito recebe como empréstimo divino para edificar-se e construir a ventura.

Qualquer emprego malsão engendra escassez e limitação que se transformam em aflição e desespero.

O mordomo infiel dos bens retorna à Terra na sujeição escravizadora, que lhe cobra o desperdício ou a usura de se fez vítima inerme.

Multiplica pelo trabalho e pela ação benéfica todos os bens de que disponhas: do corpo, da mente, do espírito.

Aquinhoado com os valores perecíveis que dormem ou se movimentam nas tuas mãos, recorda os filhos da agonia ao teu lado, nas tábuas da miséria e do abandono...

Um dia, sem que o queiras, deixarás todas as coisas e valores, ante o impositivo da desencarnação, seguindo contigo, apenas, os valores morais legítimos, decorrentes dos bens materiais que converteste em esperança, alegria, progresso e paz, qual semeador de estrelas que, após transitar por um caminho de sombras, conseguiu transformá-lo numa via-láctea de brilhantes celestes.

De "Leis morais da vida",
de Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito Joanna de Ângelis

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