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15 julho 2010

O Quadro-Negro - Emmanuel

O QUADRO-NEGRO

"Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. " - Jesus. (JOÃO, 16:4.)

Referia-se Jesus aos próprios testemunhos, entretanto, podemos igualmente aplicar-lhe os divinos conceitos a nós mesmos, desencarnados e encarnados.
Cada discípulo terá sua hora de revelações do aproveitamento individual.
As escolas primárias não dispensam o habitual quadro-negro, destinado às demonstrações isoladas do aluno.
À frente do professor consciencioso, o aprendiz mostrará quanto lucrou, sem os recursos do plágio afetuoso, entre companheiros.

Sobre a zona escura, o giz claro definirá, fielmente, a posição firme ou insegura do estudante.

E não será isto mesmo o que se repete na escola vasta do mundo? O homem, nas lutas vulgares, poderá socorrer-se, indefinidamente, dos bons amigos.

O Pai permite semelhantes contactos para que as oportunidades de aprender se lhe tornem irrestritas; no entanto, lá vem "aquela hora" em que a criatura deve tomar o giz alvo e puro das realizações espirituais, colocando-se junto ao quadro-negro das provas edificantes.

Alguns aprendizes fracassam porque não sabem multiplicar os bens, nem dividi-los.
Ignoram como subtrair a luz das trevas, somam os conflitos e formam equações de ódio e vingança.

Esquecem-se de que Jesus salientou o amor, por máxima glória, em todas as situações do apostolado evangélico e que, mesmo na cruz, depois de receber os fatores da injúria, da perseguição, da ironia e do desprezo, somou-os na tábua do coração, extraindo a divina equação de serenidade, entendimento e perdão.

Oh! vós, que ides ao quadro-negro das atividades terrestres, abandonai o giz escuro da desesperação! escrevei em caracteres de luz o que aprendestes do Mestre Divino! Revela o próprio valor! Lembrai-vos que instrutores benevolentes e sábios vos inspiram as mãos! Abençoai o quadro-negro que vos pede o giz de suor e lágrimas, porque junto dele podereis conquistar o curso maior!

Do livro “Vinha de Luz”
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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