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11 julho 2010

Reação Livre - Irmão Saulo

REAÇÃO LIVRE

Muita gente pergunta em que consiste o livro arbítrio na reencarnação, desde que esta é condicionada pelo carma, pela lei de ação e reação. Há nas

correntes filosóficas existenciais o princípio da facticidade, segundo o qual já nascemos feitos no mundo, determinados pelo nosso corpo e pelo meio em que surgimos. Mas apesar disso os filósofos da existência consideram a criatura humana como a única dotada de liberdade, o único ser livre da Terra. Porque a partir desse dado inicial o homem é livre para pensar e agir, sem o que não teria responsabilidade.

Muito antes dessa descoberta dos existencialistas O Livro dos Espíritos já estabelecia o livre arbítrio como característica da espécie humana. A questão 843 desse livro mostra que a liberdade humana é progressiva, desenvolvendo-se em fases sucessivas desde o nascimento até a madureza. O condicionamento físico do homem, abrangendo as condições orgânicas, a hereditariedade, o meio e a cultura, não lhe tira a capacidade de discernir e escolher. As predisposições instintivas o inclinam em diversos rumos, mas nem por isso o obrigam a fazer isto ou aquilo.Assim como o motorista, limitado pelas condições do carro que dirige, não perde a sua liberdade, o homem continua, como espírito, livre para pensar, querer e agir no condicionamento da sua reencarnação.

É por isso que André Luiz considera como o mais importante o modo de reagir da criatura diante das vicissitudes da vida. Essas dificuldades agem sobre o homem como consequências do passado, mas é através da sua maneira de reagir que o homem vai superar o passado e abrir novas perspectivas para a sua vida no presente e no futuro. Se reagir mal continuará enleado no seu carma. Se reagir bem libertar-se-á dele. Nosso comportamento, portanto, diante das questões mais graves que o mundo nos propõe, é o que vai decidir o nosso destino. Poderíamos querer mais ampla liberdade do que essa, a de construir por nós mesmos o nosso futuro?

De "Na era do Espírito"
de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires

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